OXITOCINA 02

Um conto erótico de Júnior
Categoria: Homossexual
Contém 856 palavras
Data: 09/03/2016 16:04:51
Última revisão: 09/03/2016 16:21:41

Olá, eu gostaria de me desculpar por minha infeliz escolha de palavras para me referir à minha sexualidade na postagem anterior. Eu usei "opção" ao invés de "orientação" e fui corrigido por um leitor. Muito obrigado, espero que continuem a me corrigir em relação a esses posicionamentos.

Espero que gostem do relato:

Após o que Luís me disse, eu fiquei bem esperançoso, pensando nas possibilidades.

Eu e Henrique nos aproximamos tanto nesse tempo que logo decidimos combinar de irmos ao cinema, como amigos mesmo. E fomos assistir Homem de Ferro 3 - que inclusive tenho o ingresso guardado até hoje.

Eu estava nervoso e, pra variar, me atrasei pra sessão. Ao chegar tive dificuldades pra encontrá-lo, já que ele estava com aqueles óculos 3D. Quando o encontrei vi que ele guardava meu lugar com seu casaco - o cinema não estava lotado, estava parcialmente cheio, mas com muitos assentos, e, ainda sim, ele guardou meu lugar.

Ao sentar, nos cumprimentamos com um aperto de mão e, Deus do céu, como ele era cheiroso. E como eu estava com frio na barriga.

Não deu muito tempo de ficar sem graça, já que logo ele se propôs a ir comprar pipoca e refrigerante, então eu só o entreguei o dinheiro e ele foi.

Durante o filme, eu tentava fazer um comentário ou outro com ele, mas ele estava bem interessado.

Quando saímos do cinema, ficamos andando pela cidade, cidade pequena aliás, e conversando bastante. O interessante é que assunto não faltava, sempre tínhamos o que dizer. Brincadeiras, assuntos sobre a igreja...

A noite terminou com ambos sentados na calçada em uma rua entre nossos bairros, que são colados um ao outro, com nós olhando pro céu e conversando e eu com uma enorme vontade de agarrá-lo alí mesmo, mas não o fiz, ele não me dava a mínima abertura. E aquela noite ficou por isso mesmo. Apertamos mãos, sim, apertamos mãos, e cada um seguiu seu caminho.

Cheguei em casa, meus pais estavam vendo TV, meu sobrinho estava dormindo, meu irmão havia ido dormir fora na casa de uma vizinha que consideramos uma segunda mãe e minha irmã também estava dormindo. Esse detalhe é desnecessário, mas eu achei interessante apresentar mais sobre minha família. Eu também tenho outro irmão mais velho que mora com sua esposa e quatro filhos. Eu não era assumido pra minha família e ainda não sou, infelizmente.

Seguindo, no dia seguinte, desejei o usual bom dia ao Henrique e começamos com o papo diário, inventando assunto só pra manter contato. Até que ele chega com um papo bem suspeito, que me gelou inteiro.

Henrique: Júnior, eu posso te fazer uma pergunta?

Esse posso te fazer uma pergunta acaba com qualquer um, não é mesmo?

Júnior: Lógico que pode.

Henrique: Eu só não gostaria que você se sentisse ofendido pela pergunta.

Júnior: Tudo bem, eu sou tranquilão, você sabe disso.

Henrique: Entendi. Então, é só uma curiosidade. Você beijaria um garoto?

Nessa hora eu me empolguei, mas procurei ser o menos comprometedor possível.

Júnior: Olha, cara, se eu estivesse muito interessado no rapaz, não veria problemas em ficar com ele. Porque?

Henrique: Nada, besteira. Só curiosidade mesmo.

Júnior: Tá certo. Mas e você? Beijaria?

Henrique: Sim, eu beijaria.

Henrique: Pra ser sincero, já beijei.

Henrique: Júnior, vou te falar uma coisa e espero que você não me leve a mal, mas eu estou interessado em você há algum tempo.

PUTA QUE PARIU. Que momento foi esse. Um tiro atrás do outro. Eu só sabia sorrir olhando pro celular. E falando em sorrir olhando pro celular, esse era um fator bem frenquente na minha vida. A galera do colégio e do cursinho já estavam desconfiando de algo, perguntavam com quem eu tanto conversava e não os deixava nem chegar perto do meu celular.

Júnior: Olha, to pra te dizer que eu to interessado também.

Henrique: Tive que me segurar muito ontem pra não te beijar.

CARALHO, PORQUE VOCÊ NÃO DEMONSTROU ISSO???

Júnior: Cara, eu que tenho que te dizer isso. Queria muito ter te beijado ontem.

Henrique: Não seja por isso. O que você acha de nos vermos novamente?

Júnior: Então, hoje é complicado, eu tenho aula hoje.

Henrique: Não podemos nos ver depois da aula?

Júnior: Podemos, mas não poderei demorar muito, pois meu pai tem o costume de me buscar.

Henrique: Se você achar melhor, podemos marcar pra outro dia.

Júnior: Hoje tá excelente pra mim.

Eu vou perder a oportunidade de beijar o cara que to afim faz meses?!

Daí pra frente foi só felicidade. Conversamos bastante durante o dia e tivemos que parar de nos falar quando entrei pra aula no cursinho, 18:40. Ele saia do trabalho por volta desse horário.

Não posso me esquecer do meu amigão Walter, que morava na capital do meu estado e me ajudou em todo esse processo. O cara me aturava com toda paciencia do mundo enquanto eu babava pelo Henrique e dizia o quanto ele não estava na mesma sintonia que eu. Walter então criticou minha falta de segurança, ficou elogiando o quanto interessante, bonito, inteligente e todo aquele papo que os amigos usam conosco.

Continua...

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Comentários

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INTERESSANTE. FICO FELIZ Q TENHA CORRIGIDO A PALAVRA OPÇÃO POR ORIENTAÇÃO.

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Muito bom, O Henrique é bem direto, adoro!

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