Ola pessoal, como vão?
Bom, esta ai mais um capítulo enorme, quis resolver algumas coisas de imediato, por isso ficou grande. No próximo capítulo finalmente o Antônio encontra o irmão e dai a história seguirá outro ritmo.
Abraço a todos.
Hpd, Sim, o Antônio ama demais o Rodrigo, por esse motivo ele se sentiu tão mal, mas como todos pediram, eles não ficarão muito tempo brigados, pelos menos não dessa vez. Ele vai sofrer mas será mais pra frente.
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LuCaS✈✈, pois é, foi triste mas não próximo capítulo acho que será só de alegria. Afinal o Antônio vai ganhar o irmão e terá o grande amor dele de volta.
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Luk Bittencourt, calma, essa só foi uma briguinha, o conto terá um grande momento, que é digamos o motor da história. Não faço a mínima ideia de quando será isso, por exemplo, era para o Guilherme entrar na história nesse capítulo, mas ele só vai dar as caras no próximo, porque fico escrevendo, escrevendo e acabo esquecendo da vida e ninguém me põe freios, kkkk. A partir do próximo capítulo a história terá uma outra pegada, dai sim vou poder escrever as coisas que já imaginei antes mesmo de postar o conto. Obrigado pelo carinho. Ah, então, você então passe a amar o Rodrigo pois ele será essencial na vida do Antônio, e aos poucos os traumas do Antônio virão a tona, afinal ele tem um acerto de contas com o passado.
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beulfort, o Antônio até chegou a desconfiar mas nunca levou a sério, nunca pensou com firmeza, pois são coisas baixas e ele não acredita que ninguém possa fazer esse tipo de coisa com os outros, tai o grande defeito dele, acreditar demais nas pessoas. Beijo meu querido.
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SuUh16, hahaha, sempre vou parar na melhor parte. Ah, sobre quem pagou pra loira, essa pessoa já fez outras coisas, mas vocês não ligaram isso ainda, afinal falta eu dar mais algumas dicas. Grande abraço.
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Monster, tadinho do Rodrigo, ele gosta de verdade do Antônio e já sofreu bastante, rsrs. O Antônio ajudou o Rodrigo a superar as coisas difíceis e o Rodrigo vai ajuda-lo da mesma maneira. Grande abraço.
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❌Hello❌, adoro quando leio isso, dó do Rodrigo, pois no começo só faltava o pessoal queimar ele em óleo fervendo. Mas o próximo capítulo acho que será só de alegrias.
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RAQU£L*-*, sim, acho que a verdade sempre tem que prevalecer, mesmo que machuque alguém. Como todos pediram, eles vão se acertar logo e como você mesmo disse, quem fez aquilo foi o Rodrigo de antes. O Antônio até chegou a desconfiar de algumas coisas na época, mas preferiu não acreditar, pois seria algo muito baixo e ele apesar de tudo acredita nas pessoas, no ser humano, esse é o grande defeito dele. Beijão.
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Martines, essa briga deles não irá muito longe, acho que virá desafios bem maiores, mais graves pra eles superarem. O Carlos é um homem ardiloso, um grande empresário e as vezes até frio, mas será que ele vai tão longe assim?
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Ru/Ruanito, se for do Marcio que esta falando, é bem feito mesmo. Você é bem safadão.
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Ninha M, bom, quando é na vida dos outros acho que a verdade sempre tem que prevalecer, por mais difícil que seja encara-la. Então, o Antônio vai refletir e ver que o amor que sente é maior que qualquer coisa e o Rodrigo esta mesmo mudado, arrependido. Beijão minha querida.
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Plutão, essa briga foi apenas uma chuvinha de verão, mais pra frente virá sim uma grande tempestade, com maremoto, tsunami, furacão, kkk. O conto ficou grande justamente por isso, para eles brigarem e se perdoarem. No próximo capítulo virá esse arco íris que você falou. Abração rapaz.
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Geomateus, cura sim, mas no caso o Antônio já tem feridas demais, as vezes ele pode ser que ele não aguente a pressão.
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TRenattoZ, o problema é que o Antônio não é como a maioria das pessoas, ele confia nas pessoas, se joga nas suas relações, dai quando se decepciona ele sofre bem mais do que deveria. E também tem o fato dele lembrar do antigo relacionamento dele, medo de ser traído de novo, hahaha, sinto lhe desapontar, mas o Rodrigo parece que virou homem de verdade, ele não ira se drogar, nem beber, nem ir atrás do pai, alias, vai atrás da família, mas mais no sentido de pegar amor. O Carlos tem motivos, afinal o Marcio estava dando em cima da Alice, a Simone tem motivos também óbvios até. Mas a Alice? O que ela ganharia com isso? O Guilherme era pra ter aparecido nesse capitulo, mas me empolgo escrevendo e fico criando mais historias, e como ninguém reclama, fico escrevendo, escrevendo, kkk. O Guilherme vai dar as caras no próximo capítulo. Abração.
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afonsotico, olha, cuidado que seus pedidos podem ser realizados, não nessa ordem, mas pode, rsrs;.
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VALTERSÓ, sim, o Antônio é bem intenso, se entrega de verdade, com vontade e quando se decepciona, é como se o mundo acabasse, esse é o defeito dele, confiar em tudo e em todos. Adorei a pergunta, ao invés do quem matou, terá o “quem pagou a loira? “, kkk. Bom, vamos la, A Simone tem motivos óbvios pra ver o Marcio se ferrar. O Carlos nunca fez questão de esconder que não gostava dele, o Rodrigo de antes seria capaz sim, mas o Rodrigo atual será que faria tb?, A Stela por qual motivo? O Antônio? Mas ele é pobre, como ele armaria isso? Só uma dica, a pessoa que pagou a loira, já fez outras coisas na história e o pessoal ainda não ligou, rsrs. Acho que no próximo capítulo o Antônio vai ser feliz demais, mas porque a Alice merece sofrer?
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Drica (Drikita), pois é, eu acredito na lei do retorno, no fim tudo que você plantou volta pra você. Também acho que o Rodrigo fez o certo em contar e pensando bem, foi até bom o Marcio ter jogado isso na cara dele, pois ele nem se lembrava que tinha feito tanta sacanagem com o Antônio, agora sim eles vão ter um relacionamento baseado na verdade. O Antônio não vai resistir por muito tempo. Beijão.
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Drica Telles(VCMEDS), pois é, o Carlos já aprontou com o Rodrigo no passado, então pagar uma loira pra prejudicar o cretino do Marcio, não iria custar nada. O Rodrigo de antes ia ser super capaz, mas será que o Rodrigo de hoje seria? A Maria será que seria tão diabólica assim? Será? A Simone teria motivos de sobre, ou ela é realmente honesta ou então uma loba em pele de cordeiro. Mas porque a Alice precisaria mostrar a imagem de menina ingênua? Era só terminar com ele, caso fosse a vontade dela, ou não? A partir do próximo capitulo a historia vai mudar de pegada, será recheada de mistérios, e não ouse descobri-los, kkk
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robinhuu19-87, ola meu querido, então o Carlos é bem capaz de coisas desse tipo, ele acredite que vale tudo em nome da preservação da família dele. É mais ou menos isso que você falou, na época o Antônio até desconfiava que o Rodrigo era esse mau caráter, mas no fim sempre preferiu acreditar que o ser humano não seria capaz de coisas baixas assim, esse é o defeito dele, acreditar demais nas pessoas. Hahaha, você anda lendo meus pensamentos? Acho que você ira tirar suas próprias conclusões, rsrs. Abração.
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Depois de algumas horas sem noticia, pegou o carro e foi até a casa de Antônio.
Rodrigo - Antônio, porque não me atendeu?
Rodrigo - Fiquei preocupado.
Antônio estava sentado no sofá com a cabeça baixa. Rodrigo se aproximou, tocando em seu braço.
Rodrigo - Me perdoe.
Antônio estava com os olhos vermelhos, inchados.
Antônio - Não me toque.
Rodrigo - Amor, deixe eu lhe explicar...
Antônio se levantou, olhando sério para Rodrigo.
Antônio - Não me chame de amor.
Antônio - Vai embora da minha casa, da minha vida.
Rodrigo - Antônio!!!
Antônio - Eu não quero te ver nunca mais.
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Capítulo 30
Rodrigo sabia que não seria fácil contar toda a verdade e já até tinha imaginado as piores das situações, mas apesar disso não estava preparado para vivê-las.
Ao ver o desprezo nos olhos de Antônio, ficou arrasado, mas ainda assim não iria entregar os pontos.
Rodrigo - Antônio, por favor!! Deixe eu me explicar.
Antônio - Explicar??? Explicar que você é um canalha, mau caráter, cruel.
Rodrigo - Não, não meu amor.
Rodrigo - Não vou negar tudo o que eu era, mas isso passou. Eu te amo.
Antônio - Passou? Você tem ideia do quanto eu me sentia humilhado?
Antônio - Eu sou idiota mesmo, um tolo. Teve algumas vezes que até achei que você aprontava comigo de propósito, mas depois eu pensava melhor e reconsiderava.
Antônio - Eu ficava pensando que poderia ser coisa da minha cabeça e tal.
Antônio - Esse é meu defeito, acreditar nas pessoas.
Rodrigo - Antônio, eu me arrependo tanto, tanto.
Rodrigo - Sinto tanta vergonha de ter feito tudo aquilo, não só com você, mas com todas as pessoas que passaram pela minha vida.
Rodrigo - Meu amor...
Rodrigo segurou Antônio, que se afastou como se fosse o Diabo fugindo da cruz.
Antônio - Não toque em mim. Já mandei você ir embora.
Antônio - Esquece que eu existo, esquece que um dia me conheceu.
Antônio estava com os olhos cheios de lágrimas enquanto Rodrigo já derramava as suas, tentando argumentar sem sucesso.
Antônio - Como você tem coragem de dizer que me ama? Como teve coragem de me beijar?
Rodrigo - Eu mudei, aquele Rodrigo morreu. Você me mudou, você me transformou no homem que sou hoje.
Antônio - Você teve tantas oportunidades de me contar essa história imunda.
Antônio - Claro, contar agora iria me fazer sofrer mais né? É esse o seu prazer né, ver as pessoas sofrerem.
Rodrigo - Não fale assim meu amor.
Rodrigo - Apesar de eu ter feito essas coisas horríveis, eu tinha me esquecido.
Rodrigo - A maneira como fomos nos envolvendo, como fomos nos apaixonando foi tão intensa que nem lembrava mais dessa história.
Rodrigo - Até que aquele cretino do Márcio me jogou tudo isso na cara, ameaçando contar a você e então...
Rodrigo estava tão nervoso, tentando de todas as formas amenizar a situação, mas acabou piorando ainda mais.
Antônio - Espere, espere...
Antônio - O Márcio era seu cumplice né?
Antônio - Você então só esta me contando essa podridão porque foi coagido?
Antônio - E eu achando que você tinha tido um lapso de hombridade.
Antônio - Você sabia que eu era gay e ainda assim fez questão de espalhar isso na empresa pra que virasse chacota pra galera. Você, um gay, que sempre sofreu preconceito do próprio pai, não titubeou em fazer algo pior comigo.
Rodrigo - Não Antônio, eu jamais faria isso. Foi o Márcio que fez isso, eu reprovei, eu jamais faria isso, nem mesmo o Rodrigo canalha de antes iria fazer isso.
Antônio - Pare de jogar suas responsabilidades nos outros.
Antônio - Você queria me mandar embora sem direito a nada, mesmo sabendo do quanto eu precisa daquele dinheiro.
Antônio - Mesmo sabendo do quanto eu me esforçava pra um dia encontrar meu irmão.
Antônio - Eu nunca fiz mal a ninguém Rodrigo. Eu não merecia isso.
Rodrigo - Claro que não merecia. Você é a pessoa mais integra que eu conheço.
Rodrigo - Eu te amo.
Antônio - Não acredito no seu amor. Não acredito em nada que venha de você.
Antônio - EU achava que nada pior poderia acontecer comigo.
Antônio - Eu achava que nenhum cara poderia ser mais canalha que o Marcelo, mas hoje eu vejo que você é pior que ele.
Antônio - Eu flagrando o Marcelo com outro cara na cama não doeu tanto, perto da dor que estou sentindo agora, da decepção que estou sentindo.
Rodrigo - Não me compare com esse cara.
Rodrigo tentou se aproximar novamente de Antônio, mas viu que não teria seu perdão.
Antônio foi até a porta e abriu, pedindo que Rodrigo saísse.
Antônio - Vai embora Rodrigo, me deixa sozinho.
Rodrigo - Antônio!!!
Antônio - Não me obrigue a te colocar pra fora a força.
Rodrigo - Tudo bem, vou respeitar sua decisão.
Antes de sair, Rodrigo parou em frente a Antônio declarando novamente seu amor.
Rodrigo - Você tem todo direito de me odiar, mas saiba que eu te amo.
Rodrigo - EU te amo muito.
Antônio olhou nos olhos de Rodrigo e foi só bater a porta pra desabar a chorar.
Com Rodrigo não foi diferente, ainda no carro caiu no choro, dando murros no volante.
Antônio tinha razão no que disse a Rodrigo. A dor que sentia era maior do que quando foi traído por Marcelo.
Embora não se desse conta disso no momento, essa dor era muito maior porque Rodrigo era o grande amor da sua vida, sua alma gêmea.
Rodrigo guiou sem rumo pela cidade, sua vontade era voltar até a casa de Antônio e segura-lo a força, faze-lo ouvir até que o perdoasse.
Quando deu por si, já estava em um bar, pedindo uma bebida.
Rodrigo - Traga a garrafa de whisky e deixe aqui na mesa.
Rodrigo estava disposto e encher a cara, tentar pelo menos diminuir a dor que sentia.
Prestes a beber a primeira dose, Rodrigo travou ao ver no celular uma foto dele, com Antônio e os filhos. Imediatamente levantou-se e saiu daquele lugar, pois percebeu que não era dessa maneira que reconquistaria Antônio.
Apesar de estar sofrendo muito, sua única preocupação era com Antônio e ligando para Bruno, pediu para o rapaz procurar o namorado e lhe dar uma força.
Antônio - O que vocês fazem aqui?
Cris - Como você esta meu querido?
Bruno - O Rodrigo me ligou, pediu que eu viesse falar contigo.
Bruno - Vocês brigaram?
Antônio passou a mão nos olhos, evitando chorar.
Cris - Eu sabia, eu sempre tive o pé atrás com esse cara.
Bruno - Cris, não piora a situação.
Antônio - Eu estou bem, podem ir embora.
Cris - Mas não vou mesmo.
Antônio - Porque eu ainda confio nas pessoas hein Cris?
Bruno - Poxa brother, não fica assim.
Bruno - Deixa a poeira abaixar, dai vocês conversam com calma.
Antônio - Porque nunca posso ser feliz? Tudo pra mim tem que ser pela metade.
Antônio contou tudo para os amigos, deixando Cris chocada.
Cris - Mas ele ainda vai se ver comigo, vou enfiar minhas unhas na cara dele.
Bruno - Você gosta muito dele né Tonio?
Antônio fez uma cara que nem precisou de resposta.
Cris - Ei, me desculpa esse meu jeito. Mas não gosto de lhe ver assim.
Antônio - Porque tinha que acontecer isso? Eu estava tão feliz.
Antônio - Nunca tinha sentido algo tão forte assim por ninguém. E ainda tem os meninos, adoro tanto aqueles garotos.
Antônio - Acho que só vou ser feliz mesmo quando eu tiver o Guilherme aqui comigo, ao meu lado.
Bruno - Qual é cara? A gente não conta não?
Parece que a iniciativa de Rodrigo deu certo, mesmo muito triste, Cris e Bruno conseguiram fazer com que Antônio se sentisse um pouco melhor.
Rodrigo passou a noite em claro, sofrendo sozinho. No dia seguinte estava mais calmo, mas sua cara estava péssima.
Telma - Boa tarde Rodrigo.
Rodrigo - Ola Telma, vim pegar os meninos.
Rafael e Arthur abraçaram o pai, pulando em seu colo.
Rodrigo - Pegaram todas as suas coisas?
Rafael - Sim, papai.
Telma - Esta tudo bem com você Rodrigo?
Rodrigo era apenas tolerado pelos ex sogros e estranhou a preocupação de Telma.
Rodrigo - Esta tudo bem sim.
Telma - Os dois falaram demais do seu amigo, Antônio o nome dele né?
Rodrigo - Sim, o Antônio é um grande amigo.
Rafael - Vó, o tio Antônio é maior legal, ele deixa a gente amarrar ele, derrubar ele no chão.
Telma - Creio que seja sim Rafa.
Telma abraçou os garotos, se despedindo.
Rodrigo deu Graças a Deus em pegar os filhos, pois iria se sentir menos deprimido ao lado deles.
Rafael - Papai, porque a gente vai nesse carro?
Rodrigo - O pai vendeu o outro, mas esse também é legal.
Rafael - A gente é pobre agora?
Rafael - A gente vai passar fome?
Arthur - Eu não quero passar fome.
Rodrigo - Ei, ninguém vai ficar pobre, esse carro é pra gente ficar disfarçado, pra pegar os bandidos.
Rodrigo entreteu rapidinho os filhos, que se empolgaram, achando que estavam brincando de super heróis.
Rafael - Papai, você vai trabalhar hoje?
Rodrigo - Hoje não filho.
Arthur - E o tio Antônio? Cade ele?
Rodrigo - Hoje ele não vem.
Rafael - Eu estou com saudade dele.
Rodrigo - Eu também.
Rodrigo deu banho nos filhos, cuidou do Chico e depois colocou os filhos na cama.
Sentado sozinho no sofá, ficou pensando em Antônio, ligou para Bruno, que o aconselhou a dar um tempo.
Sem sono, foi até o quarto dos filhos, que ainda estavam acordados. Parecendo uma criança que queria algo, ficou rondando por um tempo até que pediu:
Rodrigo - Vocês não querem dormir com o papai hoje?
Rafael já deu um pulo da cama todo eufórico, sendo seguido por Arthur.
Rafael - Oba!!!
Rodrigo pegou os filhos no colo, sendo seguido por Chico. Os garotos se esparramaram na cama de casal, brincando o tempo todo.
Rafael - Papai, você esta triste?
Arthur - A gente não fez nada.
Rodrigo - O papai ama vocês demais.
Rodrigo deitou entre os filhos, todo carente.
Rodrigo - Faz carinho no papai.
Rafael e Arthur ficaram alisando seu rosto, cabeça, achando o máximo cuidar do dele.
Rodrigo - O papai é um bundão né?
Arthur - Não pode falar palavrão.
Rafael - Você é nosso herói.
Rodrigo - O que seria de mim sem vocês hein?
Rafael - A gente vai cuidar de você papai.
Rodrigo dormiu com a cabeça no peito de Rafael, com Arthur esparramado sobre suas costas.
Antônio trabalhou normalmente e ficou com raiva de Rodrigo ter abandonado o serviço. Não queria vê-lo, mas achou que o ex namorado estava mais uma vez sendo irresponsável.
Antônio - O Rodrigo avisou que não viria?
José - Não, mas vamos funcionar só até o final dessa semana, é normal o pessoal cair fora mesmo.
José - Ah Antônio, o novo dono quer falar com você. Pediu pra você vir aqui semana que vem.
Antônio - O que será que ele quer?
José - Não sei, mas deve ser alguma proposta de emprego.
Antônio - O senhor não vai continuar aqui, caso o novo dono resolva manter o restaurante?
José - Não, arranjei um novo emprego. Mas venha falar com o novo proprietário.
Antônio - Venho sim, quem sabe continuo empregado.
Antônio foi para a casa e mesmo não querendo, não parava de pensar em Rodrigo. Embora estivesse com muita magoa, em sua cabeça só vinham os momentos felizes, mesmo se esforçando para odiá-lo.
Antônio mexeu em suas coisas e pegou a foto antiga que tinha de Guilherme. Ficou por horas olhando aquele foto, imaginando sua vida ao lado do irmão, imaginando dezenas de situações diferentes.
Aos poucos foi se rendendo ao sono e as imaginações positivas deram lugar aos pesadelos, que insistiam em dominar seu mente durante seu sono.
Acordando assustado, foi relembrando aos poucos as cenas horríveis que sua mente criava, envolvendo sua mãe, seu pai e seu irmão.
Rodrigo também acordou cedo, não encontrando os filhos na cama. Em se tratando de Rafael e Arthur isso não era um bom sinal e dando um pulo da cama foi atrás dos garotos, ficando perplexo quando chegou à cozinha.
Rafael - Oi papai. A gente esta fazendo café pra você.
Arthur - É a gente vai cuidar de você.
Rafael e Arthur estavam em cima de uma cadeira e a cozinha estava um caos. Qualquer outro pai teria tido um ataque, mas Rodrigo estava tão carente, que a única coisa que conseguiu fazer foi colocar os filhos no colo, enchendo eles de beijos.
Rodrigo deixou os filhos na creche e aproveitando que seu pai tinha ido fazer uma viagem, foi até a mansão da família.
Stela - Como é bom ver você aqui meu filho.
Rodrigo - Jurei que nunca mais viria aqui.
Stela - Que bobagem, essa casa sempre será sua.
Stela - Esta precisando de dinheiro?
Rodrigo - Não mãe. Só vim mesmo porque estava precisando, sei la...
Stela - Precisando de sua família.
Rodrigo - É, acho que sim.
Stela - Você tem que voltar a trabalhar no escritório. Seu pai já não esta dando conta, ele precisa de um substituto.
Stela - Quando penso que você estudou nos melhores colégios e agora esta naquele restaurante horroroso.
Rodrigo - E Dona Stela, não começa.
Antes que a mãe começasse a dar mais palpites em sua vida, Rodrigo saiu.
Maria estava em seu quarto e ao escutar a voz de Rodrigo a chamando, abotoou os botões do seu vestido rapidamente, garantindo que seu corpo não ficasse a mostra.
Maria - Calma!!! Pode entrar.
Rodrigo - Oi Maria.
Maria - Oi meu filho, que surpresa você aqui.
Rodrigo - Estou mau Maria.
Maria - Você contou para o Antônio né?
Rodrigo - Ele brigou comigo, não quer me ver.
Maria - De tempo ao tempo.
Rodrigo - Tenho tanta vergonha das coisas que eu fiz.
Rodrigo - O Antônio é tão importante pra mim, não queria perde-lo.
Rodrigo - Digo... Não queria perder a amizade ele.
Maria - Rodrigo, o Antônio é um bom rapaz. Não consigo vê-lo com rancor, guardando raiva.
Rodrigo - Estou muito mau Maria.
Rodrigo sabia que não poderia fazer esses desabafos com a mãe, por isso se sentia a vontade com Maria, pois tinham em comum o grande carinho que sentiam por Antônio.
Antes de ir embora, ainda visitou a irmã, que mal saia do quarto.
Rodrigo - Fiquei sabendo do que aconteceu.
Alice quis chorar, mas Rodrigo a abraçou.
Alice - Não posso acreditar que o Marcio seja um cafajeste.
Rodrigo - Eu nunca levei a sério esse namoro de vocês, mas pelo visto você sim levava a sério.
Alice - Estou me sentindo tão humilhada.
Rodrigo - Mas você não pode se entregar assim. A mãe disse que você não voltou mais para o escritório.
Alice - Estou com vergonha, devem estar todos rindo de mim, me achando uma coitada.
Rodrigo - Se eu pegar o Marcio, ele vai se ver comigo.
Rodrigo contou para a irmã tudo que aconteceu entre ele e Antônio.
Alice - O Marcio fez isso?
Alice - Mas poxa Rodrigo, você fez tudo isso contra o Antônio?
Rodrigo - Pode me recriminar, mas eu era outra pessoa.
Alice - E o que você vai fazer agora?
Rodrigo - Não sei, estou dando um tempo.
Alice - Você precisa reconquistar o Antônio. Ele gosta muito de você.
Rodrigo - Também sinto muita falta dele. Além de tudo ele é um amigão, sempre me deu força em tudo.
Rodrigo - Mas me sinto de mãos atadas, não sei como agir.
Alice - Abra seu coração, diga a ele o que sente.
Rodrigo - Ele esta muito magoado e com razão né?
Alice ficou acariciando o irmão até que teve uma grande ideia.
Alice - Já sei!!!
Rodrigo - O que foi.
Alice - Bom, você vai ter que apelar. Disse dando um sorriso.
Alice - Ele adora os meninos, eu acho que esse é o caminho pra você chegar até ele.
Rodrigo abriu um sorriso enorme, sentindo uma ponta de esperança, mesmo sem saber como agir. Ficou mais um tempo com a família se sentindo animado, principalmente após a conversa com Maria e Alice.
Já fazia alguns dias que não via Antônio e Rafael e Arthur já começavam a fazer perguntas.
Rafael - O tio Antônio não gosta mais da gente?
Rodrigo - Gosta sim filho.
Arthur - Mas porque ele não vem mais aqui?
Rodrigo - Ele esta resolvendo umas coisas, ele esta muito ocupado.
Rodrigo - Mas ele adora vocês.
Rafael - Eu não vou gostar mais dele não.
Rafael já estava todo emburrado e Rodrigo entendia muito bem, pois também estava morrendo de saudades do seu amado.
Arthur - Eu estou com fome.
Rodrigo - Já sei, vou fazer um bolo de chocolate.
Rafael - O tio Antônio adora bolo de chocolate, ele come tudo.
Rodrigo abriu um sorriso, como se uma luz acendesse em sua cabeça.
NO sábado Rodrigo colocou seu plano em pratica, arrumou os filhos, que mais pareciam os herdeiros da família real, de tão engomadinhos que estavam.
Antônio estava atoa em sua casa, curtindo sua fossa, até que a campainha tocou. Sem muito animo abriu a porta, dando de cara com os dois principezinhos a sua frente.
Antônio - Vocês?
Antônio abriu um sorriso enorme, se ajoelhando diante dos garotos, abraçando os dois ao mesmo tempo.
Rafael - Tio, a gente esta com saudade.
Arthur - Porque você sumiu?
Os garotos não paravam de fazer perguntas, estavam eufóricos ao vê-lo.
Rafael - Tio, a gente trouxe um presente de comer.
Rafael segurava uma bolsa, entregando a ele.
Antônio olhou mais a frente e viu Rodrigo num carro diferente, um pouco mais afastado.
Ignorando o ex namorado, colocou os garotos para dentro de casa, matando sua saudade.
Antônio - O tio estava morrendo de saudade.
Rafael - A gente também tio.
Rafael - O papai fez bolo de chocolate, é pra você comer.
Rafael - Mas é pra dar pra gente também.
Arthur - O papai fez pra você.
Antônio - Deve estar uma delicia.
Antônio serviu os garotos, se deliciando com o bolo, enquanto conversava com eles, ouvindo com a maior atenção tudo que eles falavam.
Antônio - E vocês dois, tem aprontado?
Arthur - Não tio.
Rafael - Eu sou o menino bonzinho tio.
Rafael - Tio!!! Eu estou namorando.
Antônio - Ah é?
Rafael - É que eu vou casar.
Antônio - Que casar o que, você não tem idade pra isso não.
Arthur - Eu também estou namorando tio.
Antônio - Também? E quem é ela?
Arthur - É a namorada dele.
Antônio - O que? Você namora a namorada do seu irmão?
Os garotos se divertiam com a cara de espanto de Antônio, rindo sem parar.
Depois de se esbaldarem no bolo de chocolate, os três foram para a sala e Antônio aproveitou pra matar ainda mais a saudade deles.
Rafael - Tio, quando você vai la em casa?
Rafael - Eu estou triste.
Antônio - Triste porque meu amor?
Rafael - Porque o papai esta triste.
Rafael - Outro dia eu vi ele chorando, mas eu fiquei escondido pra ele não ver.
Arthur - Tio, você tem que cuidar do papai.
Antônio colocou os garotos no colo e ficou balançado com o que ouvia.
Antônio - O pai de vocês já tem vocês pra cuidarem dele.
Rafael - Mais a gente a criança.
Arthur - A gente não aguenta pegar ele no colo.
Antônio - Eu sei, mas vocês prometem que vão cuidar bem dele?
Os garotos confirmaram com a cabeça e em seguida Antônio resolveu leva-los até o carro de Rodrigo.
Quando abriu a porta, deu de cara com ele.
Rodrigo- Oi Antônio, já ia bater pra pega-los.
Antônio - Eu ia leva-los até você.
Rafael - Porque você demorou papai? O tio adorou o bolo que você fez.
Antônio abraçou e deu um beijo nos garotos, que foram para o carro.
Rodrigo - Como você esta?
Antônio - Bem, estou muito bem.
Antônio mentiu descaradamente, mesmo sendo possível ver em seus olhos que estava bem mal.
Antônio - Obrigado por trazê-los até aqui. Eu estava com saudades.
Rodrigo - E de mim? Você estava?
Antônio - Acho melhor paramos por aqui.
Rodrigo - Eu estou sentindo tanto a sua falta.
Rodrigo - O Rafa e o Arthur estavam loucos pra vir aqui, mas eu confesso que também usei isso como desculpa pra lhe ver.
Rodrigo - Sinto falta de você, da gente, eu você e os garotos.
Antônio fazia um esforço brutal pra se manter frio, pois também sentia muita falta daqueles momentos.
Antes de se entregar de vez, Antônio mandou Rodrigo ir embora.
Antônio - Eu já lhe pedi, me deixe em paz.
Paralelo a isso, Antônio parecia não ter mais paz, dormir para ele estava se tornando um martírio.
==
Andando por um corredor pouco iluminado, Antônio parecia procurar por algo. Sua imagem às vezes se transformava, ora criança, ora adulto. Ele mal conseguia enxergar, mas era guiado por uma voz que a todo tempo chamava por seu nome.
Antônio - Mãe?
Antônio - Cadê vocês?
Andando cada vez mais rápido, chegou numa sala e viu Rodrigo a alguns metros dele.
Rodrigo - Meu amor!!! Estou te esperando.
Na outra lateral, estava Guilherme, adulto, mas com o rosto virado.
Antônio - Guilherme??
Rodrigo - Vem Antônio.
Antônio foi caminhando até Rodrigo, mas parou ao ver o irmão de costas, se afastando.
Mudando de direção, foi atrás do irmão. Rodrigo o chamou e Antônio novamente parou, ficando indeciso, sem saber qual escolha fazer.
==
Quando acordou, sentiu seu corpo suado e a cabeça dando mil voltas, sem conseguir entender esse sonho.
O rompimento com Antônio, deixou Rodrigo desatento em seus compromissos e somente naquele dia viu as mensagens que o detetive havia deixado pra ele.
Rodrigo - O senhor conseguiu alguma coisa?
Claudio - Consegui sim! A ficha do garoto Guilherme, de quando ele chegou ao orfanato.
Claudio - Devo receber ainda essa semana.
Rodrigo - Parabéns!!!
Claudio - Se esse garoto for mesmo o irmão do Antônio, no mesmo dia eu ponho os dois frente a frente.
Rodrigo - Mas como saberemos que a criança da foto é o irmão dele?
Rodrigo - Ele não vai se lembrar.
Claudio - Ele não, mas algum parente.
Rodrigo - A mãe dele esta morta.
Claudio - Não investiguei onde ela esta sepultada, mas eu sei onde o pai dele esta.
Rodrigo - O que? O pai do Antônio!!!
Rodrigo - Não, não. Acho que ele não iria querer ter contato com homem.
Claudio - Bom, preciso do seu aval para seguir a diante.
Rodrigo ficou pensativo, mas preferiu não tomar nenhuma decisão naquele momento. Por outro lado sabia que encontrar Guilherme poderia ser a chance que precisava para reconquistar Antônio.
Mas parece que não é só Rodrigo que tinha informações privilegiadas de Guilherme.
Cris - Oi paixão, o que faz aqui no meio do dia?
Romeu - Preciso falar contigo.
Cris - Algum problema?
Romeu - Aquele contato que havia me passado informações sobre o irmão do Antônio, me ligou hoje.
Cris - Sim, e dai?
Romeu - Parece que o rapaz voltou pra São Paulo.
Romeu - Olha a foto que consegui.
Cris pegou a foto e ficou olhando com cuidado.
Romeu - Esse é o Guilherme. Esse é o irmão do Antônio.
Cris - Meu Deus!!!
==
Rodrigo foi para a casa e ficou pensando no que fazer. Pegou o celular para ligar para Antônio, mas desistiu antes mesmo de discar.
Antônio não conseguia esquecer o sonho que teve, sua raiva de Rodrigo já estava sumindo, mas algo ainda o impedia de deixar seu amor vir a tona.
A raiva que sentia de Rodrigo não era mais forte que seu amor por ele, mas faltava ainda um empurrãozinho pra que isso ficasse mais explicito.
Olhando para a bolsa que Rafael levou com o bolo, ficou relembrando a tarde gostosa que teve com os garotos. Mexendo em seu interior, notou que tinha um papel dobrado em uma das divisórias.
Antônio abriu a folha e viu um desenho feito por Rafael, o mesmo desenho que a tempos atras fez Rodrigo repensar toda sua vida.
Olhando aquele desenho desajeitado, deu um sorriso, deixando os últimos resquícios de magoa irem embora.
Antônio dobrou o desenho, colocando no bolso e com muita pressa saiu de casa, indo em busca de sua felicidade.
Continua...
