Este conto é a continuação do conto "O Começo" que relata a história real, de uma rapaz estudante universitário que passa a morar em casa da sua namorada, Diana, que a dividia com uma amiga a Filipa.
Acordei e já a Filipa tinha saído para o Trabalho como o habitual. Ao tomar o pequeno almoço com a minha namorada, ela tocou novamente no assunto do dia anterior.
-Então estás ciente do acordo que fizemos ontem?-Perguntou ela
-Sim, amor, lembro-me perfeitamente- respondi eu
-A verdade é que começo a ficar cansada de fazer tudo, desde que vieste aqui para casa quase que me sinto tua empregada sem tu ajudares em nada e isso vai mudar. Para além disso tu desistes com facilidade de tudo, quando não sabes nem te preocupas em aprender, por isso e por muito que me custe serei rígida para que aprendas e não desistas mesmo quando não gostas do que tens que fazer- Disse ela agora num tom mais sério
-Sim pretendo que me ajudes, irei dar o meu melhor e levar isto até ao fim- disse eu
-Irás seguramente levar até ao fim até porque não irei tolerar falhas, fazes o que mando sem questionar e prepara-te que erros ou desleixos serás severamente castigado. Como até agora foste tu a decidir o que eu podia ou não vestir, o que eu tinha ou não que fazer agora irás obedecer ou então entre nós acaba tudo. Já que não vais ás aulas, agora terás trabalho em casa para fazer, aceitas?- disse ela, a sorrir
-Aceito, mas serei castigado como?-perguntei eu
-Serás castigado como eu decidir, se não tens maturidade serás castigado como uma criança para aprenderes, ok? pronto para começar? -perguntou ela
-Sim, darei o meu melhor- Disse eu, sabendo que não tinha outra opção
-Então começa a arrumar a louça do pequeno almoço que eu vou à rua tomar café e fazer umas compras, quero tudo a brilhar senão já sabes- Disse ela
levantei-me e comecei a pegar na louça e a arrumar as coisas do pequeno almoço, mas rapidamente fui interrompido pela Diana.
-Quê que te disse ontem? já começamos mal? olha que agora a roupa que sujares és tu que a lavas. Em casa quero-te de avental a fazer as tarefas, sempre- Disse ela
Envergonhado coloquei o avental da Diana que se encontrava atrás da porta e comecei a tratar da louça enquanto a Diana pegava nas chaves e ia saindo.
Passado cerca de uma hora estando eu a acabar a limpeza da Cozinha ouço a porta a abrir. Era a Diana a chegar com sacos de compras, sacos esses que ajudei a carregar.
-Hoje ainda fui eu que fiz as compras, futuramente será mais uma tarefa para ti compreendido?- perguntou ela
-Sim sem problema, farei as compras sim- disse eu
-Ah, passei na logo da Dona Filomena e lembrei-me e comprei umas coisas para ti- Disse ela a sorrir enquanto mexia num saco
-De forma a fazeres as tuas tarefas diárias mais á vontade e sem te preocupares comprei-te estas duas batas e um avental para ti que esse é meu- Disse a Diana enquanto tirava do saco
Eram duas Batas de abotoar nas costas tipo Bibe que as educadoras de infância usam, uma xadrez azul e outra xadrez rosa e um avental branco de borracha
-Eu não vou vestir isso, não tem jeito nenhum- reclamei eu
Ela ficou chateada, avançou para mim e agarrou violentamente a minha orelha, puxando-me pela orelha deixando-me quase sem forças
-Eu vi logo que estava a correr muito bem, compro as coisas a pensar em ti e ainda reclamas, sempre foste assim... és um egoísta,- Reclamou ela, continuando-me a puxar a orelha
-Se não queres fazer as tuas tarefas talvez te faça mudar de ideias, quero te de joelhos virado para a parede para pensares nas tuas atitudes- Disse ela novamente
Lá fiquei eu de joelhos e avental vestido, virado para a parede enquanto a Diana via televisão. Passado cerca de uma hora e já com os joelhos a doer a Diana aproxima-se de mim e diz:
-Mudaste de ideias? agradeces e vais vestir o que te dei ou vais ter que passar ai o dia- perguntou ela
Sabendo que não tinha outra opção e que a casa era dela
-Sim amor, desculpa. Obrigado pela preocupação e pela lembrança a minha reação foi por ser rosa e eu não gostar da cor- tentei eu justificar
-A falar é que nos entendemos, se não gostas da cor isso resolve-se. Vamos à Dona Filomena e escolhes à tua maneira e trocamos essa- disse ela a sorrir
Não gostava da cor nem das batas mas ao pensar que iríamos à loja trocar seria humilhante para mim. A Diana diria-me para escolher e a Dona Filomena ficaria a saber que era para mim, achei melhor ficar assim sem trocar nada.
-Vá chega então aqui e mete os braços aqui- disse Diana com uma das Batas aberta
Assim o fiz, após a enfiar nos braços começou a apertar os botões nas costas. Depois de tudo abotoado colocou-me o avental à frente dizendo que servia para que não sujasse tanto as batas
Senti-me ridículo assim vestido. A Diana riu e disse:
-Fica-te bem, agora ajoelha-te que vamos conversar
Ajoelhei-me, enquanto a Diana no Sofá fumava. Ela disse-me que agora deveria estar sempre assim vestido quando estivesse em casa desde manhã até ao acabar de lavar a louça do jantar. Disse-me também que haveria castigos para que me ajudassem a disciplinar. Arranjou-me um caderno onde a cada falha me dava o castigo de escrever 50 frases do tipo "Devo sempre levantar a tampa da sanita", frases essas que duplicavam para 100 se a falha ocorresse novamente.
Com o passar dos dias, e com vários castigos pelo meio já fazia todas as tarefas de casa. Com o passar do tempo comecei a temer os castigos ela e a evitar a tudo o custo os mesmos. Usava diariamente uma Bata com um avental por cima que eu mesmo tinha de lavar e manter limpo. Diana deixa-me tirar a "farda" após lavar a louça do Jantar, louça essa que lavava rapidamente porque a colega de casa chegava por volta das 22horas. No entanto a Diana sempre me dava permissão de retirar a "farda" por volta das 21h.
No entanto um dia, a colega de casa tinha meio dia de folga, o que fazia que chegasse a casa ás 14horas. Fiz o almoço como habitual, almoçamos, tirei a louça da mesa e ao olhar para o relógio vi que eram quase 14horas assim sendo pedi à Diana se podia tirar a bata e o avental porque morria de vergonha que alguém me visse assim.
-Amor, posso tirar a Bata e o Avental porque não tarda a Filipa está ai que ela hoje não trabalha de tarde- Pedi eu
-Não tens tarefas ainda para fazer à tarde e louça para lavar?-Perguntou ela
-Tenho amor, mas não quero que me veja assim- Pedi eu
-Pois, mas não tens de ter vergonha de desempenhar tarefas domésticas e muito menos de usar a bata e o avental que servem para te proteger a roupa. Temos de acabar com essa vergonha... Continua o que estás a fazer, que ela vai-te ver assim e acabou- Disse ela
Fiquei a tremer e corado de vergonha. Um rapaz nesta figura ridícula a usar uma bata e um avental como se fosse uma sopeira. Até que ouço a porta a abrir... era a Filipa...
(Continua)