Amigos, antes de tudo, peço desculpas pela demora na continuidade da história com Adair. Agradeço àqueles que manifestaram expectativa por uma nova postagem, o que demonstra interesse e me estimula a continuar. Vou pôr uma nova parte da história em breve, não se preocupem. Apenas andei enrolado com umas coisas que me afastaram daqui. Infelizmente, nem sempre é possível colocar a escrita como uma prioridade...!
Estava já há algum tempo para responder aos comentários, e isso foi se avolumando. Quando postei a parte mais recente (“Adair, dono de mim”), pretendia fazê-lo. Mas era tanta coisa a dizer que concluí que, se abrisse o texto com estas respostas, ficaria tão longo que tiraria o tesão de boa parte dos leitores para prosseguirem até o final. Aí pensei em pôr no fim do texto – mas isso cortaria o clima de suspense do final... Colocar como comentários mesmo, como já fiz umas duas vezes, também não daria certo: ia ficar um comentário monstruoso de tão grande! Então, pensei em fazer um texto à parte e postar, que é o que faço agora.
Bom, isso que vou falar pode parecer mera gentileza protocolar, mas vem do mais fundo do meu coração: como agradeço por vocês estarem acompanhando a história! Acesso a Casa dos Contos há um bom tempo, e por diversas vezes me deu vontade de colaborar, publicando também um conto – até como forma de agradecimento por inúmeros trabalhos que li aqui e que me deram tanto tesão. Mas nunca levei essa vontade à frente, talvez temeroso da reação dos leitores; de não conseguir agradar. Dessa vez, o fim de um relacionamento maravilhoso de três anos me impulsionou: está sendo uma forma de me distrair nesse momento difícil, contando uma experiência com outro homem que também me marcou muito.
A resposta dada pelos leitores tem sido, pra mim, excepcional. Os comentários, com elogios aos textos e demonstrações de tesão, me enchem de orgulho! Além disso, há uma quantidade (que, pra mim, é enorme) de leitores anônimos que, deduzo, estejam acompanhando a história, e cada vez que vejo o número de leituras me sinto gratificado (os autores têm acesso ao total diário de acessos de cada postagem; é um recurso oferecido pela CDC). Como sou estreante aqui, e portanto não tenho experiência, me falta a noção de qual quantidade de leituras demonstra se um conto está fazendo sucesso ou não. Mas, pro que eu esperava, estou mais do que contente!
A história de Adair tem mantido uma média de quase 500 acessos nas primeiras 24 horas após a postagem, e de quase 700 nos três primeiros dias. Claro que o fato de ter feito um acesso não quer dizer que a pessoa tenha efetivamente lido o texto, e muito menos significa que tenha gostado. Mas se a metade disso tudo tiver lido até o final, já me sinto recompensado. Pode ser um número pequeno no universo geral da CDC; há muitos outros contos com um número bem superior de leituras (basta entrar no link “mais lidos” da CDC: há vários com mais deacessos!). Mas nunca imaginei que essa história seria lida por tanta gente!!!
Então, agradeço de coração a todos os leitores, tanto àqueles que comentam e dão notas como aos anônimos. Mas, claro, os que se manifestam merecem uma atenção especial – inclusive porque seus comentários, além de me estimular a prosseguir, levantam questões que gostaria de abordar aqui. Então, seguem-se minhas respostas!
RickRJ – Você perguntou onde é a sauna onde se passa a história. Bem, como você é do Rio e curte coroas, provavelmente já ouviu falar dela, mas não está identificando porque dei uma bela melhorada no estabelecimento quando o descrevi e quando narro a ambientação das cenas. À exceção do terraço e dos glory holes, tudo o que tenho descrito efetivamente existe na sauna real, só que em proporções menores e com menos recursos. No meu relato, senti a necessidade de dourar um pouco a pílula tanto para dar um certo glamour na narrativa quanto para poder tornar viável a inclusão de certas experiências que vivi em outros momentos anteriores ou posteriores à minha história com o Adair. A sequência nos glory holes no “labirinto”, por exemplo, é uma delas: não aconteceu na sauna nem durante o desenrolar desse relacionamento. Não vou dizer aqui qual o nome da sauna porque isso pode levar alguns leitores a identificar o Adair real e, embora tenha certeza de que ele não se incomodaria nem um pouco com isso (acho que até iria gostar muito!), me sentiria mal em fazê-lo. Adair nem sabe que estou aqui contando o que fizemos, e não julgo correto deixar que pessoas que o conhecem (e ele era uma figura razoavelmente conhecida na sauna) o identifiquem sem ele saber. Como disse, acho difícil que você nunca tenha ido a essa sauna ou pelo menos já não tenha ouvido falar dela. Mas, por via das dúvidas, e como você tem tesão por coroas ativos e lá há muitos coroas (não necessariamente ativos...), me mande um email que te respondo em particular: stockerrj@yahoo.com.br.
Sulésio – Você fica com tesão quando lê e me dá tesão quando leio seus comentários falando disso! Embora me pareça que gostamos da mesma coisa e por isso jamais despertaríamos tesão um no outro, confesso que fico excitado quando você fala que tocou punheta por causa da história! Muito tesão isso! E obrigado por estar sempre comentando; obrigado mesmo.
FCOBRA – As análises que você faz nos comentários me deixam muito impressionado. Não sei se você é psicólogo ou algo assim ou se é um homem experiente em relacionamentos como este que tive com Adair, mas você sempre acerta no alvo! Parece conhecer muito intimamente como funciona a cabeça e o tesão de caras como eu. É verdade que às vezes me senti um pouco incomodado com o modo como você escreve (fico me sentindo um ratinho de laboratório...), mas no fim das contas confesso que isso me excita muito, rs. Seu comentário sobre a ausência de ereção foi perfeito. Muitos ativos (a maioria, eu acho) não conseguem compreender esse comportamento, achando que não gostamos da trepada pelo fato de não termos ficado com o pinto duro. Pensam com a cabeça deles, e não com a nossa, que é inteiramente diferente (tão diferente que é por isso eles comem e nós damos, ora!).
Machad – Adorei especialmente o comentário no qual você escreveu: “Cada capítulo é um tiro”. Fiquei todo bobo aqui! Espero que esteja ainda acompanhando a história e recebendo muitos tiros.
gabriel.floripa – Tomei a liberdade de entrar na página do seu perfil e vi que você curte contos que envolvem dominação e personagens com os papéis sexuais bem definidos. Você é um leitor especialista nesse tipo de conto! Até uso sua lista de notas como uma lista de recomendações, e li vários dos que você deu nota dez, que me excitaram muito. Não vi mais comentários seus e não sei se você se cansou da minha história. Nem sei se lerá isso que estou escrevendo aqui. Mas acredite que o interesse que você demonstrou nos seus comentários é muito especial para mim, justamente porque me parece que você entende bem o tipo de tesão que me move e que tenho tentado descrever.
Lipe*-* – Pelos seus comentários, é capaz de você ter parado de acompanhar a história. Mas, não sei, me incomodou perceber que você põe o carro na frente dos bois ao julgar os personagens. Foi a minha impressão; desculpe se eu estiver enganado. Não quero de maneira nenhuma ofendê-lo nem censurá-lo. Mas... “qualquer maneira de amar vale a pena”, lembra? Embora Adair tenha um modo muito particular de lidar com passivos, ele não os usa (no mau sentido da palavra). Ao contrário, é bastante sincero. Se ainda estiver acompanhando, você verá mais à frente que a noção de “ter por completo”, mencionada por você, não é muito adequada no que aconteceu entre nós dois. Espero que ainda tenha interesse no meu relato e que o veja com olhos livres, ok? :)
Quelsilvaa – Seus comentários meio debochados observando a evolução da passividade subserviente de Flavinho me deram um puta tesão...! Como o Flavinho, no fim das contas, sou eu mesmo (claro, com algumas modificações), senti como se você estivesse falando diretamente de mim e para mim. Não sei se você é ativo ou não, mas que tive vontade de te dar, ah, isso eu tive!!!!
Rostero – Você é outro que, como o Quelsilvaa, me deu tesão com seus comentários. Quer me comer? Kkkkkkk
julianito – Cara, não sou metido, não me acho melhor do que ninguém nem o fodão (e não sou mesmo), mas fiquei com um puta orgulho quando li que você só entrou na CDC por causa da minha história, por indicação de outro leitor. Me senti o máximo, rsrsrs.
ocramusa – Bom, se tua cucetinha piscou com a história, como você disse num comentário, então é porque estou no caminho certo! Gostamos da mesma coisa, e se você se identificou com o que tenho contado aqui, é porque estou conseguindo transmitir o tesão que é o Adair e o tesão que foi o que ele fez comigo! Espero conseguir fazer com que ela pisque ainda mais!
passivo-Rio – Você, pelo visto, é tão puto quanto eu... Quando pensei em contar minha história aqui na CDC, fiquei com medo da reação que provocaria, porque decidi que iria ser franco, que não valia a pena escrever se fosse me preocupar com censuras moralistas. É um paradoxo, mas há uma quantidade enorme de gays que ficam tentando impor regras e censurando aqueles que têm gostos diferentes do que eles acham que é “o certo” (ser versátil, ser fiel, não frequentar lugares “promíscuos” como saunas etc etc). E estou de certa forma surpreso em ver que minha história tem atraído gays como eu, que despudoradamente assumem que gostam de um parceiro macho que abuse da gente, rs. Assim como têm atraído também caras mais machos, que gostam de homens passivos do modo que sou. Esse é nosso modo de ser, e me sinto feliz quando reconheço outros iguais a mim ou que estão do outro lado, querendo nos comer, se identificando com o meu relato.
BrunoRJ – Obrigado por tantos elogios! E, no seu caso, eles são muito especiais, pois li os contos que você publicou, muito superiores ao meu. Adoro quando você comenta; me sinto um aprendiz sendo aprovado!
LucasR – Às vezes, quando releio o que escrevi para revisar, me dou conta que me excito em diálogos e cenas que não têm sexo explícito, como você observou. Aí, penso assim: “não vão gostar muito; vão achar que é enrolação; eu fiquei com tesão só pelo fato de eu ter vivido isso, e só eu vou me excitar!”. Por isso, seu comentário me fez muito bem. Minha relação com Adair foi inteiramente sexualizada – mas o sexo não rolava só na cama, porque o comando dele sobre mim, a virilidade dele, não acontecia só quando ele me metia ou me fazia mamar. Era o tempo todo, desde a primeira vez que eu o vi. Tenho tentado mostrar isso, e é por isso que acabo não cortando esses trechos que, talvez, pra muita gente possa parecer enrolação. Tem coisa mais tesuda do que ele fez quando fomos tomar banho juntos a primeira vez, na frente de todo mundo? Sinto aquilo, até hoje, como uma verdadeira trepada!
Lx, Kevina, Smiler, FASPAN, VALTERSÓ, escritorcandango, Vitor Gabriel, muikuka, Ru/Ruanito, sssul, Plutão, PTX, Marcos Junior, NSCoutto – Falo aqui pouco dos comentários de vocês não porque sejam menos importantes, mas porque foram pouco numerosos ou porque vocês disseram tudo em poucas palavras! Por favor, continuem comentando! Talvez vocês não façam ideia de como é bom para um autor ter esta resposta! Mil beijos pra vocês, e obrigado por dedicarem seu tempo para ler minha história!
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Bom, acho que muitos de vocês devem estar se perguntando: “Por que esse cara gastou tempo escrevendo isso aqui em vez de escrever continuando a história, que é o que a gente quer?”
Tá certo, entendo isso. Fiquem de boa porque a próxima parte está quase pronta – só ainda não “fechei” porque estou em dúvida se o que escrevi deve sair como uma parte só ou em duas, porque está meio longo. O problema é que, se eu dividir em duas, não revelo a mudança do relacionamento de Adair e Flavinho, que anunciei no final da última parte publicada... Aí tenho medo da frustração de vocês e de vocês me abandonarem por causa disso.
Mas quis postar isso aqui tudo (e saiu ainda mais longo do que eu esperava!) por duas razões. Primeiro, para avisar que vou continuar a postar e, com isso, ganhar mais algum tempo para decidir o que fazer com a próxima parte (se vai inteira ou se divido em duas).
E segundo, e mais importante, porque estava ansioso para demonstrar a vocês o quanto sou grato por estarem acompanhando a história e o quanto vocês são hoje importantes para mim, embora não os conheça (e a maioria seja anônima, inclusive). Mais uma vez, e não vou cansar de me repetir, muito, mas muito obrigado mesmo, por me permitirem compartilhar uma fase da minha vida que foi inesquecível, por tudo que me ensinou a respeito de mim mesmo!
PS: E aos que (com toda a razão) estão doidos pra dar pro Adair: nem adianta porque não vou dar o telefone dele não! Rsrsrsrsrs