Eu ia dizer que tava enfiado naquele canto... estava puto... mas respirei fundo e fingi que nem a vi... desci do carro e disse...
Gabriel> Vamos gente... vamos ver o que interessa... e deixar de papo sem cabeça...
Jú> E os pompons?
Fechei os olhos...
Bruno> Gabi, Gui que tal a gente ficar lá em cima... dá pra ver o jogo melhor...
O Bruno apontava pra cima da arquibancada... a sala que eu e a Jú nos trancamos e vimos o Danilo daquela forma com aquela menina... eu não queria voltar ali... mas a visão realmente era perfeita...
Jú> Vamos sim... caramba vai ser tudo...
O Gui concordou... e eu fiquei cabreiro... lá de cima teríamos uma boa visão... mas não teríamos contato com o povo... com a brincadeira da galera... com a arquibancada e tudo mais...
Gabriel> Vamos... mas...
Bruno> A gente vai se divertir...
E me puxou junto com a Jú... o pobre do Gui nos seguiu sem outra opção... Quando subimos e fomos pra o local das janelas que dava pra quadra víamos o jogo de cima... ainda não tinha começado... mas tava os jogadores em quadra... conversando... nossa que incrível...
O Gui ficou do meu lado esquerdo...a Jú do direito e o Bruno do lado da Jú. O Gui pos a mão no coes da minha calça... e de vez em quando passava a mão pelas minhas costas... não dava pra ninguém lá de baixo ver... mas se alguém subisse a escada e entrasse na sala veria a intimidade...
Gabriel> Jú a porta tá trancada?
Jú> Não...
Gabriel> Melhor trancar...
Bruno> Eu tranco...
Guilherme> Porque é melhor trancar?
Gabriel> Vai que entra alguém aqui... e nos ver?
Guilherme> Biel e daí?
Ele me virou e me olhou nos olhos...
Guilherme> Pequeno não me importo com nada, apenas com você...
Jú> Tá tá... deixa de trolo-ló... vocês parecem um desenho da Disney... sei lá a bela e a fera... tai... só falta sair valsando...
Gabriel> Juliana porque não vai tomar no cume?
Ela riu alto e varias pessoas olharam pra cima... o Bruno a abraçou... e beijou a nuca...
Jú> Lembrei de um poema que aprendi ano passado...
Guilherme> Você aprendendo um poema? Seeeeiii... o tema é qual? Sobre alcova?
Ela sorriu e virou pra ele...
Jú> Nada disso... é um poeminha lindo... diz assim...
Imaginei a bomba...
Jú> No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.
Jú> Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem.
Jú> Quanto cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.
Jú> Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia!
O Gui gargalhou alto e agora que todos olhavam pra nós... mainha nos viu e acenou... eu tava morto de vergonha mas com uma imensa vontade de rir... o Bruno ele ria e parava... era um misto de achar engraçado e de tentar repreender... era riso e raiva misturados... mas ele também não agüentou e caiu na gargalhada... eu já conhecia o poema e acho que inconscientemente eu falei cume... ela vivia me ligando e falando do poema...
Gabriel> Jú por favor... não vá lembrar dos raps que nós fazíamos na sala de aula...
Os olhos delas brilharam...
Jú> Gabi eu tinha esquecido!
Guilherme> Que rap? (ainda rindo)...
Jú> Eu e o Gabi fazíamos rap’s pra todo mundo... ai Deus.... deixa lembrar!
Gabriel> ah não Jú... chega!
Bruno> Melhor... chega!
Jú> Ah lembrei de um...
Gabriel> Jú o jogo...
Guilherme> Canta...
Ela fez o som do rap com a boca e as mãos em concha... eu já comecei a rir... me lembrei do meu tempo de primário... era tão bom...
Jú> Valquiria Valquíria
Vou dizer já já...
Seu priquito mais parece
Com um maracujá...
E eu queria enterrar a cara no chão!
Valquíria era a nossa colega de classe... eu fiquei morto na época e agora eu tava com vergonha da Jú... ela sempre me deixa assim...
Jú> Janaína Janaína
Do bundão...
Suas pernas mais parece
Dois Paus de macarrão...
Jú> Felipe felipe...
Que tomou um porre
Seu crânio cresceu
E ficou enorme...
Coitado o Felipe tinha apelido de cabeção e ela cantou aquilo pra o pobre no dia do aniversário dele, com o pai e a mãe presentes...
Gabriel> Chega Jú...
O Gui já soluçava de rir e o Bruno so olhava pra ela incrédulo...
Jú> Falta o melhor... o seu!
Eu então gelei... gente ela não ia fazer isso...
Jú> Gabriel Gabriel...
Gabriel> Jú não!
Avancei e tapei a boca dela...
Por nada no mundo eu deixaria ela falar aquilo... nunca... morro e não deixo...
Gabriel> Não de forma alguma vai dizer...
Guilherme> Ah Biel deixa...
Gabriel> Pelo amor de Deus Jú para! (senti a lágrima vir... tava prestes a chorar)
A Jú me olhou e balançou a cabeça... eu tirei a mão da boca dela...
Jú> Certo... não falo... por enquanto...
Eu olhei pra ela supleiquei...
Gabriel> Jú...
Jú> Já disse que não falo! Mas um dia cantarei...
Suspirei... teria tempo pra impedir que ela falasse aquele rap.
Guilherme> Bobagem vida... deixa... (ele sorria)
Eu olhei feio pra ele e ele levantou os braços como se dissesse – não tá aqui quem falou... Pra minha sorte o jogo começou e demos por esquecido os malditos raps... Mas na minha mente ficou gravado uma coisa: POR ENQUANTO... e na voz da Jú!
O time tava jogando bem, mas logo nos 2 primeiros minutos tomou um gol bobo... gritamos de raiva e vaiamos... a Jú gritou...
Jú> Filho de uma puta... agarra essa bola como se fosse tua vida seu corno!
Bruno> Eita... fiona!
Ri...
Gabriel> Melhor mudar o goleiro... sempre achei que o Fabio não agarra bem...
Jú> Ele é bom... mas se distrai muito... (e fizemos um gol – a gritaria foi geral) TOMA NO CÚ SEUS OTÁRIOS...
Nossa... não tínhamos mais como ficar chocados com o linguajar da Jú...
Gabriel> Jú você parece um estivador...
Jú> Detalhes querido! Detalhes...
Eu sorri, a Jú nunca mudaria... mesmo que ela ficasse com 100 anos... Meu Deus... o niver da Jú tava perto... era dia 22 só faltava... Jesus!
Gabriel> Jú teu niver é daqui a uma semana!
Ela me olhou com raiva...
Bruno> Como assim?
Gabriel> Eh sim... daqui a uma semana...
Jú> Não era pra lembrar... mas já que lembrou...
Ela abriu a bolça e retirou dois envelopes... um pra mim e o Gui e outro pra o Bruno...
Eram convites... era um envelope preto lacrado com cera vermelha e um J grande... dentro tinha numa madeira pintada de preto um prego com uma sacolinha pregada... era o convite... alias, um quebra cabeças...
Gabriel> Jú o que é isso?
Jú> O convite de meu aniversário... não precisa montar agora...
Mas eu já havia tirado do saco as peças e começava a montar... e surgiu a cara dela... e os dizeres... INTIMAÇÃO: ESTÃO INTIMADOS POR FORÇA DA PODEROSA JULIANA A PARTICIPAREM DE MINHA FESTA – A FANTASIA – A SE REALIZAR NA MINHA RESIDÊNCIA NO DIA 22 DE DEZEMBRO DE 2009 AS 22:00 HORAS – FAVOR IR FANTASIADO - TEMA: CLÁSSICOS DO CINEMA... NÃO FALTEM, E SEJAM CRIATIVOS... NÃO ALUGUEM FANTASIAS CHEIAS DE NAFITALINA... NEM VENHAM DE PRETO COM ÓCULOS ESCURO... MIB HOMENS DE PRETO SERÃO BARRADOS...
BJOS JULIANA... A ANFITRIÃ PERVERTIDA.
Gabriel> Jú tu vai fazer uma festa a fantasia?
Jú> Claro!
Bruno> Poxa e você nem me falou... só falta uma semana...
Jú> A sua fantasia já ta comprada querido... não precisava saber...
Bruno> Como assim? Nem posso escolher?
Jú> Tem que combinar com a minha...
Gabriel> E porque não me disse antes? Só tenho uma semana pra providenciar a fantasia...
Jú> E correr o perigo de você vestir algo melhor que eu? Nunca! Nem ia te falar... só uns dois dias antes...
Eu apertei os olhos...
Gabriel> Eu te matava...
Guilherme> Gooool!
Fizemos outro gol... então eu guardei o convite... tava imaginando do que eu ia...
Ela sorria pra mim... seu sorriso era de desafio... e ela sabia que eu amava festa a fantasia... e que iria mover mundos pra ir com uma fantasia fantástica...
Gabriel> Que boicote Juliana!
Jú> Sou esperta...
Eu balancei a cabeça... se ela pensa que eu iria com qualquer coisa... tava enganadíssima... a disputa tava feita... e já imaginava a fantasia que eu iria usar...
Jú> Já ta imaginando a fantasia não é?
Gabriel> Não só isso...
Ela cruzou os braços...
Jú> Veremos quem vai surpreender...
O fim da gincana não foi algo muito esperado... nosso time perdeu por dois gols... mas sinceramente... meus pensamentos só estavam direcionados para a festa da Jú... pois eu olhava o quebra-cabeças como se fosse a coisa mais importante do mundo...
Guilherme> Biel que coisa... deixa de olhar esse convite...
O Gui tava dirigindo rumo a casa de mainha...
Mãe> Desde que entrou nesse carro você ano tira a cara deste convite...
Eu estava obcecado... a Jú havia me desafiado... desde criança falava que eu queria participar de uma festa a fantasia e que imaginava criando uma fantasia igual ao original e tudo, e a Jú sempre falou que ela também queria aquilo e que vestiria a melhor fantasia da festa... daí foi que iniciou a nossa guerra... onde cada uma que falava a fantasia que iria bolar pra ser a melhor...
Gabriel> Eu quero a melhor fantasia de todas...
O Gui sorriu...
Guilherme> Que coisa boba Biel...
Olhei feio pra ele...
Gabriel> Quando você lutava não procurava vencer... ser o melhor... não se preparava pra isso? Então Guilherme... simplesmente eu quero te dizer que eu vou dar o melhor de mim... e se a obsessão me tomou... sinto muito... mas ajo como um atleta pronto pra o cinturão da vitória...
Ele me olhou de rabo de olho e não falou nada, apenas o sorriso no canto da boca indicava que ele entendia bem o que eu falava... Chegamos em casa e mainha disse que iria preparar um jantar pra nós... eu corri pra internet e o Gui foi fazer umas ligações... depois disse que iria ajudar mainha... eu liguei o note e comecei a pesquisar a roupa que usaria... meu primeiro pensamento se deteve em Piratas do Caribe... em ser Jack Saparrow. Olhei e poderia ser um desfio, mas provavelmente alguém usaria essa fantasia... pois era muito usado em festas... continuei a pesquisa...
Mãe> Filho vai querer sanduíche para o jantar?
Gabriel> Sim (gritei)...
Continuei a pesquisa... será que ficaria bem eu ir de Harry Potter? Descartei a idéia... melhor escolher um vilão... pensei em Darth Vader... mas ninguém iria ver meu rosto. E eu realmente ficaria agoniado, sem respirar direito com aquela máscara...
Guilherme> Por que não vai de bob esponja?
Olhei feio pra ele e ele rui demais... veio por trás de mim e me abraçou... beijou meu pescoço e me pos no colo dele... de forma que fiquei sentado no colo dele com o note na frente e os braços dele passando os meus e digitando no note...
Guilherme> Vamos vou te ajudar...
Gabriel> Para que você vai é me atrapalhar...
Guilherme> Deixa de ser bobo... nao atrapalho não... olha... que tal essa...
E eu realmente senti vontade de dar uma cotovelada na barriga dele...
Gabriel> Sem chance Gui eu ir de pinguim (do Batman) mais fácil eu ir de mulher gato...
Guilherme> Sem chance...
Olhei pra ele e percebi que ele poderia ser um problema na minha caracterização...
Gabriel> Gui não leva a mal mas eu escolho e você não liga com a escolha...
Guilherme> Nada disso. Tem que passar pelo meu crivo! Vai que você se mete a ir de Tarzan?
Gabriel> Não levo jeito pra tanguinhas...
Ele me abraço e me beijou no pescoço... me arrepiei...
Gabriel> Para Gui!
Guilherme> Paro nada... adoro você assim no meu colinho... dá vontade de...
Gabriel> Gui mainha tá ai... a porta tá aberta... e eu tou sentindo o que você tá querendo... (sentia ele ficar duro)
Ele suspirou e parou de me beijar...
Guilherme> Que saco! Porque não vai de perpétua...
Eu desta vez dei uma cotovelada que ele gemeu e riu...
Gabriel> Perpétua é personagem de novela, não de filme seu chato...
E continuei a procurar por personagens legais...
Guilherme> Eu preciso pensar numa também né...
Dei de ombros... o importante era a minha... mas manteiga como eu sou, comecei a pensar numa fantasia pro Gui... Mas ai pensei...
Gabriel> Gui porque você não vai de Pai Mai?
Guilherme> Pai Mai? De onde...
Gabriel> Kill Bill... ele era um lutador... usa barba branca... acho que fica legal...
Ele cogitou bem a ideia... percebi.
Guilherme> Verdade...
E pos a pesquisar na net imagens de Pai Mai. Comecei a ficar irritado com ele... poxa... eu que tava pilhado na escolha da minha fantasia e ele me fazia perder tempo...
Gabriel> Gui já escolheu a sua... agora tudo bem.. sai daí e vamos pra minha fantasia que não tem como...
Guilherme> Pera... deixa eu ver direito a minha...
Cruzei os braços emburrado... o Gui quando quer ser chato ele é o mestre... Passamos simplesmente todo o tempo que mainha preparou o jantar com o Gui escolhendo a fantasia dele... que já estava escolhida... eu estava quase pra ter um AVC. Mainha nos chamou pra jantar e fomos... eu frustrado com o meu 0 a 0. Gui simplesmente feliz com a idéia de sua fantasia... Comemos e eu já queria ir para o note, mas mainha tinha outros planos...
Mãe> Filho preciso que você e o Guilherme me ajudem numa coisa...
Respirei frustrado...
Gabriel> Pode ser depois?
Mãe> Não dá... o natal está próximo e pelo que entendi a nossa família do Rio Grande do sul vem toda... (suspirou) precisamos decidir onde eles vão ficar... como vão ficar e como será o Natal.
Eu queria era procurar minha fantasia, não planejar Natal com mainha...
Guilherme> Posso hospedar alguém...
Mãe> Não! De forma alguma...
Eu também achava que não era legal aquela idéia...
Mãe> Apenas o Gabriel dormirá lá... pode ser não é?
Guilherme> Será um prazer...
E eu pensei... aquilo tem duplo sentido? Quando estávamos decidindo como acomodar tanta gente, ouvimos a campainha tocar...
Mãe> Como é que subiram sem a portaria entrar em contato?
Meu coração gelou e involuntariamente eu segurei a mão do Gui. Ele bateu de leve na minha e se levantou rumo a porta... Era tao recente o ocorrido que me remeteu àquele dia... o olhar dos assaltantes... o medo de morrer... de matarem Gui... nossa...
Gabriel> Gui não abre a porta!
Ele fez com o dedo na boca o sinal do silencio e se aproximou mais da porta... a campainha voltou a tocar... e o Gui pegou na maçaneta...
Guilherme> Quem está ai?
Sua voz era forte... grossa... e impunha respeito... Mas foi outra coisa que ouvimos... e que jamais imaginaríamos...
Jú> Abre a porra desta porta que o TEM MERDA JÁ ESTÁ NA ESTAÇÃO CÚ!
Era a Jú? Falando de trem?
Guilherme> Juliana?
Eu ouvi as unhas dela passar pela porta de cima a baixo... arranhando como um gato faz pra amolar as garras...
Jú> ABRE ESTA PORTAAAAA... QUE JÁ ESCREVI UM BILETE NA CALCINHA!
O Gui abriu a porta e a Jú... de perninhas juntas... saiu como uma gueixa pra primeira porta de banheiro que ela tinha visto... Eu não acreditei na cena... ela andava miudinho e atrás dela estava o Bruno, com um sorriso de orelha a orelha... enorme...
Bruno> Já ri tanto que tou com dor no estomago!
Eu imagino...
Gabriel> Como ocorreu isso?
Bruno> Caranguejo... ela quis por que quis comer... e eu disse que era fim de noite e que não comece... que poderia ser velho... enfim... quase me mata por um banheiro...
Mãe> A Jú não tem jeito mesmo...
Gabriel> Tem que tomar cuidado, pode dar desidratação...
Ouvimos uma porta se bater... Mas a Jú não apareceu... daí eu entendi... e corri feito um doido... Mas ela já estava fuçando o meu note...
Jú> Você vai vestido de Pai Mai?
E então entendi a subida diarreia!
Gabriel> Você fingiu que tava com diarreia pra simplesmente me espionar?
Ela me olhou com uma sobrancelha arqueada...
Jú> Nada disso meu querido... vai ver o cesio 137 que depositei no teu sanitário... e se enxergar de volta até aqui vai me dizer o que sentiu...
Gabriel> Tá. Pode ser até verdade a diarreia, mas você esta me espionando aqui... isso está...
Jú> Claro... matando dois coelhos com uma só paulada...
Gabriel> Pra seu governo é a fantasia do Gui... e a minha você só saberá no dia... agora saia do meu quarto sua trapaceira...
Ela se levantou e me olhou nos olhos...
Jú> Quando menos esperar eu estarei dentro de sua mente... vou descobrir nem que tenha que montar uma equipe de elite pra te seguir... qualquer coisa que faça eu irei monitorar... e se compra uma lantejoula, saberei a cor, o tamanho, o valor e o fabricante...
Gabriel> Pois está declarada a guerra, porque eu farei a fantasia que Recife falará de forma épica... garanto que até uma marchinha de carnaval será composta em minha homenagem...
Nos enfrentamos como dois adversários em um ringue de luta... Já era certo... estava velado. Eu irira as ultimas conseqüências pra ganhar aquela disputa... nem que eu tivesse de raspar a cabeça, por lentes pretas e vestir roupa de monte pra fazer o ultimo imperador, mas eu iria vencer a Jú.
Jú> Nem pense em fazer algo pra ofuscar minha festa... Eu sou a aniversariante... EU! Gabriel> Pois então você terá que contratar a equipe de caracterização da Globo, porque mesmo com uma semana eu me dedicarei como se fosse me vestir pra impressionar Hollywood...
Ela apertou os olhos e se levantou...
Jú> Amarelo empombado... espere e verá...
E saiu fumaçando de meu quarto. Sorri, mas logo em seguida meu sorriso morreu... pensei.. Porra e agora? A Jú vai se dedicar ao máximo... e provavelmente já está toda esquematizada... Fui pra sala e encontrei ela e o Gui conversando... quando eu cheguei eles pararam a conversa... fiquei sem entender e ao mesmo tempo com uma pulga atrás da orelha...
Guilherme> Opa Biel... e aí... vamos?
Eu olhei inquiridor... mas nada falei... se os dois estavam tramando alguma coisa, melhor eu investigar e descobrir... se fosse sobre minha fantasia eu não sabia o que faria com o Gui... mas tenho certeza que ficaria muito irritado...
Mãe> Filho toca pra a gente alguma coisa... você nunca mais tocou...
Gabriel> Tou com fome mãe... e eu cantei a pouco tempo agora... hoje pela manhã mainha...
Mãe> Mas não tocou...
Fechei os olhos... não queria cantar, ou tocar, estava focado em descobrir sobre os cochichos velados entre Gui e Jú...
Guilherme> Vai Biel... toca pra mim...
A carinha que ele fez de moleque pidão era irresistível...
Gabriel> Mas Gui tou cançado...
Jú> Canta logo Gabi...
Bruno> Posso escolher a música...
Gente que saco! Queria não saber cantar, mas tudo bem, fazer o que? Com tanta pressão em cima de mim... me dirijo pro piano e levanto a aba das teclas...
Gabriel> Só uma música... apenas UMA!
Mãe> Uma de cada um... eu escolho uma, o Gui uma, Bruno uma e a Jú uma...
Gabriel> Ah não! Só uma...
Guilherme> Uma de cada um de nós... ah Biel... por favor... você sempre nos priva de ouvir você!
Nossa, eu odiava aquele argumento...
Gabriel> Certo, certo... só uma e não a música toda... só as introduções...
Jú> Mas você ta na má vontade mesmo... depois da gestão Hi Gui (e fez a continência nazista) você mudou... deixou de ser aquele menino doce... (olhei feio pra ela) mas também acho que foi porque perdeu MABEL...
Bruno> Perdeu MABEL? Que MABEL?
Ela seu o tempo suficiente pra que nós ficássemos curiosos...
Jú> A rosquinha MABEL...
Deus... não há como definir o quanto fiquei vermelho naquele momento... eu sentia as faces queimarem... o Bruno riu alto... a jú ficou com cara de prostituta em beira de estrada no fim de noite... e o Gui constrangidíssimo...
Mãe> Juliana! Que palavriado é esse? Se comporte mocinha...
Foi aí que eu me vinguei...
Gabriel> Mocinha? Acho que essa daí deixou de ser “mocinha” antes de largar a mamadeira...
Ela me olhou desafiadora...
Jú> Querido... eu apenas quero lhe dizer que eu substitui as mamadeiras... somente o produto do interior delas continuou o mesmo...
Realmente o pudor nasceu pra mim... porque eu fiz o comentário pra constrangê-la e foi a mesma quem me constrangeu.
Mãe> Juliana! Chega! (falou brava) começa logo ai Gabriel, antes que a Juliana dê uma de Dercy Gonçalves... alias... você deveria ir fantasiada dela...
A Jú fez cara de desdém e ficou calada... comecei a dedilhar o piano procurando uma música na mente... sem ainda saber o que tocar...
Bruno> Epa, pera Gabi... somos nós quem escolheremos esqueceu?
Suspirei...
Gabriel> Nem toda música que você imagina eu sei tocar no piano Bruno... tem que ta dentro do meu repertório...
Ele fez cara de quem não entendeu... daí eu peguei uma pasta e entreguei a ele...
Gabriel> Estas são algumas músicas que eu sei tocar no piano...
Ele olhou a pasta...
Jú> Ah deixa eu escolher a minha primeiro... não preciso olhar a pasta...
Eu olhei pra ela e dei de ombros... vamos que vamos...
Guilherme> Depois passa essa pasta pra mim Bruno...
Jú> Gabi, quero que cante (eu já sabia qual era, pois era a música preferida da Jú... sorri...) London London... com o Paulo Ricardo maravilhoso...
Era sempre aquilo... ela sempre pedia esta música... Fiz a introdução... e comecei... realmente era lindíssima a música... fechei os olhos e me envolvi...
Gabriel> I'm wandering round and round, nowhere to GO…
(a Jú bateu palmas e o Gui me olhou fixamente...)
Gabriel> I'm lonely in London, London, is lovely so.
(Aquela música tinha o poder de me transporter pra outros tempos… era flashes de viajes que eu fiz... quando criança... fazia lembrar-me do vento da praia no rosto... o vidro do carro aberto e o som do rádio tocando a música como se fosse uma trilha sonora daquele momento... eu amava esta situação... esta lembrança...)
Gabriel> I cross the streets without fear, everybody keeps the way clear
I know I know no one here to say hello
I know they keep the way clear, i am lonely in London without fear
I'm wandering round and round here, nowhere to go
(Tentei fazer a voz rouca do Paulo Ricardo, mas foi dificil… contudo, a beleza da música superava qualquer dificuldade ali... percebi os olhos da Jú molhados... ela realmente se emociona com aquela música...)
(E veio o refrão...)
Gabriel> While my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(A Jú fechou os olhos, aquela música realmente mexia com ela…)
Gabriel> Yes my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(No solo do piano o Bruno se chegou mais a Jú e a abraçou forte... ela aceitou e se recostou no peito dele... eu mesmo queria ficar com o Gui daquela forma...)
Gabriel> Oh, sunday, monday, autumn pass by me
And people hurry on so peacefully
(Olhei pro Gui e ele me fitava fixamente… seus olhos estavam absurdamente negros… mais do que o normal… era uma escuridão profunda, mas havia um brilho em seu olhar que iluminava ele todo... eram tão penetrantes aqueles olhos que pareciam ver minha alma, me desnudar por completo)
Gabriel> A group approach the policeman,
He seems so pleased to please them
It's good to live at least and I agree
(e ele sorriu… nossa por aquele sorriso simplesmente eu faria tudo… tudo mesmo... ele tinha o dom de fazê-lo amor por ele mesmo, sem esforço e sem medidas... posso dizer que naquele momento eu queria demais cantar pra ele...)
Gabriel> He seemed so pleased at least
And it's so good to live in peace
And Sunday, Monday years and I agree
(respire fundo e quando iria começar a cantar…)
Jú> While my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(mesmo um pouco desafinado ela cantou que me surpreendeu... estava no ritmo... e foi emocionante...)
Jú + Gabriel> Yes my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(Foi como umas pazes que faziamos, momentaneamente)
(mas sabia que nao duraria tanto… sei que tava sendo infantil ao competir com a Jú, contudo sei que aquilo não estragaria nossa amizade... alias... mostra o quanto amamos uma ao outro e que nosso amor é pautado na certeza de que podemos divergir, competir... discutir, mas somo amigos e amamos um ao outro)
Gabriel> I know there's no one here to say hello
(Mainha se levantou e pegou uma partitura do meu caderno de músicas…)
Gabriel> I choose no face to look at, choose no way
I just happen to be here and it's ok
Green grass, blue eyes, gray Sky (fechei os olhos…)
(o Gui Se levantou e sentou-se do meu lado… não no mesmo banco como da primeira vez que eu cantei One pra ele… mas proximo, que eu sentia a sua respiração)
Gabriel> God bless, silent, pain and happiness
I came around to say yes, and I say
(senti suas mãos acariciarem meu pescoço e me arrepiei todo… um arrepio da nuca até a base da coluna)
Gabriel> Green grass, blue eyes, gray sky
God bless, silent, pain and happiness
I came around to say yes, and I say
(Me concentrando ao extreme cantei mais intensamente, principalmente porque o Gui tava ali do meu ladinho...)
Gabriel + Jú> While my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
Yes my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(Senti a mão do Gui descendo até o meu pulso... acariciando... aquilo me arrepiou mais ainda)
Gabriel + Jú> While my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(A Jú já cantava alto e empolgada… com voz embargada e lágrimas escorrendo… eu estava muito emocionado… e o Gui do meu lado me deixava em êxtase)
Gabriel + Jú> Yes my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
While my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
Yes my eyes, go looking for flying saucers in the Sky
(E dedilhei o piano…)
A Jú se levantou e veio ao meu rosto com um beijo demorado… ela me abraçou e falou…
Jú> Obrigada. Só você consegue me fazer chora...
Eu me emocionei e o Gui sorriu, mas cuidou em afastar a Jú de mim...
Guilherme> Chega... vamos dar espaço ao nosso talento...
Ele tem ciúmes até da Jú... era engraçado aquilo. Mainha se levantou e pos a partitura que havia tirado do caderno e colocou na minha frente... meu olhos brilharam e eu olhei pra ela...
Gabriel> Mãe tem certeza?
Ela balançou a cabeça positivamente... eu pensei que ela pediria pra eu cantar Your Song... pois era a música dela e de meu pai, mas nossa, ela escolheu uma música que minha prima cantou no casamento dela... e minha prima era apenas uma criança...
Mãe> Tenho. Canta por favor...
Era uma música que mainha não escutava desde que um dia eu comecei a cantar porque vi um filme italiano antigo e havia amado a múscia. Mas ela chegou naquele dia enquanto eu tirava a música no piano e depois veio com o rosto banhado em lágrimas e me pediu pra nunca mais cantar esta música... e me explicou que foi uma das músicas do casamento dela... eu chorei na época também e nunca mais cantei pra ela a música... so a cantei outra vez quando estava sozinho em casa... e chorei novamente...
Gabriel> Mas mãe...
Mãe> Chega de Fantasmas... se eu posso escutar a música que representa seu pai e eu então posso ouvir esta...
Respirei fundo e peguei a partitura... li uma três vezes recitando na minha mente e tentanto lembrar a pronúncia...
Gabriel> Certo, vamos lá...
Jú> Qual é a música Gabi?
E eu falei...
Gabirel> Dio come ti amo!
(o som da voz era absolutamente triste...)
Gabriel> Nel cielo passano le nuvole
che vanno verso il mare
sembrano fazzoletti bianchi
che salutano il nostro amore
(fechei os olhos e imprimi o máximo de emoção – senti as lágrimas virem)
Gabriel> Dio, come ti amo
non è possibile
avere tra le braccia
tanta felicità
(mainha foi pra varanda, certamente chorar...)
Gabriel> Baciare le tue labbra
che odorano di vento (minha voz veio vibrante – e senti o Gui suspirar)
noi due innamorati
come nessuno al mondo
(era um timbre tristissimo)
Guilherme> Deus como eu te amo Biel... não é possível!
(olhei pra ele e senti o peso daquelas palavras e a importância dele pra mim)
Dio, come ti amo (vinha voz falhou e eu já começava a chorar)
mi vien da piangere (o piano dava o tom melodioso)
in tutta la mia vita
non ho provato mai
(Minha mente vagou... e eu tentei me concentrar, mas não dava... eu amava o Gui e ele dizer o quanto me amava naquele momento me deixava vulnerável...)
Gabriel> Un bene così caro
un bene così vero (eu estava rouco... e me esforcei pra tentar cantar, mas tava dificil)
chi può fermare il fiume
che corre verso il mare
(eu já cantava com o choro declarado, senti os braços do Gui sobre meus ombros... e eu parei... chorava que soluçava... ele me abraçou e me beijou a nuca... eu tremia todo o corpo, lembrei de meu pai... ele era absolutamente o meu maior amor... e agora tinha o Gui nesta função... senti medo de dizer o quanto amava ele... senti medo porque era tamanho este amo que era como o lamento de dizer DEUS COMO EU TE AMO)
Guilherme> Cante meu amor... não se importe com a voz... apenas cante... está lindo vida... lindo!
(e eu suspirei... tentei me acalmar ma era difícil... fui pra o piano... continuei de onde parei...)
Gabriel> Le rondini nel cielo (a voz era absolutamente embargada... e meus lábios tremiam)
che vanno verso il sole (meu corpo estava todo arrepiado)
chi può cambiar l'amore
l'amore mio per te (era a parte mais alta da música e eu tentei de tudo atingir a nota alta)
(minha voz absolutamente embargada, postada e gutural dava-me uma sensação de angustia)
Guilherme> Força meu amor... lindo demais... (a voz dele era embargada também)
(olhei pra o Gui por entre minhas lágrimas e vi seu rosto me fitando... então disse...)
Gabriel> Dio, come ti amo
(e veio o solo de piano que me deu tempo pra respirar... tinha que respirar)
Gabriel> Un bene così caro
un bene così vero (já senti minha voz voltar lentamente)
chi può fermare il fiume
che corre verso il mare
(senti os dedos do Gui colher minhas lágrimas... e ele beijar a lateral de meu rosto... carinhoso, cuidadoso... me senti protegido...)
Gabriel> Le rondini nel cielo
che vanno verso il sole (A voz já estava menos embargada mas eu ainda continuava emocionado)
chi può cambiar l'amore
l'amore mio per te
(mainha saiu da varanda... ela estava com o rosto vermelho e chorando. Olhei pra ela e falei)
Gabriel> Dio, come ti amo
(Depois olhei pro Gui)
Gabriel> Dio, come ti amo
E a música acabou... Mainha veio lentamente até mim e me abraçou forte... chorei sem medidas e ela apenas me acalentou... dando beijos na minha cabeça enquanto eu soluçava... ela me soltou e pegou meu rosto entre as mãos...
Mãe> Devemos enfrentar nossas dores com felicidade... você me ensina dia a dia meu filho... obrigada por este momento... choro não de dor mas de emoção de escutar o fruto do amor meu e de seu pai cantando tão bem e tão emocionado a música que embalou-nos ao altar... obrigada...
Eu não conseguia falar apenas sorri. Gui me abraçou e eu senti o calor de seu corpo...
Guilherme> Bruno escolhe uma música... mas por favor... escolhe uma animada...
Rimos todos... e o Bruno então decidiu por uma música muito legal...
Bruno> Eu gosto desta música aqui... espero que vocês também viu... (e falou...) Imagine...
Eu amo esta música. Nossa que engraçado esta música ser a música que o Bruno gosta...
Gabriel> Linda escolha Bruno... (ainda tava com voz de choro) linda mesmo...
Bruno> Eu não sou entendido de música mas esta eu sempre lembro quando falam de música e, poxa eu gosto pra caramba...
Ele riu sem jeito...
Gabriel> Posso canta Imagine com a interpretação da Madonna... tipo ela cantou numa tour em 2004 e eu estou com esta interpretação dela na mente... é a mais recente... eu acho a versão do Jonh Lenon imbatível e definitiva... mas a da Madonna tá fresquinha na mente... tem problema?
Bruno> Sem problema, claro que não tem... é você que vai cantar ora...
Jú> Se quizer por cinta liga...
Olhei pra ela e falei...
Gabriel> Tira ai a sua e me empresta...
Ela sorriu...
Jú> Assim que eu gosto... bem bravo...
Então comecei a toca no piano...
Gabriel> Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only Sky
(Bruno se empolgou e se levantou ficando em pé na frente do piano... ele batia as mãos no ar como se estivesse batendo numa bateria imaginárias...)
Gabriel> Imagine all the people
Living for today
(eu quase ria… era ilário ver o Bruno bater as maos no ar com olhos fechados daquela forma – detalhe… a música não tinha bateria...)
Gabriel> Imagine there's no countries
It isn't hard to do
(tentei parar de olhar o Bruno e me concentrar na música que é linda…)
Gabriel> Nothing to kill or die for
And no religion tôo
(respire fundo… precisava me concentrar na melodia… que era linda… e que tinha sido uma linda escolha do Bruno…)
Gabriel> Imagine all the people
Living life in peace
You...
Gabriel> You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day you'll join us
And the world will live as one
Gabriel> Imagine no possessions
Jú> Quem diria Bruno!
Gabriel> I wonder if you can
No need for greed or hunger
Jú> Que além da ignorância existe vida...
Bruno> Quê?
Gabriel> A brotherhood of man
Bruno> Não entendi amor… depois me fala… que tou escutando a música da Madonna...
Gabriel> Imagine all the people (e eu realmente ri)
Sharing all the world (cantava entre risos)
You...
Jú> Desisto!
Gabriel> You may say, I'm a dreamer (eu balancei a cabeça tentando esquecer o que ele disse)
But I'm not the only one
Bruno> Caramba essa música é boa demais…
Gabriel> I hope some day you'll join us
And the world will live as one…
(sé Deus sabe como consegui terminar… entre os risos e a crise que se iniciou…)
Gabriel> Bruno desculpa se ri um pouco... prometo que depois eu canto ela com mais emoção só pra você...
Bruno> Oxe... e não tinha a parte do riso não? Não é uma música alegre?
Estava ali a definição de Imagine pra Bruno... não era apenas uma utopia... uma música triste que falava de um futuro ideal... ou de um ideal em si... era a alegria de acreditar na humanidade unida... era rir... não chorar...
Gabriel> Poxa Bruno... valeu...você me ensinou que esta música é felicidade e não melancolia...
Jú> Não entendo nada Gabriel mas francamente, ele é meio retardadozinho... sem ofenças amor...
Rimos...
Guilherme> Bom, ainda falta a minha música...
Olhei pra ele...
Gabriel> Quero uma água antes...
Mãe> Pego pra ti...
Ela pegou e me deu... tomei a água e perguntei curioso...
Gabriel> Qua é a que você escolheu Gui?
E ele me olhou sorridente... E falou o que me deixou de queixo caído!
Gabriel> Gui não acredito! Você quer que eu cante... (interrompido)...
Guilherme> Quero que cante sim... quero que cante duas músicas por favor...
Gabriel> Gui o combinado foi apenas uma...
Guilherme> Mas eu simplesmente quero que cante duas ora... você não vai me negar este pedido...
Mãe> Poxa filho... só tem mais duas... por favor...
Suspirei... eles quando se juntam fico totalmente indefeso...
Gabriel> Certo... mas Gui escolher Whitney Houston? Mas você gosta dela?
Guilherme> Quem sabe? Olha Biel eu não faço idéia das músicas dela, tipo sei quem é mas não escuto, mas se está em seu repertório... então quero ouvir você cantar!
Gabriel> Não sei, é difícil demais...
Guilherme> Mas sabe cantar esta música não é?
Eu balancei a cabeça afirmativamente... peguei a partitura e suspirei fundo...
Gabriel> Vamos lá... então... (não estava preparado... mas cantaria I have Nothing, e seja o que Deus quiser…).
(comecei com o piano bem lentamente e a voz num tem baixo... fechei os olhos...)
Gabriel> Share my life
Take me for what I am
(comecei a me envolver pela música que é linda)...
(Fiquei impressionado com a escolha do Gui, ele que é tão rock, pensei que fosse escolher um Gun’s ou entao Rush nao sei, ele vem logo com o romântico... mas no mesmo instante percebi que ele queria me conhecer... as músicas que me embalavam...)
Gabriel> Cause I'll never change
All my colors for you
(era doce o timbre e neste momento eu lembrei a primeira vez que aprendi a cantar esta música... o quanto foi um desafio e o quanto estava sendo naquele momento cantar pra o Gui uma música difícil e que ele estava interessado apenas por fazer parte de meu repertório...)
Gabriel> Take my love
I'll never ask for too much
(abri os olhos e vi os dele em mim, como se estivesse irresistivelmente atraído... hipnotizado – não era fácil cantar e tocar o piano naquele momento... a música era difícil demais...)
Gabriel> Just all that you are
And everything that you do
(me preparei pra parte alta... tinha que me preparar...)
Gabriel> I don't really need to look very much further I don't wanna have to go where you don't follow I won't hold it back again,this passion inside
(Senti a mão do Gui em minha coxa… ele tentou me apoiar… mas eu já me entreguei a música... e eu era dela... sem medo e sem reserva... passei o limiar... o Tênue véu que divide o medo da apresentação do se apresentar em si... e sim... eu sei que consegui...)
Gabriel> Can't run from myself there's no where to hide (tom bem mais alto… respirei no fim e foi lá)…
Gabriel> Don't make me close one more door I don't wanna hurt anymore
Jú> Uruuuuu… gogó de ouroooooo!
Gabriel> Stay in my arms if you dare (senti os braços do Gui em pensamentos me abraçarem… me envolvi pela letra…) Or must I imagine you there Don't walk away from me I have nothing, nothing, nothing If I don't have you
(cantei olhando pra ele pra ele entender que simplemente eu nao era nada, nao tinha nada… nao seria nada se eu nao tivesse ele…)
Guilherme> Eu também pequeno (falou baixinho o que me emociou demais...)
(sempre com ele, independente que haja inúmeras pessoas do meu lado, eu sinto que não há ninguém, apenas eu e ele... é uma conexão que nos temos até hoje... não precisamos falar, apenas com o olhar nos entendemos... e aquela música, naquele momento fazia que todos se apagassem e só existisse eu e ele)
Gabriel> You see through right to the heart of me (mais suave, embora determinante) You break down my walls With the strength of your love I never knew love like I've known it with you (realmente esta era a minha frase para com o Gui – EU NUNCA CONHECI O AMOR COMO EU CONHECI COM VOCÊ) Will our memory survive One I can hold on to
(Ele me olhou emocionado... nossa que escolha!)
Gabriel> I don't really need to look very much farther I don't wanna have to go where you don't follow
Guilherme> Quero cantando pra mim sempre meu lindo menino (falou ao meu ouvido)
Gabriel> I'm hold back again this passion inside I can't run from Myself there's nowhere to hide Your love I'll remember forever
(entao simplesmente eu tentei o máximo)...
Gabriel> Don't make me close one more door I don't wanna hurt anymore
(eu respirei o que pude…)
Gabriel> Stay in my arms if you dare Or must I imagine you there Don't walk away from me I have nothing, nothing, nothing If I don't have you
(respirei… novamente… nossa era muito puxado e o Gui ficava o tempo todo me fitando o que me deixava mais timido… e timidez era o que nao combinava com aquele refrão...)
Gabriel> Don't make me close one more door I don't wanna hurt anymore stay in My arms if you dare Or must I imagine you there Don't walk away from me no, Don't walk away from me Don't you dare walk away from me I have nothing, nothing, nothing If I don't have you you If I don't have you Oh, oh, oh
(eu estava absolutamente acabado! Mas o Gui me abraçou e me deu um beijo…)
Um beijo na frente de mainha!
Eu simplesmente baixei a cabeça, depois do beijo... eu não tinha forças pra encarar ninguém... encarar a Jú... encarar o Bruno e principalmente, encarar mainha... pois logo depois de uma música super romântica como aquela, uma música que é uma declaração ambulante... simplesmente o Gui me beija!
Jú> Valeu o boi!
Bruno> é... estranho..aiiii caralho! (ele deveria está massageando o braço do beliscão da Jú, mas eu não sei... porque minha face estava baixa e meu cabelos cobriam toda a frente como uma cortina)
Guilherme> Biel? Que foi amor...
Mãe> Levanta esta cabeça seu bobo... acha que vai enfrentar o mundo de cabeça baixa...
Eu não conseguia... era difícil demais...
Mãe> Não tenha vergonha de quem arranjou seu bofe filho... que coisa boba...
Cada palavra que se dizia me deixava mais envergonhado... meu sangue deveria esta todo no meu rosto... eu não acreditava possuir mais sangue no corpo pra me deixar tão vermelho como eu estava...
Guilherme> Biel olha pra mim... foi incrível você cantar agora...
Eu ano conseguia era como se uma força simplesmente me impedisse...
Jú> Pois vou cantar seu rap agora... assim você para de vez com essa bobagem...
Gabriel... Seu malandri... (interrompi)
Gabriel> Certo ok... já tou aqui... (levantei a cabeça, um camarão, e a fiz calar a boca... nada no mundo me faria ouvir novamente aquele rap...)
Ela riu e todos de uma certa forma... olhei tímido pra mainha...
Gabriel> Desculpa...
Ela se levantou e abriu os braços... quando eu abri os meus ela do nada me deu um cascudo...
Mãe> Deixe de ser mané! Onde já se viu... me pedir desculpas por isso... ora seu Mané...
Sorri... amo maninha... Eu estava exausto, não queria cantar mais, mas Gui tinha escolhido outra música... e discutir com ele é sem cogitação, além do mais, eu não queria de forma alguma que ele me convencesse... vai que ele novamente me beijasse em publico... na minha cabeça esta com Jú, mainha e o Bruno era público.
Gabriel> Vamos terminar a sessão vergonha de vez escolhendo a próxima música Gui... próxima e ultima da noite... tou exausto.
Guilherme> Certo... mas esta vai ser pra mim...
Esperei por um rock paulera impossível de se cantar acompanhado do piano...
Jú> Canta Ilariê!
Nem dei bola...
Gabriel> Vai Gui, escolhe...
E ele escolheu...
Guilherme> Biel canta por favor, Earth Song do Michael Jackson…
Eu olhei pra ele surpreso...
Gabriel> O que deu em você hoje?
Ele sorriu e falou...
Guilherme> Hoje quando vi você cantando na gincana eu percebi que seu repertório é extenso, e que a Jú o conhece bem, pois foi ela quem escolheu o seu repertório na gincana, ou seja, ela conhece o que você gosta... entao eu também quero conhecer... quero saber o que você canta... porque você gosta destas musicas que não faziam parte de meu universo. Se eu escolhesse apenas musicas que eu gosto, então não te conhecerei verdadeiramente...
E mais uma vez fiquei sem palavras...
Gabriel> Gui fico emocionado com isso.
Mãe> Oh homem porreta!
Jú> Aprende viu mane!
Bruno> Aprender a cantar! Tem que nascer com esse dom Jú!
A Jú revirou os olhos e deu palmadinhas na coxa do Bruno... eu sorri, era realmente muito engraçado o fato dele ser tão desligado...
Gabriel> Eu amo esta música Gui, mas é complicada de cantar porque tem muito vocal...
Guilherme> Não tem problema... canta mesmo sem vocal...
Suspirei... era muito complicada mesmo, porque era uma música que tinha um vocal provocando uma resposta da voz prinipal, mas vamos que vamos. Comecei as notas principais com o piano... fechei os olhos e tentei visualizar a magia que a música do Michael nos proporciona, sobretudo aquela. Inicia-se lenta... com um toque de piano tocante...
Gabriel> What about sunrise
What about rain
What about all the things
That you said we were to gain
(A voz do Michael nesta música é afinadíssima... e muito triste. Tentei imprimir isto na minha interpretação, Gui ainda mantinha-se ao meu lado, como que quisesse entrar em minha pele e sentir as emoções que eu sentia quando canto)
Gabriel> What about killing fields
Is there a time (senti a mão dele segurando minha cintura)
What about all the things
That you said was yours and mine
(Jú se levantou e puxou o Bruno consigo… ela esta em pé a frente do piano do lado de mainha... Bruno veio por trás e a abraçou...)
Gabriel> Did you ever stop to notice
All the blood we've shed before
Did you ever stop to notice
This crying Earth, its' weeping shore
(e vem a parte que pramim é transcendental)
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh (fiz em falsete e toquei o piano de forma mais contundente pra suprir os vocais)
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
(O Gui me enlaça na cintura e seu rosto fica próximo a minha nuca... quase estava no colo dele... eu estará arrepiado com a música e com o Gui)
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh (fiz em falsete e toquei o piano de forma mais contundente pra suprir os vocais)
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Guilherme (ao meu ouvido)> Nunca o escutei algo tão sublime.
(E eu jamais poderia esperar que ele escolhesse aquela música que sempre a interpretei como algo magnífico, uma obra-prima)...
Gabriel> What have we've done to the world
Look what we've done
What about all the peace
That you pledge your only son
(esnti o Gui apertar o abraço e eu estava entregue...)
Gabriel> What about flowering fields
Is there a time
(mainha tocava no piano batendo nele e fazendo um som abafado, marcando o compasso... era uma sinergia...)
Gabriel> What about all the dreams
That you said was yours and mine
(jamais poderia imaginar que ficaríamos daquela forma, unidos em volta do piano... apreciando uma música, apreciando a companhia e fazendo cada um daquele momento algo inesquecível).
Gabriel> Did you ever stop to notice
All the children dead from war
Did you ever stop to notice
This crying Earth, its' weeping shore
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
(A Jú já começou a me acompanhar neste vocal e eu sorri pra ela...)
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
(Mainha continuava, gente jamais esquecerei este momento!)
Gabriel> I used to dream
I used to glance beyond the stars
Now I don't know where we are
Although I know we've drifted far (alto)
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
(respirei fundo, agora era forçar a garganta...)
Gabriel> Hey, what about yesterday (alto)
(What about us – fiz apenas no piano em todos, para suprir o vocal...)
Gabriel> What about the seas
(What about us)
Jú> Como é o refrão?
Gabriel> Heavens are falling down
(What about us)
Jú> Diz biel, Sei que ta faltando...
Gabriel> I can't even breathe
Gabriel> What about us (cantei) esse…
Gabriel> What about apathy
(What about us)
Jú> What o que?
Gabriel> I need you
Gabroel> What about us (quase soletrei)
Gabriel> What about nature's worth
(ooo, ooo)
Gabriel> It's our planet's womb
Jú> What about us!
(continuei com o piano e a Jú no refrão)
Gabriel> What about animals
Jú> What about it...
Gabriel> Turn kingdom to dust
Jú> What about us...
Gabriel> What about elephants
Jú> What about us…
(a Jú meio que cançou e parou de me acompanhar, continuei apenas com mainha batendo na madeira e eu no piano substituindo o vocal)...
Gabriel> Have we lost their trust
(What about us)
What about crying whales
Gabriel> Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
(minha voz foi se calando lentamente, mainha parou de bater no piano e eu finalizei apenas ao som do piano).
O Gui me abraçava forte como se quisesse me partir em dois...
Guilherme> Biel que música bonita. Poxa, por preconceito acabamos não vendo musicas legais, apenas porque não faz parte de nosso gosto musical direto.
Eu tava sem fôlego... mas reuni forças e falei...
Gabriel> Verdade. Tipo, eu tenho preferência por musicas onde a voz sobressalte, e as vezes não queria escutar bandas de rock, o que é um erro, pois elas possuem também uma gama de canções incríveis...
Jú> Por isso que eu recomendo Luiz caldas pra ti... IMAGINA VOCÊ CANTANDO... NEGA DO CABELO DURO!
Eu a olhei feio e disse...
Gabriel> Nossa trégua acabou... voltou a ser minha inimiga... (me dirifia Gui) você está proibido de falar pra essa fulaninha ai o que eu iriei planejar para a fantasia do aniversário dela... (Gui levantou os braços como se dissesse, ok você quem manda – me virei pra mainha) a senhora também ok... está proibida de falar qualquer coisa pra essa traidora...
Jú> Descobrirei em dois tempos, e eu irei fazer algo que nem essa doida nova ai vai ter idéia igual, a Lady Gaga...
Gabriel> Você pode fumar o cabelo da Lady Gaba como se fosse fumo de rolo que nem assim terá a mínima chance comigo...
Jú> Contente-se com o segundo lugar...
Gabriel> Não porque você já o ocupa... sua cadeira lá é cativa!
Foi quando escutei algo bater forte no piano, ia reclamar que poderia estragar quando vi quem fez isso...
Mãe> Vamos parar os dois? Vamos?
Mainha alternava entre mim e a Jú...
Mãe> Já tá ficando ridícula esta disputa...
Fechamos a cara abusados...
Bruno> Bom amigos foi ótimo, acho que o piriri da minha namoradinha acabou e entao, vamos lá...
Jú> Mas, mas (interrompida)!
Bruno> Vamos!
Nos despedimos deles, eu com cara brava e quando fui cumprimentar a Jú ela fala ao meu ouvido...
Jú> Se prepara que a carnificina vai acontecer até meu niver...
Gabriel> Pois se prepara você que não vai comer o carpaccio sozinha...
Nos separamos com sorrisos falsos no rosto, e a promessa de um destruir a vida do outro... Depois que a Jú foi embora eu e o Gui conversamos um pouco com mainha e depois resolvemos ir dormir. Era a primeira vez que o Gui dormiria lá no nosso apartamento, no meu quarto, e eu estava nervoso. Alias, nervossíssimo... entramos no quarto e o Gui estava com uma cara de safado que dava medo... Assim que eu fechei a porta ele me abraçou forte... já o senti duro...
Guilherme> Desde que eu vi você a primeira vez aqui lá da varanda do meu apartamento pelo binóculos eu fiquei imaginando o que seria te possuir aqui...
Eu tava todo arrepiado porque ele me abraçava por trás já passando o pau duro na minha bunda...
Guilherme> Hoje eu vou matar essa vontade...
Eu falai assustado...
Gabriel> Gui e mainha!
Ele sorriu e me virou... me deu um longo beijo que me deixou derretido... geralmente me derreto todo quando sou beijado... fico mole, pernas bambas e sem raciocinar direito. O Gui tinha uma força gigantesca que me envolvia e me fazia derreter em seus braços.
Guilherme> A gente geme baixinho um no ouvido do outro...
Eu tentei me desvencilhar e fiz bico...
Gabriel> Preciso tomar banho Gui...
Ele mordeu meu pescoço e falou ao meu ouvido...
Guilherme> E é lá que começaremos...
E sem mais delongas e de forma inesperada... tirou minha roupa rapidamente... depois a sua... Seu pau dava pulos e a cabeça tava vermelha... com o líquido viscoso já saindo aos poucos dela...
Guilherme> Quero você hoje Biel... até não aguentar mais...
E me pegou no colo... fomos pro banho. O meu banheiro não era grande como o dele. E ainda estava bagunçado do assalto, pois não havíamos arrumado tudo. Mas eu nem liguei. Apenas sentia extremamente excitado com o Gui ali dentro, o lugar onde tomei banho desde os 6 anos de idade, quando cheguei naquela cidade.
Guilherme> Quero você aqui dentro, debaixo do chuveiro meu amor...
Ele abriu o box e me pos lá... me pos de costas pra ele com as maos no azulejo do banheiro e separou um pouco, como se fosse uma geral da policia... depois abriu o chuveiro... eu gemi alto... a água batia nas minhas costas, no fim da coluna e escorria pela minha bunda... senti suas mãos na minha bunda...
Guilherme> Nossa. Posso passar anos e anos olhando essa bunda linda que não vou abusar, ou me cansar, e sempre vou me surpreender como é gostosa...
Eu apenas gemia e de olhos fechados, o coração palpitando, esperava pra ver o que ele ia fazer... E então senti o hálito quente dele nas minhas costas, próximo da água... e sua lingua quente se misturar ao prazer da água em minha pele... numa disputa de carícias que me deixava em êxtase...
Guilherme> Não há nada que me deixe com tanto tesão quanto você meu pequeno... poxa!
Ele dizia isso ao meu ouvido, com o hálito quente e meu corpo arrepiado ao seu toque... ao sentir seu sexo muito quente e rígido encostado na minha bunda e suas mãos quase que esmagando minha bunda... nossa, eu estava entregue a lascívia do Gui...
Gabriel> Gui não me tortura...
Ele sorriu e mordeu meu pescoço... eu me arrepiei mais ainda...
Guilherme> Vou deixar você a beira da loucura, igual como estou meu pequeno...
Senti suas mais abrirem minha bunda e ele descer lentamente pela coluna com a língua percorrendo cada parte das costas pelo centro até chegar a base das nádegas, que, separadas já sentia a água percorrer pelo meu orifício como um prenúncio de que seria invadido mais do que estava sendo.
E senti suas mãos lá. Com o dedo polegar, Gui simplesmente circundou a entrada deixando-me não só relaxado, mas completamente febril. Eu olhei pra onde estava e senti algo totalmente inusitado... novo. Embora estivesse fazendo amor com a pessoa que mais amo na vida... que me deixa completamente entregue e seguro... ali no banheiro de minha casa... da casa mainha... onde desde criança vivi... era como se fosse a primeira vez...
Gabriel> Aaahhh Gui para... (ele estava com a língua em cada lado de minha bunda e o dedo fazendo o que fazia) ahhh faz amor logo Gui...
Ele lambeu lá e eu quase cai com as pernas bambas...
Guilherme> Quero degustar cada momento... quero degustar meu bebê aqui em sua casa...
Fechei os olhos e lembrei todos os momentos naquele banheiro... enquanto o Gui me dava um magnífico banho de língua... eu lembrava da primeira vez que havia me masturbado ali... era quase uma segunda vivência... anos e anos sonhando com o homem que faria aquilo comigo e eu estava vivendo...
Gui entao tentou introduzir a lingua e eu senti que não suportaria mais... senti as mãos dele segurarem meu pênis e tremi com medo de chegar ao orgasmo rapidamente...
Subitamente ele se levanta e me vira pra ele... me beija forte... me abraçando e segurando minha cabeça como se quisesse entrar em mim... era um beijo intenso... quando Gui parou ele me olhou e vi seus olhos mareados.
Guilherme> Você tem noção do que provoca em mim? Do quanto lhe amo?
Eu o olhava... nossa... ele não tinha noção do quanto EU O AMAVA.
Guilherme> Olha Biel... me seguro muito mesmo pra não te penetrar aqui...
Seu pau estava vemelho e muito duro. Eu olhei e fui me baixando. Ele me segurou...
Guilherme> Não!
Gabriel> Você não quer?
Ele havia me impedido de fazer oral. Não entendi...
Guilherme> Não é isso meu amor. Não é isso. Eu quero sim, e muito. Mas hoje, é você que eu quero dar prazer. É você, na sua casa. No seu quarto...
E me beijou mais uma vez... O que ele planejava? E entao começou... Deu-me um banho completo. Me ensaboou completamente... eu via a sua excitação e ele se controlar o tempo todo... estiquei o braço pra tocar seu pau mas ele recuou...
Guilherme> Já disse que eu quem iria te dar prazer...
Gabriel> E eu aceirei, mas não disse que colaboraria facilmente...
Ele riu alto que julguei mainha ter escutado de seu quarto. E foi este pensamento que me ocorreu e me fez, assustado comentar...
Gabriel> Gui mainha tá ali do lado viu... ahhhh (ele havia posto seu dedo em minha bunda tocando a entrada)
Guilherme> Entao morde o lábio e geme baixo, porque vou fazer você gozar muito home meu pequeno...
E senti seu dedo me invadir... num misto de calor e ardência que me fez quase cair.
Ele retirou o dedo e ficou apenas circundando o orifício. E sua língua nos meus lábios fazendo o mesmo movimento... Ligou o chuveiro novamente e retirou todo o sabão... depois me enxugou vagarosamente, passando a toalha por todo meu corpo...
Enxutos ele me pegou no colo e, fora do box, me pôs sentado na pia... me lembrei de quando eu era pequeno e pra alcançar aquela pia pra escovar os dentes mainha pôs um banquinho e eu subia nele. O Gui me pôs sentado na pia e minhas pernas pra cima... e baixou lambendo minha bunda, antes de eu fechar os olhos e delirar eu vi o banco no canto próximo a porta... e aquela imagem ficou na minha mente... mas rapidamente foi substituído pelo prazer da língua do Gui me invadir.
Não lembrava que ali era o lugar de escovar os dentes... desde pequeno... era o lugar onde agora eu sentia prestes a gritar de prazer... nos braços do homem de minha vida. O Gui se levantou e me beijou... e depois olhando-me nos olhos foi me penetrando... senti seu pau invadir-me... doía muito, mas ele havia me preparado tanto que deslizou pra dentro de mim.
