Ele me levantou com um só braço...
Guilherme> Se machucou?
Eu balancei a cabeça negativamente...
Gabriel> Mas como... como? Eu tava te vigiando...
Ele sorriu novamente.
Guilherme> Quando fui ao banheiro eu sabia que você iria fugir, entao fiquei olhando pra ver se você ia sair... e dito e feito! Você queria pregar uma peça em mim... entao esperei você desviar o olhar e sai do banheiro... dei a volta no bar...
Ele estava a um passo de mim, o tempo todo, que raiva!
Guilherme> Vamos pra mesa...
E me pegou pelo braço me levando até a mesa sem se importar com os olhares.
Sentamos... eu tava emburrado...
Gabriel> Agora fala sobre o maldito moleque paquerinha...
Suspirei... ele tem que ser sempre o macho alfa?
Gabriel> Ele não era uma espécie acabada de paquera. Era um protótipo. Nós éramos crianças... e ele me olhava muito... eu nem retribuía (o Gui grunhiu) estudávamos no mesmo horário... e ele simplesmente me olhava muito... eu nem sabia o que era paquera na época... mas eu gostava (ele bateu o copo na mesa e eu apressei o fim da história) daí um dia, quando já nos falávamos, a professora fez-nos ficar lado a lado pra tocarmos uma música juntos... ele tava meio tonto... mas começamos... só que no meio da música ele me olhou nos olhos e abriu a boca pra dizer algo... só que ele vomitou em cima de mim... na minha barriga e pernas...
Fechei os olhos tentando não lembrar...
Gabriel> Depois deste dia eu nunca mais o vi!
Ele sorriu meio aliviado...
Guilherme> Bem feito. Eu nunca vomitei em você.
Olhei pra ele e falei...
Gabriel> Que coisa feia de se dizer Gui... coitado do menino. E de mim... quase desisti do piano... eu parei de fazer aula também... não queria ver piano perto de mim pois lembrava do cheiro do vômito.
Guilherme> E depois de quanto tempo voltou a tocar?
Suspirei...
Gabriel> Depois que fiz as pazes com o vômito... eu peguei um dia que mainha foi com dona Alba para São Paulo e eu fiquei na casa da Jú... a Jú me desafiou a beber – só que eu nunca tinha bebido... daí bebi com ela tanto, mas tanto que eu passei um dia inteiro vomitando. Tipo eu tomava água e vomitava. Comia uma maçã e vomitava... daí desencanei com o vômito...
Guilherme> Definitivamente esta Juliana é uma má influência pra você. Garanto que ela não bebeu nada!
Era verdade...
Gabriel> Ela jogava a bebida na planta, no aquário – matou os peixinhos – e eu bebia tudo...
Guilherme> Não quero você sozinha com ela ok.... não quero!
Suspirei. Ia ser difícil... achei melhor mudar de assunto...
Gabriel> Mas você me deve algumas respostas. E não eu...
Guilherme> Tá... continua...
Respirei fundo e tomei mais um gole da cerveja...
Gabriel> Guilherme. Se eu te deixasse. O que aconteceria?
E seus olhos assumiram um negro indescritível.
Guilherme> Existe esta possibilidade em sua cabeça?
Eu fiquei subitamente envergonhado do que havia dito. A voz do Gui estava grave. Mas notei o tom de mágoa.
Gabriel> Gui nunca passou pela minha cabeça... jamais. Em nenhum momento de minha vida. Nem quando você saiu do apartamento dizendo que não me queria mais...
Guilherme> Eu não suportei passar dois segundos na perspectiva de que não existia mais você em minha vida. Tanto que voltei sem aguentar esta situação... (ele suspirou) Biel não vai haver nada que me faça afastar de você. Se um dia, bem hipotético, você disser que não me quer mais... eu simplesmente não aceito. Não quero. E terá que se acostumar comigo.
Eu olhei pra ele com os olhos bem abertos.
Guilherme> Eu não te deixarei ir. Nem que eu tenha que te prender. Você é meu. Meu. Meu!
Eu entendia o que ele disse...
Gabriel> Mas se...
Guilherme> Vou te dar umas palmadas se não parar com isso seu moleque...
Ele falou bravo. Preferi não provocar... eu ia dizer, mas se eu fugir...
Gabriel> Gui eu não tenho como viver sem você. Sei que sou jovem. Mas eu tenho uma certeza... e quando esta certeza está em nossos corações a gente não precisa ter idade ou maturidade... ou vivencia de vida... a gente sabe que é certo. E eu sei que te amo.
Suspirou feliz...
Guilherme> Pequeno... meu pequeno...
Gabriel> Tá então posso fazer outra pergunta?
Guilherme> Desde que não me deixe...
E então perguntei...
Gabriel> Onde iremos dormir? Tipo... tou de calção e camiseta... não tenho roupa aqui e tou pregado... onde iremos dormir? Vamos entrar num hotel assim?
E ele sorriu malicioso...
Guilherme> Sempre quis dormir em motéis!
Eu sorri da carinha maliciosa dele... ele estava absolutamente feliz...A noite estava sendo maravilhosa... aquele lugar tranqüilo. Aquela meia luz. O Gui simplesmente sendo perfeito. Nossa. Nunca esquecerei aquele dia.
Já estava um pouco tarde quando ele decidiu sair da praia do jacaré... fomos pro carro e quando subitamente ele me puxa pelo braço e me abraça forte... um grande beijo se inicia... me dei conta de onde estávamos e tentei me desvencilhar...
Gabriel> Gui para... olha onde estamos...
Estávamos no estacionamento, próximo ao carro. Suas mãos eram firmes me segurando... senti um arrepio na coluna... e uma excitação sem medidas...
Guilherme> Não somos daqui e não vimos pra ficar...
E voltou a me beijar forte... sua língua invadindo-me... sem dar chance nem pra respirar... eu senti seu pau roçar minas coxas e ele então meio que se descontrolar... era complicado aquilo... estávamos no meio de tudo, onde qualquer pessoa veria... mas era tão bom, tão excitante que simplesmente me deixava mais excitado.
Gabriel> Gui (entre um beijo e outro) mas alguém pode... (entre beijos)
Guilherme> Quero fazer amor... quero sentir você... quero...
Eu tentei desvencilhar... Gui tava sem controle... Foi quando escutamos passos. Eu juntei todas as minhas forças pra me afastar dele. Mas não deu em nada... uma menina e um senhor passaram e viram nos dois abraçados... eu fiquei vermelho e o Gui os olhou com cara de bravo. Os dois desviraram o olhar... mas eu pude notar o sorriso disfarçado da menina... quando passaram por a gente o senhor nos fitou nos olhos com cara de desagrado. Parecia um pastor evangélico... e provavelmente esta era a religião dele... eu fiquei tão constrangido que desviei o olhar... eles passaram por nos sem falar nada... mas quando chegou lá na frente ela se virou pra nos e fez sinal de positivo e pelo que entendi falou so com os lábios “valeu colegas”...
Gabriel> Ela é sapa!
Guilherme> E eu com isso... quero é te beijar...
E voltou a me beijar... e foi um beijo longo... molhado... apaixonado, como se fosse a primeira vez que nos baijavamos... Depois ele parou e eu abri os olhos lentamente... ainda hipnotizado pelo beijo maravilhoso que me deu.
Guilherme> Você é um príncipe. Meu príncipe.
Eu estava vermelho mas absolutamente feliz...
Guilherme> Quer ir pra algum lugar meu pequeno?
Eu o olhei nos olhos...
Gabriel> Quero ir pra qualquer local onde possamos fazer amor.
E o brilho negro de seus olhos foi intenso... ele abriu a porta do carro pra mim. E correu dando a volta no carro e logo sentou-se ao meu lado... eu olhei e estava enorme o volume nas pernas dele... Ele percebeu que eu estava olhando e falou...
Guilherme> Quer pegar, meu pequeno?
Eu fiquei tão vermelho que virei o rosto... ele sorriu e senti sua mão pegar a minha... ele a conduziu até seu pau...
Guilherme> Olha como ele ficou quando você pediu pra sentir ele agora...
Eu estava muito tímido. Mas quando ele colocou minha mão foi como se tocasse uma brasa... eu já o toquei diversas vezes... já provei dele... já senti ele dentro de mim... mas sempre que acontecia eu sentia uma euforia... um êxtase... um sentimento de novo... de descoberta... sentir a dureza dele... quente... pulsante... nossa!
Guilherme> Toca no meu pau vai meu pequeno... sente ele duro... sente ele pronto pra entrar em meu amor... sente...
Marcava tanto o pau na bermuda que eu percebi uma mancha do lado... não resisti e me baixei...
Guilherme> PUTA QUE PARIU! (eu lambi a cabeça do pau dele por sobre a bermuda e senti o liquido que fez uma mancha ali – senti ele tremer de tesão)...
Sua respiração era ofegante e ele gemia baixinho... contido... segurando o tesão...
Guilherme> Para pequeno... paraaaaaaaaaaaaaaa (eu mordi o pau dele por cima da bermuda e ele se esticou todo no banco, como se tivesse se espreguiçando... os pelos de seus braços estavam ouriçados e o pé esticado como se sentisse uma câimbra)...
Gabriel> Tá tão cheiroso...
Eu cheirava a bermuda dele e passa a língua no calção... Ele gemeu... depois, como se sentisse uma dor profunda me puxou pra ele... e me deu um beijo dolorido... esmagando minha boca...
Guilherme> Melhor parar senão te fodo aqui mesmo.
Eu me recompus e fui pra minha cadeira... ele ligou o carro... eu entao olhei de canto de olho e sorri... fui pondo minha mão na coxa dele enquanto ele manobrava o carro... quando ele fez a manobra pra ir pra saída do estacionamento eu deslizei minha novamente para o pau dele... ele me olhou e eu sorri...
Gabriel> Vamos ver se você aguenta até o motel...
Eu então baixei a mão até o saco macio e apertei... ele gemeu alto e seus olhos eram puro desejo... Ele arrancou o carro em velocidade até a entrada do estacionamento... teria que parar pra baixar o vidro e pagar... como o Troller é um carro relativamente alto não dava pra ver minha mão nas partes intimas do Gui... e eu estava castigando... com o polegar eu circundava um testículo que já se intumescia... enquanto o dedo médio subia pela veia grossa... ele respirava com dificuldade...
Guilherme> Para Biel... que tenho que pagar o... ahhhh (neste momento eu puxei o saco dele pra baixo... segurando os testículos... ele diminuiu a velocidade e quis fechar os olhos...) para amor... tamos na saída, quase...
Ele parou na saída e uma meça veio pra janela do Gui... eu subi pela base do pau e agarrei a cabeça... apertei e fui subindo e descendo por cima da bermuda... ele se segurava com os dentes trincados e um sorriso amarelo pra menina... Eu queria mais. Pus a mão por dentro da bermuda... senti sua barriga retesada... ele se esticou todo e com a voz forçada perguntou...
Guilherme> Boa noooite! (ele sorria amarelo... eu estava me divertindo ao máximo)
Moça> Boa noite senhor...
Eu passei o polegar na cabeça do pau e estava babando ao extremo, parecia um rio que saia dali... senti ele respirar forte. Muito forte.
Guilherme> Quanto... (eu apertei o pau dele – ele gemeu disfarçando com uma tosse seca) quanto custa! Ahhh
A moça olhou pra ele... só via pouco porque o Gui tinha aberto muito pouco do jippe.
Moça> Custa 8 reais moço...
O Gui respirou mais fundo ainda pois eu pus o polegar e o indicado como um círculo e fui descendo da cabeça até a base do pau... encostando no saco... senti minha mão melar com o líquido que dobrou...
Guilherme> Deixa ver se eu tenho (ele suspirou pois simplesmente eu subi tudo de volta...) aquiiii (ele pigarreou – senti seu corpo tremerA moça achou estranho... certamente pensou que ele tava bêbado... Eu queria provocar ele... fazer ele se arrepiar... gozar se possível naquela situação... e pelo que pude perceber... os testículos estavam tão duros que poderia jorrar a qualquer momento. Com movimentos circulares eu subi e desci com aquele pau que incendiava seu cheiro dentro do carro... Ele tentou pegar a carteira no bolso de trás... e não podia se levantar muito pois seu pau é muito grande e tava duro fazendo uma barraca na bermuda e minha mão enfiada lá dentro fazendo loucuras...
O pobre do Gui não conseguia pegar a carteira... eu então eu com a outra mão pus na bunda do Gui pegando a carteira no bolso de trás, que ele não alcançava... ele tava todo a minha mercê... e eu o deixaria louco de desejo... apertei pela primeira vez a sua bunda e ele virou serio pra mim... sorri...
Gabriel> Aguenta...
Ele sorriu de volta e eu entreguei a carteira a ele... peguei seu pau e simplesmente dei duas grandes masturbadas... languidas... que ele fechou os olhos... e abriu a boca... sem emitir o som apenas com os lábios disse... “caralho quase gozo...”
Moça> Senhor?
Ela bateu na porta... outro carro buzinou atrás... e o Gui segurava o Gozo... e claro... a carteira na mão trêmula.
Moça> O senhor está bem?
Ele virou pra moça e forçou mais um sorriso estrangulado... os vidros do carro estava quase que totalmente embaçados de nossa respiração.
Guilherme> Siimm (com a voz forçada) quanto mesmo?
Eu então decidi tirar o pau dele... nossa estava vermelho demais... acho que do atrito da bermuda... super melado... era tanto liquido que saia dali que parecia que ele iria ficar desidratado... Fiquei de água na boca... e entao passei a língua... olhei a cara de Gui e ele fechou os olhos...
Moça> Senhor são oito reais...
Eu lambi o saco de Gui e ele tremeu todo o corpo... passei a língua pela veia grossa e cheguei ate a cabeça... senti uma mão dele afastando minha cabeça do pau enquanto a outra procurava em vão na carteira uma nota pra pagar a moça que pacientemente esperava do lado de fora.
Guilherme> Gabriel (ele falou baixinho) moça deixa eu encontrar... ahhh (ele gemeu)...
Moça> O senhor ta bem?
Ele sorriu entre os dentes... e falou...
Guilherme> Sim só um pouco com dor no estômago... (ele tremeu forte) acho que comi demais...
Ah! Dor no estomago né... é isso que eu representava aquela hora... Puxei o pau dele pra baixo e chupei a cabeça com força engolindo até a metade... o que fez ele grunhir como um animal... suas coxas se apertaram e ele visivelmente segurava o orgasmo...
Guilherme> Tire aqui... (entregou a nota a moça... uma nota de vinte reais...)
E entao eu chupei aquele cacete enorme com tanta ênfase que ele abriu a boca e olhou pra baixo... Seu rosto dizia... vou gozar... Olhei pra ele e tirei o pau da boca... apertei a cabeça como ele faz quando ta perto de gozar e não quer... pus a cabeça do pau do lado de minha bochecha e olhei inocente... falei apenas com os lábios sem emitir som “não quero que goze agora”... e fiz um bico enorme... o que fez ele quase chorar de dor pra segurar o gozo... Ouvimos batida na porta do carro e era a moça...
Moça> Senhor o troco...
O Gui tava desorientado... prestes a gozar... senti até o gosto de seu pré-gozo... mas mesmo assim ele não gozou... porque eu pedi... ele respirou profundamente, sem se importar no que pensaria a moça...
Guilherme> Fique com ele... (sua voz era puro desejo... senti sua mão nos meus cabelos... carinhosas...)
Olhou pra baixo sem se importar ainda...
Guilherme> Tenho um assunto pendente...
E levantou o vidro, ligando o carro e arrancando dali.Ele dirigia rápido... e eu não queria dar trégua a ele...
Guilherme> Biel para senão vou virar o carro... (eu lambi dentro do rasguinho da cabeça do pau) caralhooooooooooooo...
Comecei a morder de leve o freio... senti o saco dele entumescido e puxei com as mãos...
Guilherme> Onde tem uma porra de motel (ele gemeu) ahhh... (respirou) na porra de cidade... (eu chupei a cabeça languidamente e com as mãos fiz movimentos circulares) CARALHO GABRIEL QUE DELICIAAAAAAAA (ele gritava alto – diminuiu a velocidade do carro... e se esticou todo) pare seu moleque senão eu...
E eu desci com a ponta da língua até o saco e ali... entre um testículo e outro, puxei com a pele com a boca... numa mordida entre os lábios... Ele olhou rápido sem acreditar no que eu fiz... sua boca estava aberta e seus olhos arregalados...
Guilherme> Vou gozar amor!
Eu puxei mais forte e fiz som de cachorro brigando... balancei negativamente a cabeça...
Não queria que ele gozasse...
Guilherme> Seu safadinho... vou te dar uma lição isso sim... ahhhh caralho...
Eu voltei a chupar ele que estava visivelmente segurando o gozo... senti o carro guinar pra direita e entrar na BR... ele andou alguns metros e olhando atento virou bruscamente pra direita... entramos numa rua de terra... eu continuava a chupar fortemente o pau do Gui que tava uma delicia... macio...
Guilherme> Amor eu vou gozar porra!
Gabriel> Não! (falei literalmente de boca cheia)
Ele entrou numa propriedade... não! Não era uma propriedade era um motel... bonito... circular... eu não via direito mas ele parou o carro... aproveitei pra deixar ele mais enlouquecido enquanto falasse com a recepão...
Guilherme> Quero uma suíte...
Eu puxei a pele pra baixo e segurei os testículos... era difícil porque o pau tava todo melado... Então lambi apenas o freio... ele gemeu alto e a moça que falava um interfone falou...
Moça> Senhor qual a suíte... temos a romana...
E foi dizendo as suítes e o Gui fechou os olhos... se esticou todo... segurou minha cabeça e gozou na minha boca com tanta força e tanto que escorreu pelos cantos da boca... ele gemendo alto e forte...
Moça> Senhor qual desses?
E o Gui gozava sem parar em minha boca... com o corpo dando choques elétricos... fortes...
Guilherme> Esse ultimo... (falou estrangulado)
A moça estendeu uma chave pra ele que não a pegou... estava ainda curtindo o gozo...
Moça> Senhor a chave...
E ele olhou de lado... meio tremulo... pegou a chave... e o portão se abriu.. Com dificuldade Gui dirigiu até o numero da chave e chegamos... Ele estacionou o carro e ficou de olhos fechados no banco... enquanto eu chupava o seu pau até deixar ele limpo... o que foi uma tortura pra Gui pois ele sente muita sensibilidade quando goza...
Ele trincava os dentes... e com a cabeça caída no banco do carro, de olhos fechados... ele tentava resistir as minhas ultimas chupadas em seu pau ultra sensível.
Guilherme> Para amor... caralho que gozada!
Eu continuava a lamber seu pau e ele sentia os choques elétricos... era lindo vê-lo daquela forma. Indefeso... totalmente indefeso. Seus olhos fechados, as sobrancelhas arqueadas... e o corpo tremendo todo... era cada vez mais excitante... Por isso, com a língua, eu descia pela veia grossa até o saco... mesmo tendo gozado vejo o seu pau pulsar! Ainda muito duro... bastante vermelho e todo melado de minha saliva e de sua própria porra. Limpei tudinho e olhei pra ele... seus olhos estavam em mim... fiquei repentinamente tímido... e tentei me afastar... ele me segurou...
Guilherme> Sabe o quanto você é especial? Único?
Eu estava mudo... suas mãos seguravam minha cabeça...
Guilherme> Não tem nem noção do que fez agora não é mesmo? Age por impulso. Como uma criança que provoca... sem tantas intenções ocultas. Apenas pra se divertir... (ele suspirou) é isso o que me atrai tanto em você!
Gabriel> O que Gui?
Perguntei num fio de voz.
Guilherme> Sua maneira de encarar as coisas. De fazer o sexo mais erótico de foma digna e pura...
Jamais esperei ele dizer aquilo...
Gabriel> Entao não vai me castigar por ter feito o que eu fiz contigo agora?
Fiz bico como se tivesse magoado... Ele riu muito e falou...
Guilherme> Vou sim... há como você vai ser castigado moleque... olha como ele tá ainda...
E percebi que sofreria... ou não! Ele me deu a volta no carro. Era engraçado ele andar com o calção quase arriado... ele segurava do lado. O pau pra fora em pé... duro melando a camiseta. Era uma cena muito erótica... ele abriu a porta pra mim... e eu desci. Ficamos frente um ao outro... relembrei da primeira vez que nos tocamos intimamente e um arrepio tomou meu corpo pela coluna... ele percebeu...
Guilherme> Tá com frio pequeno? Eu te aqueço...
E mostrando a imensa força que sei que possui... me levantou nos braços (o que normalmente não é fácil).
Gabriel> Gui me põe no chão...
Guilherme> Na cama é mais apropriado... mas antes...
E abriu a porta, entramos mas fomos diretamente para o banheiro...
Guilherme> Vamos tomar aquele banho...
Eu sabia bem qual era... Ele me pos no chão e encheu a banheira... eu olhei o ambiente em volta e fiquei impressionado. Era uma enorme suíte... toda decorada em estilo oriental... era enorme... e tinha. mentira! Mentira que aquilo é um...
Gabriel> Gui isso aqui é um tobogã?
E meus olhos brilharam repentinamente.
Guilherme> Muito legal...
Gabriel> Gui vamos pro tobogã! E vamos brincar...
Ele me olhou com um olhar de quem dissesse... “brincar no tobogã? Não mesmo... vou fazer algo melhor...” e foi tirando a própria roupa... seus músculos estavam extremamente retesados... e havia pontos vermelhos em todo o peito e pescoço... acho que o esforço de tentar não gozar fez ele ficar todo vermelho daquele jeito...
O pau pendia balançado... duro... e muito vermelho... Ele se aproximou e começou lentamente a tirar minha roupa. Suas mãos fortes eram urgentes. Sentia seus dedos quentes levantar minha camisa... e ele mordia de leve meu pescoço. Passava a língua... e falou rouco...
Guilherme> Canta algo...
Eu não sabia o que falar... o que dizer...
Gabriel> O que? Não sei...
Guilherme> Apenas um verso...
Eu então cantei, a capela, uma única frase que me veio a cabeça...
Gabriel> Mais uma vez só bastava pedir...
Tudo de mim...
Por nada demais
Deixar meus lábios felizes assim...
Falando estas loucuras...
Ele passava a língua na veia do pescoço sentindo-a vibrar a cada nota da canção... era muito, mas muito excitante... e eu fiquei absolutamente inebriado.
Senti quase vagar pela caricia do Gui... e acho que desafinei... e muito, pois era torturante sentir ele beijar... lamber... acariciar minhas cordas vocais daquela forma...
Gabriel> Minhas palavras têm pouco a dizer (seus beijos se aproximavam mais ainda de meu queixo)
Porque teu silêncio é mais
Quem dera ter o prazer (ele entao sobe um pouco mais... incendiando por onde passa)
De ser um verso em tua voz (e sua boca me beija... mas como que se tomasse consciência da letra ele para)
Ele me olhou fixamente...
Guilherme> Eu que queria ser a sua altura meu pequeno. Não o contrário...
E então me abraçou forte... eu estava emocionado... feliz... realizado. Pleno.
Gabriel> Mas eu me sinto assim Gui... me sinto seu totalmente. Completamente. Quem dera meu amor eu ser...
Ele me calou com um beijo... e falou algo que realmente eu não esperava...
Guilherme> Para de me emocionar... porque não esqueci o que você me fez... e nada neste mundo vai me fazer não te dar a lição que você merece...
E dito isso me pôs nos braços e me levou pra dentro da banheira...que estava cheia... e eu pensei: Poxa... tava quase conseguindo, mesmo inconscientemente, me livrar do castigo... Meu coração deu um salto. O Gui me olhava com lascívia...
Guilherme> Não terei dó Gabriel... (ele entrou na banheira...) sabe o que senti quando você pegou no meu pau lá no estacionamento? (O Gui se sentou e me puxou pra ele... senti o pau babando minha barriga) e quando você me masturbou... (senti a mão dele na minha bunda e gemi... seus dedos roçavam o orifício) e quando começou a chupar... (gemi alto... quase gritei... ele tava enfiando um dedo em mim) eu estava a beira do gozo... te avisei e você nem ai... alias... intensificou... (senti seu dedo entrar todo... era diferente... era árido... ele estava todo dentro de mim...) que coisinha apertada essa bunda amor... ela é minha não é? (eu apenas balancei a cabeça... minhas faces queimavam) você vai me dar ela até eu não aguentar mais... sem reclamar... sem dizer nada... apenas aproveitar... porque vou te castigar por tudo o que você fez seu moleque delicioso...
Ele começou a botar e tirar o dedo de dentro de mim... eu amava aquilo... nossa...
Gabriel> Gui para...
Guilherme> Parar? PARA?!!!
Eu senti seu dedo médio entrar com mais intensidade... gemi alto...
Guilherme> Só vou parar quando meu pau tiver na carne viva...
E então eu percebi que não deveria brincar com fogo... ou pelo menos soprar mais forte pra apagar ele... pois na realidade eu o deixei absolutamente aceso..O Gui tirou o dedo de mim... e me puxou pra ele... senti ele me pegar como um boneco... era o que eu era nas mãos dele... um boneco... ele me pos no colo dele e encaixou o pau em mim... bem no local... certeiro! Senti a cabeça invadir-me... numa dor fina e quente...
Guilherme> Vou te fuder meu pequeno... muito... não agüento mais... (ele tremia e me mordia forte o ombro... estava descontrolado...)
Eu senti ele entrar dentro de mim aos poucos... doía muito... muito! Mesmo ele tendo preparado a pouco... doía mesmo...
Gabriel> Gui vai devagar... tá doendo...
Guilherme> Devagar é?
Gabriel> Sim por favor... sim...
Ele me olhou com um sorriso delicioso.
Guilherme> Você não tem ideia do que eu planejo pra você meu pequeno... minha criança malandra... esperta...
Meu coração gelou... senti suas mãos nas laterais de minha bunda... abrindo-a mais...
Guilherme> Quero que sinta o que você a pouco maltratou... quero que sinta o seu homem dentro de você... quero que sinta meu pau todo dentro dessa bunda gostosa... quero simplesmente que você desmaie exausto... vou te mostrar quem é teu homem seu moleque... vou te mostrar que não se deve provocar teu homem... o TEU HOMEM...
E senti descer em seu pau de uma vez... sem escalas... Um arrepiou partindo da base da coluna até a nuca quase me dividia ao meio... Meu Deus... foi forte... doía tanto que eu quase caio pra traz tentando me livrar... mas ele não me deixou...
Guilherme> Não vai fugir não...
Ele me puxou mais pra ele e senti seu saco encostar na minha bunda.. Daí ele se levantou e me pos na borda da banheira... fiquei de frango. ele estava apoiando o corpo dele na banheira e como se fizesse apoio começou a bombar forte em mim..Eu sentia totalmente preenchido...
Guilherme> Tá sentindo meu pau lá dentro?
Eu fechei os olhos e gemi mordendo os lábios... não queria encarar ele... o tesão era enorme... mas estava ainda meio envergonhado...
Guilherme> Olha pra mim...
Eu não obedeci... ele enfiou o pau com força todo dentro de mim... gritei... e abri os olhos...
Guilherme> Quero ver esse azul como ele reage a meu pau... (olhei pra ele) isso... olha pra mim guri...
Ele começou a bombar lentamente... sentia o pau dele quase sair de mim e entrar rente... com força... até o saco encostar... onde os pelos do saco fazia um atrito tão erótico que eu me contorcia todo...
Gabriel> Ahh Gui...
Eu mordi os lábios... estava a mil... Ele entao começou a bombar com força... entrava e saia rápido... estava começando a sentir o ardor absurdo ser substituído pela dormência...
Gabriel> Vai Gui... vai...
Ele entao foi mais forte... me fodia com tanta força que o pau escapou fez um som surdo... que deixou ele com mais tesão...
Guilherme> Caralho Biel que cú gostoso porra!
Ele batia na entrada de minha bunda com o pau... Eu então fiz cara de pidão...
Gabriel> Vai Gui põem tudinho vai... (mordi os lábios e pus um dedo na entrada...)
Ele enlouqueceu... Tirou minha mão me virou pondo-me de quatro pra ele enfiou o pau de uma só vez... eu gemi alto e tentei escapar... suas mãos agarraram minha cintura como mãos de aço... Ele então puxava minha bunda pra ele... com força... fazendo como se estivesse com um objeto nas mãos masturbando o próprio pau... mas era minha bunda que ele socava no pau dele... Senti que gozaria a qualquer momento... mas não podia... pois o Gui iria me “maltratar” por um bom tempo... entao... respirei fundo e segurei...
Ele simplesmente percebeu minha respiração pra controlar o gozo e me puxou pra cima... pos uma mão abaixo do meu umbigo e a outra na base das costas... e pressionou... enquanto o pau saia e entrava tão rápido que uma dor sobrepujava a outra... o tesão anterior era engolido pelo novo... e um misto absurdo de sensações se misturavam... senti sua língua no meu pescoço pedindo que eu virasse o rosto... e virei... um beijo me invadiu... a pressão na frente e atrás o pau saindo e entrando violentamente... fez com que simplesmente eu gozasse tanto que o jato bateu no meu peito... melando parte do braço do Gui... Gritei.
Ele então saiu de dentro de mim... Me virou pra ele E simplesmente me beijou forte... me deixando acalmar meu coração acelerado... meu orgasmo enorme... me deixando acalmar lentamente... magnificamente... em seus lábios... Eu suspirei quando ele parou de me beijar...
Guilherme> Pensa que acabou?
Percebi que não... mas aquele mastro duro encostado da minha barriga dizia que não...
Guilherme> Vou te fuder mais ainda... e agora não terei dó...
E ele teve dó? O Gui me levou pra o chuveiro e me deu um enorme banho... lavou-me por completo... me enxugou rápido e me levou pra cama... lá caiu de boca na minha bunda de forma que eu gemi alto... e meu pau, embora tenha acabado de gozar... levantou rapidamente... eu estava novamente excitado... Entao ele se jogou dentro em cima de mim... e eu de costas pra ele senti ser penetrado... o Gui tava tão excitado que seu pau escorregava pra fora... tamanha a quantidade de lubrificação que saia... Ele segurou minha bunda com as duas mãos... e, esmagando-as fudeu forte... impávido...
Guilherme> Puta que pariu moleque... vejo sua bunda se abrir quando meu cacete avança... nossa que tesão do caralhoooooo
Ele gritava meu nome e eu apenas gemia mordendo o lençol...
Guilherme> Você tem noção da visão dessa bunda assim.. você deitado... tem? Tem? Minha cirança... ahh... Porra... Ele estava a beira o orgasmo... entao eu empinei mais ainda a bunda e ele grunhiu como se sentisse uma dor... Ele diminuiu a velocidade e percebi que ele estava prestes a gozar e estava tentando retardar... Foi aí que eu percebi que o jogo virou... ele tava em minhas mãos... fui com tudo.... Comecei a rebolar com toda velocidade... no pau dele
Guilherme> Para Biel... um minuto...
Eu sorri... doía muito mas fiz... apertei o sfrincter anal e ele gemeu alto dando um tapa na minha bunda...
Guilherme> Não faz isso (e eu fui com tudo pra ele onde senti seu pau entrar até o saco) ahhhhh caralho... caralho (sua voz era quase chorosa) porra.. não faz isso (e eu rebolei mais ainda) filho de uma... aassshhhhhh
Ele caiu em cima de mim... deu trez estocadas coladas na minha bunda... e senti um liquido quente me inundar... seus dentes cravaram no meu ombro... e seu corpo tremeu como se estivesse levando um choque... um grande choque... Gui teve um violento orgasmo... que o deixou quase em desmaio... Quando ele recobrou as forças...saiu de dentro de mim... e rolando pro lado me puxou... abraçando de forma protetora...
Guilherme> Te amo... te amo... te amo...
E adormeci sob este som... Mas foi sob outro som característico que eu acordei...
Estava tudo escuro... sentia os braços do Gui me envolvendo... o cheiro de seco era forte... muito forte. Sorri... nem tomamos banho... apagamos mesmo! Mas recobrando a consciência comecei a perceber o som que me acordou... era uma música envolvente... muito envolvente... achei que tínhamos esquecido a televisão ligada...
O quarto do motel era enorme... pomposo... todo oriental... olhei pra parede e vi a TV desligada... achei estranho... de onde vinha o som? Olhei pra todo lugar tentando compreender aquilo... será aqueles sistemas de som que agente desliga na cabeceira da cama? Achei estranho... eu não tinha acionado, nem o Gui... Tentei me desvencilhar dele... mas não consegui... entao suspirado empurrei mais forte...Ele cedeu e rosnou coisas inelegíveis... Mas consegui me soltar... me levantei pra averiguar aquele som... o quarto era enorme... um palácio... não muito comum pra um motel... parecia um hotel de luxo... eu procurei entender a música... tinha gemidos... também!
Perambulei o quarto como um tolo... procurando o som... e nada... suspirei... Quando ia chamar o Gui olhei pra uma coisa que me intrigou de cara... assim que entrei no quarto... na realidade, não combinava muito com a decoração... Era uma cortina enorme... preta... na parede do quarto. Fui lá sem pretensão de achar nada... já esquecido da música... Quando abri a cortina senti todo o sangue de meu rosto sumir... Eu simplesmente não acreditava no que via... Foi paralisado que o Gui me encontrou...
Guilherme> Gabriel o que foi volta pra cá... (ele estancou) que diabos é isto?
E eu me virei lentamente pra ele... e ele se assustou com minha expressão. Minha cara dizia bem o que eu achava do lugar pra onde ele me levou... Simplesmente eu não acreditava naquilo... realmente NÃO!
Gabriel> Que droga é essa Gui?
O olhar dele era vidrado... estava, talvez, tão surpreso quanto eu... e não era pra menos!
Guilherme> Eu... eu...
Ele gaguejava o que me dava mais raiva... puxei a cortina com violência... e andei a passos firmes até a cama...
Gabriel> Vamos embora agora!
Ele ainda estava estático... olhando a cortina preta... não falava nada nem se movia...
Gabriel> Guilherme! (gritei)
Não houve resposta...
Gabriel> Guilherme! (gritei mais alto e em tom exasperado – ele se vira pra mim) vamos embora agora...
Parecia que ele saia de um transe... daí ele falou!
Guilherme> Mas Biel eu não sabia... eu...
Gabriel> Não me interessa Gui...
Eu comecei a arrumar as coisas... as poucas coisas nossas que tínhamos ali... naquele antro...
Guilherme> Biel eu Juro! Acredita em mim...
Ele se aproximou de mim e me pegou nos ombros...
Gabriel> Guilherme eu não quero saber... não vou ficar neste lugar... que coisa!
O Gui suspirou forte...
Guilherme> Mas Biel... não fazermos parte disso... é como...
Eu me desvencilhei dele e apontei o dedo...
Gabriel> Guilherme (e falei o nome dele completo) se você pensa que vai me trazer pra um motel onde há show ao vivo de sexo está redondamente enganado! Eu não curto isso... eu não vou participar disso e sinceramente me decepciona você querer aqui ficar pra ver aquilo!
E mais uma vez a cena dos três rapazes com as três moças simulando uma suruba me veio a cabeça... Sim era um motel... pelo que parecia em forma circular, como uma arena... onde os quartos eram dispostos em volta de um palco redondo onde acontecia cenas ao vivo de simulação de sexo... ou de sexo mesmo, não sei, pois realmente eu não observei tempo suficiente...
A cortina preta isolava a visão da arena... pois tapava a imensa janela de vidro... quando eu vi meu sangue paralisou... e acho o que mais me chocou foi virar para o Gui e o ver vendo aquilo... sexo... sexo hetero...
Não sei o que me deu... me bateu uma raiva... misturado com angústia... não sei... realmente apenas fiquei apreensivo com tudo... e principalmente com o que o Gui poderia ver... com o fato deu presenciar aquilo com ele... era, nossa! pode ser até careta... mas era incomodo pra mim... meio pervertido... muito próximo... se fosse um filme erótico não seria tão próximo... mas aquilo! Era próximo demais de nos dois... e nos fazia meio que participar ou aceitar aquela situação e aquela proximidade... Guilherme> Biel meu amor eu não sabia... por favor fica calmo!
Eu não queria conversa...
Gabriel> Você sabia... sabiaa... me touxe pra isso! Guilherme por que? Por que? Não sou disso... Jesus... por (ele me sacudiu e falou alto...)
Guilherme> Eu não sabia! NÃO SABIA! Droga filho! (ele me soltou e perambulou agitado pelo quarto) você acha que iria submeter você a esse tipo de coisa? Acha?
Repentinamente eu me dei conta... NÃO! Ele não faria aquilo comigo.
Guilherme> Droga Biel eu estou aqui... fiz isso por nós hoje! Tudo foi perfeito... e você vem me acusar de trazer você pra cá... que droga!
Ele estava irritado, mas não tanto. Eu apenas me sentei na cama e senti vontade de chorar... de minha tolice... de minha bobagem... poxa eu me sentia incomodado com aquilo... mas não era nada tão terrível... contudo me incomodou...
Gabriel> Desculpa... (falei tentando segurar o choro e ele percebeu...)
Guilherme> Ou Biel... para... vem cá...
Ele me puxou pra ele me abraçando forte...
Guilherme> As vezes esqueço que você é uma criança... (tentei protestar e ele não deixou) shiiiiii. Não fala nada. Olha meu pequeno... eu poderia ser preso só em te trazer pra um motel... imagina em fazer o que fizemos... imagina neste tipo de motel....
Eu não respondia nada...
Guilherme> Acredita em mim pequeno... não te trouxe aqui sabendo da existência de show erótico. E alem do mais, não precisamos ver esses shows... e eles não nos vêem... eu acho que o vidro tem uma película que nos protege...
Poderia até estar certo no sentido deles não nos verem... mas apenas saber que eu estava ali e a poucos metros de mim tinha uma orgia acontecendo, me deixava absolutamente encabulado.
Gabriel> Não me sinto bem aqui Gui... não me sinto...
Ele me silenciou com um beijo... um beijo leve... doce... carinhoso...
Guilherme> Vamos pra outro local entao... ok? Cedinho partiremos pra Recife...
Assenti... ele me olhou sorridente...
Guilherme>Posso dar uma ultima espiadinha?
E eu não acreditei no que ele disse... Foi aí que eu fiz... Dei um peteleco bem dado lá no meinho das pernas dele... E o grito foi grande! Eu quase cai no chão... claro, ele junto! Ele segurou o pau com as duas mãos... acho que exagerei... gritou...
Guilherme> Puta que pariu... o que você fez?
Eu não podia recuar... tinha feito mesmo e não podia recuar. Então...
Gabriel> Fiz sim... toda vez que tiver merecendo um peteleco eu vou te punir seu danado...
Ele me olhou como se não acreditasse no que havia dito... de forma tão séria e sem remoço... só aparentemente, pois dentro de mim eu estava morrendo de pena. Mantive-me altivo. E ele subitamente riu... fiquei mais aliviado, embora um pouco apreensivo ainda.
Guilherme> Você é um diabinho não é... um diainho...
Gabriel> Você que se meta a brechar aquela cortina Guilherme... vai ficar sem andar uns 10 dias...
Me levantei... ele ainda segurava o pau... sabia que ele não estava excitado, mas mesmo assim era grande o volume que ele segurava...
Gabriel> Pra onde vamos?
Ele fez cara de cachorro pidão... aquela cara que me deixa sem ação... e que me ganha sempre... me desarma sempre...
Guilherme> Bebê por favor... vamos dormir aqui mesmo...
Eu fiz cara de birra e bati o pé... ele se levantou e foi a te mim...
Guilherme> Olha Biel, se você não tivesse acordado com o barulho, não teríamos visto nada daquilo... (ele me olhava fundo nos olhos tentando me convencer) nós estaríamos dormindo e acordaríamos no outro dia... e passaria por nós sem nenhum registro...
Gabriel> Quer dizer que a culpa é minha?
Ele se enrolou todo nas explicações... eu havia entendido... que só era deitar e domir... pois não tinha como participarmos daquilo...
Guilherme> Não Biel... não é isso... nós apenas podemos deitar e dormir... só isso...
E o som de uns gritos veio... ele olhou instantaneamente pra cortina, e logo em seguida, como que atingido por um raio, virou-se pra mim...
Mas meu semblante já dizia tudo. Cinco minutos depois estávamos dentro do carro rumo a outro local pra dormir. Eu mesmo adormeci dentro do carro... e quando percebi estava sendo carregado...
Gabriel> Gui... (sussurrei)...
Guilherme> Shiiii, volte a dormir pequeno...
Senti ser depositado em uma cama macia...
Guilherme> Eh um motel, mas é dos tradicionais... (sussurrou no meu ouvido)
Gabriel> Eu não conheço motéis tradicionais nem irreverentes... (falei meio na realidade meio no sonho, num torpor que me envolvia)...
Ouvi o riso dele... deve ter se divertido com o que eu havia dito...
Guilherme> Durma meu pequenino exigente...
E foi a ultima coisa que eu escutei naquele momento. Quando acordei parecia que havia caído uma viga em cima de mim... era um peso enorme. Tentei abrir os olhos e a visão estava nublada... mas o que a vista primeiro captou foi um cavalo? Aquilo era um cavalo mecânico? Tentei apurar mais a vista e olhar ao redor... olhei pra cima e vi um espelho enorme no teto pintado de pink... e vi a perna absurda do Gui em cima de minha barriga e seu braço em cima de meu peito... eu estava soterrado, claro! Tentei afastar ele de mim... mas francamente, só se eu tivesse um guindaste... pensei noutro peteleco... mas se eu fizesse aquilo, simplesmente ele me mataria.
Gabriel> Gui... (falei com a voz rouca...)
Ele não respondeu... tentei empurrara o braço e este se moveu... a perna seria difícil...
Gabriel> Gui! (falei mais alto e com mais ênfase...)
Em resposta tive um ronco... Suspirei... não contei outra. Coloquei o dedo no ouvido do Gui... Ele se arrepiou todo e dum susto levantou a cabeça... nesse movimento ele apertou a perna na minha barriga de uma forma dolorosa...
Gabriel> AAAai Gui...
Ele acordou totalmente desorientado pondo a mão no ouvido e coçando vigorosamente com o dedo. Quando percebeu eu me dobrar ele puxou a perna rápido...
Guilherme> Gabriel o que?
Eu senti um imenso alívio mas ainda doía pra caramba a barriga...
Gabriel> Você me deu uma joelhada...
Ele se levantou imediatamente e segurou minha barriga.
Guilherme> Ou Biel... desculpa... eu não quis fazer isso meu amor. Não quis... (ele me ajudou a me levantar... eu fiquei na minha...) mas é que acordei de supetão... sei lá, um bixo entrou, ou quase entrou no meu ouvido...
Eu baixei a cabeça meio que desconfiado e olhei de rabo de olho...
Gabriel> ah bixo é... (ri sem graça) certo...
Guilherme> Sim um bicho... sei lá...
E começou a coçar a orelha com o dedo mindinho....
Guilherme> Será que ele entrou?
Eu dei de ombros... não falei nada... e fiquei ainda mais desconfiado... ele se aproximou mais de mim e disse...
Guilherme> Sopra aqui Biel...
E pos o ouvido perto da minha boca... Eu afastei a cabeça dele e disse...
Gabriel> Gui não é um cisco no olho que se sopra... (sorri) acho que não entrou nada...
Guilherme> Claro que entrou...
Ele se levantou preocupado. Estava nu... o Gui só dorme nu. Foi até um espelho na parede...
Guilherme> E se entrou? Isso é perigoso... (cada vez que ele falava eu me sentia mal por ta calado) e se infeccionar... e se na estrada ele atingir alguma coisa e eu me desorientar... (fechei os olhos) e se simplesmente... (ele parou) Biel?
Olhei pra ele e ele me fitava do espelho... eu puxei a coberta aos poucos...
Gabriel> Gui não precisa inspecionar (cobri-me quase todo... deixei apenas os olhos de fora – ele agora estava com o dedo no ouvido numa velocidade alta...) Gui para... fui eu que coloquei o dedo no teu ouvido...
E ele parou instantaneamente e me olhou como estático... Eu cobri todo meu rosto! Apenas ouvi seus passos se aproximando. O puxão do lençol quase arranca minhas mãos... eu estava de olhos fechados... todo encolhido com o coração acelerado, como se tivesse sido pego numa traquinagem...
Guilherme> Olhe pra mim (era uma ordem categórica...)
Eu não tinha coragem... me afundei mais ainda na concha que fiz...
Guilherme> Gabriel!
Eu tremi.. vamos enfrentar a fera... levantei a vista e ele tava simplesmente! RINDO?
Gabriel> Você tá rindo é?
Ele riu alto...
Guilherme> Claro Biel... só você mesmo pra enfiar o dedo no ouvido do outro... e se esconder num lençol pra não o ver...
Gabriel> Mas Gui! (falei tímido) você não acordava... nem tirava essa viga de cima de mim...
Guilherme> Que viga?
Gabriel> Sua perna... (fiz bico e foi aí que ele gargalhou...)
Guilherme> Quer dizer que você pos o dedo no meu ouvido pra eu acordar?
Fiz um sim com a cabeça... Ele riu mais ainda...
Guilherme> Só você meu Biel... só você! Mas vou te punir...
Eu me levantei, logo...
Gabriel> Ah não! (ele se levantou também) Chega de me punir... (sai quase que correndo) alias... eu já tive punição suficiente... (e quando tava quese correndo pra dentro do banheiro) aii... (ele me pega)!
Eu tento desvencilhar mas ele é muito forte e sempre me subjulga.
Gabriel> Gui por favor... eu já fui sumariamente punido... desde ontem... e agora a pouco... quando me deu a joelhada...
Ele calou com um beijo enorme...
Guilherme> Pensou o que? Que iria te bater? Ou Gabriel... você é mesmo uma criança linda. Mas olha a hora... já são quase seis meu pequeno... e temos que ir pegar a estrada... você tem aula já já... vamos chegar atrasados...
Era verdade... corremos pra pegar o carro. Na realidade saímos de 15 pras seis.. Na estrada eu não disfarçava meu contentamento...
Gabriel> Gui obrigado por tudo... foi lindo... o por-do-sol... tudo... obrigado...
Ele apenas sorriu e pegou minha mão e pos na coxa dele... Estávamos voltando pra casa... A viagem foi tranqüila... e chegamos rápidos... o que não é surpresa com o Gui pois ele simplesmente voa na direção...
Guilherme> Vai chegar atrasado na escola viu...
Eu sabia... ele correu pra o apartamento de mainha...
Guilherme> Você toma um banho e troca de roupa. Te deixo no colégio... depois eu vou pra casa trocar minha roupa para trabalhar...
Eu tentei protestar...
Gabriel> Mas Gui... você...
Ele me silenciou.
Guilherme> Não discuta e apenas faça Gabriel! (falou enérgico).
Subimos e eu fui direto pro banho. O Gui atacou a geladeira... mainha já tinha saído... eu suspeitei que ela achava que eu já estava na aula...
Ela não iria gostar do fato deu chegar atrasado...
Mas fazer o que? Tomei meu banho na velocidade da luz. Vesti uma roupa sem programar horas antes... pus um tênis sem inspecionar ele...e o que é pior... fui com o cabelo molhado.
Quando cheguei na cozinha... uns 8 minutos depois, o Gui já tava devorando um sanduíche de presunto e tinha outro feito pra mim...
Guilherme> Vamos... você como no caminho...
E pos a metade do sanduíche na boca... Sorri... ele tava sendo incrível... Quando chegamos no elevador... Paulo! O Gui fechou absolutamente a cara... e suas mãos fecharam-se num punho... Eu entrei quase não olhando para ele... certamente ele vinha do apartamento da avó que fica no andar de cima.
Ficou um silencio constrangedor... eu baixei a cabeça e o Gui meio que guarda costas ficou entre mim e o Paulo. Não o observei... eu realmente não queria nenhum tipo de confusão... lembrava ainda da raiva que o Gui teve quando me viu na varanda e por acaso o Paulo tava lá no calçadão da praia... levantei a vista para o lado oposto... o elevador demorava a abrir no térreo e eu queria apenas que chegasse logo. Mas não chegava.
O elevador abriu a porta e eu fiz menção de sair logo... mas o Paulo foi mais rápido e simplesmente passou na nossa frente... como eu estava já posicionado pra sair não pude evitar olhar nele... e tive um susto tremendo. O rosto do Paulo estava machucado... no olho. Meu assombro foi visível, mas o Gui não ficaria feliz se eu demonstrasse tanto... baixei logo o olhar nada mencionei...
O Paulo saiu... depois eu e o Gui. Fomos direto pro carro. O Gui ligou e saiu cantando pneus... não quis falar nada... sei que ele tava irritado. Não comigo. Mas com a situação. Eu também ficaria se soubesse que a Marcela morava no mesmo prédio que ele.
Guilherme> Não vejo a hora em quem você vai morar no nosso apartamento...
Eu apenas fiquei em silencio e comecei a comer meu sanduba... mas eu pensei muito no rosto do Paulo. E fiquei imaginando quem poderia ter feito aquilo! O Gui notou minha distração e fez A PERGUNTA...
Guilherme> No que ta pensando?
E agora? Suspirei e mordi o sanduíche... ninguém deve falar de boca cheia... então ele teria que esperar eu engolir... pra dar a resposta... e eu teria aquele mínimo tempo pra pensar... no que dizer... mas como? Eu não iria mentir... que sinuca!
Guilherme> Era no Paulo não era?
Eu suspirei...
Guilherme> Fala Gabriel... fala... porra!
Ele tava irritado...
Gabriel> Seguinte... não era no Paulo... era no machucado do Paulo... (ele deu um soco no volante...) e não especificamente no machucado! Mas sim em quem fez...
Ele me olhou bravo.
Guilherme> Por que este súbito interesse?
Gabriel> Não é súbito interesse. Gui por favor... sem explosões... entenda... não é pelo Paulo... é pelo contexto. Ele estava ontem na rua... onde a gague dos carecas age... e se for questão de homofobia... e se for me cercando... Gui temos que pensar em tudo!
Ele me olhou serio e compreendeu... um pouco!
Guilherme> não quero que se preocupe com esse cara... da gangue eu já tou resolvendo o assunto, junto ao delegado. Não temos com o que nos preocupar...
E fechou a cara indo em alta velocidade pra minha escola. Cheguei na escola e ele estacionou na academia... olhou pra um lado e olhou pra outro. Me pegou no queixo e me deu um beijo. Enorme.
Guilherme> Boa aula.
Falou carrancudo... não forcei nada. Sei que quando ele ta assim, o que posso fazer é apenas deixar ele se auto melhorar... desci e fui pra aula... havia amado o beijo. Era uma forma um tanto rude de dizer. Tá certo. Vamos fazer as pazes. Sai pra escola e de longe vi o Danilo me observando. Fiquei com raiva. Não sei se ele viu o beijo.
Dei de ombros. Tanto faz. Ele que não venha a voltar a me importunar. Fui direto pra sala de aula e não esperava ver o que eu vi. Todos estavam num semi circulo. Ao redor da Jú. Ela estava vestida de preto, claro. Mas ninguém vai pra aula vestida da seguinte forma: Camisa preta colada até o punho. Saia de fios negros até o joelho... e um bolero de penas. Sim amigos. Um bolero de penas pretas.
Gabriel> Jurubú? (falei contendo o riso)
E ela me olhou com seus olhos de ódio. Rapidamente rabiscou algo no caderno. Um caderno que estava absolutamente rabiscado...
Ela escreveu: “Vai fuder este nariz que teu cú já ta fudido...”
Eu ri mais ainda. E nossos colegas também... É estava de volta a rotina. Uma das melhores coisas que me aconteceu na vida foi descobrir este apelido pra Jú. Principalmente porque a Jú punha apelidos em todo mundo. Mas finalmente eu encontrei um que ela odiou de cara... e não sei se estava sendo malvado, mas simplesmente eu me senti feliz por ter percebido que ela ficou brava quando eu a chamei de...
Gabriel> Jurubu (repeti junto com o pessoal da turma, pra uma Juliana que me fulminava com o olhar)
Eu me sentei calmamente ao lado de minha nova rival, e, muito feliz, esperei a professora. Ela não me olhava de lado... o que eu percebi que sua zanga era enorme.
Procurei me concentrar na aula que iria iniciar... meu celular começou a vibrar... olhei era uma mensagem...
#pensa que eu esqueci?#
Definitivamente eu tenho que trocar de número... quem me escreveu aquilo? Fiquei pensando no Danilo... ele tinha meu número... ou no Hugo... ou ainda no pessoal da gangue dos carecas...
Suspirei. Será que sempre tenho que viver a mercê disso? O celular voltou a vibrar... olhei... #ei biba, tá pensando que inventou apelido pra mim e vai ficar nessa? Você vai se arrepender seu Gabriel... escreve... Jú – só Jú!#
Olhei pra ela e sorri... outra ameaça, mas de um outro nível... E incrivelmente meu celular voltou a vibrar... olhei curiosíssimo... #Se preocupe apenas com nosso amor... esqueça tudo o que possa atrapalhar... bjos te amo, Gui#
E completou o circulo de ameaças do dia! Minha vida é muito cômica... pra não dizer trágica. Meu amor me ameaça... minha melhor amiga me ameaça e um desconhecido me ameaça... claro que em níveis diferentes, mas o que eu poderia dizer? É minha vida. Muitas vezes eu me meto em confusões.. e que confusões... apenas como se fosse um talento pra o acidente... o infortúnio... enfim...
Analisando as mensagens... a do Gui era a única carregada de amor. Vi o celular vibrar novamente... e esperrei qual dos três iria continuar o massacre... e para minha surpersa...
#Você já ouviu falar em mãe? Esqueceu que tem uma? Como não me liga.. não diz se chegou... francamente Gabriel! Você vai levar sua primeira surra!#
É... mais uma ameaça velada... eita que dia! E pelo menos a manhã não parecia querer terminar... ela se arrastou! A Jú ficou o tempo todo emburrada... quando eu pensava que ela ia esquecer... um engraçadinho chamava ela de Jurubu... e então ela revivia tudo novamente... pra minha infelicidade...
Quando a aula terminou a Jú juntou os cadernos e saiu... nem me esperou. Juntei meu material e sai... quando peguei o celular e disquei o número do Gui alguém arrebatou ele de mim... olhei assustado e a pessoa ria com o celular na mão...
Marcela> Sou eu Guilherme... sua amante... olha o Gabriel ta aqui... vou passar o celular pra ele viu... ah, não consigo esquecer nossa ultima vez amor... ainda bem que seu namoradinho não é ciumento... kkkkkkk
E me entregou o celular... Eu estava absolutamente tremulo! Eu estava em choque. Absolutamente em choque! Como deixam entrar aquela idiota na escola? Como? COMO? Não tem razão pra ela ali está. Não há motivos pra ela simplesmente esta meio dia me atocaiando, me perseguindo... e fazendo o que fe... francamente!
Gabriel> Me dá a droga desse celular! (eu tremia de raiva)...
Ela riu alto. Eu percebi que o Gui falava do outro lado mas não entendi o que dizia...
Marcela> Vem tomar seu merdinha...
Eu fechei os olhos... e junto fechei os punhos... dizia mentalmente... não se descontrola Gabriel... não se descontrola! Respira fundo...
Marcela> Só pra você saber... o Guilherme só está contigo por pena! Tem pena de largar essa bixinha louca... tem pena porque você é novo... mas já me disse que quer ter um filho... que quer construir uma familia. E você não pode dar esse filho a ele... não pode dar essa familia... ele disse isso pra mim na cama... quando me fudeu semana passada... ele...
Gabriel> Cala a boca sua imbecil. E me dá meu celular (eu tentanva não pensar nas palavras que ela dizia)...
Marcela> Imbecil é você que não percebe que está atrasando a vida do Guilherme... deixa ele seu idiota... deixa ele ser feliz com quem ele quer, uma mulher! Que pode dar a ele uma vida normal...
Aquilo me feria muito... mas eu não podia demonstrar a ela o quanto me sentia mal com aquelas palavras...
Gabriel> Ah é... quando ele disse isso? Quando estávamos em nosso apartamento? No nosso quarto? Ou foi nesse fim de semana... quando a gente foi pra João Pessoa ver o por-do-sol na praia do Jacaré e acabamos dormindo lá... abraçadinhos... fazendo juras de amor? (claro que não falei do motel sexual...)
Marcela> Seu viado...
Gabriel> Diz qual o dia em que você transou com ele! (sabia que ela estava jogando, pois o Gui não saiu do meu pé estes últimos meses)... foi que dia? Tipo, não me lembro de ter dormido sem o Gui nenhum dia em 3 meses... ou pelo menos sem o ver da varanda de meu quarto me olhando sem parar... (a Marcela tremia e eu senti uma súbita felicidade) me fala Marcela, tou curioso... qual foi o dia deste teu sonho?
O olhar dela era fulminante... ela pegou meu celular e jogou em mim.. ele bateu no meu rosto e caiu no chão. Senti uma forte pontada na Têmpora e meu ódio foi a mil... e quando eu parti pra avançar nela... subitamente a mesma foi levada ao chão... de forma violenta... e inesperada. Eu mesmo me surpreendi... e vi quem aquilo fez... Foi a primeira vez na vida que senti felicidade em ver esta pessoa. Ou pelo menos era o que inadvertidamente senti.
Danilo> Que merda é essa guria?
A Marcela olhava incrédula pra ele... Eu estava paralisado... com o punho fechado pronto pra acertar nas fuças da Marcela.
Marcela> Quem você pensa que é seu idiota... por que fez isso?
E ele olhou pra ela e disse...
Danilo> Porque nele ninguém mexe...
Nem em meus pesadelos mais terríveis eu imaginaria uma cena como aquela. A Marcela caida no chão... por causa do Danilo, que a derrubou pra me defender. Realmente não era normal aquela volta a escola... depois de João Pessoa... depois das mensagens ameaçadoras de alguma forma... era incrível...
Gabriel> Como assim? (eu estava estático)
A Marcela se levantou e eu ainda paralisado olhava aquela cena inusitada...
Marcela> E você passou a fuder ele também é? (o Danilo bufou de ódio) Que ele tem demais que a macharada cai matando?
Eu sai do transe... o veneno dela era absurdo...
Gabriel> Não tenho nada com ele... mas que se dane vocês... (me ajoelhei e peguei o resto do celular que tava no chão...) não conheço nenhum de vocês pra dar esta intimidade... (me levantei com raiva) você (me referi à Marcela) se afaste de mim sua idiota... demente... doente... se tentar alguma coisa contra mim eu faço você engolir sua língua! Não estou brincando... (e apontei pra o Danilo) de você eu não quero ajuda, lembrança, tchauzinho, nem que me olhe.. de você eu quero distância... (e gritei) SAIAM DA MINHA VIDA... OU VOCÊS CONHECERÃO UM LADO DE MIM QUE NÃO VÃO GOSTAR!
E os deixei sozinhos. E sai tremendo de raiva... os dois ficaram me olhando enigmáticos... quando estava já alcançando a cantina olhei pra tras e vi os dois discutindo... alias... não era bem uma discussão... não sei realmente... se conversavam ou discutiam... em fim, não dei bola...
Cheguei na cantina e pedi uma água a Dona Nilda. Ela viu meu estado e se preocupou... eu estava a beira de um ataque... de um abalo! Tinha alguns estudantes do fundamental, e eu percebi eles apontando pra mim... não entendi... será que meu estado emocional era tão perceptivel assim?
Dona Nilda> Gabriel quer que eu chame sua mãe? Você tem que cuidar disso aí...
Ela apontou pro meu rosto... eu não entendi! Cuidar de que? Tomei a água que ela me deu e tinha AÇÚCAR! Como assim... uma garapa... gente! Eu tava tão mal assim? Ela me olhava preocupadíssima... eu não entendia...
Gabriel> Estou bem... mainha não precisa cuidar de nada... só tou nervoso...
Dona Nilda pegou um guardanapo e pos álcool nele... depois encostou na minha têmpora... O grito assustou até os pássaros que ali passavam... virei o centro do centro das atenções...
Gabriel> Aiiiiiiiii Dona Nilda... o que a senhora passou em mim? Ácido?
Quando olhei o guardanapo ele estava de outra cor. VERMELHO.
Dona Nilda> Filho foi álcool... onde você se cortou?
Foi aí que eu percebi que minha camiseta e meu rosto estavam simplesmente ensangüentados... a camiseta tinha uma mancha enorme da gola até a manga direita... toquei meu rosto e tinha mais sangue ali... senti um frio no estomago e a visão ficar turva... minha mão tava vermelha...
Gabriel> Dona Nilda ainda tá sangrando?
Ela pulou, literalmente, o balcão e veio olhar...
Dona Nilda> Não! (ela tocou e eu comecei a sentir uma leve dor) só um pouco! Mas tá tranquilo... só que foi feio o corte... eh embaixo do cabelo filho!
Eu tremia de raiva! Deve ter cortado quando o celular pegou no meu rosto... e com a adrenalina da situação, não senti dor! Mas agora começava a latejar... deve ter pego alguma veia sei lá...
Olhei o celular e ele não tinha marcas de sangue... ainda tava todo desmontado. Coloquei a bateria e a capa de trás... sacoooo! A capinha quebrou... Liguei o celular e ele respondeu... vibrou um pouco e acendeu as luzes características... quantos celulares eu iria ter? Naqueles meses quebrei mais celular do que qualquer coisa...
Assim que entrou a rede, o celular vibrou sem parar... 1, 2,ligações não atendidas... nem precisava ver de quem eram aquelas ligações... O Gui deveria está possesso! Disquei o numero dele e ele não respondeu... tava fora de área ou desligado...
Gabriel> Dona Nilda obrigado por tudo... mas preciso me lavar...
Me levantei meio tonto... mas normal... acho que foi apenas a situação de estresse...
Fui pra o banheiro... pensei em ir pra o banheiro da academia... mas eu estava sem a chave... e precisava lavar meu rosto... Sei que era complicado eu ir daquela forma e sozinho... a Marcela ou o Danilo poderia ainda estar por ali... e a coisa piorar de vez... tentei ligar novamente pra o Gui e não acreditei... tava desligado... poxa... Quando andei uns duzentos metros até a porta do banheiro percebi uma menina assustada me olhando fixamente...
Menina> Garoto o que te aconteceu?
Gabriel> Nada demais só me cortei...
Era uma mulher de uns 30 anos loira... meio fatal... mas estava visivelmente apavorada. Menina> Mas tu ta banhado de sangue... (ela se arrepiou toda) vai pra enfermaria...
Eu sorri apenas e me encaminhei pra o banheiro... quando cheguei na porta eu escuto uma fritada de pneus distante. Não precisava olhar pra trás pra saber quem fizera aquilo... suspirei... tinha que enfrentar... olhei pra trás e lá longe, próximo a cantina eu vejo o Gui descer do carro. Ele estava branco... olhou pra os lados como uma fera a procura... e achou...
Senti seus olhos em mim... ele passou a mão pela cabeça quando me viu... e deu um murro grande no capô do carro que simplesmente escutei daquela distancia...
Meu coração subitamente acelerou... e vi ele se virar pra mim como que em câmera lenta... E ele correu até mim... Era tão assustador que eu recuei alguns passos e entrei no banheiro... me virei pra ir a pia e dei alguns passos em direção a ela... quando sinto meu braço ser agarrado por mão de aço que me vira facilmente.
Guilherme> Que porra é essa?
Sua voz era uma navalha na carne...
Gabriel> Eu eu...
O Gui estava descontrolado... seus olhos estavam marejados de lágrima, mas sua voz era puro metal. Aço.
Guilherme> O que aconteceu? Me diz Gabriel...
Eu gemi... ele apertava meu braço forte... ele percebeu e afrouxou a pegada...
Guilherme> Vamos Gabriel... me fale o que aconteceu... diga... primeiro aquela idiota liga do seu celular... e fala um monte de merda... depois escuto uma discussão e cai a ligação...
Seus olhos percorriam meu rosto... Eu suspirei...
Gabriel> Ela jogou o celular no meu rosto...
E o Guilherme simplesmente deu um grito enorme...
Guilherme> MISERÁVEL... PUTAAAAAA! QUE MATO ESSA PUTA... EU MATO...
As veias de seu pescoço saltavam e eu me assustei bastante... ele estava colérico... e eu temi por tudo... pela saúde dele... pelo fato dele fazer alguma besteira... por tudo...
Ele praguejou mais alto ainda e me levou até a pia... chegando lá vi no espelho meu rosto. E meu corpo tremeu levemente. Era muito estranho... tinha menos sangue do que eu imaginei... mas tinha bastante. Gui abriu a pia rudemente... mas suas mãos eram uma pena acariciando quando tocou em minha tempora... era extremamente carinhoso...
Guilherme> Cadela... vou realmente matar essa cadela (ele passava a mão sem nada... apenas com água... molhando parte do meu rosto...) pode ter certeza... (gemi de dor) FILHA DE UMA PUTAAAAA (ele fechou os olhos e suspirou) desculpe, tou te machucando... (e continuou mais delicado possível) quando te liguei e vi o celular desligado eu pensei tanta besteira... e tava certo Deus... porra... que merda essa idiota fez (ele lavou meu rosto... entrou água no nariz... foi horrivel) Gabriel depois a droga de meu celular descarrega... puta merda...
Ele tirou todo e qualquer vestígio de sangue de mim... depois tirou a própria camiseta...
Guilherme> Vamos pra casa...
Enxugou meu rosto delicadamente... era impressionante... a dualidade da situação...
Guilherme> Não sei o que eu faria se tivesse visto isso acontecer...
E uma voz falou alto e em bom tom...
Danilo> Talvez o que eu fiz...
O Gui se retesou todo... Eu apenas pensei que só faltava a Marcela sair de dentro da privada! Pensar na Marcela saindo de dentro da privada não era nada natural, ou pelo menos tão ruim... desde que a privada estivesse recém usada... mas naquele momento, a reação do Gui não me deixava divagar muito, pois eu voltei a realidade rapidamente...
Guilherme> O que você tem a ver infeliz... com o que fizeram com o Gabriel?
O Danilo sorriu daquele jeito jocoso... e se recostou na parede do banheiro.
Danilo> Não te interessa! Só diz respeito a mim e ao... (ele deu uma pausa significativa) Biel...
Percebi o Gui fechar o punho forte... e avançar pra ele com rapidez... sem que eu mesmo esboçasse alguma reação... foi inesperado e muito, mas, muito rápido...
Guilherme> Fala infeliz... repete (o Gui bateu a mão na parede com força, o Danilo meio que encolheu-se todo e vi o Gui aproximar lentamente seu rosto, quase encostando no do Danilo...) como assim o que você faria... hein? Como assim infeliz... diz (ele batia na parede que fazia um estrondo... minha cabeça latejava do corte, mas eu queria impedir aquilo) me diz ou te arrebento...
Danilo> Eu não... (ele tentou falar mas o Gui segurou a boca dele com força)...
Não podia deixar aquilo... o Gui ia bater nele, e sem razão naquele momento...
Gabriel> Gui por favor... para... para! (gritei)...
Ele não deu atenção... Entao eu fui até lá e segurei o braço... Não deveria ter feito isso! O Gui estava irritadíssimo e simplesmente deu um safanão que eu fui cair no cão feito um boneco de pano... na realidade eu não entendi realmente como fui parar ali... num momento eu estava preocupado com a situação difícil, desde o inicio e que se agravou quando o Danilo entrou ali e o Gui, já muito irritado, simplesmente quis tirar satisfações com quem normalmente era o autor dos meus danos, mas que naquele momento era apenas uma outra vitima... realmente não entendi como cai no chão... somente me deparei ali... E gritei de dor...
Guilherme> Filho da mãe fala... (o Gui estava vermelho... gritando muito) diz desgraçado o que você tem a ver...
Foi o primeiro soco que eu vi o Gui dar no Danilo... este se dobrou em dois... ele não tinha nem visto-me cair... simplesmente socou o estomago do Danilo... Eu ainda entorpecido da queda... senti um filete de sangue no meu rosto... acho que voltou a sangrar...
Guilherme> Vou fazer o que deveria ter feito contigo desde o inicio... vou te bater tanto que você nunca mais vai mexer no que é meu!
E ele deu outro soco... e o Danilo caiu de dor no chão... Nossos olhares se encontraram... e o dele era de dor. O meu de dó.
Guilherme> Fala seu verme... (o Gui pos o pé pra trás e o quadril pra esquerda... ele iria... Deus! Ele iria chutar o Danilo!)...
Eu tentei me levantar o mais rápido e gritei...
Gabriel> Gui naooooo (me joguei, quase... e segurei a perna dele)
Guilherme> Saia Gabriel!
Ele rosnava...
Gabriel> Pelo amor de Deus Gui... pare... ele não tem nada a ver...
Ele ia falar algo e quando baixou a cabeça percebeu-me... e percebeu o sangue...
Guilherme> Puta que pariu Gabriel... (ele se baixou e tocou meu rosto) o que diabos aconteceu de novo...
Eu me levantei com ele me ajudando...
Gabriel> Não importa... (ia falar que aquilo não importava....)
Guilherme> Claro que importa... você está sangrando novamente...
Suspirei... e tentei falar mas ele me impedia... tentando me levar pra pia... eu estava irritado... que droga, o Gui era muito inconseqüente...
Gabriel> Para Gui! Para! (ele parou com a mão na torneira e me olhou sem entender) Se acalma um segundo e apenas me escuta! (ele tentou protestar) agora!
Guilherme> Não mesmo! Você...
Não tinha outro jeito...
Gabriel> O Danilo me salvou da Marcela... o Danilo quem me protegeu... quem derrubou a Marcela... e proibiu dela prosseguir com o que tava fazendo comigo... foi o Danilo, por incrível que pareça!
O Gui piscou várias vezes tentando digerir as palavras...
Guilherme> O Danilo? Esse infeliz?
Suspirei... entao falei pra ele tudo o que ocorreu e como o Danilo foi ao meu auxílio com relaçao ao caso Marcela... O Gui passou a mão no rosto e respirou repetidas vezes...
Guilherme> Merda! (ele me olhava visivelmente arrependido... o Gui era assim, rápido com a emoções) Droga Biel... (e foi se virando) ei cara foi mal queria pedir...
E as palavras morreram nos lábios do Gui. A mão trêmula do Danilo segurava perigosamente uma arma em punho. O Gui levantou uma mão e com a outra me jogou pra trás dele, pondo o corpo todo pra cima de mim...
Guilherme> O que pensa que tá fazendo...
O Danilo ia se levantando lentamente... com a arma apontada pra o Gui...
Danilo> Quem é o machão agora? Hein? Diz quem é a porra do macho agora?
Ele tremia e eu fiquei absolutamente enlouquecido com aquilo... minhas pernas tremiam... e meu coração batia estupidamente acelerado.
Guilherme> Como assim machão? Tu só se garante como homem de arma na mão é?
O Danilo agora se levantou e estava empunhando a arma e apontando pro peito do Gui... aquilo me deixou louco.. absolutamente louco... e sem pensar... eu gritei alto...
Gabriel> Danilo não... para... para!
Ele engatilhou a arma... o Gui me segurou forte... mas não sei onde encontrei forças pra fazer aquilo... eu simplesmente me joguei na frente do Gui e o abracei tão forte que ele não conseguiu me tirar dali... eu abraçava a frente dele, dando as costas pra o Danilo... Gabriel> NÃO FAZ ISSO (eu gritava) NÃO FAZ DANILO... EU TE IMPLORO... IMPLORO PELA SUA DIGNIDADE... HUMBRIDADE... O QUE FOR. NÃO MATE O GUILHERME... EU O AMO TANTO QUE DOU MINHA VIDA... (comecei a chorar compulsivamente... soluçando) NÃO FAZ ISSO... NAOOO POR FAVOR...
O Gui olhou pra baixo e estava visivelmente impressionado com meu desespero... eu chorava compulsivamente... e fazia uma barreira na frente do Gui... Foi quando escutei os passos do Danilo aproximando-se de nós... ele encostou o cano da arma no meu pescoço...
Danilo> Por você Biel... por você...
Deu meia volta e fez menção de sair... foi quando o Gui, realmente não sei como, nem como descrever... Deu uma chave de braço no Danilo e este girou entre meu corpo e o do Gui... Foi somente o som estridente e seco do disparo do revolver que me ensurdeceu.
Quando se dizia que as vozes são potencializadas nos ambientes pequenos, sobretudo os banheiros, não se tratava de lenda urbana... nossa! realmente potencializa... era estridente... absurdo. Era como sangrar os ouvidos... rasgar os tuites... um amplificador natural. O cheiro da pólvora era absurdo. E os acontecimentos que se sucederam antes dela ainda são um mistério em minha mente... um mistério que tento reescrever constantemente... e acredito chegar lentamente no que realmente aconteceu.
Lembro-me do gélido cano de revolver no meu pescoço e o frio interior que ele atingia-me. Mas não me lembro como o braço potente do Gui passou rapidamente em minha volta, enquanto o outro simplesmente me empurrava vertiginosamente pra baixo num fluxo dolorido e contínuo até o chão frio e os pés dos oponentes.
Virei meu rosto pra o lado e vi numa perspectiva espetacular o Gui dobrar o braço do Danilo... e a arma fazer um circulo no ar passando por minhas pernas, estomago e peito. Hoje penso que se o disparo houvesse ocorrido frações de segundos antes do que ocorreu eu poderia ter sido atingido.
Mas o som seco aconteceu, seguido de um brilho opaco seguido de uma explosão... cacos de vidro caem próximo a nós. Depois disso não compreendo mais.
Simplesmente vejo a arma ser retirada da mão do Danilo... ele pisa em minha perna e ameaça cair. Sinto uma dor no local da pisada e involuntariamente tento me levantar... o que sou prensado entre a área da pia e a perna do Gui que ainda me punha pra trás, fazendo com que batesse forte a têmpora no azulejo... eu grito de dor... o Danilo grita de dor... e o braço dele é jogado todo para trás... ele se ajoelha... eu sinto uma tontura...
E simplesmente o banheiro é tomado por uma avalanche de pessoas... Depois disso eu simplesmente apaguei. As sombras começam a se dissiparem... sinceramente, não entendo o funcionamento do meu cérebro. Quando estou em situações extremas eu desmaio. Apago. E quando retorno, meu corpo está todo dolorido... cansado. Como se eu tivesse sido atingido por um raio.
Jú> Acordou, bela adormecida? Se bem que você tá mais pra a bela chama desastre...
Pisquei duas vezes pra tentar entender onde eu estava... minha cabeça latejava...
Gabriel> Onde estou (e as últimas memórias vieram como um raio) Gui!!!! (gritei - e fiz menção de me levantar e uma pontada forte me fez voltar rápido pro travesseiro).
Jú> Ei você ta sob observação mocinho... não é pra se levantar assim...
Gabriel> Jú o Gui?
Jú> Shiiiiiiii! Sem falar Gabriel. Deixa que eu falo... alias, faz tempo que não falo, então... (era verdade, ela quebrou o silencio) o Gui tá ótimo... está prestando depoimento. O infeliz do Danilo está fora de cogitação... vai ser processado e tal, adoro isso, e daqui a pouco o seu amado salvador do pau GG já já chega! Tá todo mundo muito bem, e você só precisa descançar... e esperar os exames da tomografia... ah rasparam teu cabelo pra tirar a radiografia...
Eu me levantei rápido e toquei minha cabeça... A risada da Jú junto com a pontada na cabeça do esforço e a maciez dos meus cabelos se misturaram...
Jú> Tá tudo aí seu tolo... (e rindo muito, completou) isso é pelo Jurubú!
Eu ia responder alguma coisa quando mainha entra com o médico... do dr. Felipe. Então percebi que estava num hospital. Nossa que exagero, pensei.
Mãe> Ah ele acordoru...
Ela se pos ao meu lado. Seu semblante era de muita preocupação.
Mãe> Filho como se sente? (sua mão tremia enquanto colocava em minha testa) alguma dor? Eu trouxe o Felipe... o Dr. Felipe... pra lhe ver...
Olhei pra o médico. Era o mesmo que cuidou de mainha. Ele estava com as mãos nos ombros dela, como se desse um conforto...
Dr. Felipe> Gabriel não se preocupe, pois um amigo meu está cuidando de você... você teve um choque emocional, fora um corte superficial na tepora e algumas conclussões... mas leve. Apenas o esgotamento emocional nos preocupou um pouco.
Gabriel> Onde tá o Gui?
Mãe> Espere filho... ele tá bem... o importante é você (interrompi)
Gabriel> Eu quero ver o Guilherme...
Dr. Felipe> Gabriel você precisa descansar... (ele afastou mainha e começou a me auscultar) você tem arritmia, não é? (afirmei) Bom vou solicitar seu histórico médico a pedido de sua mãe ao outro cardiologista e ficarei responsável agora por você...
Ele fez uma série de exames em mim... e eu estava ficando já chateado... não queria droga de exame. Queria o Gui.
Gabriel> Cadê meu celular?
Jú> Tá com o Guilherme...
Aquilo me soava estranho... o Gui não ligar...
Gabriel> E cadê ele?
O Dr. Felipe tinha acabado de me examinar e eu fechei a bata...
Jú> Prestando depoimento na delegacia, já disse...
E olhou pra mainha... mainha olhou pra ela e depois pra o Dr. Felipe.
Dr. Felipe> Melhor tomar um calmante, seria bom que dormisse. Vou prescrever e pedir a enfermeira pra lhe medicar...
Calmante? Pra que? Eu tou bem...
Meu coração começou a acelerar... cadê o Gui? pra que calmante? Eu me levantei da cama...
Gabriel> Quero ir a delegacia... agora (falei enérgico e andei pra porta decidido)...
Eu estava apreensivo... Eu olhei pra ela e não dei moral... quando fiz menção de me virar pra porta...
Jú> Sobretudo vestindo uma bata que deixa essa bundona de fora!