Continuação...
-Sim... -A ideia de me vingar havia passado. Pelo menos, por enquanto.
-Vamos pro nosso quarto? -Falou me olhando nos olhos.
-Nosso... -Falei baixinho mais pra mim mesma.
Ela levantou me pegando no colo. Eu passei minhas pernas em torno de sua cintura.
Quando chegamos no quarto fui largada sobre a cama, depois dela arrancar a renda de meu corpo. Ela deitou-se sobre a cama de barriga pra cima e me chamou:
-Helena... Senta na minha boca... -E sorriu maliciosamente... Eu estremeci ao pensar no que íamos fazer.
Como negar o seu pedido? Eu saí de meu transe e me sentei sobre seu rosto, encaixando meu sexo em sua boca. Suas mãos apertavam minhas coxas e bunda.
-Ahhh... Calma... -Gemi. Eu mal sentei e ela já me penetrou com sua língua.
Logo eu passei a rebolar pra ela, fazendo meu grelo tocar seu lábio e minha bunda bater suavemente em seu queixo.
-Hmmm... Valéria... -Gemia seu nome. Sabia que ela gostava... Eu podia ter pouca experiência, mas sabia algumas coisinhas básicas...
-Ohhh... -Gozei e só não caí pro lado porque ela segurou firme em minha cintura para beber meu mel...
-Pára... -Falei me livrando de suas mãos e me jogando ao seu lado na cama. Estava esgotada de tanto praticar...
-Eu te adoro... -Disse em meu ouvido.
Eu não respondi, ainda estava ofegante e tremendo por causa do orgasmo.
Ela me virou pra ela, me segurando pela cintura, nos olhamos.
-Eu te amo muito. -Falou beijando minha testa.
-Vc tem certeza? -Perguntei, estava preocupada.
-Por que tá perguntando? -Falou franzindo a testa, pareceu se irritar.
-Eu... Só queria... Saber. -Disse desviando o olhar.
Vi seu rosto mudar completamente e sua expressão ficar muito raivosa.
-Se vc duvidar de mim em tudo, isso não vai dar certo. -A ouvi dizer, antes de levantar da cama, saindo em seguida.
Eu fiquei lá, perplexa, sem saber o que fazer. Comecei a chorar. O tempo passava e ela não voltava. Continuei sozinha com minhas lágrimas não sei por quanto tempo.
-Vai embora por favor. -Ouvi sua voz muito próxima e levantei a cabeça. Ela estava sentada na borda da cama. Eu estava tão perdida que nem a vi entrar.
Eu me levantei em silêncio e quando me lembrei de que havia chegado alí pelada, me obriguei a lhe pedir:
-Será que vc pode... Me emprestar uma... Roupa? -Falei baixinho.
-Pra quê? Vc chegou aqui pelada não é? -Disse irônica.
Parecia que ela havia voltado a ser quem eu conheci a três meses. Eu ía sair, quando ouço:
-Helena? -Eu me virei e ela me jogou um conjunto de moletom.
-Obrigada. -Falei baixinho. Na verdade, não era isso que eu esperava.
Eu dei alguns passos e ouvi novamente:
-Helena... -Me virei pra olhá-la novamente.
-Adeus. -Ela disse por fim, cortando meu coração. Eu só pude me virar e sair, com lágrimas nos olhos.
Parei em frente a porta e me vesti, abri e saí, rumo a minha casa.
Eu não tinha dinheiro e nem celular, por conta disso voltaria a pé. A chave de minha casa deveria estar com Júlia, por isso iria até lá primeiro.
Eu não via nada, nem ninguém. Só queria chorar. Quando cheguei na rua ouvi alguém chamar:
-Helena? É vc? -Me virei e vi Felipe me olhando.
-Ah... Oi... -Falei baixando o rosto, tentando conter as lágrimas.
-O que ela fez com vc? -Falou num misto de preocupação e raiva. Sem dúvidas se referia a Valéria.
-Nada... Eu preciso ir... Tchau... -Falei me virando pra sair, mas ele me puxou.
-Vc não vai a lugar nenhum até me dizer o que houve e por que tá chorando. Ou vc acha que eu não sei que a Valéria brinca com seus sentimentos?
Continua...
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