Obrigado pelos comentários de incentivo e a todos que leram. Espero que gostem. Grande beijo... :)
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Acordei com o cheiro de café recém preparado. Vesti um short, regata e me levantei, indo em direção a cozinha. Vi meu anjo proteror derramar uma boa quantidade do escaldante liquido negro em uma caneca de porcelana barata. Sorriu quando me viu e me passou o pretinho. " Dormiu bem?", ele perguntou. Me sentei na cadeira de estofado fofo e lhe devolvendo um sorriso pra lá de feliz reapondi, " Ótimo-bem!".
Degustamos o café e o vi pegando uma lata velha em cima do balcão da cozinha. " Aqui tem dinheiro, use se precisar comprar algo pra comer. O mês está acabando e, bom, a dispensa está meio vazia, mas fique a vontade.
Assenti em agredecimento e se despediu de mim com um abraço. Perguntei onde ele trabalhava e se enchendo de orgulho, disse que era segurança no Centro Comercial da cidade. " Des, tem uma chave extra na gaveta do teu banheiro, caso queira sair". Ele foi indo em direção a porta e alcancei sua mochila que repousava sobre a mesinha de centro.
Fiquei sozinho, absorto por instantes até perceber que teria que fazer algo que ajudasse meu novo amigo. A casa era uma graça, mas os ladrilhos da cozinha precisava urgentemente de uma intervenção divina. Recebi de imediato uma entidade disposta a dar um jeito naquela bagunça toda.
Passei o dia faxinando a pequena casa em tom rosado. Me livrei da poeira do século passado e dei um trato no banheiro social. Ter dois empregos não era fácil pra ele. Não sobrava tempo suficiente para esses pequenos detalhes. Certifiquei se tudo estava na mais perfeita ordem, mas não me atrevi a entrar em seu quarto. Não seria correto de minha parte invadir assim sua privacidade, por mais que a porta estivesse destrancada. Me limitei a por em ordem os outros cômodos e assim que finalizei, me joguei no sofá da sala. Eu estava destruído e parecendo um pano de chão qualquer. Tomei rapidamente um banho e pagando a chave da casa na gaveta do banheiro, fui bater pernas pelo meu novo endereço.
No caminho encontrei velhotas simpáticas, desfilando suas cadeiras de rodas motorizadas e seus cabelos acinzentados dançando ao ritmo do vento-sul. Era começo de outono. As folhas secas manchavam avenidas movimentadas com um leve tom marrom-acobreado. Me perdi em meus deliciosos pensamentos, quando vi num beco logo a frente, um moreno, alto, com um trazeiro pra lá de carnudo; enchendo com sua carne o jeans surrado. O rapaz recebera de uma mão gorducha que se escondia no interior de um Pálio caindo aos pedaços, uma nota de vinte toda amassada. Em seguida, ele entrou, permaneceu no automóvel sucateado por exatos vinte minutos.
Vi quando o profissional do sexo limpara a própria boca com a manga da camisa comprida. Vitória! O gorducho saiu feliz cantando pneus pela conquista do prazer momentâneo; um boquete foi vendido a vinte pratas e ambos saíram satisfeitos.
Antes que o moreno percebesse minha curiosidade, continuei caminhando e procurando anúncios de emprego de porta em porta. Nada! A falta de estudo começara a ser meu inimigo número um. Eu poderia culpar meu pai por ter me tirado à força do mundo académico, mas nada resolveria. Eu precisava de uma forma ou de outra arrumar um emprego decente, ou acabaria como o rapaz que acabara de ver.
Já passava das oito e finalmente fui vencido pelo cansaço. A minha ignorância havia vencido um round. Emprego não encontrei, mas dei de cara com a puta depressão. Eu não podia me abater, não naquele momento. Eu precisava reunir forças para encarar minha vida de frente.
Cheguei as nove e o Sandro havia deixado um bilhete sobre a mesa da cozinha. " Querido Des, obrigada por deixar minha humilde residência com ares de casa nova. Meu espírito se animou quando entrei e dei de cara com essas paredes branquíssimas. Ah, coma algo e descanse, seu dia foi cheio. Quando voltar, te acordo rapidinho, só para lhe dar um carinho que é de fato merecedor. Com amor, Cassandra."
Me senti o último biscoito do pacote por sua atenção e carinho. Tomei um banho rápido e forrei meu estômago com uma suculenta carne ao molho, arroz, feijão e uma salada que já havia sido lavada por ela.
Fiquei alguns minutos na sala, assistindo ao canal-macho. Dei permissão a minha mão esquerda para que fizesse vibrar meu cacete que já estava em estado de rigidez.
Me lambusei com meu liquido perolizado e fui dormir o sono dos justos.
Já passava da meia noite quando senti a Cassandra, materializada de Whitney Houston, me cutucando. " Hey, lindinho? Acorda!". Espreguicei e recebi meu prometido carinho-abraço-beijo na testa. Coçei os olhos, ela se sentou na beira da cama e me deitei em seu colo. " Andei tanto hoje, e para nada. Nenhuma vaga de emprego. Pelo menos assisti um "puto" trabalhando". Ela me olhou em interrogação e contei sobre o boquete no automóvel no beco da rua Oliveira Mota.
" Os meninos daquele beco não são, como posso dizer? Pacíficos. Sorte sua ele não ter visto você assistinho ele trabalhar, ou não estaria aqui me contando". Ela falava sério, cheguei a ficar meio ressabiado em andar por aqueles becos novamente. Conversamos um pouco. Ela me tranquilizou, deixou claro que sua ajuda era de coração aberto. Agradeceu novamente pela faxina na casa rosada e foi para seu quarto.
Os dias foram passando. Consegui alguns bicos como servente de pedreiro, mas o pagamento era uma piada mal contada por aqueles amadores de stand-up. Mal dava pra eu bancar a compra da semana. Eu estava frustrado, deprimido e mortificado por estar morando de favor com o Sandro sem poder ao menos ajudar nas despesas da casa. Por mais amável que ele fosse, não era justo.
Uma tarde qualquer, resolvi fazer uma caminhada no final do dia. Eu vestia um moletom bacana, presente do Sandro. Nunca fui de me gabar, mas eu era um rapaz bem aparentado. Com meus 1,75 de altura, olhos castanhos claro, dentes alinhados e quase branquíssimos; sempre cuidei muito bem dos meus dentes, pele bronzeada pelo trabalho diário na construção e uma bunda que não era grande, mas durinha. Eu tinha lá meu charme, ainda mais quando jogava a franja pro lado.
Descia a Avenida Brasil, sentido centro, quando vi um Honda Fit passar em baixa velocidade. O motorista deu a ré e parou ao meu lado, abriu o vidro escuríssimo e fez uma pergunta que não entendi. Cheguei um pouco mais perto e perguntei se ele estava perdido. " Não, mas preciso de você, agora!". Observei melhor o macho-afoito e não era nenhuma carne de segunda. Um coroa, na casa dos quarenta anos, corpo magro, parecia alto; sorriso sincero e bem convidativo. " O que você quer?", perguntei, sei lá porque. " Vou ser sincero, te vi cruzando o semáforo e te achei uma graça, é maior de idade? Posso ver sua identidade?" . Achei meio estranho, mas pelo menos o cara tinha juízo em não sair trepando com menores. Esse mundo ainda tem salvação, pensei.
Botei minha mão esquerda no bolso da calça e entreguei minha ID a ele. Sorriu quando viu que já tinha passado dos dezoito. Sorri de volta e ele me entregou o documento. Senti seus dedos acariciando os meus e confesso que uma corrente eléctrica se passara pelo meu corpo, me tirando um suspiro de desejo. " Quer entrar?", ele perguntou, abrindo a porta do carona. Fiquei segundos pensando na possível merda que faria, entrando no carro de um completo desconhecido. "Sei não, cara. Nunca fiz esse tipo de coisa. Confesso que estou mesmo precisando de grana, mas não curto ser comido".
Ele balançou a cabeça em negação, disse que era passivo, só passivo. Tentava me tranquizar dizendo que era dono de uma pizzaria perto da banca do Arruda, na Oliveira Mota. " Eu sei que está com medo, eu também ficaria, mas poxa, todo mundo me conhece lá, claro que preciso de sua discrição, mas não sou má pessoa, garanto". Peguei meu celular e disquei o número do Sandro. Fui até a frente do automóvel prata e quando ele atendeu, pedi que anotasse a placa que eu acabara de passar. Ele perguntou se eu estava com problemas, disse que não, mas se eu não ligasse de volta em uma hora, ele teria que chamar a polícia e passar a placa. Ele parecia nervoso, mas disse que explicaria quando chegasse em casa. Desliguei o celular. Entei no carro. Nos cumprimentamos com um beijo no rosto. Ele perguntou quanto eu cobrava; reforcei dizendo que nunca havia feito programa.
Ele abriu a carteira e tirou três notas de cem, colocando no bolso do meu moletom.Fiquei surpreso e ri. " Cara, você tem noção do que está fazendo?", perguntei. Ele acariciou meu rosto e entrou num Motel duas quadras de onde estávamos. " Vou usar seu cacete por alguns minutos. Nada mais justo pagar por ele, não é?". Admirei a sinceridade de suas palavras. Ele pegou a chave do quarto e entramos numa garagem de luz fraca.
O quarto parecia um cenário de filme.Indiano. Belíssimos véus de todas as cores e tamanho, enfeitavam a cama redonda-gigante. Uma banheira de hidromasaagem.borbulhava à esquerda. A luz baixa proporcionava um ar romântico ao casal nada apaixonado que ali se encontrava. Eu me senti um peixe fora d'água. Perguntei o nome do meu cliente. "Dimitry, mas pode me chamar de Dimi. Bebe alguma coisa?". Aceitei um refrigerante, ele sorriu tímido. Disse que poderia me chamar de Des. Ele veio até mim e se ajoelhou em meus pés. " Des, meu querido...Des, como você é lindo".
Por instinto, segurei seu queixo e o trouxe de encontro a minha boca. Meu nervisismo passou no momento que toquei o céu de sua boca com minha língua mansa. Suas mãos percorriam meu corpo, me fazendo arrepiar por completo. Ele tirou minha blusa, minha calça; se abaixou de novo e ficou cara a cara com meu cacete armado na cueca boxer. Dimitry esfregou a cara afogueada no fino tecido e sentia o cheio o cheiro do meu sexo suado. " Que cheiro maravilhoso, poderia sentir seu cheiro o dia todo, garoto." Ele brincou um pouco ali, lambeu, mordeu e afundava com gosto a cara no meu mastro imponente. " Tira pra fora", pedi. Ele puxou o elástico da cueca e meu membro babado pulou, batendo em seu nariz. " Opa, que menino fujão", ele disse. Eu gargalhei. Entrei no jogo dele, mesmo inexperiente na arte de vender sexo. Segurei meu cacete vibrante e dei duas batidas de leve em seu rosto. Com a mão direita, iniciei uma punheta e ele babava vendo meu caralho pingando. Ameaçou lamber a cabeça que derramava leite, fiz que não com o dedo indicador esquerdo. " Vai lavar ele primeiro", disse. Ele adorou.
O convidei para irmos à banheira, ele tirou minha boxer e cheirou mais uma vez. " Posso ficar com ela? Quero sentir teu cheiro sempre que lembrar de você". Achei o pedido inusitado, mas comcordei. " É sua!". Ele pegou o jenas do chão e colocou a cueca no bolso. Veio até mim e pedi que entrasse. Me sentei na borda e empinei meu cacete. "Lava", ordenei. Seus olhos brilharam, meu cacete foi lavado por mãos másculas, mas macias. Ele perguntou se podia me masturbar, de leve, disse que sim.
Sentia meu corpo arder teso. Vi ele salivar de vontade em ter meu cacete em sua boca e dei ordem: " Mama gostoso". Sua boca faminta acolheu meus dezenove centímetros de boa grossura. Vi estrelas. A boca ia e vinha em movimentos ritmados. A garganta profunda do Dimi era dotada de experiência na arte de receber um caralho da grossura do meu. Impressionante. Deixei ele a vontade; ele babava, cuspia, lambia, chupava e apertava meu cacete pingando pré-gozo. Bebeu minha essência e se lambusou comigo num beijo cheio de carinho.
Saímos da banheira e fomos para a cama. Mandei que ficasse de quatro e fodi com gosto a boca assanhada. Perguntei se queria que o comesse. " Não, só me deixa mamar esse cacete lindo. Quero que goze na minha boca, quero sentir teu gosto, meu Des. Você dispertou em mim essa vontade, esse desejo. Só quero sentir o gosto da tua alma, nada mais".
Fodi sua boca um pouco mais e anunciei meu gozo. Ele se ajoelhou aos meus pés e abrindo a boca, recebeu meu leite perolizado em sua garganta acolhedora. Minhas pernas estremesseram. Ele bebeu sem deixar cair uma só gota. Cai com ele no chão e o puxei sobre meu peito.
Cochilamos por minutos. Eu lhe fazia carinhos e sua mão massageava meu membro flácido. Peguei meu celular na calça que jazia ao meu lado e liguei pro Sandro. Limitei apenas em dizer que estava bem e que chegaria em vinte minutos.
Meu Dimi, beijava meu corpo nu. Sua reciprocidade em me dar um pouco de carinho sossegou meu coração.
Me levantei, pedi que tomasse um banho comigo, ele aceitou feliz. Nos lavamos e bebemos alguma coisa antes de entrarmos no carro.
Ele me deixou na Oliveira Mota, duas quadras antes da pizzaria. " Você não existe. Pensei que era como esses outros. Parecem estátuas de pedra. Você é carinhoso, gentil e educado. Posso te ligar mais vezes?".
Ele anotou meu número e agradeci o elogio a mim sussurrado. Nos despedimos com um selinho e saltei do Honda. Meti minha mão no bolso e peguei o dinheiro; dobrei de modo correto e fui pra casa.
Assim que cheguei, o Sandro estava na cozinha preparando um rápido jantar. Disse que eu mesmo terminaria e que ele podia se " montar" enquanto eu lhe. contasse minha aventura. Ele correu até o quarto e pegou sua caixa de maquiagem mágica. Se sentou à mesa e ficou de boca aberta quando tirei os trezentos reais do bolso. " Mentiraaaa, menino, ele te pagou trezentos reais só pra você gozar na boca dele? To passada, eu aqui, passando quilos de massa corrida na cara pra ficar parecida com a Whitney; tendo que cantar por três horas pra ganhar cento e cinquenta e você ganha o dobro trabalhando menos. Fora meu turno de segurança no Centro Comercial...que isso gente?". Comecei a rir e ele perguntou como me senti. Eu ainda estava me sentindo meio estranho, mas não podia negar que havia gostado. Ele me alertou. Me contou sobre amigos que quase morreram por sairem com homofóbicos sem saberem e na hora, eram espancados. Não dispensei o aviso e acabei tomando a decisão mais importante da minha vida, graças ao Dimitry, meu primeiro e amável cliente.
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Continua...