Passado.
Maxsuel.
Eu tinha 15 anos e havia pego uma gripe muito forte, naquela manhã eu havia amanhecido com febre e meu corpo todo doía, não aguentava nem mover um músculo, me lembro que na noite passada passei a noite na piscina com Juliana, e todo momento Guilherme brigava para que eu saísse pois pegaria um resfriado foi o acontecido.
Já era mais ou menos meio dia quando vejo um rosto preocupado entrar em meu quarto e arfando como se tivesse corrido muito, Guilherme mais novo que eu estava começando a evidenciar as primeiras características masculinas de um jovem, ainda não tinha barba mais seu corpo já estava bem desenvolvido eu estava no primeiro ano e ele no terceiro, e ele sempre usava camisa de farda bem justa no corpo o que na hora do intervalo era visível o olhar de todas as meninas suspirando por ele.
Ele foi chegando perto de mim e tocou minha cabeça com uma expressão preocupada, eu já havia sido medicado por mamãe, mais como a febre havia voltado estava tremendo de frio, vendo aquela situação Guilherme deitou atrás de mim envolvendo seus braços em minha cintura e colando seu corpo junto ao meu e acariciando meu rosto com a mão, fechei os olhos involuntariamente ao sentir aquele carinho e ouvi ele dizer algo mas logo pensei ser delírio por causa da febre.
Gui: você vai ficar bem meu bebê, eu estou aqui e irei cuidar de você.
Acabei adormecendo agora agarrado a seu corpo e recebendo seu carinho, quando acordei já estava bem melhor, acho que o remédio havia feito efeito e a febre passado, Guilherme não estava na cama, será que eu estava sonhando.
Pouco tempo depois ele entra vestido só com a calça da farda da escola e sem camisa e com um prato na mão que parecia ser sopa, sorri para ele e disse.
Max: espero que isso não seja o que eu estou pensando.
Gui: se tivesse me escutado não estaria nessa situação.
Com muito trabalho comi aquela canja de galinha, detesto canja mais o Gui estava tão fofo ali sentado ao meu lado na cama dando em minha boca, era lindo ver ele soprando a colher para esfria-la eu o encarava e percebendo ele olhou para mim e deu aquele sorriso lindo com aquela cicatriz no lábio que eu achava tão linda.
Gui: nossa você parece uma criança se suja todo.
Limpou o canto da minha boca com o dedo me fazendo corar ao sentir aquele toque.
Guilherme:
Aquele teimoso, como sempre nunca me escuta e agora o resultado, começo de pneumonia, havia estranhado quando não o vi na escola então quando recebi a noticio de que estava doente inventei qualquer desculpa para sair da escola e fui correndo para a casa dele, vê-lo tão frágil me cortou o coração, tinha um carinho muito grande por aquele garoto, sempre nos zoavam na escola dizendo que éramos um casal entrei em muitas brigas por boatos espalhados, não que eu me importasse com a opinião dos outros mais percebi que aquilo o incomodava.
Depois de praticamente ter que forçá-lo a comer aquela sopa, sabe eu gostava daqueles momentos mais íntimos com o Maxsuel, lembro que crescemos com esse carinho um pelo outro mais com o passar da idade fomos nos separando um pouco e perdendo esses valores mas hoje eu queria aproveitar e ficar junto a ele.
Quando voltei para o quarto ele estava com os fones de ouvido e ouvia alguma música e parecia dançar na cama, dei um sorriso ao qual ele percebeu e ficou tímido, sentei ao seu lado na cama peguei um lado do fone e pus em mim, em seguida o abracei e trouxe seu corpo ao meu.
Era incrível como sua pele era macia, a febre havia passado na verdade seu corpo estava até mais gelado então o abracei mais forte na intenção de aquecê-lo, não dizíamos nada e nem precisávamos, ficamos apenas ali abraçados em silencio ouvindo uma música qualquer que tocava.
Ficamos por vários minutos naquela posição até que percebi que ele dormia com um sorriso no rosto, parecia um anjinho que sonhava com alguma coisa, o ajeitei em meu peito para que ele dormisse mais confortavelmente, passei uma mão por sua cintura pousando em suas costas e com a outra acariciava seus cabelo, aqui disse para mim mesmo que eu precisava proteger aquele garoto e pela primeira vez passou algo pela minha mente que me deixou assustado, acho que estava gostando do meu melhor amigo, assustado com aquele pensamento resolvi guarda-lo a sete chaves não queria fazer nada que pudesse nos separar aquilo me mataria, dei um beijo em sua testa e acabei pegando no sono naquela posição.
Presente Guilherme.
E agora aqui estou acho que acabei dormindo agarrado em seu travesseiro na cama ultimamente vinha tendo aquele sonho com muita frequência, um sonho que na verdade era uma lembrança do passado.
Quando acordei aquele olhos que tanto me encantavam sorriam para mim, o que me fez esquecer qualquer tristeza e já acordar com um sorriso no rosto.
Max: eu te deixou cinco minutos sozinho e você cai no sono.
Gui: foi mal eu acho que ando meio cansado esses dias, é melhor eu ir embora.
Max: nada disso já é tarde fica pra dormir aqui.
Gui: nossa quanto tempo eu dormir.
Max: rsrs já é meia noite.
Nessa hora minha barriga roncou.
Max: acho que alguém está com fome, vem vamos comer alguma coisa.
Involuntariamente ele pegou em minha mão e saímos correndo para a cozinha, eu havia me esquecido daquele habito do passado que as vezes saímos correndo segurando a mão um do outro.
Durante aquela madrugada parece que havíamos voltado a nossa adolescência, jogamos vídeo game e assistimos filme comendo pipoca e fazendo a maior bagunça, a todo momento eu o olhava e nossos olhares se encontravam por alguns segundos e acabamos dando um sorriso tímido, de repente estava tão concentrado no filme que não percebi que ele dormia com a cabeça em meu ombro.
Ali o vendo tão inocente pude ver o quanto guardar aquele sentimento estava me afetando ali olhando para meu eterno bebezinho tão frágil resolvi que tinha que fazer algo para mudar isso.
Não queria acordá-lo mais precisávamos ir para a cama, o chamei e nada dele acordar, então cuidadosamente o peguei em meus braços e fui com ele para o quarto onde o deitei em sua cama e em seguida me deitei ao seu lado, não sei se involuntariamente mais ele mais uma vez aconchegou-se em meu peito e acebei sorrindo e o abraçando o colando ao meu corpo me lembrando daquela cena no passado, não resisti e acabei dando um selinho nele que de olhos fechados sorriu, acabei adormecendo ali naquela posição sentindo cada ciclo de sua respiração e seu coração acelerado em compasso com o meu.
Eu estava amando meu melhor amigo.
Gente demorou mais capitulo novo, espero que gostem e agradeço de coração por acompanharem e deixarem seus comentários, grande abraço a todos.