Relatos de um Escravo - Parte 10

Um conto erótico de Bruno
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1065 palavras
Data: 20/03/2016 11:11:22

Cap. 12 -Termos e ressalvas.

Jonas estava em casa, o olhar percorria o contrato pela ultima vez. Havia cinco paginas descrevendo diferentes praticas, regras para o Mestre e o Escravo, uma folha opcional para regras que não estavam descritas no contrato e uma espécie de juramento. O símbolo do BDSM vinha impresso na primeira pagina no lado direito.

- Podemos discutir tudo que está marcado exceto o que grifei com marca texto – tinha dito Adriano antes dele ir embora. - Sem esses termos o escravo não me é interessante. Jonas sorria quando se lembrava das palavras dele – um terço do contrato estava grifado de amarelo fluorescente.

Estava com uma réplica do contrato que Tharick assinara. Estava surpreso com a quantidade de itens que Tharick marcou. Com sua folha limpa, já marcada em amarelo fluorescente, Jonas começou passar o olho na lista.

Era assustadora a quantidade de coisas estranhas existentes dentro do BDSM. Seus olhos se assustaram com as linhas “permito realizar sexo com animais de pequeno porte” ou a linha abaixo “animais de grande porte”. Outra linha chamou atenção “permito realizar sexo com mendigos” e até mesmo “tratamento com eletrochoque” e, - Jonas sentia arrepios ao imaginar; “introdução de objetos pelo orifício peniano”.

Havia também uma serie de coisas que não eram estranhas, mas Jonas não quis marcar, como “castigo com chicote longo” e “tratamento com agulhas”. Esses últimos, ao menos, Adriano não havia marcado.

Aos que ele marcou, mas não grifou como obrigatório, havia alguns que Jonas teria que retirar antes de assinar o contrato. Entre eles estavam: o “fisting”, “humilhação publica”, “enforcamento”. Mais abaixo estava marcado o interesse do mestre em possuir um escravo “24x7”. Esse termo era usado para escravos que serviam o tempo inteiro. Adriano mostrara interesse e isso fez Jonas imaginar uma pseudovida onde era escravo em tempo integral. O pau deu sinal de vida entre as penas, entretanto isso estava fora de cogitação.

Entre os itens marcados e grifados de amarelo fluorescente estavam, entre os mais preocupantes: “simulação de estupro” – esse ele vivenciara semana passada. “espancamento – chicote, palmatórias e quaisquer de interesse do mestre”, “introdução de plugs e cintos de castidade”, “introdução de plug por tempo indeterminado como forma de castigo ou prazer do mestre”.

Na pagina onde havia ressalvas existia uma linha indicando que o escravo se sujeita respeitar o “feitor” de escravos na ausência do Mestre ou quando o mesmo julgar necessário. O nome completo de Tharick estava escrito, com seu respectivo RG.

Havia uma ressalva onde era indicado que o mestre poderia ceder o escravo para uso de outros dominadores. Estava grifado em amarelo fluorescente. A imagem de Jorge veio em sua mente.

A ultima ressalva era sobre o mestre poder emprestar ou até mesmo doar o escravo. Estava marcado “empréstimo” e estava marcado de amarelo, mas o tempo estava sem preencher – vou ter que negociar isso com ele.

Ele marcou tudo que tinha de marcar, fazendo um “x” em todos os itens em tom amarelo fluorescente. Logo escreveu suas três ressalvas e escolheu as chamadas Safeword. Em meio a seção teria duas palavras, onde uma serviria como aviso para o dominador “parar” e a outro para o dominador “maneirar”. Poderiam ser usadas em qualquer momento.

No dia seguinte foi até a casa de Leo, um dominador que há alguns anos teria sido alguém com corpo malhado como o de Frederico. Hoje, aos aparente trinta anos ele tinha engordado e ganhado uma leve barriga de cerveja. Tinha os braços ainda fortes e os ombros largos, era meio calvo mas bonito de rosto. Parecia ser meio macho porco, igual Adriano. Sua casa era simples, parecida com a de Adriano, porém mais bagunçada. Ele vivia sozinho.

- Então, novo sub? – sua voz era grave e fez Jonas se arrepiar. Macho assim era seu ponto fraco, sem dizer nada ele apenas olhou para o nada.

- Sim – disse Adriano e sua voz parecia estar satisfeita. – Putinha nova para nós.

Todos entraram, ao passar por ele Jonas ganhou um tapa na bunda.

- Bunda dura, esse sub malha?

- Não – respondeu Adriano. – Mas deve fazer outra coisa que não sei ainda.

Jonas sentiu um frio na espinha, mas não esboçou qualquer reação.

Havia escurecido, na mesa de centro tinha alguns copos com cerveja e algumas garrafas de Original. Os contratos agora estavam com Fred e outro com Leo, que de maneira séria lia. A testa estava franzida, era um quê de duvida com curiosidade.

- O Sub tem três ressalvas: Segundas e sextas a noite, até as meia noite terá o tempo livre para si, sem dever qualquer satisfação para o mestre de onde vai ou o que faz – imagino que seja a origem da bunda dura. Fique tranqüilo Adriano, esse não e o tipo de puto que trai. E não me pergunte como eu sei. Acho que não tem problema. Para ter colocado essa ressalva aqui para que sem ela não vai existir uma relação de entre vocês dois, melhor aceitar.

Adriano deu um gole na cerveja, não estava satisfeito com esse termo.

- Não aceito que nenhuma outra pessoa goze dentro da minha boca ou transe comigo sem camisinha. Questão de segurança, quero uma relação sadia. Apenas meu dono poderá fazer isso.

- Qualquer questão financeira nunca estará envolvida na relação – leu Fred, sua voz parecia pensativa.

- Os meus os costumam fazer exigências maiores e menos obvias – disse Leo passando o papel para Fred, que pegou a caneta e assinou. – Imagino que a primeira seja a única diferente. As demais estavam descritas no corpo do contrato, mas o sub fez questão de enfatizá-las. Você tem noção que tudo e consensual não é? – perguntando a Jonas. Seus olhos eram castanhos em um tom de café, a barba estava por fazer e seus lábio superior era carnudo.

- Tenho sim – disse Jonas com a expressão indiferente, estava aprendendo bem com Tharick. – Sou novo nessa coisa, não sei bem como funciona.

- Faz sentido – disse Fred sem tirar os olhos do contrato. – Vamos logo com isso.

Todos assinaram em seus respectivos locais, ao final ele assinou concordando com toda aquela loucura. A dúvida sempre existia, e o olhar de Tharick foi o que lhe preocupou, um olhar não apenas frio, mas de receio. Isso lhe deixou levemente preocupado, mas o que na vida não trás aquele medo? A vida como um todo e estranha. Ao menos tinha certeza que agora era, de maneira absoluta, escravo sexual e uma nova vida estaria por vir.

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Já quero a história contada do Tharik também...

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