Gabriel... espera! Cap. 9

Um conto erótico de Mark
Categoria: Homossexual
Contém 2720 palavras
Data: 21/03/2016 00:07:51
Assuntos: Gay, Homossexual

No outro dia a mesma história de sempre: acordei, me arrumei, tomei café, meu pai levou a mim e a meu irmão para a faculdade e escola. Era o primeiro dia de aulas e não poderia deixar de ser diferente do que normalmente era: menino exibindo seus corpos esculturais moldados a infinitas horas de academia, meninas exibindo seus bronzeados tomados em alguma praia VIP ao redor do globo, e todos eles com alguma história para contar. Eu não tinha nada a dizer. De fato, minhas férias tinham se resumido ao trabalho. Via àquelas pessoas cumprimentando umas às outras e não entendia porque eu não me encaixava naquele mundo, porque parecia que eu era evitado por eles. Não posso dizer que aquilo me fazia falta, porque na maioria das vezes eu odiava as pessoas da minha sala.

De repente avisto ao longe uma cara familiar, alguém que com certeza faria eu me desviar daquela cena patética de reencontro. Meu melhor amigo, Pedro Henrique, acenava enquanto vinha em minha direção, não me delonguei muito e fui andando ao encontro dele.

- Mark... – e abriu os braços para me abraçar.

- Pedrinho! – nos abraçamos – quanto tempo, seu amigo da onça.

- Ahh nem me fale. Muito a contar, mas primeiro vamos ali tomar um café. Mal acordei e saí de casa, ou seja, estou morrendo de fome.

Fomos felizes e risonhos rumo à cantina. Pedro era uma das poucas pessoas que falava comigo naquele lugar. Talvez fosse uma das poucas pessoas que eu deixava se aproximar, também. Confesso, não era muito sociável, mas é porque eu não queria contagiar as pessoas com minha chatice, meus problemas, minhas coisas, meu mundinho. Eu sei, é clichê um adolescente que tenha essas sensações, mas fazer o quê?! Eu era assim mesmo.

- Mas me conte, como foram as férias? – ele me perguntava

- Você sabe, Pedrinho, não tenho muito o que contar... exceto o novo estágio não teve nada de mais – ele sabia de mim e do João, mas eu evitaria tocar nesse assunto até onde eu pudesse.

- Ahh verdade... – ele tomava sue café.

- Já você deve ter muito a me contar. Como foi passar essa temporada em São Paulo?

- Mark, foi bom pra caralho. A família da Ana tem uma espécie de fazenda toda estruturada, tipo uma pousada, e ficamos hospedados por lá. Apesar da parentada gigantesca, conseguimos nos divertir, relaxar e, principalmente, tirar o atraso hehehe. – ele contava.

- Que bom que um de nós conseguiu se divertir...

- Mais do que me divertir, eu me acabei. Digamos que a experiência de transar no mato vai ficar na minha memória por bastante tempo. – ele fitava o nada como se relembrando.

- Af, Pedro! Me poupe dos detalhes sórdidos.

- Até parece que você e o drogadinho, não fodem. Aliás, falando nisso, e vocês estão como?

É, agora eu teria que falar. Meu sorriso foi morrendo aos poucos e as poucos e as últimas palavras que João Felipe me disse ainda ecoavam pela minha cabeça; acho que nunca conseguiria me livrar daquela culpa. Baixei a cabeça e respondi:

- Nós... terminamos, Pedro!

- SÉRIO? – ele gritou atraindo a atenção de todos a nossa volta – Sério isso?! Quando foi, Mark? Por que você não me disse nada?

- Até parece que eu te incomodar na sua viagem de descanso né?! Não tem tanta importância, Pedro. Foi final de semana passado, já passou. – ele parecia refletir.

- Hum! Então quer dizer que agora você está solteiro?! Tem um amigo meu da engenharia que você vai gostar de conhecer.

- Af, Pedro! O defunto mal esfriou e você já quer me empurrar um cara?! – ele riu

- Verdade! Mas é que você precisa foder, meu filho!

- Não preciso não! Ridículo.

Terminamos esse diálogo e fomos em direção à aula que, sem surpresa nenhuma, foi dispensada. Na semana em que voltam as aulas geralmente somos obrigados a assistir palestras de apresentação, oferta de grupos de pesquisa, coisas para apresentar a faculdade aos novatos. Enfim, fomos a tal palestra de abertura, que não tinha nada de interessante, e de lá fomos almoçar.

- Hei, onde você está trabalhando mesmo?

- Perto do Palácio da Justiça...

- Ahh pertinho. Te dou carona!

- Claro que dá!

- Safado. Agora vai de ônibus... – disse ele fingindo uma indignação.

- Credo, Pedrinho! Vai negar uma carona ao seu amigo que está triste, desiludido e sem amor?

- HAHAHA não vou negar carona, mas não por causa desse teatrinho de quinta, e sim por que eu sou legal.

Fomos em direção ao carro do Pedro que a todo o momento me contava dos detalhes de sua viagem para conhecer a família de Ana, sua namorada. De fato, eles formavam um casal muito bonitinho, já estava há bastante tempo juntos e ninguém duvidava que dali fosse sair um casamento.

Enfim chegou onde eu deveria descer; me despedi dando um beijo em sua bochecha, deixando Pedro corado. Achei bonitinho, mas não dei a ele tempo de reclamar. Disse tchau e desci do carro. Fui em direção ao elevador e lá ia eu para mais um dia de trabalho.

Quando ia entrando na sala, Gabriel veio em minha direção sorrindo e deixou um papelzinho na minha mesa.

“Te espero 16H no banheiro... não fura! :-*”

Olhei para frente espantado e um tanto curioso. Ele olhava em minha direção observando minhas reações e rindo, quando deu uma piscadinha discreta. Relaxei e aceitei que mais tarde eu poderia repetir a dose do outro dia.

Continuei trabalhando normalmente, sem ansiedades, sem troca de olhares, sem nada dessas coisas que eu normalmente faria. Decidi que se tivesse que acontecer aconteceria e eu tinha que aprender a controlar minha ansiedade pelas coisas. Entretanto à medida que as horas iam passando parece que tudo o que eu queria reprimir veio à tona com tudo. Quando vi no relógio 15h45 decidi ir à cozinha beber água para controlar o estado de nervos em que estava. Às 15H55 fui ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes, afinal não queria fazer feio.

Inclinei-me para cuspir quando senti duas mãos em meu quadril e algo um pouco mais rígido na minha bunda. Me assustei um pouco, mas ele já veio no meu ouvindo me acalmando:

- Shhh, calma... não se assusta que é teu macho! – convencido que só. “Meu macho” aiai.

- Cara, você ta ficando doido?! Já pensou se alguém pega a gente aqui?

- To ficando doido sim, saca só – e levou minha mão em direção ao seu pau – você me deixa assim; se alguém pegar a gente não tem problema, eles vão ter a oportunidade de ver um show de camarote.

- Ahh para com isso! – até parece que eu cairia nessa conversa.

Ele calou minha boca com um beijo quente, violento, desesperado e até mesmo desajeitado, e eu me envolvi completamente, fechei os olhos e aproveitei cada milímetro daquela língua espessa e saborosa. Ele me abraçava, apertava, arfava em meu ouvido e o calor só ia aumentando. Eu até esqueci que se tratava de um banheiro publico e, pior, no meu trabalho. As chances de algum colega entrar e se depara com aquela cena me deixava pra lá de preocupado, afinal eu precisava do trabalho. Por outro lado, a ideia de pegar um homem daquele porte me fazia ligar o foda-se e acendia ainda mais o fogo que estava em mim.

Entre abraços, chupões no pescoço, percebi que a cabine do reservado estava com a porta aberta e tive uma ideia. Sem parar o beijo fui empurrando Gabriel na direção daquela cabine e ele pareceu entender o recado. Lá dentro ele me imprensou na parede, me beijou e passou a barba pelo meu pescoço. Droga! Ele sabia que aquilo me afetava. Uma das minhas mãos estava em suas costas trazendo-o para mim e a com a outra eu forçava sua cabeça em direção ao meu pescoço, jogava minha cabeça para trás e curtia tudo o que aquele momento podia me proporcionar.

Foi então que eu vi a privada. Ahh a privada! Tive outra ideia: baixei a tampa e fiz ele sentar na privada. Assumindo o controle, ainda de roupa, sentei em seu colo e dei uma reboladinha, enquanto ele firmava suas duas mãos em minhas costas e eu jogava minha cabeça para trás loucamente. Precisava senti-lo dentro de mim.

- Ahh que delicia do caralho. – ele disse enquanto me puxava para um beijo selvagem e sensual.

Comecei a despi-lo. Puxava sua camisa e soltava os botões enquanto olhava no fundo de seus olhos e sentia o tesão que emanava deles. Gabriel me desejava tanto quanto eu a ele. Assim que soltei aquele monte de pano que me separava de sua pele, olhava absorto para aquele peitoral, não muito musculoso, mas também não magrelo, não tinha pelos, mas era de uma cor dourada, pele de menino praieiro e cheirosa, muito cheirosa. Desci beijando seu pescoço, mordisquei e lambi seus mamilos, enquanto ele apoiava suas mãos ao lado do corpo e jogava a cabeça para trás apoiando-a na parede. Entendi que estava livre para fazer o que quisesse. Eu tinha carta branca!

Passei minha mão por seu tronco, enquanto descia em direção ao cinto. Algo ali dentro precisava ser liberto e eu queria ser seu libertador. Rapidamente soltei o cinto e aproveitei o momento para realizar um fetiche antigo. Não tirei a calça dele completamente. Coloquei seu pau para fora e comecei a chupá-lo sem tirar a calça. Sempre tive essa vontade de chupar o cara com ele ainda de roupa. O pênis dele não era gigantesco, tinha um tamanho médio e grossura considerável. Eu não estava nem aí, na verdade! Queria mais é que ele me usasse e abusasse.

Chupava a cabeça, arriscava engolir tudo, lambia o corpo e a cabeça. Fazia esse movimento diversas vezes até que ele assumiu o controle e passou a guiar minha cabeça. Era uma cena linda de se ver: ele sentado, com as pernas arreganhadas, cabeça jogada para trás, enquanto uma de suas mãos empurrava minha cabeça em direção ao seu pau. Ficamos nessa por algun minutos, quando eu percebi que ele estava querendo gozar. Ainda não!

Mandei pro espaço qualquer resquício de pudor que ainda restava em mim, parei de mama-lo e subi ao encontro de sua boca para beija-lo. Como num golpe ninja, tirei minha calça, ficando apenas de camisa e cueca, voltei a sentar em seu colo, mas ainda existia alguma barreira entre nós. Minha cueca. Enquanto nos beijávamos, ele enfiou sua mão dentro da minha cueca e enfiou um dedo em meu ânus, me fazendo arfar de prazer.

- Dá pra mim? – ele dizia num sussurro quase inaudível próximo ao meu ouvido.

Baixei a cueca e ele entendeu o recado. Mas eu ia tortura-lo um pouco antes de deixar seu usado por ele. Rebolava, roçando o pau dele na minha entrada e olhava direto em seus olhos. Até que eu mesmo cansei disso e falei:

- Que pena... acho que não vai dar pra rolar! – fiz que ia descer de seu colo, mas ele me firmou apreensivo.

- Por que? – perguntou olhando fundo em meus olhos

- Não temos camisinha. – ele rapidamente apalpou seus bolsos tirando de lá uma cartela de camisinhas.

- Não seja por isso! – ele mais que depressa tirou o preservativo de sua embalagem, encapou seu pênis, e isso tudo comigo ainda em seu colo, olhando atento a todos os seus ágeis movimentos. Ele tinha premeditado tudo.

Até que eu percebi que estava na hora. “Chega de jogos”, pensei. Comecei a sentar e aquela dor inicial me consumia. Apoiava minhas mãos espalmadas na parede atrás de nós e olhava para cima. Eu fazia leves pausas para facilitar a entrada e percebia que ele estava se esforçando para não meter de vez. Percebia isso quando ele apertava os dentes e se mexia pouco.

- Mark ssss eu não to mais aguentando! - e enfiou tudo de uma vez. Ele abafou minha reação à dor calando minha boca com um beijo leve e suave. Uma vez dentro, ele sussurrou um "desculpa" no meu ouvido e eu já estava no ponto de curtir o momento.

- Rebola no meu pau... rebola gostoso ssss aahhhh... - eram as mais diversas reações.

Eu tenho uma coisa com música, vocês ja devem ter notado. Naquele momento, ecoava em minha cabeça, não sei porque, "Headlights" do Robin Schulz. Entrando no ritmo da musica procurava dar minha melhor performance. Ele olhava fundo nos meus olhos e eu coloquei minhas mãos em seu rosto procurando captar cada detalhe daquela expressão.

Cavalgava, jogava minha cabeça para trás, subia e descia; eu ainda estava de camisa, mas veio dele a atitude de querer solta-la. Senti suas mãos soltando os botões da camisa social que eu usava, um a um, enquanto eu me matinha sentando em seu mastro. Até que ele conseguiu solta-la toda, afastou as partes deixando meu tronco nu completamente exposto. Ele olhava absorto, enquanto tudo aquilo acontecia, passava as mãos, tocava meus mamilos com os dedos e aquilo me deixava extremamente bem. De repente percebi que ele sugava meus mamilos e eu não sou capaz de explicar como a sensação deste ato me enlouquecia. Eu contraía meu ânus segurando apenas a cabeça e isso parecia deixa-lo cada vez mais excitado.

- Ahh caralho! Faz isso comigo não...

Já um pouco cansado de fazer todo o trabalho, ele começou a se movimentar em baixo de mim, elevando seu quadril. Firmou suas mãos em minhas costas e, como se eu não pesasse nada, me ergueu. Me apoiou na parede e meteu fundo, sempre olhando nos meus olhos. Foi assim por mais um tempinho até que ele anunciou o orgasmo iminente.

- Porra eu t-to g-gozando sssss ahhh caralho! - e me beijava.

Ele encheu a camisinha, me desceu do colo, olhou em meus olhos e agradeceu. Me beijou, sorriu e começamos a catar nossas peças de roupa espalhas pelo ambiente. Até que...

- MEU DEUS GABRIEL! VOCÊ SABE QUE HORAS SÃO? QUANTO TEMPO PASSAMOS AQUI?

- Relaxa ow... nem ficamos tanto tempo assMEU DEUS, CARALHO, JÁ É 16H50, NÓS FICAMOS MUITO TEMPO AQUI!

E corremos vestindo as roupas e rindo daquilo tudo. Saímos do reservado e eu voltei para a pia, porque precisava lavar meu rosto e minha boca. Ele, novamente veio por trás e todo sensual disse no meu ouvido:

- Quero repetir a dose, mas num ambiente mais apropriado! – deu um tapa na minha bunda e saiu me deixando ali relembrando de tudo o que tinha acontecido até então.

Voltei para a sala, cuidando para que ninguém percebesse minha chegada abrupta e foi quando percebi que as poucas pessoas que ali presentes já se arrumavam para ir embora. Estranhei, mas concluí que deviam ter chegado mais cedo. Foi chegar, sentar e ligar a tela do meu monitor para que uma pessoa aparecesse em minha frente.

- Mark, onde você estava? Não suma na hora do expediente, droga! Estou precisando da peça do caso Vervloet e você simplesmente não está na sua mesa.

- Dr. Francisco e-eu.. m-me desculpe! – baixei a cabeça, mas de alguma forma o que tinha acabado de acontecer no banheiro me deu um gás. Consertei minha postura na cadeira e então olhei de volta para meu chefe que me olhava curioso. – Dr. Francisco, não irá mais acontecer. A peça encontra-se na sua pasta do servidor e o andamento no sistema é “pendente de revisão”.

- Por que não me avisou que já estava pronta?

- Eu enviei um e-mail para o senhor ontem a tarde, assim que terminei! – ele arregalou os olhos, ia dizer alguma coisa, mas retirou-se com um aceno. Um Gabriel divertido olhava de longe e apreciava aquela cena. Odiava passar por momentos assim, mas fazia parte.

Deu a hora, comecei a desligar meu computador, ia me levantando e pegando minhas coisas. Me despedi dos poucos que estavam ali e já estava na porta quando Gabriel veio em minha direção apressado:

- Mark... espera! Que tal irmos ao Caffé recuperarmos a energia? – ele perguntou e baixou a cabeça como se esperando uma resposta. Achei fofo. Mas esse papel se parecia mais comigo do que com ele.

- Claro! Por que não?! – ele levantou a cabeça sorrindo em minha direção.

- Beleza!

Enquanto o elevador não chegava, um silêncio se formou entre nós. Mas era um silêncio bom!

_

Olá queridos! Desculpem-me a demora, novamente, mas eu fui assaltado e os capítulos 9 e 10 que estava redondos prontos para serem postados, estavam no celular. Felizmente eu estou bem, mas tive que reescrever tudo. Gratidão aos leitores e votantes. Espero que se divirtam.

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Comentários

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quero mais! please huehuehue parabéns!

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Nossa bandido maldito tirando nossa diversão 😆😆 fora isso o conto de hoje foi uma loucura!!! ✌👍😁😁

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Vish, cê foi assaltado... Que caia um raio em cima do bandido! Tou amando o conto, cara. Tá muito bom! E finalmente aconteceu o que eu tanto esperava hahahá...

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