Continuação...
-Helena... -Falou me puxando pra olhá-la.
-Sim? -Falei encarando seu rosto com algumas pintinhas.
-Namora comigo...
-Não. -Falei ríspida a primeira coisa que me veio na cabeça.
-Haha... -Ela... Riu? -Tudo bem. -Falou, sem dar importância enquanto pegava sua carteira de cigarros de cima de um balcão e acendia um.
-Tá tudo bem mesmo? -Perguntei preocupada.
-Claro... Por que não estaria?
-Por nada. -Falei sorrindo. -Mas sabe, eu preciso ir pra casa...
-Tudo bem. Eu te levo. -Falou tragando seu cigarro.
-Não é preciso. -Disse me levantando.
-Claro que é... -Disse se levantando em seguida.
-Eu vou a pé mesmo... -Falei vestindo a roupa.
-Eu já volto, me espera aí... -Falou indo ao banheiro.
-Tá... -Eu a esperei e ela saiu do banheiro já vestida.
-Vamos? -Me falou pegando um molho de chaves.
-Sim... -Disse a seguindo e saindo pra fora da pequena casa.
Eu dei meu endereço, entramos em seu carro e fomos em silêncio. Quando chegamos, nos despedimos com um beijo e ela pediu meu número.
-Tchau... -Falei saindo.
-Tchau, Helena... -Disse dando a partida.
Abri o portão e entrei rapidamente. Quando abri a porta de casa, tive uma grande surpresa. Fiquei muda.
-Então é desse jeito que vc me ama, Helena? -Disse calma, mas com lágrimas nos olhos. Ela estava na cozinha, sentada em uma cadeira, vestindo sua farda.
-Valéria, eu... Me desculpe... -Tentei explicar.
-Não... Não tem desculpa! -Passou a gritar. -Enquanto eu chorei por vc, vim te procurar pra te pedir perdão, vc tava trepando com outra! -Ela gritava muito alto. Me senti culpada... Apenas abaixei a cabeça e passei a chorar. -Vc me decepcionou Helena. Pensei que vc não fosse uma piranha vadia, mas me enganei. -Falou por fim, calmamente.
-Me perdoa, Valéria... -Pedi, me aproximando dela.
-Não! Não se aproxima de mim. Eu nunca mais quero olhar na sua cara. -Falou se levantando. Ela cuspia as palavras...
-Não, Valéria... Por favor... Me perdoa... -Falei me jogando aos seus pés, quando ela fez menção de abrir a porta. -Não vai... Por favor. -Eu já chorava descontroladamente.
-Eu não quero mais nada com vc! Vc partiu meu coração. -Disse me empurrando com seus pés. -E pensar que eu vim te procurar, que eu me preocupei com vc, que eu ia te levar pra morar comigo, Helena! E vc tava se enroscando com outra! Nem se preocupou comigo! -Disse sem deixar de conter as lágrimas.
-Não... Isso não é verdade... Por favor... Me deixa explicar... Vc me mandou embora e eu... -Ela me interrompeu.
-E vc foi dormir com outra! Sua vadia! -Ela estava furiosa.
-Por favor, não me trate assim... -Falei rastejando até ela. -Eu te amo...
-E vc ainda tem a cara de pau de dizer que me ama? Vc não vale nada... -Eu me levantei e antes que ela podesse ir, eu disse:
-Por favor, espere... -Ela bufou, mas esperou. Eu fui até a gaveta da pia e de lá tirei uma adaga. Voltei até ela e posicionei a adaga sobre meu peito, mirando o coração.
-O que é isso Helena? -Falou irritada.
-Se vc vai me deixar, então me deixe como um cadáver. -Falei calmamente, pegando sua mão direita e a posicionando sobre o punho da adaga. -Ela logo recusou, puxando o braço.
-Pára com isso Helena... Eu não vou fazer isso.
-Se vc não fizer, eu mesma farei... -Falei, sem tirar a adaga dali.
-Solta isso... -Disse tirando a faca de mim, sem fazer muito esforço.
-Me devolve Valéria. -Falei com lágrimas caindo, estendendo a mão.
-Não. -Falou guardando a adaga no bolso.
-Não importa... Eu tenho outras. -Falei fechando a porta na cara dela e indo direto pra gaveta, procurar outra faca.
-Se vc fizer isso eu jamais vou te perdoar. -Falou Valéria abrindo a porta e indo em minha direção.
-Eu estarei morta mesmo. -Sorri nervosa em meio as lágrimas.
-Não brinca dessa forma. -Franziu o cenho.
-Aqui... -Falei pegando uma nova adaga da gaveta, sem dar importância a sua presença.
Ela puxou da minha mão atirando a nova adaga longe, sem dizer nada.
-Vai embora Valéria... -Falei saindo da cozinha e indo em direção ao meu quarto. Só agora me perguntei como ela havia chegado alí e entrado. Mas se tratando da Valéria...
-Se eu ir embora vc vai fazer alguma loucura?
-Vc quer que que faça? -Perguntei a fazendo suspirar, antes de responder.
-Não...
-Então não vai... -Falei implorando com os olhos.
-Por que vc fez isso comigo, Helena? -Perguntou ainda chorando.
-Me perdoa... Vc me mandou embora e me disse adeus, mas eu juro que te amo... -Falei chorando também.
-Vc é minha, Helena... Só minha... -Falou me fazendo a olhar e me dando um selinho em seguida.
-Vc pertence a mim. Entendeu? -Perguntou depois do selinho.
-Sim...
-Se vc fizer isso de novo, eu vou bater em vc... -Falou parecendo séria.
-Me perdoa... -Falei, realmente arrependida.
-Eu preciso trabalhar... -Ela me disse, um pouco triste.
-Ahhh... -Falei descontente. -Vem almoçar comigo?
-Por que vc não convida a maluca de cabelo verde? -disse sentida.
-Por que eu amo vc... -Falei baixando a cabeça. -Mas vc não quer me perdoar... -
-Tá bom, Helena. Eu vou vir te buscar pra almoçarmos juntas. Nós vamos conversar. -disse como se não se importando.
-Obrigada. -Falei a abraçando e tentando beijar sua boca de forma mais quente que um selinho.
-Não, Helena. -Ela tava recusando me beijar?
-Tá né... -O choro voltou e eu me virei, indo novamente pra direção do meu quarto.
-Ei... -Disse Valéria que foi atrás de mim e tocou meu braço quando estávamos na entrada de meu quarto.
-Hum? -Balbuciei confusa.
-Eu... Te perdoo. -Falou e sem me dar chance de falar nada, me puxou pra um beijo.
A porta do meu quarto tava aberta e nós entramos, nos desgrudamos apenas pra tirar as roupas. Depois, eu me deitei na minha cama e a chamei.
-Vem...
-Não, Helena... Eu preciso ir... -Falou derepente, desviando seus olhos de mim.
-Mas... Eu... -Falei sem entender. Ela estava recusando sexo? -Vc não me quer? -Perguntei triste, cobrindo meu corpo com o lençol.
-Sim, mas agora tô atrasada. Te vejo ao meio dia. -Falou já com a farda recolocada. -Tchau, Helena. -Me deu um beijo sem sal e saiu.
-Droga! -Gritei quando ela se foi. Ela me deixou alí perplexa e na vontade.
Eu me levantei e fui até o banheiro. Tomei um banho gelado, pra me acalmar, me sequei e fui fazer o almoço. Deixei tudo pronto e fui deitar na minha cama, pelada mesmo.
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-Hummm... -Acordei sentindo uma deliciosa sensação em minha buceta. Eu estava de bruços, olhei pro lado e Valéria estava sentada na beira da cama com a mão entre as minhas pernas, me penetrando com a ponta do dedo.
Ela sorriu e quando viu que comecei a mexer, ela colocou o dedo mais fundo, me fazendo gemer e intensificar os movimentos.
-Hmmm... Ai... Mais... -Valéria entendeu e colocou mais um dedo, continuando o vai e vém em minha xaninha.
-Ahh... -Gritei quando estava próxima ao gozo, mas Valéria puxou seus dedos bruscamente, cortando meu orgasmo, me deixando atônita .
-Por que parou? -Perguntei sem entender.
-Por que eu tô com fome. Vem, vamos almoçar. -Disse levantando.
Será que ela ía mesmo fazer isso comigo?
Continua...
Comentem pessoal! Lembrem que eu fui boazinha e escrevi um capítulo duplo pra vcs... Bjs