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Olá a todos, meu nome é Ohana, sou loira, descendente de alemã, me casei a um ano e amo demais o meu marido e o que eu quero dividir com vocês é que não caiam nesse papinho de que país de primeiro mundo é um paraíso, pois não é!
Sou formada em comunicação social pela UNICAMP, meu sonho sempre foi trabalhar como repórter criminalística, abordando matérias do submundo, como o tráfego de drogas por exemplo. Mas meu sonho morreu junto com a minha moral, e foi uma morte trágica.
Sou uma mulher normal, não sou do tipo bombadona, pelo contrário, sou magra, mas com tudo no lugar. Pernas torneadas na medida, bunda empinada, peitos médios, branca bem clarinha, e reconheço que meus dotes físicos sempre estiveram abaixo da média, mas já fui Miss Universitária, o que revela o quanto sou bonita, mas isso nunca me trouxe qualquer benefício, ate porque sempre prezei mais o fato de eu ser uma menina inteligente e isso é o que sempre importou pra mim!
Conclui a faculdade em 2012 e em 2013 recebi o convite para integrar uma equipe de 10 recém formados, incluindo repórter e jornalistas, que iriam ficar seis meses nos Estados Unidos fazendo um estágio corporativo, no que eu aceitei imediatamente, pois como eu disse era meu sonho. Fui correndo contar a novidade para meus pais e meu noivo. Recebi o apoio geral, sendo assim, o que eu teria a perder?
Meu noivo, o Alex sempre teve conhecimento desse meu sonho e por me amar tanto sempre me apoiou. Eu também o amava muito, depois de ser repórter, meu outro sonho que já estava encaminhado era me casar com ele. Conhecemos-nos ainda no colégio, e estamos junto desde então. Eu o amo com muita força.
Na terra do Tio Sã, fui designada a entrevistar o chefe de um movimento de sem tetos, me alertaram o quanto eles eram mesquinhos, arrogantes e perigosos, mas aquela adrenalina toda só me mantinha focada no meu objetivo, naquela altura eu toparia entrevistar até um homem-bomba prestes a cumprir o ato... Fui toda feliz para a minha primeira matéria que iria ao ar no noticiário da noite, minha missão seria simples e rápida. Tinha que encontrar o chefe do grupo, um tão de Muniz, entrevista-lo e retornar.
Chegando lá me apresentei a um jovem que estava em pé diante de uma estaca que sustentavam duas bandeiras, uma do movimento e outra do México. Além dele, duas moças de feição nada amigável, ao ver que éramos da TV veio pra cima e me agrediu, mas de início foi apenas um mal entendido aparente, o rapaz deu um grito e a mandou embora, nem fiquei abalada, pois fui pré programada a viver esse tipo de situação. Pedi pela presença do chefe Muniz, o jovem deu uma gargalhada e saiu dizendo que o traria, num sotaque bem latino.
Junto com o jovem rapaz, veio outros quatro, entre eles o tal Muniz que usava uma blusa xadrez roxa, muito cafona por sinal. A adrenalina estava a mil, eu uma estudante recém formada de apenas 23 anos, casamento marcado, diante da realidade do meu maior sonho e de quebra fazendo minha primeira reportagem internacional, estava tudo perfeito, dali pra frente nada mais me conteria.
O chefe do movimento, o Muniz interrompeu meus pensamentos quando deu um tiro pro alto e junto daquele rapaz que me recebeu no início, apontaram duas armas calibre 12, uma para meu câmera e outra para mim. Ele parecia furioso, descontrolado, disse que éramos loucos de estarmos ali, nessa hora me fitou dos pés a cabeça, eu estava bem a caráter, uma calça preta, uma blusinha branca e um blazer, estava altamente discreta e sem dar motivos a meu ver pra despertar o interesse dele, mas vai entender o que se passa na cabeça de um ser humano demente?
Meu câmera recebeu a ordem de ir embora, tiram-lhe a sua câmera e foi tocado dali a força e ainda levou dois socos, o que o fez correr em disparada me deixando ali com aqueles carasConfesso que agora a adrenalina tinha desaparecida dando lugar ao medo extremo que eu estava sentindo ali. Temia pela minha vida, pensava na minha família e no meu noivo, daria tudo para estar com eles novamente...
Fui levada a força para dentro, haviam muita gente, me colocaram num carro e me tiraram dali...
Não tenho estomago para narrar o que me aconteceu naquele dia, não sei como alguém pode dizer tranquilamente que ele me pegou de quatro, me fodeu por trás ou algo do tipo.
Nunca contei isso a ninguém da minha família, sinto vergonha só de pensar na idéia do meu marido imaginar que um dia transei com outro homem a não ser ele... eu o amo e não quero perde-lo, portanto...
Minha narrativa acaba por aqui, pois dias atrás eu estava pesquisando sobre o assunto, tentando encontrar possíveis vítimas que tenham passado pela mesma coisa que eu e, fiquei surpresa ao descobrir que meus estupradores haviam gravado tudo e jogado na rede mundial de computadores... Confesso que por momento fiquei em choque, mas Graças a Deus eu superei o ocorrido e consigo tocar minha vida de mulher casada e quando mergulho em minhas lembranças, concluo apenas que passado é passado...
Não estou fazendo apologia ao estupro, eu abomino esse tipo de ato, mas se é para partilhar esse momento triste de minha vida, se devo partilhar minha estória em texto, acredito que vocês também merecem ter toda a conclusão também em imagens...
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Não é vírus!