Felipe - boa tarde, Danilo.
Danilo - Oi Felipe, eu queria trocar uma ideia contigo. Pode ser?
- Ele ta ocupado agora. (Guilherme respondeu antes que eu abrisse a boca).
Danilo - Mas é breve, eu só queria saber o que houve que tu saiu correndo da pelada daquele jeito.
Guilherme me olhou desconfiado.
- Não aconteceu nada, é que ja estava tarde, e eu tinha que voltar. (Eu falei apreensivo).
Danilo - Tem certeza que foi só isso?
Felipe - foi sim.
Danilo - Nós vamos voltar a jogar a noite, se voce quiser ir.
Felipe - Hoje não vai dá.
Danilo - Blza. Até amanha então, na escola.
Felipe - Até.
Essa conversa ocorreu sem que o Guilherme saísse da porta, impedindo a entrada do Danilo, assim que este foi embora, eu virei as costas para retornar ao quarto.
- Tem nada pra me explicar não? (Guilherme me interrogou).
Felipe - Foi só uma pelada.
Guilherme - eu nem sabia que voce gostava de pelada.
Felipe - Tu não sabe nada de mim, e nem tem interesse em saber. (Eu falei um pouco alterado).
- Então vem cá. (Guilherme me puxou pelo braço, fazendo eu sentar no sofá, de frente para ele). - Me fala de tu, o que eu preciso saber?
Felipe - o que eu preciso saber? (falei com indignação) - Não teria que ser algo de interesse teu?
Guilherme - ta bom, desculpa, eu me equivoquei com a pergunta. Me fala de tu, Felipe, do que tu gosta, o que tu espera de mim.
Felipe - eu gosto de voce Guilherme, eu queria crescer ao teu lado.
Guilherme - e eu também, Felipe. Eu te admiro muito.
Felipe - Mas eu não gosto quando você me trata igual criança, quando você não confia em mim.
Guilherme - Eu não te trato igual criança, eu apenas estou cuidando de tu. Tenta entender isso.
Felipe - Como que tu cuida de mim assim? Me estuprando?
Guilherme - Que? Não... Não. Eu não te estuprei.
Felipe - então o que foi aquilo?
Guilherme - Mas eu achei que tu tivesse no clima, nem sequer reclamou.
Felipe - Eu te amo de verdade cara, e eu faço tudo por voce, por isso que eu consenti. Você disse que gostava assim, então eu fiz pra te deixar feliz.
Guilherme - Mas não era pra ter deixado então. Não quero ficar feliz, te deixando triste.
Felipe - Eu só queria ajudar a realizar tua fantasia. (falei sereno)
Guilherme passou a mão pelo meu rosto e me deu um beijo quente.
Guilherme - me desculpa, me desculpa, eu não queria machucar voce.
Felipe - ja passou.
Guilherme - Mas mo, quer dizer que tu não curtiu nadinha? (Guilherme roçava seu nariz no meu).
Felipe - Eu te curto cara. (falei agarrando seu pescoço, e puxando seu corpo pra mais próximo do meu). - Só que daquele jeito eu me senti meio agredido. Senti como se você não gostasse de mim.
Guilherme - Eu te amo, ''Fe''. Jamais faria nada contra voce. E eu não tive maldade, juro. Acontece que eu sinto tanto tesão em seu corpo que tenho vontade de apertar, reinar, fazer maldades. (ele dizia isso tocando uns dentes nos outros). - Já passou, foi só um pensamento. (Disse entre risos).
O Guilherme me chama atenção de todas as formas: Romântico, carinhoso, brabo, irado, nervoso, risonho, preocupado.
Guilherme - Felipe, me diz uma coisa, mas com sinceridade.
Felipe - digo.
Guilherme - Tu tem alguma grande fantasia? algo que ainda não realizou?
Eu fiquei pensativo.
Guilherme - Não vale mentir. Pode ser qualquer coisa.
Felipe - acho que não ''Gui'', nada diferente. Gosto do sexo normal mesmo. Por que?
Guilherme - é que estou em divida com voce. Se tivesse alguma fantasia, eu iria tentar realizar. Se voce quisesse comigo é claro.
Felipe - serio? Faria isso por mim?
Guilherme - claro que sim, voce não fez por mim?
Felipe - fiz.
Guilherme - então eu faria qualquer coisa por ti. (falou me dando um beijo).
Felipe - então eu acabei de pensar em uma fantasia. (falei com sorriso no canto da boca).
Guilherme ficou tenso.
Guilherme - Ah é? e qual?
Felipe - Vamos transar no teu escritório.
Guilherme riu.
Guilherme - fácil demais, depois de comer alguma coisa, nós vamos.
Felipe - assim não.
Guilherme - por que não?
Felipe - Hoje é feriado, não tem ninguém lá. Eu quero amanha, no horário do teu expediente.
Guilherme - Mas é arriscado. Eu sou um advogado. Seria um escândalo grande se alguém nos flagrasse.
Felipe - Então deixa. Tu falou qualquer coisa, eu achei que não houvesse exceção.
Guilherme - Eu falei que é arriscado, mas não disse que não iriamos. Amanha eu te pego depois do colégio, e vamos realizar tua fantasia.
Trocamos de roupa e passamos o dia assistindo.
xXXXX
Guilherme - te pego na saída. (Disse Guilherme assim que me deixou na porta do colégio).
Felipe - ta bom. ( Dei um beijo em Guilherme e desci do carro).
xXXX
Danilo - E ae Felipe.
Felipe - E ae Danilo. Bom dia! ( Encontrei Danilo na porta da sala).
Danilo - Bom dia. Como é que ta?
Felipe - Tranquilo e tu?
Danilo - Tudo sussa.
Luiz - Bom dia Felipe. (disse Luiz ao lado do Danilo).
Felipe - Bom dia. (respondi seco, e entrei na sala).
- Teu pai é chato pra caralho hen!? (Perguntou Danilo me acompanhando).
Felipe - Fala do Guilherme? (Coloquei minha mochila na costa da cadeira, e sentei).
Danilo - é.
Felipe - Ele não é meu pai.
Danilo - eu sei po, tou só zuando, é que parece que ele quer mandar em tu.
Felipe - É o jeito dele, mas é gente fina.
Danilo - E aquela fineza toda tem algo contra mim?
Rimos.
Felipe - Acho que não.
Danilo - As vezes eu acho que ele não vai com a minha cara.
Felipe - é só impressão tua.
Aos poucos os alunos foram lotando a sala, e tivemos que diminuir o volume da conversa.
Danilo - é neh!? Pode ser. Antes de tu ir pra casa, eu queria trocar uma ideia contigo.
Felipe - é sobre ontem? Já expliquei que não aconteceu nada, só tava apresado para chegar em casa.
Danilo - é outra coisa, mas na saída a gente conversa.
O professor entrou, nos saudou com um bom dia, e deu inicio a explicação do conteúdo.
No horário do intervalo, eu passei um tempo guardando meu material, e não vi o Danilo saindo da sala. Olhei na mochila que haviam alguns trocados, e resolvi sair para comprar um lanche. Chegando a cantina da escola, eu visualizei o Danilo ao longe, e resolvi ir falar com ele, queria saber o que ele queria comigo.
xXXX
-Hey, vai pra aonde? (Alguém tentou bloquear minha passagem).
Falar com o Danilo. (respondi).
Luiz- Há viado intrometido. Não ta vendo que ele ta com a namorada?
Felipe - Aquela é a Camila?
Luiz - a própria. Agora da no pé, e deixa o cara em paz.
Eu não estava ligando para as ofensas do Luiz, mas eu me senti meio estranho quando vi Danilo com a ex, ou atual, naquele momento não sabia qual a ligação dos dois.
Luiz - Ta esperando o que pra vazar?
Felipe - A cara, vai te fuder, a escola é tua por acaso?
Luiz - Ta querendo levantar a voz pra mim? (Luiz falou aproximando o rosto de mim).
Felipe - Só tou querendo que tu me deixe em paz cara, apenas isso. Ta dificil?
Empurrei o Luiz e segui meu caminho.
Quando passei por Danilo, ele estava beijando a ''tal'' Camila. Aquilo me deu um aperto no coração.
xXXX
- Me de 5 fichas por favor. (falei pra moça do caixa).
- Aqui esta.
Felipe - Obrigado.
Me dirigi ao balcão, e pedi uma esfirra e um suco de laranja.
Fiz meu lanche, fui ao banheiro, retornei a sala, e o Danilo ainda estava grudado na boca da menina.
Quando ele chegou à sala, a professora de literatura ja estava na sala, e somente depois de muita insistência, deixou ele entrar.
- Fala tranzão. ( os amigos tiravam onda com a cara do Danilo).
Danilo - O papai voltou. (Dizia ele repetidas vezes).
A professora chamou nossa atenção, e focamos na explicação do conteúdo.
O sinal tocou indicando o final da aula, e foi o maior alvoroço.
xXXX
Felipe - E ae Danilo, o que queria falar comigo? (perguntei ja com a mochila nas costas).
Danilo - ah mano, não é nada importante, depois ti falo.
Felipe - fala ae po, agora eu fiquei preocupado.
Danilo - promete não ficar com raiva?
Felipe - claro. Pode falar tranquilo.
Danilo - é que eu tava com duas cortesia para o cinema, e pensei em ti chamar.
Felipe - Porra cara. Brigadão, eu nunca fui a um cinema.
Danilo - Nunca? Serio mesmo? (Danilo ficou meio espantando).
Saímos da sala, e fomos andando em direção ao portão central.
Felipe - serio mesmo. Nunca fui. Eu vou ter só que falar com o Guilherme, mas acho que ele vai deixar sim. E por que tu acha que eu ficaria com raiva?
Danilo - O problema é que eu ja convidei a Bruna pra ir comigo!
Felipe - Hum. (falei lamentando, mas não querendo aparentar isso). - Vocês voltaram?
Danilo - Vamos tentar mano, ver o que rola.
Felipe - Entendi.
Avistei o Guilherme e me despedi do Danilo.
Danilo - Não ta com raiva ne!?
Felipe - Não, não. Ta tudo tranquilo.
Danilo - Então beleza. Eu vou indo também que tenho que resolver uns problemas do carro com meu pai.
Felipe - Ta bom. Ate amanha.
Danilo - Falou.
xXXX
Dei algumas passadas, e cheguei ao encontro do Guilherme. Entrei em seu carro, e chegamos ao escritório.
xXXX
- Bom dia Sr Felipe. (Disse o segurança, assim que chegamos ao andar do escritório do Guilherme).
Como assim sr Felipe? Ha pouco tempo eu era bandido, e agora era senhor. As coisas mudam hen!? (Pensei comigo mesmo).
- Bom dia. (respondi).
Ele não cumprimentou o Guilherme. Supondo que devido eles terem passado a parte da manhã no mesmo ambiente.
Entramos na sala do Guilherme, e ele passou a chave na porta.
Guilherme me deu um beijo, e me agarrou. Eu logo correspondi. Em seguida, ele tirou seus pertences que estavam sobre a mesa, e me pôs em cima dela.
Começamos a nos beijar. Minhas pernas envolviam as pernas do Guilherme.
Guilherme - quem é meu putinho?
Felipe - Sou eu!
Guilherme - nao ouvi. Quem é?
Felipe - Sou eu!
Guilherme - Você?
Felipe - Ahan.
Guilherme - e quem é teu dono?
Felipe - é você!
Guilherme - ta fraco.
Guilherme mordia minhas orelhas, deixando-me todo arrepiado.
Felipe - é você! (Falei em um tom mais alto, e firme).
Guilherme - e o que você quer do teu dono? Pode pedir o que voce quiser. (falava ele rocando meu nariz com o seu).
Felipe - quero que voce me coma em cima dessa mesa.
Guilherme - Seu dono vai realizar sua vontade. Mas antes vem aqui me chupar, vem.
Guilherme colocou sua rola pra fora, e eu comecei a chupa-la.
Guilherme - baba ela vai, cospe nela.
Assim o fiz.
O Telefone da sala do Guilherme começou a tocar, e eu afastei minha boca achando que ele iria atender.
Guilherme - não mandei parar. Ele disse me olhando de cima pra baixo.
Felipe - o telefone esta tocando.
Guilherme - não deve ser nada importante. Continua que isso ta bem melhor.
Voltei a chupa-lo e o telefone insistiu em tocar. Guilherme então resolveu atender.
Guilherme - Pois não. (dizia ele enquanto eu o chupava). Peça pra esperar um pouco.
A voz falou alguma coisa do outro lado.
Guilherme - O Miguel esta na sala dele?
Suponho que a voz respondeu que sim.
Guilherme - então indique o Miguel a ele.
Depois da ligação Guilherme puxou o fio do telefone da tomada.
Guilherme - pronto, agora ninguém vai mais nos incomodar.
xXXX
Parei de chupar, e Guilherme me colocou de quatro em cima da mesa, e quando ia abaixando minha calça, bateram a porta.
Guilherme - Puta que pariu. (Ele resmungou baixo)
- Quem é? (perguntou ele sem abrir a porta).
- É que o cliente não quer ser atendido pelo Miguel, ele quer ser atendido pelo senhor. (respondeu a secretária com voz serena).
Guilherme - então faça-o esperar um pouco. Estou analisando o caso de outro cliente.
- Mas ele disse que esta apressado, e disse ser breve.
Guilherme - tu espera um pouco Felipe? (Perguntou, baixo).
Felipe - espero sim.
Guilherme - Já vou atender ele. (disse Guilherme colocando a roupa).
Assim que nos aprontamos, Guilherme abriu a porta, e o cliente entrou.
xXXX
-Ola sr Guilherme? Perguntou um senhor.
Guilherme - Sou eu mesmo, em que posso ajuda-lo? (Guilherme cumprimentou o senhor).
- É que esse rapaz aqui se envolveu em uma pequena confusão, e eu preciso de um advogado para nos auxiliar, e o senhor foi indicado como sendo o melhor.
Guilherme - eu fico lisonjeado, mas cade o rapaz que eu não o vejo?
O Sr virou-se de costas.
-Ué, ele estava aqui nesse instante mesmo.
Guilherme - Não vi entrar ninguém com o senhor.
- Só um instante por favor.
Guilherme - Eu aguardo.
- Luiz meu filho, venha cá! (Gritou o senhor sem sair da sala, apenas colocando a cabeça para o lado de fora)
- Sr Pai. (Disse o rapaz entrando a sala do Guilherme).
- Esse aqui é o dr Blater. Se tudo der certo ele ira cuidar da sua causa.
Eu fiquei paralisado vendo o Luiz ali.
Guilherme - Tudo bem Luiz?
Luiz - Blza. (disse o Luiz cumprimentado o Guilherme).
Guilherme - por favor, sentem.
Guilherme conectou o fio a tomada novamente, e solicitou dois café's para a secretária.
Danilo - eu vou esperar la fora, Guilherme.
Guilherme - Ok Felipe, mas não vá pra longe que daqui a pouco vamos almoçar.
- Ta bem. Vou esperar aqui na recepção.
Luiz - também vou esperar aqui fora pai.
Luiz despediu-se do pai, e saiu da sala junto comigo.
xXX
Já fora da sala, Luiz tirou uma camisa que estava em seu ombro e me ofereceu.
Luiz - Toma. (Disse ele esticando a camisa).
Felipe - Pra que ta me dando isso?
Luiz - Pra ti limpar a boca. Ta cheia de gala.
Passei a mão pela boca, e falei mil palavrões no pensamento. Não era gala, mas minha boca realmente estava babada.
Tomei a camisa das mãos do Luiz, e passei, limpando a boca.
Meu rosto esquentou, e suponho ter ficado muito vermelho. Devolvi a camisa do Luiz, e o agradeçi.
Luiz - Viadinho, te peguei no flagra não foi? (Disse ele com um riso sarcástico no rosto)
Continua...