Aviso: Parte dois do enredo e pré inicio da real centralização do conto.
Boa leitura :D
Anteriormente:
Saí da sala do trono quase me borrando, meu pai não permitia o meu contato com o povo desde o falecimento de minha mãe. Era obcecado em me deixar seguro e isso me matava.
Ao menos agora vou poder receber alguns e ver o que anda acontecendo em meu país através deles.
Atualmente:
Voltei para os meus aposentos às pressas. Precisava de alguma forma conquistar o carinho e o respeito de algumas pessoas, afinal, ser Rei não necessariamente significa que você vai ser amado por todos.
Resolvi que precisava de ajuda nesta importante missão.
- Sarah. - Chamei, em seguida ele abriu a porta e entrou.
- Sim vossa alteza, o que posso fazer pelo senhor? - Prontamente respondeu
- Quero que arrume um dos quartos do palácio para que eu possa receber alguns plebeus. Também preciso que anuncie que o príncipe ira ter audiências com o povo no palácio através da TV e demais mídias possíveis.
- Mais alguma coisa vossa alteza?
-Não.
- Certo
- E ah, antes que esqueça, queria ter acesso aos meus meios de perfis online, por favor traga um tablete ou algo do tipo.
- Vossa alteza, o Rei permitiu que o senhor usa-se a internet?
- Como ousa? Eu sou o futuro Rei e ordeno que faça o que eu pedi imediatamente! - Explodi em fúria, não me entendam mal, mas odeio ouvir um "quase" não.
-C-certamente sua alteza, irei providenciar imediatamente, com sua licença - gaguejando e fazendo sua reverencia extravagante ele saiu a tropeços.
Me joguei na cama e fiquei pensando na minha mãe. Era uma mulher de muita garra, conseguiu sozinha fundar o sistema de saúde mais importante e funcional da Europa. Claro que meu pai fora contra os gastos e tudo mais, e mesmo hoje não sendo mil maravilhas, a plebe consegue um serviço decente.
Me aprofundei em meus pensamentos e lembrei de quando eu e mamãe íamos a praia, ela era tão cuidadosa comigo, não protetora como o meu pai, mas era uma mulher excepcional. Lágrimas agora corriam pelo meu rosto, lembrara de ter encontrado ela morta perto da lareira, com seu livro favorito no colo. Meu pai puniu 10 guardas com a morte, me disse que ela teve um enfarte, mas eu sei que tem coisa por trás disso. Desde o ocorrido ele me isolou de tudo e todo mundo. Sem internet, sem alguns canais de TV, sem jogos online, sem celular, sem nada praticamente. E agora eu teria a chance de realizar o meu sonho, conhecer o povo que ele tanto me impediu de conhecer. Um novo universo acabara de nascer na minha mente, eu queria ajudá-los, entendê-los e se possível, conquistá-los. Adormeci.
Acordei por volta das 8 com Sarah me chamando.
- Vossa alteza, bom dia e desculpe por atrapalhar o seu sono.
- Tudo bem Sarah, o que houve, que barulho é esse? - Podia ser impressão minha, mas era como se vários soldados marchassem encima de meu quarto.
- O senhor deveria ver por si próprio - ele apontou para minha janela que até então estava coberta pelas grandes cortinas de veludo.
Me levantei e quando mais próximo estava da janela, mas o barulho ficava maior. Puxei as cortinas e fiquei cego pela claridade, e quando tudo se normalizou e pude finalmente enxergar não pude acreditar no que estava vendo. Uma multidão se estendia pela praça que havia a frente do Palácio, guardas corriam para lá e para cá para reforçar a segurança, e todos gritavam a mesma frase
" DEMOCRACIA!!! ".
- Saraah, sei que odeiam o meu pai, mas a monarquia ajudou e muito o império Constantino, certo?
- Milorde, receio não ter boas notícias. – Ele me cortou drasticamente.
- Sarah...
- O Rei está mal, os médicos estão fazendo de tudo, mas eles acreditam que ele não passe de 2 semanas.
A bomba foi lançada, precisava ver meu pai, saí às pressas de meus aposentos e fui até os aposentos de meu pai, Sarah estava atrás de mim e vários médicos conversavam fora de seus aposentos.
- Vossa Alteza! - Um deles percebeu minha presença e quase beijou o chão de tamanha reverencia a qual os outros seguiram intimidados.
- Levantem-se, me digam, qual o estado de meu pai?
- Vossa Alteza, me chamo Frederick Monshuwar, sou o médico real responsável pelo Rei, e venho acompanhando seu estado a um tempo. Sinto lhe informar que o Rei não está em condições nenhumas de sair de seu quarto. É como se fosse uma praga, uma bruxaria poderosa, não estendemos o porquê do corpo dele está reagindo desta forma, ele simplesmente não consegue ter forças para nada, somente para falar e respirar.
- Entendo, se me dão licença, irei ver meu pai.
- Vossa Alteza!!! - Eles saíram do caminho.
Adentrei nos aposentos de meu pai e me veio a grande surpresa, ele estava muito branco e baba saia pelos cantos de sua boca.
- P-Pai? - Disse chorando
- Meu filho, não chore. - Ele disse olhando para cima
- O que está acontecendo pai?
- Não sei filho, mas não pretendo ficar nesta cama para sempre rs
- Não quero perder o senhor, por favor não me abandone igual a mamãe - a esta hora já estava chorando descontroladamente
- Meu filho, todo tem a sua hora, a minha vai chegar, e você terá de ser forte.
Eu agarrei sua mão e por um longo tempo e choramos juntos.
- Meu filho, preciso que resolva algumas questões para mim. Já que estou impossibilitado.... Te nomeei como meu representante no trono, precisa ir agora e debater com o conselho sobre o nosso exército e me relatar tudo aqui.
- Pai, não sei se serei capaz..
- Eu confio em você Marcus, eu confio em você.
- Obrigado meu pai. - Limpei as lágrimas dele e as minhas.
- Agora vá.
Ao sair, reparei que além de Sarah, havia 6 soldados me seguindo.
- Sarah?
- Sim vossa Alteza!
- Precisamos desses soldados nos seguindo? - Ele me olhou e riu
- Certamente não, mas agora o senhor além de possuir o título de príncipe, ganhou também o título de representante do Rei no trono. Isso exige cuidados especiais.
- Hum. -Fomos caminhando calmamente até meus aposentos onde me vestiria adequadamente para a reunião. Após feito isso fui conduzido até a sala do trono onde haviam 3 cadeiras de bronze, e uma enorme mesa cristalina que preenchia a sala antes vazia.
Fiquei em pé, ao lado direito do trono, não ousaria sentar ali, ainda pertencia ao meu pai.
Um dos Condes adentrou na sala junto do General do Exército.
Conde James: - Vossa Alteza, não seria melhor se assentar no trono para darmos início a sessão? - Era baixinho, barrigudo, branco, possuía bigode e uma voz bem fina.
Eu: - Conde, meu pai ainda vive, ele é o Rei, e não me atrevo a sentar no que ainda pertence a ele.
James: - Mas vossa alteza logo será dono de tudo isso
Eu: - Serei, algum dia. Sarah, me traga algum assento por favor. - Ele logo saiu e voltou com 2 servos carregando uma cadeira, uma cadeira bem luxuosa.
Eu: - Podemos começar?
James: - Ainda falta o Conde Winscoholt.
Desconhecido: - Ele infelizmente não pode vir, mas me mandou em seu lugar para representa-lo. - Veio até mim, sorriu e fez uma reverencia
Tiberius: - Meu nome é Tiberius Winscoholt, sou sobrinho do Conde. - Certo, sabe aquela hora que você bate o olho em uma pessoa e vê a alma dela? Pois então. Tiberius era muito gato, 1,70, loiro, seu terno não conseguia esconder seu físico, branco e de altura mediana. Tem uma voz sedutora e um olhar bem penetrante.
Eu: - Tome o lugar de seu tio.
Tiberius: - Sim vossa alteza, obrigado.
Eu: - Então comecemos esta sessão, Relator James, a pauta por favor. – Disse tentando manter a tranquilidade.
J: - Vossa Alteza, Senhores, hoje trataremos da segurança das Constantinas. Como já deve saber Vossa Alteza, uma aliança com a Bulgária poderia ser formada através de um casamento Real com a princesa Amélia, porém, como o Rei deixou bem claro, o Príncipe não quer essa união. Então só teremos uma alternativa.
Eu: - Direto ao ponto por favor.
J: - Teremos de invadir o território Búlgaro e o reivindicar como parte das Constantinas. – Minha expressão deve ter sido a mais incrédula possível. Os três me olhavam com diversão diante da minha incredulidade. Finalmente consegui falar...
Eu: - Mas isso seria um ultraje não só a monarquia Búlgara, mas como aos direitos humanos. Duvido muito que a Organização das Nações Unidas permitiria tal feito. As Constantinas seriam retaliadas com total apoio das demais nações.
J: - Conversei com o General Julius, e ele disse que nossa força militar é mais que o suficiente para invadir toda a Europa. Em relação a ONU, nada que umas boas quantias dos cofres reais não resolvam. – Eu estava mais incrédulo do que nunca, esse Filho da Puta queria subornar um órgão governamental para poder invadir um PAÍS.
Eu: - Tiberius, qual a sua opinião sobre isso? – Ele parecia bem pensativo.
T: - Sem dúvidas sua Alteza tem razão ao dizer que a ONU não permitiria. Porém, as Constantinas seriam mais fortes do que nunca com tal aquisição, então apoio a invasão militar.
Eu: - General Julius? – Julius era negro, cabelo militar e possuía um alto porte. Usava um uniforme miliar cheio de medalhas, era um tesão de homem, porém, casado. Julius: - Vossa Alteza tem o controle e o respeito sobre o exército. Independente da escolha do Magistrado, o exército apoiara a ordem que o Príncipe acatar. – Fiquei ligeiramente feliz com a sua resposta, James não parecia feliz, porém não se manifestou.
Eu: - Senhores, terei de conversar com o Rei. O que o Magistrado me pede é algo muito sério, e mesmo sendo o porta voz do Rei, não posso autorizar tal ação sem o consentimento do mesmo. Temos mais algum assunto Relator?
James: - A sua sucessão vossa Alteza, o povo pede nas ruas que seja o mais rápido possível.
Eu: - O Magistrado autorizaria que o Príncipe assumisse o trono sem o casamento?
James: - Posso convocar uma reunião do conselho, se os lordes votarem a favor, sim, vossa Alteza poderá.
Eu: - Então convoque imediatamente.
James: - Que assim seja sua Alteza.
Eu: - Senhores irei me retirar, tenham um bom dia.
Os 3: - Vossa Alteza! – Fizeram reverencia.
Saí da sala do trono às pressas, precisava de ar fresco. O que o relator propôs foi algo muito sério. Atacar outro país é um crime contra a humanidade, apesar de ter vários bons motivos como exploração de minérios e das florestas búlgaras, os Búlgaros nunca iriam nos perdoar pelo mesmo. Ao terminar de caminhar, lembrei que havia uma multidão fora do palácio, e resolvi atender alguns. Voltei a sala do trono e chamei meu fiel escudeiro.
- Sarah?
- Sim vossa Alteza? Como posso ajudá-lo?
- Escolha 3 plebeus que estejam na multidão e traga a minha presença.
- Certamente Senhor, com sua licença. – Ele se apressou e após vários minutos voltou com 2 rapazes e 1 moça. A cara dos 3 era impagável, ambos estavam aparentemente impressionados com a luxuria da sala do trono, e claro, comigo rs
- Vossa Alteza, aqui estão eles, como ordenou.
- Obrigado Sarah, você a garota, se aproxime. – A menina se aproximou e quase beijou ao chão com sua reverencia exagerada.
Menina: - Meu senhor, é um prazer atender a um pedido seu. – Senti uma ambiguidade aí?
Eu: - Qual o seu nome?
Mérida: - Me chamo Mérida, vossa Alteza
Eu: - Mérida, hoje estou benevolente, então atenderei a um pedido seu que beneficie a todos os que estão a sua volta. Tem algo em mente?
Mérida: - Vossa Alteza, para ser sincera, os pontos de ônibus de Constantinopla não possuem proteção contra chuva, seria muito bom que todos eles tivessem.
Eu: - Muito bem Mérida, como seu pedido beneficia a todos será realizado. Sarah por favor cuide disso, certo?!
Saraahb: - Sim vossa Alteza.
Mérida: - Muito obrigada vossa Alteza, vida longa ao Príncipe. – Ela me lançou um sorriso e se afastou.
Eu: - Você, venha até aqui. Qual o teu nome rapaz?
Raphael: - Me chamo Raphael meu Senhor.
Eu: - Vou repetir a pergunta que fiz para Mérida, atenderei a um pedido seu que beneficie a todos os que estão a sua volta. Tem algo em mente?
Raphael: - Os orfanatos precisam de mais espaço, talvez se o Senhor doasse alguns terrenos, poderiam se abrigar mais órfãos.
Eu: - Será feito, , muito boa escolha, pode ir.
Raphael: - Obrigado vossa Alteza. – Fez reverencia e saiu.
Eu: - Você se aproxime. – Este me causou certa curiosidade. Era branco, possuía um corpo aparentemente atlético, possuía lábios pequenos, um rosto de anjo, cabelos negros, e se vestia de uma forma simples, porém impecável.
Eu: - Qual o seu nome?
Christian: - Me chamo Christian vossa Alteza – Fez uma reverencia um pouco estranha, e seu sotaque não era comum.
Eu: - Você é de Constantinopla? – Curioso
Chris: - Não, venho do Brasil, estou aqui a 5 meses e ainda estou aprendendo seus costumes, por isso peço perdão por ser tão leigo vossa Alteza.
Eu: - Não se desculpe, compreendo perfeitamente. Então Christian, posso fazer algo por você?
Chris: - Não sei ao certo Senhor, moro a muito pouco tempo aqui, não sei o que pedir.
Eu: - O que teve mais dificuldade em se acostumar?
Chris: - As escolas, elas são quase restritas, não gostam pessoas de outros países. Seria bom se esse preconceito acabasse.
Eu: - Muito bem, estou decretando que todos os visitantes de outros países tenham o direito a educação da mesma forma que um cidadão de Constantinopla tem.
Sarah: - Vossa Alteza, isso pode não ser bom aos olhos do Magistrado. – Se prontificou em falar.
Eu: - Eu tenho atualmente o poder do Rei, não me importo com o Magistrado.
Sarah: - Entendo, será feito meu Senhor.
Eu: - Voltando... Então Christian, aceita um café?
Chris: - Eu adoraria vossa Alteza. – Ele realmente aceitou?
Eu: - Me chame de Marcus, por favor. – disse
Chris: - Só se me chamar de Chris. – ELE COROU?? É ISSO MESMO PRODUÇÃO
Eu: - Certo, venha comigo Chris.
Eai gente? Gostaram? Se preparem que acho que de enredo este ótimo, as coisas vão começar a acontecer e bem, nosso segundo protagonista chegou, uhuul. Bjs e espero que gostem.