Ao seu lado: Guerra psicológica. Capítulo 18

Um conto erótico de Vick_Tinho
Categoria: Homossexual
Contém 2022 palavras
Data: 30/04/2016 11:31:58
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

- Felipe, calma. Se controla.- falou Guga, gesticulando para eu ter calma.

- Calma é o caralho. Eu sei que você está mentindo, seu viado! Eu sei o quanto você odiava meu marido. Se pudesse, você mesmo teria matado ele com as próprias mãos.- Falei no momento de raiva.

O que recebi por isso foi um soco de Gustavo. Não foi muito forte, mas foi o suficiente para me atordoar e cair em mim. Logo depois ele disse:

- Tu me respeita! Eu sou tudo que não presta, você sabe disso. Mas também sabe que não sou assassino. Então se quiser saber mais alguma coisa vamos subir, caso contrario, vocês dois se retirem daqui porque já tem gente olhando.- Finalizou ele.

Não tive muito o que fazer de fato. Eu fiquei com muita raiva naquele momento por ter levado um soco daquele zé ruela, mas meu objetivo era tirar aquela história a limpo, então eu não sairia de lá sem que eu soubesse tudo. Nos encaminhamos para o apartamento de Gustavo. Ele pediu para que nos sentássemos no sofá, que ele iria trocar de roupas, beber água e viria falar conosco.

Depois de alguns instantes ele veio e disse:

- Olha, você está certo em muitas coisas. Eu de fato odiava o mané do William.

- Respeita a memória dele, cara.- Falei.

- Desculpa. Mas não é porque ele morreu que vou passar a gostar dele.

- Vamos embora, Eric. Acho que perdi meu tempo aqui.- Eu disse.

- Não. Tudo bem, vocês já estão aqui. Então vou falar logo e não se preocupe, não vou mais falar merda.- Finalizou Gustavo.

Concordei com a cabeça e voltei a sentar no sofá. E comecei as escutá-lo.

- Como eu disse, não gostava mesmo do William desde o princípio e passei a odiá-lo ainda mais no momento em que soube que era ele o amor da sua vida. Te confesso que doeu demais, e meu ego também foi ferido. Mas também confesso que depois que vocês se juntaram, eu desisti. Eu realmente quis mudar e pedir desculpas pra ele, não vou dizer que comecei a gostar dele, porque seria mentira, mas quando vi que já tinha perdido eu resolvi seguir em frente. E não só pedi desculpas lá no restaurante quando você me viu na mesa, mas também pedi na empresa rum dia na minha sala.

- Tudo bem. Mas quero saber sobre aquela história que você disse para o Eric. Se você puder ir direto ao ponto eu agradeceria.- Eu disse.

- Tudo bem, já ia chegar nessa parte mesmo. Eu estava no restaurante com os rapazes, era meu dia de pagar, mas eu tinha deixado a carteira no porta luvas do carro. Então pedi pra esperarem que eu ia pegar. Quando eu estava chegando no estacionamento, os dois estavam conversando próximo ao seu carro, então eu fiquei escondido tentando escutar, não conseguir ouvir muito, admito, o pouco que ouvi era William dizendo que não ia demorar, que ele achava que eram só 3 dias de viagem, só que depois a conversa acabou. Então resolvi olhar, e nisso vi os dois se beijando, mas logo me escondi novamente, porque pelo que percebi o William tava pedindo para o Osvaldo parar já que alguém poderia chegar, mas Osvaldo falou que estava em horário de aula e que isso era difícil, até que a secretária apareceu e disse que o William estava certo. A última coisa que ouvi foi que Osvaldo perguntou se ela estava vigiando eles, mas ela só disse que era óbvio que não, ela tinha apenas chego e ficou se maquiando no carro até que eles apareceram e ela decidiu esperar. Logo depois me escondi no banheiro de la, ouvi o barulho do carro saindo, então depois fui pegar minha carteira.

- Isso não pode ser verdade. Você está mentindo. Por que se fosse verdade você me diria, tenho certeza, já você odeia ele.- Eu disse.

- Você estaria certo se isso fosse antes. Pensei muito em te contar, mas resolvi não contar porque eu te amava, e qualquer coisa que eu viesse a falar, você jamais acreditaria, iria pensar que eu estava fazendo isso para sacanear o relacionamento de vocês. E eu sabia que em algum momento você descobriria. E vocês só estão sabendo disso porque eu cometi o erro de falar pro Frank e ele falou pra meninas. Eu até me arrependo de ter dito a ele. Agora eu quero que os dois saiam da minha casa.- Falou Gustavo de maneira seria.

Eu de fato fiquei completamente sem chão, por mais que eu não quisesse pensar naquilo, minha cabeça não parava. Na estrada enquanto ia pra casa, Eric pedia pra eu dirigir devagar, por várias vezes, mas eu não conseguia, quando eu reduzia a velocidade, instantaneamente voltava a me distrair e aumentava novamente até deixar Eric em sua casa. Posso dizer que foi muito foda até a chegada em casa.

Chegando fui tomar uma ducha gelada para ver se eu me acalmava, infelizmente a semente que Gustavo colocou em minha cabeça começava a germinar, eu não queria aquilo, mas não tinha como evitar. Uma raiva imensa estava brotando dentro de mim e a única coisa que eu pedia era que Deus tivesse piedade de mim e tirasse todo aquele mal que estava começando a brotar naquele momento.

Só o que posso dizer era que essa seria uma noite bem longa e que seria um inferno. Minha cabeça não parava de criar situações em que William estava me traindo com Osvaldo. Nossa! Aquilo era pesado. Será que eu estava sendo um idiota por amar demais, ou tudo isso não passa de um invenção? O que vou fazer? Aquela maldita dor estava voltando. Eu não quero mais ter crises.

A nossa mente é traidora. Por mais que não queiramos pensar besteiras, ela cria coisas em nossa cabeça. A noite foi muito longa, eu rolava de um lado para outro na cama. Pela manhã fui tomar café com Leonor, e ela acabou percebendo minha inquietação. Ficou me questionando, e só o que estava me dando era raiva, raiva! Mas jamais deixaria que ela ouvisse o que estão falando de seu filho.

Não pude ficar na mesa com Leonor. Toda vez que eu olhava para ela, me vinha William na cabeça e a suposta traição dele.

Como aquilo poderia estar acontecendo? Leonor não tinha culpa pelo inferno mental que eu estava passando, essa luta só existia na minha cabeça, em que de uma lado tava tudo que passei com o William e o amor que tinha entre nós dois. Já do outro, tava o que foi dito por Gustavo. Infelizmente o segundo estava vencendo. Eu queria poder dizer que podia controlar isso, esses pensamentos, mas não. Isso era algo que por mais que eu quisesse defender William, meu subconsciente se empenhava em destruir tudo de bom que foi criado e vivido por nós.

Acho que eu estava ficando maluco. Me controlei nesses meses, mas criei um método para não descontar na Leonor, que me amava como um filho. Pedi para ela não falar mais em William, também tirei as fotos que tínhamos juntos do meu quarto e de alguns lugares onde pude remover sem que Leonor sentisse que algo estava diferente.

Eu fiquei frio, não me importava se o mundo estivesse caindo ao meu redor, deixei de andar com as minhas amizades, mas isso não significa que eles não são meus amigos, eles são e eu sei disso, só não quero mais criar vínculos com ninguém, não quero ter responsabilidade com ninguém. O único compromisso que tenho é a Leonor, fora ela, ninguém. As meninas iam me visitar sempre com o Eric e o Tuca, mas já tinham percebido que eu não ia mais fazer programas fora em casa. Então a partir daí eles vieram mais a minha casa.

Eu deixei de trabalhar na empresa, já fazia um ano desde que tudo aconteceu. Diana me indicou fazer novas empresas para que meu dinheiro não parasse. Foi o que decidi fazer. Falei com meus advogados e eles disseram que iam preparar alguns papéis e demoraria cerca de um mês pra conseguirem os Alvarás.

Decidí abrir uma perfumaria e lojas de roupas, mas queria mais. Então fui indicado a abrir um shopping, que assim eu escolheria quais das lojas eu ia querer usar, e os demais seriam alugados pra outras marcas. Então começaram os trámites de documentação para a construção e outras coisas.

Me indicaram a voltar pra construtora e cuidar do que era meu. Talvez fosse a melhor coisa, porque no próximo período eu já teria o estágio, então falei com o idiota do Tasso pra continuar e me ensinar algumas coisas sobre contabilidade. Então ele me indicou a voltar para minha sala na construtora. Foi o que fiz. Após uma semana, voltei para o meu cargo de antes e fiquei novamente na mesma sala que Tasso, só que agora era diferente, eu estava lá por livre e é espontânea vontade. Os meses se passaram e eu estava aprendendo tudo que precisava e percebi que não precisava de muito pra eu ficar a frente de algumas coisas. Não na presidência, porque isso é demais e teria coisas que só uma pessoa com influência saberia fazer. Eu poderia começar sendo vice, mas isso eu falaria com o titio mais tarde pra ele não ter uma surpresa. Enquanto na empresa estava indo tudo bem, em casa as coisas estavam indo mal. Cheguei em casa e Leonor estava discutindo com Gustavo e ela já não está bastava muito bem.

- O que você quer aqui, Gustavo?

- Eu só estava querendo falar com você, mas essa... SENHORA, não me deixou entrar na sua casa.- Disse ele.

- O meu filho não gostava de você. E se ele não gostava, devia ter um bom motivo.- Falou Leonor olhando nos olhos de Guga.

- Então Príncipe, eu posso entrar NA SUA CASA?- Felipe falou ironicamente olhando de Leonor para mim.

- Não, essa casa é de Leonor. Se quiser conversar entra no carro e vamos para aquele bar do outro quarteirão.- Falei fazendo o gesto para ele entrar no carro.

Guga entrou, e antes de arrancar com o carro eu disse:

- Leonor, não quero mais você gritando com ninguém aqui fora, isso pode te fazer mal. Qualquer coisa chama os seguranças.

- Tudo bem... cuidado meu filho.- Então pedi a bênção dela e saí.

Chegando no bar, pedi um coquetel de frusta e pedi para que Gustavo fosse direto ao ponto.

- É o seguinte. Eu quero me casar com você.

O susto foi tão grande que eu acabei me afogando com o coquetel. Até que pude falar:

- Você está louco? Eu não te amo.

- Eu sempre te amei, e você sabe que só o que quero é cuidar de você.- Finalizou ele.

- Mas vc sabe que eu não preciso ser defendido e muito menos cuidado.- Falei.

-Apenas pense nisso. Você não tem mais ninguém, e eu sempre quis estar ao seu lado.

Baixei a cabeça em discordância e disse:

- Acho que você deve ter o dinheiro pro taxi.- Deixando ele lá e pegando meu carro e indo pra casa.

Era cada uma que me acontecia. Quando em sã consciência eu casaria com ele?

Agora eu estava chegando em casa, pronto para enfrentar meus demônios psicológicos, mas quando eu chegava em casa, sempre me vinha o sofrimento desenfreado de derrota, de que estava sendo traído e muitas outras coisas. Confesso que estou no meu limite, a raiva toma conta do meu coração, faz um ano que tudo aconteceu e eu ainda contou sofrendo como no primeiro dia. Quando estava no banho, ficava pensando se essa era minha sina. E quando penso que talvez eu estivesse sendo traído a raiva me fazia pensar em realmente casar com o Guga, mas claro que eu não ia fazer uma idiotice dessas, minha cabeça que não parava de pensar besteiras. E a toda hora vinha o seguinte pensamento:

Será que William mereceu todo o amor que dei a ele?

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Me perdoem a demora gente, mas aí está mais um capítulo. Muito obrigado a vocês que acompanham

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Comentários

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Ai nao. eu nao acredito q will morreu e o traiu.

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Acho que sequestraram o Willian, e jogaram ele é algum lugar sem dinheiro só pode...

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Até agora não acredito q Willian morreu ,ainda tinha esperança dele aparecer, mais pelo visto não.

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