[GLUE] 21
Estávamos no táxi indo em direção ao outro lado da cidade a casa de Juliana essa ideia revirava meu estomago mas era para um bem maior era para o bem do Luan. Eu olhava pela janela do carro enquanto Marcelo segurava minha mão. – Não precisava vir o disse. – Precisava sim respondi; não sabemos se ela vai estar lá mais já é um começo. Tirei minha mão da sua e coloquei dentro dos bolsos. – O que foi Júlio? O perguntou. – Nada, respondi. Ele se pôs nos outro canto do carro nesse momento fui revendo os fatos que haviam acontecido e certas coisas me perturbavam profundamente começando pelo fato de Juliana está na casa do Luan com o pai dele, pelo que sei ambos se odeiam e ela nunca foi lá sem o Luan e a outra coisa era ainda a situação do Marcelo com ela, nem amigos eles são... Não que eu saiba. O carro avançava em velocidade moderada, aquela manhã começava a ter tons de cinza sobre o céu – Parece que vai chover garotos foi dizendo o taxista para quebrar o silêncio – É acho que vai sim respondi. Atravessamos mais alguma avenidas até chegar o outro lado da cidade eu nunca tinha ido tão longe as ruas aqui eram mais estreitas a maioria das pessoas era diferente de certo modo. – Pode parar aqui por favor foi dizendo Marcelo. O motorista encostou o carro descemos, Marcelo enfio a mão no bolso tirou a carteira e pagou o taxista que logo se despediu e se foi. O vento soprava mais forte as nuvens cinzas já eram nítidas, parecia que elas nos seguiam, um leve sensação de algo ruim ia acontecer estava martelando dentro de mim.
– Por onde agora perguntei ao Marcelo. – Por aqui o disse apontando para um beco estreito. Começamos a caminhar entendia o motivo de ter parado tão longe, era que nesse espaço mal cabia uma bicicleta imagine um carro. O beco era dividido por casas em ambos os lados, algumas seguia de portão de grade enferrujados e outros nem portões havia um estrondo cruzou os céus. – Acho melhor nos apressarmos foi dizendo Marcelo segurando minha mão novamente. Caminhamos mais depressa até que enfim chegamos ao final do beco. – É aquela ali o disse apontando em direção a ultima casa. Continuamos a caminhar até chegar em frente a uma casa sem muros ou portões, encostado na parede havia uma bicicleta que por lembrança reconhecia que era da Juliana. – Marcelo, tem algo que eu precise saber perguntei. Ele soltou minha mão, e fiou encarando a porta de entrada da casa da Juliana. O ventou soprou mais forte e outro estrondo estourou sobre os céus. Ele baixou a cabeça seu cabelo balançava de acordo com o vento. – Não era para você estar aqui Júlio isso é errado o disse.
Ele passou as mãos sobre os cabelos eu o encarava de forma enigmática – Você não tem noção como te amo o disse, desde a primeira vez que te vi na escola a vontade de ter você foi imediata, eu ficava com todas as garotas só para tentar ter certeza de que era isso que eu queria para minha vida, e quando realmente aconteceu foi o dia mais feliz da minha vida. Eu já não entendia mais nada. – Marcelo o que está acontecendo perguntei. – Isso tudo está errado Júlio vamos embora daqui por favor, vamos embora e não voltar mais deixe essa garota de lado deixe que ela e o Luan se resolva por favor. Com isso ele se virou para mim e estava chorando. – O que foi Marcelo me fala o que foi perguntei. O eu dentro de mim foi se diminuindo cada vez mais.
Com isso a porta abriu olhei em sua direção e saiu Juliana parecia que ela estava esperando só a hora certa – Acho que tenho visitas a disse. Marcelo olhou para ela e ficou imóvel. – Pelo jeito você está bem perguntei. – Claro que estou graças a seu namorado a disse, o dinheiro dele foi bem útil, ele te contou que me deu dinheiro não contou a perguntou. – Sim ele me falou a respondi.
O ventou soprava sem parar ela nos olhava como uma cobra preparada para dar a mordida o Marcelo ainda continuava imóvel, até que ele foi em direção a ela, ao chegar bem perto ele disse – Por favor seja o que estiver pensando não faça.
Não faça o que Marcelo, que merda está acontecendo aqui pensei comigo. – Sai fora Marcelo e para de drama a disse num tom áspero. – Sabe Júlio estou indo para meu quarto mês de gravidez a disse. Isso quer dizer que ela ainda continuava com o bebê um alivio passou por dentro de mim. – E realmente está na hora de você saber umas verdade a disse vindo em minha direção. Um frio tomou conta de mim e outro estrondo cruzou os céus o vento soprou que fez com que a bicicleta fosse jogada contra o chão. – Você ama o Marcelo Júlio a disse. – Sim respondi. – O quanto você o ama a perguntou. Fiquei em silencio olhei paro o Marcelo ele estava imóvel.
Passei por Juliana segurei na mão do Marcelo olhei em seus olhos – Vamos embora vamos, ela está bem. Ele deu um sorriso sem graça – Me perdoa por favor, me perdoa. Eu olhei em seus olhos que se enchiam de lagrimas – Por favor não eu disse, por favor.
Suas lágrimaS caíram assim como os pingos da chuva. – O Marcelo é o pai dessa criança Júlio. Foi como levar um tremendo choque que percorreu meu corpo todo. – Mentira, sua desgraçada isso é mentira foi eu dizendo minhas lágrimas se derramavam assim como meu coração se transbordava de tristeza. – Fala que isso é mentira Marcelo por favor fala que tudo é uma piada de mal gosto por favor fala Marcelo ... Fala que tudo é mentira.
Ele chorava como nunca o havia visto – Me desculpa por favor o disse me perdoa Júlio. Nesse momento soltei a sua mão me sentia tonto, enjoado olhei em direção a Juliana que estava me olhando com ar de riso. – Como você é idiota Júlio você acha que alguém gostaria de ficar com você pelo amor de Deus você é deprimente. – O Luan sabe perguntei. – Sim a disse, mas ele é tão estúpido que quer ficar com a responsabilidade, ele é outro que ninguém ficaria sem contar aquela mão dele a viciada. Com isso ela soltou uma gargalhada que ecoou o beco inteiro. – Ele disse que não me deixaria na mão que assumiria a responsabilidade e que era para deixar o Marcelo de fora, porque ele iria criar essa criança e ser o melhor pai do mundo ser tudo que o pai dele não foi; Até que eu estava me acostumando com a ideia até que ele parou de bancar meus gastos, então tive que me mover não é? e deu no que deu.
Caminhei em sua direção fiquei frente a ela, conseguia sentir sua respiração – O que foi a disse agora você sabe como é ser a outra pessoa, como é ser diminuída como é ser enganado. – Por favor não seja ridícula respondi, você nunca gostou ou amou o Luan e não ama o Marcelo também, você é interesseira só quer saber de você do seu bem estar e mais nada. Ela continuava a me encarar – Talvez seja verdade a disse, realmente não me importo com eles contanto que continue me bancando...
E acabar com você só foi um presente que gostei muito de fazer. Depois que ela disse isso sai de mim, fechei minha mão e mandei um soco na cara dela, ela caiu deitada no chão coma mão no rosto – Você está ficando louco seu filho da puta a disse num grito. Parti correndo em cima dele, eu só a certava sua cara enquanto ela tentava se proteger. – Sai de cima de mim seu desgraçado, socorro, socorro... – Para Júlio para foi dizendo Marcelo puxando pelos braços. – Você sua desgraçada acabo comigo, acabo com uma das poucas coisas que eu tinha, você acabou com tudo.
Comecei a chorar enquanto ela me encara com o rosto cheio de sangue, Marcelo me soltou fiquei ali no chão chorando, a chuva começou a cair forte, batia sobre meu peito. Me levantei bem devagar – Todos vocês mentiram para mim eu disse, você Marcelo essa Maldita e até o Luan, todos sabiam e esconderam de mim resolveram me machucar de pouco em pouco resolveram brincar comigo me matar bem devagar. Comecei a caminhar passei pela Juliana que ainda estava no chão, a chuva estralava sobre o chão parei por um momento olhei para o Marcelo que soluçava de tanto chorar. – Antes você tivesse me deixado afogar naquele lago que ela me atirou Marcelo, ela me jogo no lago e nesse momento eu queria estar no fundo dele sozinho mas inteiro, porque você acabou comigo Marcelo. Me dei de costas e segui o caminho do beco.