Bom dia, gente! Quis fazer uma surpresa e postar logo cedinho este capítulo. Gostaram? Só não deixem de comentar, e de claro, dar o seu voto. Me ajudem e não deixem de interagir. Eu amo MUITO vocês!
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— Lucas? – Hugo me abordou na entrada do prédio me fazendo tomar um susto.
— Hugo? Que surpresa, cara! O que você tá fazendo aqui? – Perguntei sem acreditar.
— Eu vim te buscar, Lucas! – Ele abriu um sorriso lindo.
Por falar lindo, Hugo estava vestido com uma camisa jeans escura, um pouco aberto no peitoral, a gola da vestimenta estava bem dobrada, exibindo uma tatuagem em seu pescoço.
— Não precisava se incomodar, o ônibus passa logo ali, num instante eu pego.
— Deixa de besteira, você não me causa incomodo algum, muito pelo contrário, se eu pudesse eu vinha te buscar todos os dias. Anda, vamos! – Disse me puxando.
Nós iriamos saindo, quando de repente, Max materializa em nossa frente.
— Lucas? Quem é esse cara?
Max perguntou olhando para o braço do meu amigo de infância que estava pegando no meu. Quando seus olhos pararam nos olhos do meu amigo, os dois ficaram se encarando, como se a qualquer momento fossem se atracar ali mesmo.
— Max, esse é o Hugo, meu amigo de infância, e Lucas, esse é o Max, meu...
— Futuro patrão – Me interrompeu estendendo a mão para o Hugo.
O meu melhor amigo ficou alguns segundos olhando para a mão do rapaz, me deixando com medo de algum atrito, mas logo disfarçou apertando a mão do empresário.
— Como assim "Futuro Patrão", Luquinhas? – Me perguntou sorrindo.
Hugo me chamou pelo diminutivo de propósito, já que raramente ele faz isso.
— A partir de Segunda ele vai trabalhar como estagiário na minha empresa.
— Ele tem boca para falar, sabia? – Hugo disse claramente irritado — E Lucas, na verdade eu vim aqui para te buscar, porque sua mãe está hospitalizada.
— O quê? – Me assustei, ficando preocupado — O que é que a minha mãe tem?
— Calma! – Tentou me acalmar — Ela está bem!
— E ela está aonde, Hugo? – Perguntei.
— Ela ainda está no hospital das clinicas – Falou — Acho que recebe alta ainda hoje.
— O que foi que ela teve? – Max pareceu preocupado.
— Uma queda de pressão, mas ela foi socorrida a tempo – Hugo disse sem olha-lo.
— Então vamos, Lucas! Eu te levo no meu carro – Falou.
— NÃO! – Hugo gritou, mas logo disfarçou — Quer dizer, não precisa, nós não queremos incomoda-lo...
— Não é incomodo algum – Interrompeu — Eu levo, pode ficar "sussa".
— Não precisa! Já estamos indo. Valeu mermão – Disse me puxando — Vamos logo que eu deixei o carro estacionado num lugar que não é permitido.
— Valeu Max! Desculpa aí – Falei totalmente sem graça com o comportamento de Hugo.
— Então tá – Disse com seu incomodo transparecendo — Qualquer coisa já sabe!
...
— Vamos que eu deixei a minha moto num pega bebo aqui perto.
— Como assim sua moto? Você sabe que eu detesto andar de moto – Falei.
— Por isso que menti que estava de carro, porque era capaz de você aceitar a carona daquele playboy metido a dono do mundo - Falou deixando seu ciúme transparecer.
— Está com ciúmes, Hugo? – Zombei.
— Claro que não! – Falou num tom de revolta — Eu só não fui com a cara dele.
— Sei – Falei com uma voz divertida chegando na frente de um bar.
— Só não estou gostando dessa historinha de que você vai trabalhar para ele.
Disse montando e ligando a moto.
— E eu não estou gostando dessa historinha de andar de moto – Bufei — Detesto!
— Deixa de ser peidão, Lucas! Se quiser pode segurar na minha cintura – Zombou.
— Não, obrigado! – Segurei nervosamente nas alças de segurança da moto.
— Eu estou falando sério, viu? É até melhor para evitar acidente. Você segurando nessas alças, vai estar se isolando nas curvas e pode até se acidentar – Falou.
— Hugo, cala a boca e dá logo partida nessa moto antes que me arrependa, quero chegar o quanto antes no hospital para ver como mainha está – Falei preocupado.
— É para já! – Hugo acelerou me deixando aflito.
— Ah! – Chamou minha atenção — Até esqueci de te dizer – Lembrou.
— O quê? – Perguntei.
— Na verdade sua mãe não está hospitalizada, eu disse isso para você vir comigo.
— O QUÊ? – Gritei
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(Narrado pelo autor)
— Já vai! – Gritou.
— Abre logo essa porra – Bradou com uma voz enrolada.
— Luan? – Estranhou — Cadê a sua chave, querido?
— Não enche Denise! Sai da minha frente – Disse a empurrando para dentro de casa.
— Você está bêbado?! E em plena Segunda-feira! O que foi que aconteceu, criatura?
— Não... Não é da sua conta – Reclamou tombando pelos cantos.
— PAPAI! – A pequena loirinha gritou e correu alegremente para cima do seu pai.
— Pe-peraí Laurinha, seu pai está muito can-cansado – Disse se equilibrando.
— Deixa o seu pai, meu amor! Amanhã ele brinca com você. Venha!
A esposa do irmão mais velho do Lucas pegou a filha do colo e a levou para o quarto. Após coloca-la de volta na sua caminha, a mãe dedicada cobriu e deu um beijo de boa noite na pequena.
— Mamãe – Chamou toda manhosa.
— Sim, minha linda! – Acariciou o rosto da sua primogênita.
— Eu acho que painho não gosta mais de mim – Choramingou.
— Mas porque você acha isso, meu amor? – Perguntou ainda acariciando-a.
— Porque ele não quis brincar comigo e nem me deu beijinho de boa noite
Falou toda dengosa.
— Ai filha, só você mesmo! – Riu — Papai te ama muito, mas é que ele está muito cansado, filhinha. Papai estava com muito sono. – Falou calmamente.
— Mas ele gosta de mim? – Perguntou.
— Claro que sim, meu amor! Você vai ver. Amanhã ele vai te encher de beijos.
Depois dessa pequena conversinha, Laurinha ficou para lá de contente e dormiu.
...
Quando Denise chegou ao seu quarto, o odor de bebida alcoólica entrou com força pelo seu nariz, fazendo a mesma ficar até um pouco tonta.
— Criatura de Deus!
A esposa do Luan se espantou ao ver seu marido todo estirado na cama de cueca, com os braços e pernas abertos, roncando como se o mundo estivesse acabando.
— Luan? – Balançou seu corpo.
— De-desculpa, Lucas! DESCULPA! – Balbuciava algumas palavras dormindo — Eu sou um idiota, não mereço ser seu irmão – Denise entendia tudo o que ele dizia.
— Lucas? Irmão? – Estranhou — LUAN? ACORDA! – Mexeu no corpo do marido.
— Eu não... Eu não mereço o perdão de vocês... Não... Não mereço – Chorava.
— LUAN GABRIEL! – Gritou fazendo o seu companheiro acordar
— O que foi, Denise? – Murmurou — Me deixa dormir – Disse se virando.
— Deixa estar! Amanhã você não me escapa, moço! Vamos ter uma conversinha.
Denise bufou, cobriu o marido com a enorme colcha, se deitou e virou para o lado.
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— O QUÊ, HUGO? – Gritou — VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO.
— O que foi? Não me julgue. Sua mãe está bem até demais, só fiz aquilo para poder me livrar daquele metidinho a merda – Falou na maior.
— VOCÊ REALMENTE NÃO VALE UM PÃO MOFADO – Disse com raiva.
— Que isso, Luquinhas? Eu valho muito mais que isso – Debochou.
— QUE RAIVA! E EU AQUI PREOCUPADO! QUER SABER? PARA A MOTO!
— Não? – Provocou.
— EU ESTOU FALANDO SÉRIO, HUGO! PARE... A... MOTO!
— Eniaótio... NÃO!
—VOCÊ ME IRRITA, SABIA? SE VOCÊ NÃO PARAR, EU ME JOGO DA MOTO.
— Se jogar da moto? HAHAHA – Gargalhou — Duvido!
— OLHA AQUI! NÃO ME PROVOQUE, GAROTO. E...
Quando Lucas iria falar mais alguma coisa, para provoca-lo ainda mais, Hugo fez uma manobra altamente arriscada e radical, fazendo Lucas gritar e agarrar o corpo como se o mundo fosse acabar ali mesmo, deixando Hugo com um sorriso maroto no rosto.
Alguns minutos depois...
— E aí? Gostou do passeio? – Zombou com a cara de Lucas.
— Se eu gostei? – Disse descendo da moto — Vou lhe dar a resposta agora!
A resposta foi um monte de tapas em todo o corpo de Hugo, na cabeça, nos ombros, nas pernas, nos braços e com Hugo se contorcendo de tanto rir.
— Seu nojento! Era para eu te derrubar com moto e tudo – Reclamou — Você não merece nem essas tapas que estou te dando, de tanto que você não vale nada.
De repente Hugo segura seus braços com força e o encara profundamente.
— Err... Eu preciso entrar – Lucas disse sem graça.
— Obrigado pela carona e também pelas mentiras, seu cabra safado!
Virou-se rapidamente, abriu o portão da sua casa com uma chave e entrou, fazendo seu amigo de infância ficar com cara de bobo na rua.
— Só você mesmo, Lucas! – Riu.
...
— Ainda acordada, mãe? – Falou jogando sua mochila no sofá.
— Sim, e trate de pegar a sua bolsa e colocar no lugar certo, sofá não é lugar para guarda-la – Reclamou segurando uma xicara de café na mão.
— Eu hein? Que mau humor!
Falou pegando sua mochila e indo para o quarto, sendo seguido pela mãe.
— Chegou até mais cedo hoje – Estranhou.
— Hugo me deu uma carona até em casa – Falou.
— De moto? – Perguntou surpresa.
— Sim! Eu quase morri, mas graças a Deus estou aqui sã e salvo. Aquele imbecil do Hugo ainda tentou fazer umas gracinhas, me fazendo defecar de medo, mas eu dei logo umas tapas para ele se situar.
Dona Josefa riu.
— Vocês, hein? Sim, como foi a entrevista de estágio? Me conta!
— Siiiiim... – Lembrou-se — A senhora não sabe da maior.
— Você nem me disse onde é que era – Tagarelou curiosa.
— Ah! Foi naquele empresarial enorme que tem na Agamenon Magalhães, que pertence ao Maximus Albuquerque que é o dono do Grupo Emmiah.
De repente o rosto da dona Zefinha fica mais branco que papel.
— E a senhora não sabe da maior, adivinha quem trabalha lá que eu nem imaginava?
Dona Josefa ficou em silêncio.
— Sim, o seu próprio filho, eu nem me lembro se a senhora falou alguma coisa do tipo para mim alguma vez, mas nem nos meus maiores devaneios eu imaginava isso.
De repente a xícara se solta das mãos engelhadas da mãe de Lucas e atinge o chão.
Continua...