No escurinho do cinema
Certa vez, passeando pelo centro, Moacir de Souza, um bancário aposentado, de 65 anos, viúvo, resolveu entrar no Cine Dom José, tradicional “point” de pegação da cidade. Quem conhece e frequenta o lugar, sabe que é comum os homens ficarem de pé pra facilitar a paquera, outros caminham pela sala escura, enquanto outros buscam companhia no mictório. Em determinado momento, ele parou na última fila e ficou vendo uma cena bem explícita do filme, “menage a trois” delicioso com duas loiras e um sujeito peludo e muito gostoso.
Moacir estava tão envolvido com a cena que nem notou que alguém não tirava os olhos dele. Quando mudou de posição e se aproximou um pouco mais, viu que era um homem branco, cabelo grisalho, elegante, estilo executivo, barba rala, mais ou menos 1,70m e não mais do que 55 anos.
Para surpresa, viu o homem se aproximar um pouco mais e dizer com voz calma, mas firme:
- Não reparou que não tiro os olhos de você?
Moacir não ficou surpreso com aquela cantada explícita. Nem quando aquele elegante homem passou a língua entre os lábios, tocou com a mão direita na virilha e sinalizou com a cabeça para uma área mais vazia do cinema.
Moacir ficou hipnotizado. Sem pensar muito, seguiu aquele homem pela lateral direita da sala. Sentaram, simultaneamente, um do lado do outro. Nem teve tempo de dar uma olhada na tela. Viu o novo amigo esticar a mão esquerda, desabotoar sua camisa, massagear a barriga e sorrateiramente bolinar seus mamilos.
Ato contínuo, Moacir também não perdeu tempo: esticou a mão esquerda e sentiu o volume dentro da calça dele. A mão macia e safada dele passeando pelo seu corpo e o temor de ser surpreendido naquele ambiente público aumentavam ainda mais a tensão e a adrenalina.
A situação quase saiu de seu controle porque não conseguia abrir a calça do seu novo amigo. Até que finalmente o zíper abriu e pulou na sua frente um pintão grande, grosso e cabeçudo. Enquanto isso, viu o amigo colocoar o braço por cima do seu ombro indicando que queria desfrutar também de sua bundinha.
Louco de tesão, Moacir não teve dúvidas: soltou a cinta da calça e facilitou a investida. Ao mesmo tempo, abaixou um pouco a cabeça, e sem pensar onde estava, começou a chupar aquela pica deliciosa. Imagine a cena: o coroa metendo um, depois dois dedos no seu cu e ele mamando a pica, tudo isso no escurinho do cinema.
Em certo momento, Moacir não se contive. E implorou com voz rouca:
- Vamos sair daqui, vamos para um hotel. Quero me deitar com você. Quero dar bem gostoso pra você! Vamos?
- Não. Prefiro ficar aqui mesmo. Chupa mais, chupa viado! – ordenou o homem.
Sem alternativas, Moacir abaixou novamente a cabeça e continuou chupando a pica enquanto se contorcia todo com os dedos dele massageando deliciosamente seu cuzinho.
Estava tão gostoso, mais tão gostoso, que por alguns momentos, esqueceu que estava em um local público.
De repente, quando levantou a cabeça e abriu os olhos, viu – com surpresa - que três homens, acostumados a frequentar aquele cinema, estavam em pé, do lado, vendo tudo aquilo e se masturbando.
Nossa...
Moacir ficou sem graça e sem ação por um momento. Depois, levantou rápido, subiu a calça, ajeitou de qualquer jeito a camisa e procurou a saída todo afobado. Nem olhou pra trás e nunca mais viu aquele coroa gostoso.
Aydée (H)