Pai - então é ele? (disse meu pai apontando para o Junior).
Eu confirmei com a cabeça.
Meu pai pediu licença a moça, e foi ao encontro de Junior. Olhou bem em seus olhos, e lhe deu um abraço paterno.
- Obrigado. (disse o meu pai).
O Junior olhava espantado.
Pai - Obrigado por ter salvo a vida do meu filho. Nada do que eu faça é suficiente para agradecer.
O Junior, me olhou, e eu o olhei.
Junior não falou uma palavra. Reagiu estático aos abraços do meu pai.
Pai - Irei conversar com o medico, e no mais tardar amanhã, você será transferido a uma clinica particular.
- Não precisa! (Disse Junior escapando dos abraços do meu pai).
Pai - eu faço questão.
- Já disse que não precisa. (Disse Junior, secamente).
Eu me aproximei da cama de Junior, e ele me encarava demais. Parecia que aqueles olhos iriam penetrar o meu corpo.
Pedro - Já que ele disse que não precisa, é melhor não insistir pai.
Pai - mas eu não posso deixar o rapaz nessa situação. Em uma clinica particular ele seria muito melhor atendido.
Junior - Eu não vou ficar aqui muito tempo. Não é enfermeira?
A enfermeira respondeu que só o medico poderia dar essa resposta.
Pai - mas ele esta bem? Ficou com sequelas?
A enfermeira passou algumas informações com o meu pai. E ficou apenas eu, e Junior, frente a frente.
Mais uma vez eu não conseguia decifrar aquele olhar. O que passava-se por aquela cabeça?
Aproximei-me de Junior e senti sua respiração quente.
Junior - o que tu falou pra esse velho?
Pedro - Nada. Só disse que fui sequestrado, e fugi. Chegando a estrada, voce me deu carona.
Junior - qual é a jogada?
Pedro - é o que? (Perguntei sem entender).
Junior - O leão está abatido. Pode enjaular.
Pedro - eu não tou entendo aonde tu quer chegar.
Junior deu uma risada irônica.
Junior - não precisa de cena pra cima de mim. Você estão armando alguma.
Pedro - Claro que não. Voce acha que todos são iguais a voce?
Junior fechou a cara, e me falou seriamente.
Junior - então por que não me entregou logo a policia? - Não era isso que tu tanto queria?
Tentei explicar, mas gaguejei, e as palavras saíram tremulas.
Pedro -... Tive pena de você. É isso, pena...
Junior - Não precisa ter pena de mim não. Você vai ter que sentir pena do que eu vou fazer com voce.
Pedro - ah é? e o que tu vai fazer comigo?
Junior abriu a boca, mas antes de sair a voz, a enfermeira, e meu pai nos fizeram companhia.
Pai - Como é seu nome, mesmo, rapaz?
Pedro - é Junior pai, o nome dele é Junior.
Pai - então Junior, sei que voce ja disse não variaz vezes, mas eu vou insistir mais uma. (falou meu pai sorrindo). - Tem certeza que não quer ser transferido para uma clinica particular?
Junior - Já diss...
- Ele disse que vai. (O interrompi). - estávamos conversando sobre isso agora há pouco.
- Ótimo. (disse meu pai). - Amanha mesmo providenciarei tudo.
Junior não negou, mas também não agradeceu. Apenas fechou a cara pelo restante do tempo que ficamos ali.
Conversamos mais um pouco, ate chegar o momento da despedida.
Meu pai foi bem afetuoso com o Junior, eu apenas me despedi com os olhos.
xxxXXXX
- Conheço aquele cara de alguma lugar? (Disse Antonio guiando o carro).
Pedro - Quem? - O Junior?
Antonio - o nome eu não sei, mas a aparência me é familiar.
Pedro - acho que tu ta confundindo, Antonio. (tentei despistar).
Antonio - pode ser. Tava de noite, e eu tava longe também. Pode ser que eu esteja confundido com outra pessoa.
Pedro - é provável.
Antonio - mudando de assunto. O senhor vai pra aula amanhã?
Pedro - Se eu falar que não sei nem que dia é amanhã. Tu acredita?
Antonio riu.
- amanhã é sexta. (disse ele).
Pedro - tou afim de ir pra aula não.
Antonio - andei pensando...
Pedro - o que?
Antonio - Tu não poderia ir pra aula só quando eu voltar de Fernando de Noronha?
Pedro - iria demorar muito, Antonio. Já perdi muita aula.
Antonio - eu sei, mas é que acho mais seguro.
Pedro - Antonio. Tu acha que eu ainda corro algum risco?
Antonio - claro. Tu mesmo disse que fugiu do cativeiro, e não viu o rosto dos sequestradores. Eles podem estar mais próximo do que imaginamos.
Eu respirei fundo.
Chegamos ao condomínio, e eu subi a meu quarto com Antonio.
Pedro - vai dormir no meu quarto, hoje? (falei rindo).
Antonio - Não patrãozinho. Hoje estou de folga. Amanhá eu viajo.
Pedro - então agora eu vou ficar mais solto?
Antonio - não. (rs). Voce ja tem um novo guarda costas. Eu só espero que ele não roube meu lugar.
Pedro - claro que não. Quando o sr chegar, retorna a sua função.
Antonio - Deus te ouça, patrãozinho. Deus te ouça.
Antonio se despediu de mim, e foi para sua casa, no dia seguinte ele viajaria com a família para um descanso merecido.
xxxXXX
Tirei minha roupa, e fui para o banho.
Fiquei pensando na reação do Junior.
- será que eu havia agido corretamente?
A minha intenção nao era sentimental. Eu queria apenas provar para o Junior que meu pai era um bom homem. Apenas isso.
Ao sair do banho, coloquei uma roupa qualquer e desci para comer alguma coisa.
xxxXX
Pedro - Tem o que pra comer Naná?
Naná - fiz lasanha. Quer?
Pedro - quero sim. Serve-me uma fatia por favor.
Naná me serviu um pedaço da lasanha, acompanhada com um suco de laranja.
Enquanto eu comia, alguém chamou por mim.
- oi. (eu respondi, virando para aquela pessoa).
- Voce que é o Pedro?
Pedro - eu.
- Prazer. Sou Vitor. Irei acompanha-lo na ausência do seu antigo segurança.
Pedro - prazer, Vitor.
O cumprimentei.
Vitor - Irei ficar sempre a seu lado. Mas não sinta-se constrangido.
Pedro - tudo bem, Vitor. Já estou me acostumando.
Vitor era um cara alto, aproximadamente 1,90. Moreno, cabelo cacheado bem baixo, olhos castanhos, barba rala, com uma cicatriz no supercílio.
Pedro - Vamos jantar. ( O convidei por educação).
Vitor - Não senhor. Obrigado!
Pedro - Blza!
Terminei o meu jantar com Vitor, o tempo todo a meu lado, e apos retornei a meu quarto.
xxxXX
Pedro - Voce vai entrar? (perguntei assim que chegamos a porta).
Vitor - Não senhor. Irei ficar no corredor. Mas deixe a porta aberta, qualquer barulho estranho, eu entro no quarto.
Pedro - Beleza.
Entrei no quarto, e lembrei que Antonio disse ser exigência do meu pai, que o segurança ficasse dentro do quarto.
- Estranho.(pensei).
Deitei na cama, liguei a TV, e coloquei o celular ao lado do criado mudo. Comecei a ouvir sons de notificações.
Olhei o visor do celular, e tinham alguns ''sms's'', e algumas mensagens do whats.
Comecei a responder por ordem de prioridades. Me sobrou uma mensagem dizendo ''oi'', no zap, e eu não sabia de quem era aquele numero.
**
- OI. (respondi de volta).
- Beleza? (a pessoa perguntou).
Pedro - Tudo certo. Quem é?
- Minha foto não ta aparecendo aí?
Pedro - Não.
A próxima mensagem demorou mais de dois minutos.
- Sou eu. O Elvis.
Pedro - hum. (foi apenas o que respondi para encerrar a conversa).
Elvis - eu sinto muito por tudo o que aconteceu com voce. O Noah me contou.
Pedro - Já ta tudo bem.
Elvis - Vai a aula amanhã?
Pedro - Não.
Elvis - mas voce vai voltar ao colégio?
Pedro - vou sim. Só não amanhã.
Elvis - ok. Enfim, sinto muito por tudo, e queria desejar melhoras.
Pedro - Vlw.
Elvis - flw.
***
O Elvis parecia arrependido com alguma coisa, e minha cabeça maquinava a possibilidade de ele está metido com o Junior.
- falando no Junior, como será que ele estava no hospital? - E a família dele que não havia aparecido ainda?
Fiquei lembrando dos dias que eu passei no cativeiro, e acabei dormindo.
Acordei no dia seguinte com a Naná no meu quarto.
Naná - acorde dorminhoco.
Pedro - deixa eu dormir. (arremessei a almofada em Naná).
Naná - dormir? crie vergonha, Pedrinho. Já passam das dez.
Pedro - E o que tem Naná? - Não irei para aula hoje, mesmo.
Naná - mas seu pai esta lhe aguardando ha tempos. Esqueceu que vocês irão ao hospital, transferir o rapaz que te ajudou?
Pedro - porra. É verdade. Por que não me acordou antes, Naná?
Naná despencou a rir.
Naná - Se besta homi. E eu não estou lhe acordando agora?
Fiz careta para a Naná, e entrei no banheiro.
Naná - O Vitor ja tirou o carro da garagem. E não saia dessa casa, sem antes tomar seu café.
Respondi um ''ta'' com a boca, cheia de pasta.
xxXX
Tomei meu café, apressadamente, e saí me despedindo da Naná.
Naná - Ta vendo. Acorda tarde e tem que sair nessa correria.
Entrei no carro de Vitor, e meu pai foi na frente com outros seguranças.
Eu estava estranhando. Com o Antonio agente passava a viagem toda conversando, já o Vitor só falava o essencial.
E ate a aparência era diferente. Eu estava acostumado com o jeito maroto do Antonio.
Antonio tinha 32 anos, era branco, cabeça raspada, seus olhos eram verdes, e seus músculos não eram grandes, mas eram tonificados. Antonio era um cara simples, e as vezes parecia um molecão. O Vitor era mais novo, porém bem mais sério.
xxXX
Chegamos ate o hospital, e fomos direto a recepção.
Pai - como disse? (perguntou meu pai a atendente).
Não mais a moça anterior, dessa vez era uma senhora de bem mais idade.
Atendente - ele foi embora.
Pai - Como assim, uma pessoa no estado dele vai embora? Ontem mesmo estivemos aqui, e ficamos de retornar hoje para acompanhar a transferência dele.
Atendente - não tem como segurar paciente. O hospital é aberto 24 horas. Ele pode ter saído por qualquer lugar, e ninguém viu.
Meu pai respirou fundo, e pediu para falar com o diretor do hospital. A moça nos anunciou e o homem recebeu agente de imediato.
xxxXX
Pai - Suares meu amigo. Tudo bem?
Suares - quanto tempo rapaz.
Pai - pois é. Esse aqui é meu filho.
Suares - aquele pequeno, ja ta desse tamanho?
Pai - Sim. esticou.
Os dois riram, menos eu.
Suares - então, em que posso lhe ajudar?
Pai - meu amigo, me tire uma duvida. Ontem viemos aqui, como voce mesmo sabe.
Suares - sim...
Pai - e visitamos um rapaz que salvou meu filho.
- Se meu pai soubesse o que realmente havia acontecido - eu pensei.
Pai - ficamos de retornar, hoje, e transferi-lo a uma clinica particular.
Suares - é possível.
Pai - acontece que o rapaz sumiu!
Suares - impossível. Como assim sumiu?
Pai - também não entendo, mas me informaram que ele não esta mais no leito.
O diretor fez algumas ligações, e depois o acompanhamos ate o leito do Junior. Os enfermeiros confirmaram que realmente ele havia fugido, e ninguém havia dado fé.
Meu pai pareceu decepcionado, pois queria muito ajudar o Junior.
E eu fiquei apreensivo... Aonde seria que Junior tinha ido?
Retornamos a nossa casa, e eu passei o dia na piscina.
A noite eu combinei de sair com os caras para um cinema, e meu pai permitiu, desde que o Vitor entrasse na mesma sala que a gente.
Fomos Noah, Alan, sua namorada, e o Vitor.
xxxXX
- E ae. (falei ja na bilheteria).
Noah - Blza?
Pedro - Tudo certo.
Falei com Alan, sua namorada, e depois compramos pipoca antes de entrar.
Comecei a sentir umas sensações estranhas ja dentro do cinema. Era como se todos ali me olhassem. Sabia que era apenas impressão, mas aquilo estava me deixando arrupiado. Em um certo momento do filme, todos gritaram, e eu soltei um grito de pavor. Os caras ficaram rindo, pois achavam que eu estava no clima. Eu disfarcei.
xxXXX
Alan - que tu tem, vei?
Pedro - nada. Por que?
Alan - ta estranho.
Pedro - impressão tua.
Levei a mão, cheia de pipoca, a boca, e encerrei a conversa.
Quase três horas de cinema, e finalmente saímos daquela sala escura, lotada de estranhos por todos os lados.
Combinamos de comer alguma coisa, e fomos ao ''Bob's''.
Fizemos nossos pedidos, e ficamos aguardando a vez.
Enquanto isso, jogávamos conversa fora, falávamos sobre o colégio, e sobre nossa vidas.
Elvis apareceu não sei da onde, e perguntou se podia sentar. Concordamos que sim. Ele estava acompanhado por uma menina, que eu supus ser uma ficante. Elvis não gostava de namorar.
Continuamos conversando, ate que nossos pedidos ficaram prontos.
O Elvis mal falava comigo, e eu mal falava com ele.
O local começou a ficar lotado, e por um instante, tive a impressão de ver Raulino. Fiquei assustado, e todos perguntaram se havia acontecido algo. Eu neguei. Disse que estava tudo bem.
Terminamos nossas refeições, e seguimos cada para nossas casas.
xxXX
Me despedi de Vitor, que ficou no corredor, e entrei a meu quarto.
Tomei um banho, e depois deitei apenas de cueca. Mais uma vez meus pensamentos foram no Junior e cia.
Meu celular tocou,e era mensagem do Elvis.
***
Elvis - ta aonde já?
Pedro -''my house''.
Elvis - hum. Tu tava estranho, hoje.
Pedro - Impressão.
Elvis - tem certeza?
Pedro - tenho.
Elvis - Ta tudo bem mesmo?
Pedro - ta pô.
Elvis - não parece. Tu nem me xingou de nada. (risos).
Pedro - já falei que ta tudo bem pô. Não enche.
Elvis - calma. Eu só fiquei preocupado.
Pedro - Não preciso da tua preocupação não.
Elvis - Blza então. Boa noite! (Elvis ainda mandou um emoticons de um dedo, e depois não mais puxou conversa).
xxxXX
Deitei, e fiquei olhando para o teto tentando dormir. Demorou, mas enfim o sono chegou. Comecei a cochilar, e ouvi barulhos, que me fizeram despertar, rapidamente. Acendi as luzes, mas não havia nada de anormal. Olhei pela janela, e vi os seguranças circulando pela mansão.
Voltei a cama, apaguei as luzes, e fechei meus olhos.
De imediato senti um peso, e algo tapando minha boca.
Tentei me livrar daquilo, mas era algo mais forte que eu.
- Fica quetinho. Eu não vou machuca-lo. Agora se voce gritar, eu faço um desenho no teu rosto. Posso confiar?
Eu indiquei com a cabeça que sim.
Não conseguia ver quem era, mas aquela voz era inconfundível.
- vem. (disse ele saindo de cima de mim, e apontando uma arma em minha direção).
Pedro - pra onde?
- entra no banheiro.
Pedro - pra que cara?
- não faz pergunta, caralho. Só faz o que eu tou mandando.
O cara me deu passagem, e eu caminhei ate o banheiro. Ele entrou ,e em seguida, fechou a porta, e passou a chave. Acendeu a lampada, e finalmente pude ver o seu rosto.
Junior - agora me diz. (ainda com a arma apontada pra mim). Qual o teu plano. Ta querendo fazer casinha pra cima de mim. Eu sou criado caralho. Tu acha que eu sou abestado pra cair nessa de cuidados, e clinica particular. Clinica particular é os meus ovos.
Pedro - não tem plano nenhum.
Junior riu sarcasticamente.
Junior - tu só pode achar que eu sou mané, mesmo, neh!?
Pedro - ja falei. Não tem plano cara. Eu juro.
Junior - Conta outra pô. Não caiu nessa.
Pedro - tou falando, sério. Só queria que voce visse que meu pai não é nada do que tu imagina. Ele é um cara do bem. Voce mesmo viu a preocupação dele contigo.
Junior fechou aquele sorriso irônico.
Junior - então é isso? O jogo é tentar provar que o papaizinho é um homem bom, e livrar a cara dele?
Eu balancei a cabeça, confirmando.
Junior - fala, porra.
Pedro - é. É isso.
Junior - só isso?
Pedro - ahan.
Junior - nada mais?
Pedro - não.
Junior - tem certeza?
Pedro - tenho cara. É só isso.
Junior - então voce não esta nada preocupado na possibilidade de eu ser presso?
Minha voz calou.
Junior aproximou do meu corpo, e me disse ao pé do ouvido.
Junior - alguém vai ter que morrer nessa historia.
Falando isso, seu nariz roçou no meu, e eu pude sentir de perto um forte halito de álcool.
Junior colocou a arma acima da bacia sanitária.
Junior - vá em frente... Pedrinho. Acaba comigo. Acaba com teu sofrimento, e com o meu.
Eu olhei para o Junior, e olhei para a arma.
Fiquei parado, sem nenhuma reação.
Junior - cuida, caralho. Acaba com essa porra toda.
Junior esmurrou a parede do banheiro.
Ouvi a porta do quarto sendo aberta rapidamente.
Vitor - Pedro?
Pedro - Oi Vitor? (minha voz saiu tremula).
Vitor - o que ta acontecendo ae? - Eu ouvi barulho.
Pedro - Não é nada. Eu acordei com dor na barriga. Ta tudo bem.
Vitor - tem certeza? - quer que eu mande a empregada trazer um remédio?
Pedro - Não Vitor. Não precisa.
Vitor - Ok. Qualquer coisa me chama.
Ouvi a porta do quarto sendo fechada novamente.
Junior - e ae. Não tem coragem?
Minha mão caminhou lentamente ate a arma. Lembrei que Antonio havia me ensinado, então tirei as balas, e devolvi a arma ao Junior.
Junior - sabia. Você é muito covarde.
O sorriso sarcástico de Junior voltou a seu rosto.
Junior - sabe porque voce não me matou?
Pedro - porque eu sou covarde. (respondi ironicamente).
Junior balançou a cabeça dizendo ''não''.
Pedro - Então?
Junior aproximou-se novamente de mim, e fungou em meu pescoço, chegando ate meu ouvido.
Junior - porque voce esta gamado em mim. Voce esta totalmente nas minhas mãos.
E deu um sorriso, me deixando arrupiado.
♫♫♫
Continuo sendo o mesmo
Mas em minha vida tudo mudou
Numa noite escura e fria
A melodia, a canção entoou
Me diz como explicar
Seus gostos sendo os mesmos que os meus
O que acontece toda vez que eu olho nesses olhos seus?
Faço mais de mil perguntas
E às vezes até acredito
Que as nossas duas vidas já viveram juntas
Se o meu violão acaso desafinar
Ou se eu não tiver voz pra cantar
Nada vai impedir de dizer e provar
Que essa vida eu só vivo pra te ama
♫♫♫
Continua...