Meu nome é Caio, tenho vinte e três anos e sou bissexual; minha preferência é por homem, mas não tenho problemas em transar com mulher. Embora eu esteja sendo claro sobre minha sexualidade nesse relato, na minha vida pessoal é bem diferente: minha família não sabe, poucos amigos têm conhecimento e na faculdade eu sou hétero.
Estou no último ano de direito e conheço o Guilherme desde o primeiro. Confesso que minha primeira intenção ao conhecê-lo era ficar com ele: alto, cabelos castanhos curtos, olhos verdes, corpo forte pelo Muay Thai… Mas não rolou nada, não que eu tenha tentado algo realmente, mas não percebi nenhuma vibe em minha direção (ou de qualquer outro homem), então desisti.
Nossa amizade nesse meio tempo foi se tornando maior, nosso contato muito mais íntimo, mas ainda assim era apenas isso: amizade. No terceiro ano, minha atração sexual evoluiu para paixão – eu sei, é patético – mas ele continuava meu amigo e nada parecia mudar.
O problema era que não gostar dele era difícil: o cara era bonito, inteligente, tranquilo, carinhoso. As meninas caíam em cima e ele simplesmente ficava só com quem ele achava que ele tinha futuro, se não fosse desse jeito ele nem ficava. Ou seja, era o cara que qualquer um em sã consciência pediu aos céus. Cada toque, cada brincadeira, tinha dois sentidos para mim, um totalmente inocente e outro nem tanto, enquanto para ele havia apenas amizade. Nesse período eu até parei um pouco com as brincadeiras, porque estava difícil não querer levar seus abraços e briguinhas para um outro sentido.
No início do ano passado, durante as férias, entrei no Face e lá ele numa foto do Instagram de uma menina que ela havia marcado, e as legendas que acompanhavam a foto dos dois sorrindo eram algo como “#maisqueamor #meubebe #loveyou # euevc #começodoparasempre #nosforever #instalove #instaboyfriend”.
Eu sabia que aquele dia chegaria, não com tantas hashtags bregas, mas chegaria.
Confesso que o baque foi menor do que eu esperava, talvez porque eu já sofresse por ele não gostar de mim. A partir daí, eu decidi que era bola pra frente MESMO e até consegui voltar às brincadeiras com ele.
Carol, a namorada de Guilherme, era bonita, gostosa, legal e extrovertida; se a “competição” antes já estava perdida, agora eu não tinha mais nenhuma chance. Minha amizade com o Guilherme aumentou, vivíamos brincando, nos tocando, indo a filmes e shows que ela não queria assistir e até em alguns encontros de casais com as meninas que eu ficava; nesse período, embora eu não tenha deixado de gostar dele, consegui focar na amizade – pelo menos eu não estava mais sofrendo.
Agora, neste final de ano, saímos eu, ele, a Carol, uma menina que eu estava ficando e mais um pessoal da sala para comemorar o término da faculdade num barzinho perto do meu apartamento. A noite acabou cedo, lá pela meia noite levei a menina que eu estava ficando de volta para casa dela e ficamos só nós três, eu, Guilherme e a Carol, no meu apartamento, bebendo e jogando conversa fora.
No meio da conversa e após a primeira garrafa de vinho, ela disse que era melhor parar porque ela estava muito soltinha e a imaginação dela voava quando ela estava daquele jeito. Eu e Guilherme não estávamos nem perto de bêbados, nem soltos havíamos ficado ainda, mas Carol não bebia com frequência e já estava pegando fogo. Gui perguntou o que ela estava imaginando e recebeu a resposta no pé da orelha.
– Ela queria sair com dois caras ao mesmo tempo – disse ele.
Fiquei olhando, sem saber o que dizer – vai que era só brincadeira.
– Você está sério com a Camila? – perguntou ele diante do meu silêncio.
Então não era brincadeira.
– Não, nenhum pouco, é a segunda vez que ficamos.
Carol só olhava e sorria.
– Você topa? – perguntou Guilherme.
– Você tá falando sério?
– Estou pô, só não rouba minha namorada, de resto beleza.
– Vocês têm certeza?
– Temos – disse ela – A gente conversou bastante sobre isso.
Pesei a situação por alguns segundos, aquilo poderia arruinar nossa amizade, mas eles pareciam realmente decidos.
– Então tá.
Nós três ficamos parados por um tempo, sem saber o que fazer, então Carol subiu em cima do Guilherme e começou a beijá-lo, aproveitei a deixa e me aproximei, oferecendo minha boca para ela. Os lábios do Gui estavam a poucos centímetros dos meus, eu sentia sua respiração e me segurei para não beijar ele também. Todo meu treino para não desejar o Guilherme tinha sido destruído ali.
Eu não sabia muito quais eram os limites, o que eu podia e o que não podia fazer, então fui devagar, beijando o pescoço dela enquanto ele beijava a boca, dividindo os seios e dedando o grelo dela. Quando eu finalmente tive coragem de olhar para Gui, ele sorriu para mim, olhando bem fundo nos meus olhos.
A única coisa que passou pela minha cabeça quando Guilherme tirou a roupa foi que eu queria estar com óculos de sol para olhar sem ninguém perceber. O corpo dele era extremamente definido pela luta, com músculos compactos e firmes e ainda assim naturais, porque ele odiava academia. O pau dele era médio, tanto no tamanho quanto na grossura, mas era bonito, reto e com a cabeça rosadinha, os pelos tinham sido aparados bem rentes à pele.
Tirei a calcinha da Carol e cai de boca nela enquanto o namorado oferecia a pica pra ela chupar. Durante uns dez minutos nos revezamos naquela posição, até Guilherme colocar uma camisinha e começar a foder Carol de quatro.
Ela queria aproveitar mesmo a foda com dois caras e não ficava sem um pau na xana ou na boca por nenhum segundo, cada hora um de nós trocava de lugar e assumia a posição do outro.
Guilherme saiu de trás da namorada, encheu uma taça com vinho e se sentou.
– Continua vocês, quero assistir.
Carol era uma delícia; de novo: mulher não é meu prato principal, mas aquela ali era gostosa demais… seios durinhos, a bunda super redonda, cintura fininha e a bucetinha, sem nenhum pelo, pingava de tesão. Por alguns minutos em me esqueci de qualquer outra pessoa naquele quarto, eu só sentia Carol apertando meu pau com seus músculos internos, me fazendo quase gozar.
Guilherme entrou no meio da foda e deu um beijo de língua na namorada. Retomando a consciência da presença dele, resolvi fazer o melhor que eu pude: meti nela de frango assado, de lado, de costas…nunca vi uma mulher tão lubrificada antes e ela se esbaldava no meu pau que deveria ser uns cinco centímetros maior do que o de Guilherme, no mínimo.
Eu tinha que meter com cuidado porque cada vez que ia fundo eu sentia ela se contorcer um pouco, sem nunca reclamar.
Guilherme me puxou pela cintura e me deu o vinho.
– Agora sou eu.
Ele se deitou na cama e fez Carol cavalgar em seu pau, de costas para mim, eu só conseguia ver apenas a bunda dela subindo e descendo no pau dele. É como eu disse, sou bi mas prefiro homem, enquanto eu estou fazendo sexo curto muito o corpo da mulher e em nenhum momento penso que deveria ser um homem, mas ali, vendo o Guilherme nu, eu nem lembrei mais dela, só tinha olhos para ele. Eu só conseguia ver o corpo de ele, o pau dele, seu suor escorrendo…comecei a bater punheta porque o tesão era demais.
– Eu quero os dois dentro de mim – disse Carol.
Não pensei duas vezes e fui para trás dela, cuspi em seu cu, lubrificando-o, e coloquei a cabeça do meu pau no buraquinho. Tentei meter, mas não entrou.
– Não vou aguentar – gemeu ela com dor – Coloca os dois na minha xaninha.
Guilherme parou de meter e ficou lá dentro, parado, abaixei meu pau com a mão e encaixei em cima do dele. Só o contato dos nossos paus já me fez estremecer de tesão, sem eu nem ter metido ainda.
Não entrou de jeito nenhum. Peguei o gel lubrificante na cabeceira e lambuzei meu pau. Aproveitei para passar na buceta de Carol e sentir a rola do namorado dela.
Agora o problema era o excesso de lubrificação, meu pau simplesmente escorregava por toda a extensão do pau de Gui ou pelo rego de Carol, mas não parava na entradinha da xana dela de jeito nenhum.
– Vai, Caio, coloca.
– Tá escorregando demais, não consigo fazer entrar. Vamos tentar colocar nós dois ao mesmo tempo.
Não deu certo. Depois de algumas tentativas, quando finalmente consegui enfiar o meu pinto, o de Guilherme saiu. O único jeito que restava era o que eu queria desde o começo: peguei o pau dele, coloquei dentro da xana de Carol e enfiei o meu ainda com o cacete de Guilherme na minha mão para que ele não escapasse.
Carol deu um gemido que não distingui ser de prazer ou de dor. Fiquei parado por alguns segundos esperando que ela se acostumasse, mas quando comecei a mexer, quem soltou o primeiro gemido não foi ela, foi Gui.
– Tá gostoso? – perguntei.
– Muito – respondeu Carol.
A pergunta não era pra ela.
Eu nunca tinha feito uma DP na vida. Só o que eu conseguia sentir era o pau de Guilherme se esfregando no meu dentro de um ambiente úmido e quente. Posso afirmar com convicção: até para os homens, numa DP vaginal, a buceta é mera coadjuvante, só o que ela faz é deixar a fricção entre os cacetes mais gostosa, mas a sensação para os nós é causada basicamente pelo outro pau.
Ela não parecia estar sentindo dor ou qualquer outro incomodo, pelo contrário, ela estava se mexendo com mais força do que antes. Guilherme estava muito vermelho, o suor escorria pela testa e ele parecia estar se segurando ao máximo para não gozar, principalmente quando eu aumentava a velocidade e profundidade das estocadas, era como se ele estivesse curtindo o meu pau.
Aquele pensamento me divertiu.
Comecei a testar minha teoria, primeiro eu aumentei a profundidade enquanto metia lentamente e vi Guilherme fechar os olhos e morder os lábios cada vez que eu chegava no máximo que Carol aguentava. Depois resolvi aumentar a velocidade e ele começou a se contorcer e gemer. Meu pau pulsava de tal forma e a vontade de gozar naquele momento era tanta que resolvi tirar. Eu não queria que aquilo acabasse tão cedo.
Carol se jogou na cama.
– Está tudo bem? – perguntei.
– Está, minhas pernas estão bambas, mas já estou pronta para continuar.
– Eu vou gozar se continuar agora – avisei.
– Eu também – disse Guilherme.
– Não, ainda não – disse ela – Vamos parar um pouquinho.
O único espaço que tinha sobrado era ao lado de Guilherme. Deitei ao lado dele e o encarei. Ele estava me olhando, sorrindo. Tentei parar de encará-lo, mas não deu, depois de alguns segundos os sorrisos desapareceram e ainda assim continuamos nos olhando. Ou eu o beijava ou fazia alguma outra coisa.
– Então, Carol – disse eu – Como é a sensação de ter dois dentro de você ao mesmo tempo?
– Maravilhosa! Cada vez que vocês se mexem eu sinto um na parte debaixo e outro na parte de cima. Achei que eu fosse sentir uma coisa só, como se fosse um pinto muito grosso, mas não, é muito melhor do que eu achava, quase gozei.
Nós só sorrimos.
– Vocês sentem um ao outro? – perguntou ela.
– Sim – respondemos juntos.
– Desculpa amor, eu sei que você acha isso meio gay, mas é minha fantasia e é maravilhoso….
– Não tem problema – disse Guilherme – Você tava certa, o que dá para sentir mesmo é sua bucetinha, só que mais apertada ainda. O pau do Caio eu sinto bem pouco.
Mentira, pensei, o que dá para sentir bem pouco é a xana da sua namorada.
Foi então que me passou pela cabeça: e se eu estivesse sentindo muito mais o Gui do que a namorada dele porque meu foco era ele? E se todas as expressões que eu vi no rosto dele foram por causas diferentes e não pelo o que eu estava fazendo com o meu pau lá dentro junto com o dele?
– Vem, quero vocês dois dentro de mim de novo.
Eu quase disse que não queria mais. Eu estava, de novo, querendo mais do Guilherme do que ele podia oferecer. Resolvi parar de agir feito um menino mimado e fui tentar uma posição que ela havia proposto, dessa vez eu ficaria em baixo e ela virada para cima, deitada de costas sobre mim.
Naquela posição, era ele quem metia por cima, logo, agora era dele o papel de se mexer, eu pude sentir o pau dele muito mais do que antes e a cada movimento eu sentia cada centímetro da rola dele passando pelo minha.
Carol não aguentou muito aquela posição e logo voltamos para a anterior.
Guilherme se deitou, Carol montou de frente para o namorado e lhe deu um beijo de língua enquanto eu metia por trás. Já que eu estava no inferno, eu ia abraçar o Capeta, se ele não sentia o que eu sentia quando aumentava a força, profundidade ou velocidade das estocadas, era problema dele, eu sentia e ia tirar proveito do pau dele até o último momento.
Gui estava de olhos fechados desde o momento em que nossos paus entraram na bucetinha escorregadia da Carol, comecei a brincar de novo: eu tirava e colocava minha rola devagarzinho, depois metia até o fundo, fazendo movimentos curtos com o quadril e por último comecei a ir bem rápido. Ele gemia cada vez que eu alterava a forma de meter, mas principalmente quando eu metia até o fim e aumentava a velocidade.
Guilherme abriu os olhos e eu não consegui desviar ou fechar os meus. Ficamos nos olhando e eu resolvi fazer os movimentos que eu achava que ele mais gostava, que por acaso eram os que mais me davam prazer.
Aproveitei que eu meti até o fundo daquela bucetinha e colei meu peito nas costas da Carol, agora eu estava a poucos centímetros do rosto de Guilherme e eu não desviava meu olhar por nada nesse mundo, nem ele.
Se eu continuasse naquele ritmo, eu ia gozar, resolvi voltar para a metida rápida e vi a expressão no rosto dele suavizar. Carol voltou o rosto para trás e me beijou. Nem assim eu fechei os olhos. Eu estava pouco me fodendo se ele achava que eu estava de viadagem pro lado dele, se depois de tudo ele ficasse estranho, eu ia fingir que era coisa da cabeça dele e se ele estava achando que aquelas encaradas todas faziam parte da DP, então ótimo, me poupava o trabalho.
– Eu vou gozar – gritou Carol.
Voltei pras estocadas que mais me excitavam e segurei meu gozo até ver Guilherme se descontrolar e gozar, sentindo seu pau pulsando a cada jato que soltava na camisinha. Nessa hora não teve jeito, despejei toda minha gala.
Carol gritou pela última vez e ficou mole embaixo de mim. Nos jogamos no colchão e ficamos lá por alguns minutos, meio sonolentos.
– Preciso de um banho – disse ela depois de algum tempo – Tenho que pegar minha irmã na balada às três
Fiquei sozinho com Guilherme na cama novamente, os dois encarando o teto. Carol ligou o chuveiro; voltei minha cabeça na direção dele, ele percebeu o movimento e fez o mesmo. Ficamos nos olhando sem dizer nada, sérios. Nós estávamos próximos demais, eu sentia a respiração dele e estava me segurando com todas as forças para não grudar meus lábios no dele.
– Gui…
E então, do nada, ele me beijou.
Primeiro foi um selinho que pareceu dar choque, porque ele se afastou e ficou me encarando com os olhos arregalados. Tasquei o foda-se de novo e parti pra cima dele – literalmente, já que eu tinha montado nele – mas dessa vez larguei o selinho e dei um beijo de língua que foi retribuído com vontade. Nossos paus se encostaram e em segundos começaram a crescer de novo, como se não tivéssemos gozado há menos de dez minutos.
Os nossos quadris se pressionavam com força, nossos paus roçavam e as mãos deles apertavam minha bunda. Eu comecei a beijar e chupar o pescoço dele, descendo até os mamilos, enquanto ele gemia com intensidade. Assim que nossos paus se descolaram aproveitei e segurei o dele, punhetando-o.
Alcancei o pau de Guilherme com a boca e comecei a dar o melhor boquete que eu sabia, engolindo o pau dele até bolas ao mesmo tempo em que passava a língua em círculos pela cabecinha, como um beijo de língua apaixonado. Guilherme se contorcia e apertava minhas costas. O gosto do lubrificante da camisinha já tinha saído e eu só sentia o gosto dele, da babinha que saia do seu pau.
Ele me puxou de volta para cima e cravou outro beijo em mim. Seus dedos encontraram meu pau, primeiro de uma forma estranha, depois ele achou o jeito e começou um vai e vem gostoso e firme.
O barulho do chuveiro parou e Guilherme me tirou de cima dele, assustado, mas logo o barulho da água recomeçou.
– Desculpa – disse Guilherme, ofegante.
– Eu que peço desculpa.
– Eu nunca tinha beijado outro cara – disse ele.
Fiquei em silêncio; eu não podia falar a mesma coisa e nem era a hora de dizer “eu quero fazer isso há cinco anos”.
– A Carol não pode saber disso. Eu não devia ter bebido.
– Relaxa, não foi nada – respondi a contragosto.
Carol saiu do banheiro alheia ao que estava acontecendo, se vestiu em menos de dois minutos, deu um beijo de língua em Guilherme e um selinho em mim.
– Caio, tem como você dar uma carona pro Guilherme? Eu tenho meia hora para chegar com a minha irmã em casa.
– Não precisa – disse ele – Eu vou com você.
– Amor, você está todo suado, vai tomar um banho, o Caio não se importa, né?
– Não – respondi.
Aquilo pareceu ser o suficiente para Carol, que deu um tchau e saiu do quarto. Alguns segundos depois a porta bateu e eu fui até lá trancar, quando voltei Guilherme já estava no banho. Joguei uma toalha para ele, peguei outra para mim e fui até o banheiro social tomar banho.
Minha cabeça estava a mil, eu não queria que nossa amizade estragasse, eu não deveria ter tacado o foda-se.
Ele estava colocando a cueca quando voltei pro quarto.
– Está tudo bem entre a gente? – perguntei.
– Claro que está.
Fizemos o caminho até sua casa em silêncio, quando chegamos ele me deu um abraço e eu evitei olhá-lo nos olhos, voltei para casa e bati uma punheta pensando em tudo o que tinha acontecido naquela noite, gozei e adormeci com o Gui ainda na minha cabeça.
Continua…