*COMENTÁRIOS*
prireis822: kkkk Julian bem que merecer sofre um pouquinho né? hehehe, obrigado por comentar linda <3
Lilinho: obrigado por comentar e espero nos próximos capítulos estar chegando a esse pondo heheheh. bjs
❌Hello❌ : acho que não aceitou... heheheh obrigado por comentar e desculpa a confusão linda kkkk bjs <3
Marcos Costa: obrigado por comentar bjs.
*COMUNICADO*
Pessoinhas que leem meu conto, não sei quando irei postar o próximo capítulo, espero que em três ou quatro dias, ando muito ocupado com trabalhos e semana de prova tá chegando ai já viu, e muitas outras preocupações, vou tentar dá uma folguinha nesse fim de semana e escrever, tô precisando mesmo imaginar kkkkk bjs e desculpem qualquer coisa.
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Não sei ao certo que horas eram somente me importava o que e sentia e assim pulava no meio da rua como um louco, não havia ninguém por onde eu passava só perto das boates no caminho, ignorei todos os olhares que persistiam em recair sobre mim, indo para o hotel, cheguei ao mesmo e subi para meu quarto, não tinha desligado o ar-condicionado e o quarto estava prazerosamente frio e agradável. Despi-me ali mesmo e busquei um bom banho para me livrar que qualquer impureza remanescente em mim, longos minutos sentido a água gelada percorrer meu corpo e me causar alguns arrepios.
Não sabia explicar como aquele ruivo tinha me feito render minhas defesas e baixar a guarda para que pudesse entrar nos meus pensamentos, só tinha noção de uma coisa, que ele estava invadindo outro lugar também. Sai do banho e busquei uma roupa mais leve para dormi e assim fiz, deitei sobre a cama me recolhendo nos lençóis e suspirando de felicidade, eu iria rever aqueles olhos verdes, depois de me aninhar entre os lençóis dormi como um anjo, com um enorme semblante de felicidade no rosto.
O meu passado é algo que muitos passaram e muitos ainda passaram, aquele típico e velho preconceito vindo de quem você menos espera e a falta de amor de quem mais deveria lhe dar pelo simples motivo de você ser algo que nem ao menos teve chance de escolher ser, nasceu assim e cresceu assim, ocultando por um bom tempo sua verdadeira essência por medo da represália que é evidente. Foi justamente assim, fui renegado por familiares, pai, mãe, irmãos, tios, o que se salvo da família foram alguns primos, seres que deviam ser seus irmãos de verdade em outra vida, essa é uma das explicações que eu encontro para justificar nossa relação de compreensão e cumplicidade que a maioria tem com primos, amigos que nunca esperei tal reação me viraram as costas, mas os bons ficaram e tenho muito carinho por eles, mesmo durante minha estadia na Europa eu tenha me mostrado uma pessoa fria.
Isso tudo ocorreu entre meus 16 e 18 anos, após eu fazer um curso de fotografia recebi uma proposta de estágio em Londres, o dono da empresa era brasileiro, por isso tive mais chances, era uma empresa pequena que começava a fazer nome, foi ai que fui apresentado a esse lado mais “jornalístico” da fotografia, realmente uma experiência marcante e muito positiva para minha carreira, quando cheguei à Europa decidi que deixaria o passado no Brasil e que tocaria uma vida noda dali por diante, uma decisão sabia para alguns, mas covarde para alguns, sempre evitei falar do “Brasil”, porque remetia falar do meu passo, por isso era evitado.
Aquela madrugada passou até mais rápido que eu imaginava, tive um ótimo período de sono, levantei era pouco mais de 10hs, o sol invadia o quarto pelas cortinas da janela, me levantei e fui até a mesma e abri para ver a paisagem do lado de fora, fiquei na sacada apreciando a vista e rindo para o vento, parecia um bobo que nunca provou bolo de chocolate e quase teve um orgasmo só de por na boca um pedaço, fiz minha higiene matinal e fui tomar café no restaurante. Enquanto comida meus olhos não saiam da tela do celular lendo algumas vezes a mensagem dele e me controlando para não enviar alguma coisa, inutilmente, acabei mandando um bom dia seguido de alguns emojions.
- Bom dia.
Minutos depois ele respondeu.
- Bom dia, flor do dia, o que faz de bom?
- Comendo e... E você o que faz? – juro que pensei em dizer que estava pensando nele, mas achei aquilo muito precoce.
- Eu estou arrumando o apartamento e pensando em você, sabia que ia voltar atrás – que convencido, porém ele tinha razão.
- Sério? Tem Bola de Cristal?
- Não, mas quando gosto de alguém sinto como ela realmente é – fiquei sem reação naquela hora.
- Vou fingir que acredito... – Como sou idiota.
- Minha prima disse que te viu ontem passando pela boate da outra noite e descendo mais pro centro, foi se divertir? – Interessado ele não?
- Sim fui me divertir, acabou que deixei o cara de pau na mão – eu sempre sincero de mais.
- Não acredito que você foi tão mal assim com o rapaz! rsrsrs – ele realmente um fofo.
- É bom acreditar então.
- Mas, se posso perguntar, por que fez isso? – Hora da decisão.
- Fiquei pensando em outra pessoa... – Será que ele vai se tocar? Não sei por que pensei aquilo se era óbvio que ele saberia.
- Pessoa de sorte essa... rsrsrs – Quase me derreti ali mesmo.
- 13hs não se atrase.
- O que? O almoço? Pode deixar que não vou, beijos.
Durante toda nossa conversa por mensagens fiquei rindo pra eu mesmo, acho que algumas pessoas em volta ficaram olhando minha cara de abestado, sai do restaurante e fui tomar um banho de praia para relaxar. Poucos minutos depois lá estava eu de sunga preta correndo em direção ao mar, a água estava uma delicia o mar sempre tão lindo e imponente, me deixei levar pelas ondas, quando me dei conta boiava um pouco longe da praia, o barulho do mar relaxava meu corpo e meus pensamentos navegavam por aquele que agora estava passando a ocupar meu coração.
Acho que ninguém sabe como se apaixona ao certo e em que momento a pessoa passa dos pensamentos pro coração, mas uma coisa é certa ninguém assim que percebe fala o que sente, acho que por defesa mesmo, ninguém vai olhar para outra pessoa e do nada dizer que em três dias se apaixonou por ela, paixão geralmente ocorre rápida e rasteira derrubando todas suas concepções, mas paixão pode ser algo passageiro, mesmo sendo marcante, mais um motivo para não se entregar facilmente, já o amor é o estado de sempre estar apaixonado pela mesma pessoa com a mesma, ou até maior intensidade, amor um sentimento lindo para quem sabe sentir e objeto de tortura para aquele que tem o coração feito de pedra.
Permaneci um bom tempo no mar, boiando e me deixando levar, voltei para a praia e peguei minha toalha onde havia deixado e vesti meu short e fui ando para o hotel, alguns caras ficaram me olhando e ignorei. Não me acho tão bonito, mas infelizmente esses caros só olham para minha bunda que é bem redonda e empinada, resultado das trilhas que faço a trabalho, porque academia não da muito não pelo tempo. Subi pro meu quarto e fui tirar a água salgada do meu corpo, um banho rápido e fui me vestir mais apresentavelmente, minha ansiedade sempre me dando um frio na barriga que nem sei descrever.
Arrumado, cheiroso e muito ansioso estava eu sentado em uma mesa do restaurante do hotel, faltavam uns vinte minutos, então por que eu estava ali? ANSIEDADE! Coisa muito desprezível em dados momentos. Olhava minhas redes sociais e vi que em algumas semanas nosso redator chefe se aposentaria e que iriam dar uma festa e que fui informalmente convidado até aquele momento.
Senti aquela mão forte cobrir meu ombro e passar a minha frente se sentando junto à mesa,
- Boa tarde – ele disse formalmente.
- Boa tarde, ao que devo a sua ilustre presença? – falei fazendo graça.
- Fui convidado, e como convidado posso comer o quanto eu quiser certo? – ele disse com um sorriso cínico no rosto.
- Claro, mas acredito que se comer muito vai perder esse corpinho ai – eu disse e nós dois caímos na risada.
- Tá parou de formalismo Cauã, o que vai querer? – eu perguntei.
- Lasanha? Ravióli? Espaguete? – ele perguntou na duvida.
- Lasanha sem duvidas, a bolonhesa?
- Claro por que não?
Chamei um garçom que anotou nosso pedido e sugeriu vinho, porém optamos por um suco natural, ele saiu para pedir na cozinha e façamos ali por alguns minutos trocando olhares e sorrisos sem graça, até que ele resolveu quebrar o silêncio.
- Minha prima me disse que eu não deveria vir – ele falou dando um sorriso amarelo.
- Entendo...
- Ela não gostou muito da história do Jardim – ele continuou, sem graça.
- Olha queria pedir... – ele não me deixou falar e continuou sua fala.
- Me deixa terminar, eu disse a ela que viria só pra te ouvir e saber por que mudou de ideia.
- Eu... Desculpa pelo Jardim – falei envergonhado – É que isso nunca aconteceu comigo.
- Isso o que?
- Acho melhor falar disso depois ai vem nosso pedido.
Fomos servidos e ficamos comendo, somente trocando olhares durante todo o almoço, eu não iria falar que estava arriado por ele, mas algo me dizia que eu não iria gostar do fim da nossa conversa. Pedimos sobremesas e o silencio perdurou por mais algum tempo, aquela agonia estava me matando por dentro, ter ele ali na minha frente e me controlar para não beija-lo, eu realmente não sabia o que eu queria com a aquele pedaço de homem, mas ele me fez sentir tantas coisas diferentes e boas que isso nem importa.
- Estava uma delicia não acha – falei assim que terminamos.
- Sim estava, obrigado pelo almoço.
- Imagina te devia essa depois do fora sem classe que ti dei – nos ficamos envergonhados.
- Tudo bem, mas continuando o que tu ia falar?
- Que só voltei atrás do que disse por que tu foi diferente dos outros e não merecia o tratamento que dei.
- Bom saber que fui diferente – disse com um sorriso sacana.
Saímos do restaurante e fomos até a piscina e ficamos ali sentados em cadeiras de repouso, meu corpo estava em chamas pedindo pelo dele, mas me controlava, ele parecia alegre e ao mesmo tempo abatido, então decidi avançar o sinal.
- O que foi?
- Nada é que vim também porque queria me despedir de tu, estou voltando para o Brasil em dois dias – disse e deu um sorriso amarelo.
- Nossa, mas já?
- Pois é...
Não sabia o que falar e aquilo m caiu como um banho de agua gelada e me levou a uma angustia ainda maior, será que eu iria o deixar ir assim sem falar às coisas que estavam mudando em mim e que ele era o grande responsável, quem sabe até dizer que deixei um cara em ponto de bala por que estava com os pensamentos nele, eu tinha vontade de colar tudo pra fora, mas meu orgulho segurou minha voz e nada pude dizer se não um “Ah” sem grande emoção.
Bem já que eu não tive coragem de expor meu desgosto por sua partida ficamos conversando e nos conhecendo tarde a fora, impressionante como éramos parecidos em muitos aspectos, como música, filmes e até manias. Parecíamos tão conectados que não vi as horas passarem, passava das dezoito horas ele anunciou que tinha que ir eu insistir para que ficasse, mas ele não aceitou.
- Quando podemos nos ver de novo? Se é que podemos – perguntei meio sem jeito.
- Amanhã um passeio no museu que tal?
- Pode ser...
Eu não sabia o que fazer todos os meus movimentos eram involuntários nada era controlado por mim, parecia que a presença dele misturada a angústia de sua partida e além do que sentia dentro de mim só crescendo, minha vontade era de agarra-lo ali sem nenhum pudor, sentir seu cheiro, o gosto dos seus lábios e a macieis da sua pele.
Ele virou de costas e foi em direção à porta, não aguentei e o puxei pelo braço, que mesmo sendo maior que eu, foi levado pelo meu movimento, ficamos cara a cara e olhares se cruzando, respiração mais nervosa e sem pensar mais aproximei nossos rostos e logo nossos lábios se encontravam e trocavam gostos e sabores diferentes, nossas línguas pareciam que dançavam ao som da mesma melodia, era um beijo calmo cheio de sentimento e todo tempo permaneci segurando seu rosto. Separamo-nos um pouco ofegantes e ficamos nos olhando de testas coladas.
- Você precisa mesmo voltar? – eu perguntei com um ar mais triste na voz.
- Sim, tenho trabalho a fazer no Brasil – ele falou me dando um olhar sincero.
Não pude mais responder qualquer coisa, paramos naquele momento como se nada mais existisse a não ser nós dois ali trocando sentimentos só por olhares e gestos de ambos. No fundo eu sabia a verdade de ele estar receoso comigo, ele realmente só queria me ver, mas o que eu fiz a ele não foi esquecido e me pareceu o ter ferido, me senti culpado por aquilo, ele que me parecia tão bom rapaz e eu fui um completo canalha com ele. Voltei a beija-lo com mais a finco, um beijo que nunca irei esquecer, ainda sinto aqueles lábios nos meus, as mordidas entres o respirar e selinhos que mais pareciam pedacinhos de nuvem a tocar meus lábios.
- Eu sinto muito, não queria ter dito aquilo pra você – falei me afastando dele.
- Eu já entendi como você é e respeito, só se cuida, tenho que ir – ele disse me dando um abraço e saindo de vez de perto de mim.
Eu realmente fiquei abalado com o que ele disse, aquilo cortou qualquer esperança que eu tinha de ter ele junto a mim, deu a entender que aquilo foi só mais uma “ficada” pro meu currículo, fiquei em pedaços não preciso nem dizer, mas não esbocei qualquer outro sentimento de tristeza ou perda. Tudo que aconteceu naqueles últimos cinco minutos foi na frente de algumas pessoas que só depois percebi que estavam ali nos olhando e vendo toda nossa cena de caricias e beijos, realmente não me importa isso, mas eles também presenciaram minhas defesas indo ao chão e meu semblante ficar totalmente deprimido.
O que eu faria? Deixar isso de lado e seguir minha vida como sempre foi? Ir atrás dele e tentar ter aquilo que lá no fundo eu sempre quis? Eu não sabia a resposta! Mais uma vez só a certeza que eu tinha um trabalho para terminar e meu tempo se esvair rapidamente.
#CONTINUA
