Às vezes temos a impressão que nos enganamos com a pessoa. Supomos ser uma coisa e de repente, é outra. Só que, quase sempre, não é a pessoa que mudou e sim as nossas expectativas a respeito da mesma nos traíram. Temos essa mania infantil de idealizar o certo alguém.
De querer que o tal tivesse a mesma atitude ou postura que teríamos diante de algum acontecimento, esquecendo-se que cada um é cada um. Aí vem a decepção. Ela vem certeira e nos atinge em cheio. Doí, machuca, mas somos os maiores culpados porque fomos nós que alimentamos aquelas expectativas criadas a partir de um espelho que olhamos esperando ver o nosso próprio reflexo. Que nesse ano que se inicia, como uma fonte inesgotável de esperança e renovação, nós possamos ver além desses espelhos, além dos nossos medos.
Já era véspera de final de semana, quando o Allan mandou uma mensagem convidando para jantar na casa dele. Achei estranho, porque ele não costumava fazer esse tipo de convite. Porém, como ele afirmou que seria só nós dois, insistindo para que ficasse tranquilo, eu acabei aceitando.
No final da tarde, cheguei em casa e fui direto pro banho. Depois de uma ducha caprichada, tratei de dar uma aparada na barba, pois gosto dela mais rala e aproveitei para aparar os pelos pubianos. Estava fazendo o serviço, quando tocou a campainha. Estranhei, mas logo achei que o Kadu havia esquecido a chave, pois às vezes isso acontecia.
Enrolei a toalha na cintura e fui abrir a porta. Para minha surpresa, era o Guto.
– Oi. Po. Desculpa. Te tirei do banho?
– Não, eu já tinha terminado. Tava só aparando…
– Ah sim. Rs
Ele sorriu, um pouco sem graça, olhando para o meu corpo que ainda estava úmido.
– Guto, o Kadu não chegou ainda. Você quer esperar?
– Ah, eu espero.
Ele disse, sentando-se no sofá.
Voltei para o banheiro e terminei o que eu estava fazendo. Depois fui para o quarto e me vesti com uma calça jeans surrada e levemente rasgada, uma blusa preta, anéis e meu cordão de prata. Pus um pouco mais do perfume que ele gostava, caprichei mais que o usual.
Quando cheguei a sala, encontrei-o sentando no sofá, bebendo uma cerveja.
– Eu peguei na geladeira, desculpa.
– Que isso, Guto. Você é de casa.
– Nossa, você ta gatão. Ta indo onde?
– Encontrar seu primo. Rs.
Eu respondi, sorrindo sem graça.
– Ah, agora tudo faz sentido. Ele estava bem agitado hoje, querendo me colocar pra fora. Rs.
– É, ele me chamou pra jantar e não sei o que ele ta aprontando.
Eu disse, pegando uma latinha para mim na geladeira.
– Cara, esse seu perfume é muito bom. To pra te perguntar há um tempão qual é.
Quando eu ia responder, o Kadu entrou e ficou surpreso de encontrar o Guto ali. Deixei que depois ele mesmo explicasse.
– Que bom que você chegou, meu brother. Já to atrasado e não queria deixar o Guto sozinho.
– Hum. Onde você vai todo galã assim?
– Pra casa do Allan. E vocês, aproveitem o apê.
Eu disse, rindo e terminando a latinha numa golada só.
Em poucos minutos, estava estacionando em frente à casa dele. Toquei a campainha e depois de um tempo, ele abriu o portão, todo arrumado. Olhei-o de cima a baixo, conferindo e aprovando o visual. Ele sorriu ao me ver olhá-lo daquela maneira. Entramos e antes que ele alcançasse a porta, eu o puxei e o beijei, sentindo o gosto da pasta de dente dele na minha boca, sua língua enroscando com a minha, seu corpo se colando ao meu.
Apertei sua cintura com força e o suspendi, devorando a sua boca com fome, sentindo seu corpo reagir ao meu. Ele se afastou com dificuldade e me olhou com aqueles imensos olhos azuis, a boca vermelha e a respiração ofegante.
– Calma… Vamos entrar.
Ele disse, sorrindo, abrindo a porta da frente.
Me recompus, passando a mão pelo cabelo e ajeitando rapidamente o pau dentro da calça, que já estava duro como pedra e marcando bastante.
Entramos e o ambiente estava a meia luz, com uma música calma tocando no aparelho de som. A mesa estava posta com uma toalha bonita, pratos e talheres perfeitamente dispostos, velas e uma garrafa de vinho. Peguei a garrafa e analisei o rótulo. Por incrível que pareça, ele tinha acertado.
– Abre o vinho enquanto eu olho o jantar.
Ele disse, indo pra cozinha.
Peguei o saca rolha e fui abrindo, aproveitando para perguntar.
– Cadê seus pais?
– Ah, meu pai ainda tá baseado em outra cidade, vem a cada 15 dias. Minha mãe ta sempre indo pra casa da minha vó cuidar dela, que não anda muito bem.
– Ah, entendi. O que você ta aprontando na cozinha?
– É surpresa.
Ele disse, voltando para a sala.
Da última vez que ele resolveu cozinhar foi um verdadeiro desastre, mas era tão fofo ver ele se esforçando, que comeria de qualquer forma. Ele colocou uma música lenta e veio a minha direção, sorrindo.
– Dança comigo?
– Dançar? Eu e você?
– É…
Ele disse, se aninhando em mim.
Passei a mão pela a sua cintura e começamos a dançar, devagar, com os olhos fechados. Alisava suas costas de leve, enquanto nossos pés deslizavam lentamente pelo chão. Encostei minha testa na dele e olhei nos seus olhos, que ainda estavam fechados.
– Desde quando você sabe dançar, mocinho?
– Tenho muitas habilidades que você ainda não conhece.
– Sei, rs.
– Esse seu cheiro…. sei lá… me deixa tonto.
– Ruim?
– Não. É maravilhoso.
Ele disse, me fazendo sorrir.
– Nossa, vai queimar lá.
Me soltou e foi pra cozinha.
Me servi de mais um pouco de vinho e esperei.
Ele voltou trazendo uma travessa com uma espécie de risoto, que estava com uma cara ótima.
– Você fez isso sozinho?
– Fiz. Claro que a Lê me deu umas dicas do que você gostava. O vinho chileno e esse risoto de funghi que eu peguei o passo a passo na internet. Testei umas três vezes até acertar, gastei minha mesada toda, mas acho que ficou bom.
Ele disse.
Olhei pra ele, com aquela cara de quem desconfia se tá bom mesmo, mas me sentei na mesa. Nos servimos e na primeira garfada pude constatar que estava bom.
– Caralho! Você não pode ter feito isso sozinho.
– Vou tomar isso como um elogio.
Ele sorriu, comendo uma garfada.
Estava tudo gostoso. O jantar, o vinho, a música, o papo. Terminamos de comer e eu ajudei a tirar a mesa. Voltamos para sala e continuamos a beber o vinho. Deixei-o beber uma taça, que ele bebericava devagar.
Depois de um tempo, ele segurou minha mão e me levou até o quarto. Entramos e vi que estava cheio de velas e pétalas de rosa. Quis perguntar o que era aquilo, mas acho que estava bem claro e eu não quis estragar o clima.
Me sentei na cama e tomei mais um gole da bebida bordô, me sentindo estranhamente tímido. Ele se sentou ao meu lado e olhou pra mim. A cor dos seus olhos era diferente sob o tremular das velas. Ele tirou a camisa e continuou a me olhar. Sem dizer sequer uma palavra, pegou minha mão e a beijou, passando pelo seu rosto. Eu deslizei a mão pela sua face, vendo seus olhos se fecharem.
Passei os dedos pelos seus lábios, sentindo-o beijar a ponta dos mesmos. Esticou as mãos e tirou a minha blusa, demorando-se em olhar cada detalhe do meu peitoral como se não o visse há muito tempo. Passou a mão devagar por ele até chegar a minha calça, desabotoando-a. Foi tirando lentamente, sem tirar os olhos dos meus.
Levantou-se e foi tirando a sua bermuda devagar, como se estivesse em câmera lenta. A música suave ao fundo, os movimentos dele ao tirar sua roupa. Tudo parecia estranhamente mágico. Ele voltou a se aproximar, começando a beijar meus pés, me provocando cócegas. Foi subindo, deslizando os lábios pela minha canela, alisando a outra, demorando-se em beijos e mais beijos, que ele ia depositando por onde passava.
Quando a sua boca alcançou a minha virilha, senti meu corpo todo estremecer. Meu pau pulsou tão forte dentro da cueca, que o fez rir diante da minha excitação. Ele foi tirando a boxer branca, com um sorriso safado, que evidenciava as covinhas que eu tanto gostava. Fechei os olhos ao sentir o toque dos seus lábios na minha glande, que já babava em abundância.
Achei que ele fosse me torturar, mas engoliu grande parte da minha pica logo de cara, chupando guloso, cravando as unhas nas minhas coxas. Eu joguei a cabeça pra trás, gemendo e arfando, controlando o impulso de gozar que me acometia toda vez que ele sugava mais forte. Quando sentia que minha respiração ficava mais urgente, ele tirava a boca do meu pau, pra então engolir minhas bolas, revezando entre elas, puxando a pelinha entre os dentes.
Ele voltou a chupar a minha rola avidamente e quando quase anunciei o gozo novamente, ele parou e passou os dentes pela minha barriga, contornando os gomos com a língua, esfregando o nariz e aspirando minha pele.
– Meu Deus, sou louco no seu cheiro. Em você inteiro.
– Vem cá.
Eu disse e o puxei, tomando a sua boca com a minha e o beijando com paixão, deitando-me por cima dele. Era a minha vez de matar as saudades do seu corpo e isso eu iria fazer sem pressa. Beijei seu pescoço, sentindo sua pele se arrepiar com o contato da minha barba e fui descendo, experimentando cada pedacinho com meus lábios. Beijei seus ombros, seu peito. Suguei demoradamente cada mamilo, até que eles ficassem durinhos e vermelhos. Beijei cada pintinha que havia no peito dele, passando o dedo sobre elas, como seu as estivesse saudando, depois de tanto tempo longe. Às vezes eu parava e o olhava, só para ver o seu sorriso tão espontâneo naquele momento, para ver em seus olhos o desejo que estava aprisionado ali.
Deslizei as pontas dos dedos pelas suas costelas, passando os lábios em seguida até alcançar seu quadril. Tirei sua cueca devagar, olhando atentamente cada centímetro ser desnudo. Passei o rosto, o nariz, a barba. Sorri ao ver que como eu, ele também tinha aparado toda aquela área, mas sem tirar tudo porque sabia que eu não gostava.
Seu pau sempre me deixou louco, porque além de ser bem rosado, não era grande e eu podia engolir com vontade, o que eu fiz sem pestanejar. Chupei até sentir o gosto da babinha na minha boca. Ele puxou minha mão e sugou meus dedos, deixando-os melado e anunciando o que queria que eu fizesse com eles.
Parei de chupá-lo e o olhei, sorrindo ao ver que suas bochechas estavam vermelhas. Alcancei a taça que estava na mesinha de cabeceira e tomei um gole, vendo ele abrir bem as pernas e exibir seu cuzinho em convite. Tão fechadinho, tão cheio de pregas. Derramei um pouco de vinho pela virilha, assistindo escorrer até seu buraquinho. Fui passando a língua pelo mesmo caminho que a bebida fez, até chegar lá e circular com a língua. Sem palavras pra descrever o quanto era gostoso ouvir seus gemidos, enquanto seu cuzinho piscava com urgência na minha língua.
Forcei até que entrou a ponta e então a rodei gostosamente dentro dele. Sentia-o repuxar os lençóis e quase gritar de tanto tesão. Então, comecei a chupar suas bolas enquanto meus dedos começavam a laceá-lo, devagar, sem pressa. Um, dois, três… Fui enfiando a medida que o sentia relaxar e pedir mais. Minha boca não descansava, explorando suas coxas, barriga, sua pica úmida.
Com meus dedos dentro dele, cutuquei um pontinho que sabia que o deixava maluco de tesão e ao movimentar ali, ele arqueou o corpo, abafando gemidos no travesseiro, se contorcendo inteiro.
– Aaahhh Meu Deus, assim eu gozo. Aaaahhhh. Vem, eu não to aguentando mais. Quero você.
Ele disse, ofegante.
Eu sorri diante da sua urgência, que era a mesma a minha. Deitei lentamente entre suas pernas, olhando seus olhos azuis, que pareciam mais cintilantes que o normal. Passei a mão pelo seu rosto, fazendo com que ele fechasse os olhos. Beijei a ponta do seu nariz e depois encostei minha testa na sua.
– Por que você está tremendo? Ta com medo?
Eu perguntei, alisando seu rosto.
– Não… Não é bem medo… nervoso eu acho. Muito tempo sem… Parece a minha primeira vez, sei lá. Só que dessa vez eu me preparei melhor.
Ele disse sorrindo.
– Como?
– Eu.. Eu fiz… Eu fiz chuca.
Ele disse, envergonhado.
Não me aguentei e ri diante da timidez dele em falar aquilo.
– Não ri, poxa. Me atrapalhei inteiro, mas eu fiz de um jeito diferente. Queria ta limpo pra você.
– Você sabe que eu não ligo pra isso.
Eu disse, beijando a sua testa.
– Eu sei, mas eu queria. Não queria sujar tudo como já aconteceu outras vezes. Ah, e comprei isso daqui.
Ele disse, abrindo a gaveta e pegando um lubrificante.
– Lubrificante? Você nunca ligou pra isso.
– É eu sei, mas faz tanto tempo que a gente não faz amor e … achei que poderia ajudar. Diz que é um gel anestésico também.
– Eu não vou te machucar. Vou devagar, aos poucos. Não precisa se preocupar.
– Eu sei, você nunca me machuca. Só me leva ao céu, ao paraíso. É que eu esperei tanto por isso… achei que nunca mais aconteceria e quis que tudo fosse perfeito. Idiota, né?
Ele disse, sorrindo com lágrimas nos olhos.
Eu me aproximei e lhe dei um selinho demorado, apertando os olhos devido ao tamanho sentimento que eu estava sentindo naquele momento. Era um misto de amor, paixão, carinho, proteção, tudo tão forte e misturados no meu peito, enquanto eu sentia seu corpo quente sob o meu.
Eu senti suas mãos deslizarem pelas minhas costas e apertando a minha bunda em seguida, fazendo eu acordar daquele momento fofo e sorrir diante da iniciativa dele. Cobrindo-o de beijos, eu lambuzei meu pau de lubrificante e despejei uma boa quantidade no seu cuzinho, lubrificando-o por dentro. Encaixei minha rola na entrada, esfregando-a lentamente ali, enquanto meus olhos se fixavam nos dele. Ele enroscou as pernas na minha cintura e fechou os olhos, me puxando devagar. Quando senti a cabeça penetrá-lo, seu corpo se contorceu fazendo o meu se arrepiar por inteiro. Finalmente eu estava entrando dentro dele. Finalmente seriamos um só novamente. Fui enfiando devagar, parando toda vez que o sentia apertar minhas costas mais forte.
Olhava em seus olhos e esfregava meu nariz no seu, movimentando de leve o quadril e enfiando mais um pouco, ouvindo-o gemer. Até entrar tudo, demorou um bocado. Ele estava bem apertado e parei diversas vezes até que ele estivesse relaxado o bastante para continuar. Ainda tinha que controlar a excitação, pois a sensibilidade estava comprometida por causa do tal lubrificante. Tirei quase tudo para tornar a enfiar lentamente, estudando as suas feições que mesclavam dor e prazer.
Apesar de sentir meu corpo cada vez mais incandescente de desejo, não queria apressar aquele momento. Por isso, me movimentava devagar, sentindo meu pau entrar e sair dele, suas unhas arranhando minhas costas. Às vezes acelerava um pouco, para depois tornar a diminuir o ritmo. Eu o beijava, enquanto nossos quadris dançavam juntos, quase colados, embalados pela música que tocava suave no som dele.
Foram minutos fazendo amor, mais de hora se bobear. Sentia o gozo vir com força e então quase parava os movimentos, deslizando a minha boca pelo seu pescoço, arranhando suas costelas. Depois voltava a meter gostoso, indo e voltando sentindo seu pau pulsar na minha barriga. Ele sussurrou rouco no meu ouvido que não estava mais conseguindo segurar e eu sorri, mordendo sua orelha, aumentando o ritmo.
Ele começou a se punhetar, olhando pra mim, enquanto eu metia mais e mais. Ele apertou os olhos e seu corpo tremeu com violência, quase estrangulando a minha rola que não parava de entrar e sair. Ele gozou fartamente, gemendo alto e cravando as unhas nas minhas costas. Eu meti mais um pouco, sentindo suas contrações, até que explodi dentro dele, urrando num orgasmo tão intenso que podia sentir meu coração quase parar de bater.
Desabei em cima dele, respirando com dificuldade, sentindo seus espasmos que ainda comprimiam o meu pau. Me mexi para sair de dentro dele, mas ele segurou meu quadril.
– Não, não sai. Fica assim, dentro de mim.
Ele pediu, com os olhos fechados e mechas de cabelo castanho grudados na testa suada.
Sorri e fiquei parado, alisando seu rosto, tentando me recuperar, completamente em êxtase. Então ele começou a mexer o quadril, rebolar lentamente. Minha rola que estava começando a amolecer, voltou de novo a vida e em segundos estávamos fazendo amor novamente, entre beijos mordidos e arranhões.
Me controlava para não foder com tanta força, mas era difícil me segurar tamanha fome que eu estava dele. Puxei-o e deixei-o por cima, para que ele comandasse os movimentos, segurando seu quadril e olhando nos seus olhos. Ele jogava a cabeça pra trás, mordendo os lábios, apoiando as mãos no meu peito. Cavalgava devagar, rebolando ao mesmo tempo, me levando a loucura. Seus cabelos estavam molhados e o suor escorria pelo seu rosto, caindo em mim.
Me sentei e puxei seu cabelo, beijando-o com fome, sentindo-o rebolar. Depois, puxei pra trás, mordendo seu pescoço, segurando sua cintura com a outra mão e fazendo ele ir mais forte. Não demorou muito para que gozássemos novamente, tão forte quanto a primeira.
Me sentia exausto, mas feliz. Uma plenitude tão boa que eu nem conseguia abrir os olhos. No céu. Senti-o deitar no meu peito, se aconchegando nos meus braços. Devo ter adormecido, porque acordei com o braço dormente, metade das velas apagadas e uma música que já havia tocando, então devia estar repetindo a playlist.
Levantei com cuidado para não acordá-lo, massageando o braço, observando-o dormir. Parecia um anjo, sereno e inocente. Pelo menos dormindo, parecia. Acordado ainda era o pestinha irresistível que eu conhecia tão bem. Eu o amava tanto que só de olhá-lo assim, sentia meu peito se encher de tal maneira que doía. Vê-lo assim nu, tão vulnerável e tão meu, absolutamente meu, fazia com que eu quisesse o proteger de todos os males do mundo. Me controlei para não alisar seu corpo todo e acordá-lo. Afastei aqueles pensamentos melosos e finalmente me levantei.
Tomei um banho gostoso e demorado, sorrindo ao lembrar de momentos anteriores e como tudo tinha sido maravilhoso. Fechava os olhos e ria diante das lembranças, deslizando o sabonete pelo meu corpo, sentindo algumas partes arranhadas arderem um pouco. Sai do banho e me enrolei numa toalha qualquer que estava lá.
Entrei no quarto e o encontrei sentado na cama, com o rosto nas mãos.
– Allan, o que aconteceu?
Eu perguntei.
Ele levantou os olhos molhados de lágrimas, correu e me abraçou com força.
– Eu achei que você tinha se arrependido e ido embora. Nossa, depois dessa noite, eu juro que eu não ia suportar mais essa rejeição. Eu te amo tanto, tanto.
– Ei, eu só fui tomar um banho. Tava todo melado e grudento. Calma.
Eu disse, afagando seus cabelos.
– Eu tive tanto medo, que eu não quis levantar e ver se você estava no banheiro ou na cozinha. Se não fosse o lençol sujo, iria achar que tinha sido um sonho.
– Se acalma, neném. Eu to aqui.
– Hummm e cheiroso, muito cheiroso. Agora eu que to me sentindo imundo. Porque não me chamou pra tomar banho com você? Eu gosto tanto de te ensaboar e…
– Safado. Rs. Eu não quis te acordar. Tava dormindo tão sereno. E não dá certo tomarmos banho juntos.
– Dá muito certo, isso sim.
Ele disse, sorrindo.
Me deu um selinho demorado e foi para o banheiro.
Aproveitei, troquei o lençol e catei as roupas do chão, dando um jeito rápido na bagunça. Apaguei as velas, que deixavam um cheirinho gostoso no ambiente e deixei somente o abajur ligado. Fui na cozinha rapidamente, peguei um pacote de salgadinho e voltei. Me deitei e comecei a devorar o saco, quando tive uma ideia.
Abri a gaveta e fui direto mexer na caixa, onde sabia que ele guardava todas as nossas coisas e é claro que eu encontrei o que eu estava procurando. A pequena peça de renda preta estava lá, perfumada, esperando ser usada. Me cobri somente com uma parte do lençol e quando ele entrou no quarto, enrolado na toalha, eu o estava esperando, rodando a calcinha no dedo.
– Olha o que eu achei.
Eu falei, sorrindo safado.
– Mexendo nas minhas coisas de novo? Rs
– Suas não, nossas. Vai, coloca.
Eu disse, jogando a calcinha nele.
– Eu achei que você não tivesse gostado.
– Não é isso. Me pegou de surpresa. Não quero que você use calcinha pra tentar ser uma mulher pra mim, mas se você usar sendo quem você é, acho que pode ser excitante.
Eu disse.
Ele deixou a toalha cair e vestiu a pequena calcinha preta. Confesso que a parte da frente ficava estranha. O pau dele, mesmo sem ser grande, mal cabia nela e ficava com a cabeça pra fora. Atrás, porém, ficava espetacular. A bunda dele tão redondinha e alva, ficava linda naquele fio dental.
Ele andou um pouco pelo quarto, fazendo charme, rebolando um pouco, me deixando completamente louco.
– Agora vem cá, pra eu tirar.
Eu disse, de uma forma tão safada que até me surpreendi.
Ele deitou de lado, empinando bem a bunda, deixando aquela calcinha ainda mais enfiada e olhou por cima do ombro, fazendo biquinho e …
… Continua.
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Hey Galera,
Venho aqui em nome do ilustre Biel Sabatini lhes presentear com esse capitulo maravilhoso. Pra quem quiser saber o desfecho da história, já sabem, corram lá no blog: www.bielsabatini.wordpress.com . Podem comentar lá que o próprio Biel faz questão de responder a todos com prazer.
Além do conto, o blog conta com temas relacionado ao mundo LGBT, entretenimento e muito mais. Todo final de mês ha a seleção de leitores para bater um papo legal e tirar todas as dúvidas com o próprio autor. Não quer ficar fora dessa, né? Então aproveita e segue no Twitter: @biel_sabatini e fica por dentro de tudo.