Aviso:Esse capítulo têm dois narradores.
"As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.As pessoas tristes lembram o passado com dor,esperam o pior do presente e encaram o futuro como a um abismo sem fundo."
Capítulo 11-Um convite ao passado.
Narrador:Daniel
Passeamos pelo bairro,conversando que nem velhos amigos.Lúcio contava histórias como ninguém é eu nunca havia rido tanto.Já era uma hora quando chegamos em frente ao meu prédio.
-Bem...e aqui que eu moro.Você não quer subir?-Eu perguntei tímido.
-Acho que não...nos conhecemos hoje e não é bom levar um estranho para casa.-Lúcio respondeu com um sorriso.
-Você não é um estranho,é um amigo do Nick e é bem vindo.-Eu insisti.
-Mas eu e você nos conhecemos hoje,então vamos deixar para a próxima.-Lúcio disse encruzando os braços.
-Então está bem...Mas eu espero que não suma.-Eu disse agora ficando vermelho.
Lúcio deu um sorriso e se afastou,eu observei ele virar a esquina e entrei no prédio,me sentindo mais leve e fazendo tímidos planos para o futuro.Nao sabia se ainda conseguiria viver sem sentir a dor da partida e do abandonado,mas comecei a pensar que poderia tentar.
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Narrador:Vitor
Depois de me dar mais um sermão e colocar o Alberto para trabalhar,Laura foi embora e eu decidi mergulhar de cabeça no meu trabalho.
Logo a hora do almoço chegou e eu como estava sem fome deixei passar.As duas da tarde o telefone tocou,e eu atendi era a minha secretária (Pode parecer surpresa,mas eu tenho uma secretaria.Só a Mari,Laura e o Alberto entram na minha sala como se fosse a sala da casa deles,mas isso é outra história.),ela me disse que havia um homem querendo falar comigo e eu permiti a entrada sem parar para pensar que ela não citou o nome.
Eu estava concentrado em uns documentos quando a pessoa entrou e acabei não vendo logo quem era.
-Boa tarde Vítor!-Ele disse enquanto se sentava.
Ao ouvir aquela voz eu quase pulei da cadeira e a custo me controlei.Logo a raiva substituiu a minha surpresa e eu me levantei com os punhos fechados pronto para expulsa-lo dali.
-O que você quer aqui Mateus?-Eu perguntei enquanto o observava.
-Nada...só vim te dar uma notícia.-Ele disse com um sorrisinho.
-Então fala logo e desaparece.-Eu disse irritado.
-Isso é jeito de tratar seu ex cunhado?-Ele perguntou me encarando sério.
-Vai falar o que logo o que porra você quer?Ou vai ficar nessa enrolacão?-Eu respondi enquanto cruzava os braços.
-O Lúcio voltou!-Ele respondeu depois de um sorrisinho de satisfação.
-E daí?-Eu perguntem tentando mostra que aquilo não me importava.
-Eu imaginava que já devia saber...Mas ele me ligou e pediu que você fosse encontra-lo.-Mateus respondeu enquanto esticava os braços.
-Tinha me esquecido que vocês são amiguinhos...O que ele quer?-Eu perguntei sentindo uma vontade enorme de pegar o Mateus e chutar ele dali.
-Ele disse que vocês tem negocios a acertar...e que se você não fosse...um tal de Daniel ia dar um passeio.-Ele respondeu enquanto tentava me analisar.
A princípio fiquei surpreso e imaginei ser outro Daniel,mas logo me lembrei que o Nicolas e o Lúcio tinham virado amigos e provavelmente ele sabia da existência do namorado do Nicolas.Aquela me palavra me incomodou e eu tentei afasta-la.
-Lúcio sempre apela pra a chantagem.-Eu disse tentando não demonstrar que estava preocupado com a ameaça.
-Amanhã as 4 horas da tarde ele está te esperando.-Mateus disse desapontado enquanto se levantava.
-Me esperando onde?-Eu perguntei sem nenhum interesse.
-Ele disse que se você voltasse pra casa...estaria te esperando lá.-Mateus respondeu saindo logo em seguida.
Eu senti meu coração quase parar.Eu sabia de que casa ele estava falando,mas já faziam mas de 15 anos que não voltava aquele lugar,e havia prometido a mim mesmo que nunca mais colocaria os pés lá de novo.O que aquele desgraçado estava armando?E porque tinha quer ser lá naquele maldito lugar?Não importava,eu não iria de maneira nenhuma.Daquele lugar eu só queria distância.
Tentei me concentrar no meu trabalho o resto da tarde,e pedi para não ser incomodado.O pedido estranho do Lúcio de voltar para o meu lugar de origem,despertou em mim lembranças que eu queria apagar e por mais que eu tentasse me concentrar elas voltavam.
As cinco horas,minha secretária veio me dizer que já ia e me entregou um bilhete que a Naty havia deixado mais cedo,pois não quis incomodar.
Eu revirei o papel nas mãos tentando entender o significado daquilo.Sem chegar a nenhuma conclusão,abri o bilhete que dizia o seguinte:
"Por favor consiga uma enfermeira para dona Sônia,eu vou ter que viajar.
Ps:Vitor não quero que fique preocupado,o Lúcio precisa de mim.Estou indo pra lá,pra o lugar aonde crescemos...eu tô indo pra casa."
Reli o bilhete mas uma vez para ver se eu tinha entendido e soltei meia dúzia de palavrãos.O que ela estava pensando?Como ela podia ir ao encontro maluco daquele chantagista barato e nem teve a coragem de me dizer?
Minha vontade era a de pegar a Naty e lhe dar umas boas palmadas.Mas por mais irritado que eu estivesse,não poderia deixa-la ir sozinha.E por mais que minha mente gritasse não,eu tinha que ir atrás dela.
Peguei o telefone e disquei um número,esperei alguns minutos que pareceram uma eternidade.Alberto bateu e entrou,enquanto me olhava surpreso.
-Aconteceu alguma coisa?-Ele perguntou ao notar que eu estava fervendo.
-Quero que compre uma passagem de avião para a Bahia.-Eu respondi sem mais explicações.
-Eu não sou sua secretaria...Mas o que você vai fazer na Bahia?-Ele perguntou surpreso após se sentar na cadeira e começar mexer no meu computador.
-Resolver uns problemas!-Eu respondi nervoso sem olhar para ele.
-Que problemas?-Ele perguntou desconfiado.
-Eu vou pra casa!-Eu respondi após um longo tempo em silêncio,optando pela verdade.
-Sua casa não é a alguns quilômetros daqui?-Ele perguntou confuso.
-Tô falando do lugar aonde eu nasci.-Eu expliquei.
-Eu achei que você tinha dito que não voltaria aquele lugar,nem sob juramento de morte.-Ele disse após uns minutos em silêncio.
Em voz baixa contei a visita do Mateus e sobre o bilhete da Naty.Alberto me observou preocupado e após um longo tempo voltou a digitar rapidamente.
-Isso pode ser uma armadilha!-Ele falou sem olhar para mim.
-Eu sei...Mas não posso deixar a Naty voltar sozinha aquele maldito lugar.-Eu disse impaciente.
-Tem apenas uma passagem para Salvador...Sai hoje as dez da noite.-Ele disse após um tempo em silêncio.
-Compra!-Eu disse irritado imaginando ao a Naty já estaria.
-Espera!...Quem garante que a Naty conseguiu uma passagem?-Ele perguntou enquanto me encarava.
Porque eu não tinha pensado nisso antes?Respirei mais aliviado e peguei meu celular,digitando o número dela e desejando que ela ainda estivesse na cidade.Chamou até cair e quando ia digitar novamente,recebi um torpedo dela.
-Ela tá em um avião.-Eu respondi após ler a mensagem,sentindo um peso cair sobre as minhas costas.
-Tem certeza do que quer fazer?Tem certeza que quer voltar pra aquele lugar?-Alberto me perguntou sério.
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Narrador:Daniel
A tarde logo se passou e a noite caiu.Esperei que um dos dois aparecesse,mas as horas passaram e nada.Quando me preparava para dormir,ouvi uma batida forte na porta e quando abri dei de cara com o Vitor.
Apesar de tudo que eu pensava sobre ele e o que Lúcio havia dito,confesso que estava feliz em ver lo.
-Eu vim ver como estava e deixar isso.-Ele disse sério enquanto estendia um papel.
-O que é isso?-Eu perguntei surpreso.
-Todos os números do Alberto...Se precisar de qualquer coisa e só ligar pra ele.-Ele disse enquanto me observava.
-Você vai viajar?-Eu perguntei desapontado enquanto observava a mochila em seu ombro.
-Depois da amanhã eu volto.-Ele respondeu com um sorriso.
Eu tentei sorrir mas queria que ele ficasse.Vitor então fez algo inesperado;ele me puxou e me deu um abraço forte.
-Eu volto!-Ele sussurrou em meu ouvido e em seguida me soltou.
Observei ele pegar o elevador e em seguida fechei a porta.
Acordei no dia seguinte com mais pancadas na porta e imaginando que seria o Vitor,me levantei correndo para abrir,mas dei de cara com o Lúcio.
-Ficou desapontado?-Ele perguntou surpreso.
-Não...eu ainda estava dormindo.-Eu respondi tentando dar um sorrisinho.
-Me desculpe por te acordar,mas e que tô indo viajar e queria me despedir.-Ele disse sem graça.
-Nossa que coincidência...O Vitor também foi viajar.-Eu disse sem pensar.
-Ele é um empresário...deve fazer isso toda hora.-Ele disse com um sorrisinho.
-Eu acho que sim!-Eu disse enquanto o observava,pois achava que tinha visto um brilho no olhar dele.
-Tenho que pegar um vôo agora...entao é até logo.-Ele disse após um tempo em silêncio.
-Você vai demorar?-Perguntei
-E só uma reunião de família.-Ele respondeu indo em direção ao elevador.
-Tchau!-Eu disse baixinho.
-Daniel?-Ele chamou.
-Oi?-Eu respondi o olhando surpreso.
-O ódio e um dos maiores males da humanidade.Passamos tanto tempo o alimentando,que nem percebemos que ele nos mata um pouco mais a cada dia.-Ele disse enquanto me encarava sério.
O elevador abriu e ele entrou.Eu observei ele se fechar,e confesso que estava surpreso.O Lúcio em alguns momentos se mostrava tão cheio de rancor e em outros era tão sábio.Em uns momentos era divertido e em outros pensativo e parece que padecia de uma grande dor.Aquele homem era tão complexo mas tão humano que aos poucos estava conseguindo minha admiração.
Continua...
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Olá pessoal,eu voltei...
Cheguei a pouco e escrevi rapidinho,tá aí mais um capítulo para vocês.E as surpresas não acabam.
S2DrickaS2 e Edu19>Edu15 o último conto fico meio confuso.Mas aos poucos vocês conseguem entender esse novo personagem.
K-elly e Kevina as surpresas não acabaram e no próximo capítulo vocês conheceram mais sobre o passado do Vitor,Lúcio e Naty.Aguardem...
Well26 espero que goste deste capítulo.
Martines você voltou!Tava sentindo falta de você...Essa história tem muita coisa pra rolar e o Daniel vai descobrir a verdade por si só é será um caminho doloroso.Quanto ao Vitor e o fato de ele se sentir conta de um erro que ele cometeu com o Nicolas no passado.
Bem galera,obrigado a todos que leram...espero que gostem....
Boa madrugada...
Até a próxima!
