Vitor & Daniel:Apaixonado pelo meu cunhado 12 (parte 2)

Um conto erótico de Solitário
Categoria: Homossexual
Contém 1972 palavras
Data: 09/04/2016 19:11:14

Capítulo 12-O passado se revela (parte 2)

Narrador:Vitor

Ainda era de madrugada quando cheguei a Salvador,e não tinha nenhuma vontade de sair dali.Tentei ligar para a Naty,mas o telefone chamava e nada.Quando eu a encontrasse,eu lhe daria umas boas palmadas para que ela sentisse na pele a raiva que estava me fazendo passar.

Ela havia chegado antes de mim e provavelmente já devia estar lá.Esperei o dia amanhecer,tomei café em uma lanchonete ali perto e em seguida peguei um táxi,pagando uma corrida em direção aquela maldita cidade.Uma hora depois de ter saído,recebi uma ligação do Alberto me dizendo que o Daniel insistia em ver o Julio;o pai dele.

Aquilo não parecia um boa idéia,mas lembrei como o Júlio estava depressivo e talvez a visita do filho que ele não via a tanto tempo lhe fizesse bem.Disse sim ao Alberto e lhe pedi que não deixasse o Julio falar como e onde estava a mãe e o nem que havia acontecido ao Evandro.Eu conhecia o Daniel e sabia o quanto ele era sensível e delicado,uma notícia daquelas sem antes prepara-lo,poderia fazer ele surtar.

Desliguei o telefone e tentei não pensar pra onde estava indo.Quase duas horas depois,chegamos aquele lugar.Era uma cidade pequena e pobre daquele sertão,e a observando agora percebi que mudou muito pouco desde que tinha ido embora.Respirei fundo,aquele lugar me trazia lembranças insuportáveis,tinha que achar a Naty e desaparecer dali.

Desci do táxi e fiquei observando ele ir embora,liguei meu celular e com desespero notei que tava sem sinal.Estava naquele fim de mundo sem contato com ninguém,isso era ótimo.

Após soltar um belo palavrão,caminhei sem rumo,observando os locais que ainda estavam de pé e aqueles que foram abandonados.Eu havia nascido e vivido boa parte da minha vida nesse lugar miserável.

Lembrei da fome,do medo e da dor.Lembrei do sofrimento da minha mãe que havia virado prostituta depois que eu nasci,lembrei das vezes que ela vinha me ver,muito machucada e cansada por causa dos clientes.Lembrei dos seus abraços e das histórias que me contava,lembrei do sorriso dela e da frase favorita que sempre usava:-Amanhã tudo vai ser melhor,e lembrei da sua morte,do momento que se foi me deixando pra trás.Lembrei de ter chorado sua perda e das vezes que acordei gritando seu nome,implorando pra que voltasse.

Perdido nos meus pensamentos nem percebi que havia parado em frente a uma lanchonete que estava com a pintura desbotada e vazia.Eu reconhecia aquele lugar, quando eu tinha uns 9 pra dez anos,eu ajudava as donas dele a servir os clientes em troca de uns salgados.

Sorri comigo mesmo e entrei observando a mulher atrás do balcão.Demorou um minuto mas logo a reconheci,nunca poderia esquecer minha primeira paixão.

-Bom dia moço deseja alguma coisa?-Ela perguntou me encarando.

-Estou procurando uma moça de nome Marizeti.-Eu respondi a analisando.

-Sou eu!...O que quer comigo cabra?-Ela perguntou em um tom nada amistoso.

-Não se lembra de mim?-Eu respondi com um sorriso.

-Os seus olhos me lembram alguém...Mas não te conheço.-Ela respondeu após um minuto em silêncio.

-Da última vez que me viu,você foi com a sua mãe se despedir de mim,na rodoviária da outra cidade.Eu levava comigo uma menina de 10 anos,que tinha o cabelo cor de fogo e também Lucinho,que devia ter seus 13 anos.-Eu respondi a encarando.

-Vitinho?...Meu Deus!...É Vitinho?-Ela perguntou surpresa após um minuto em silêncio.

-Sou eu sim!-Respondi

-MAE?...MAE VEM AQUI!-Ela gritou emocionada.

-Que é menina?-Uma senhora perguntou aparecendo em uma porta ao lado.

-Olha mãe e o Vitinho...Ele voltou!-Ela respondeu animada.

A senhora me olhou surpresa,e em seguida deu a volta no balcão e ficou a minha frente.Tocou meu rosto com as mãos e seus olhos encheram d'agua.

-Quanto tempo meu menino!...Como você está mudado.-Ela disse deixando que algumas lágrimas escorressem.

-Tia Graça é muito bom vê-la de novo!-Eu disse demonstrando o carinho enorme que tinha por ela ao abraça-la.

Ela era professora e com a irmã dela abriu aquela lanchonetezinha ali.Quando era pequeno,eu as ajudava e elas me davam o que comer.Tia Graça como todos chamavam,ensinou eu e o Lúcio a ler e escrever,ela sempre nos dizia que a Educação era a chave do sucesso.

-Sente aqui menino...e me conte o que fez desses 15 anos.-Ela disse enquanto apontava para uma mesa.

Eu me sentei e relatei todos aqueles anos,falei sobre a Cecília,sua morte,o meu hospital,e a minha nova esposa.

-Eu sabia que você ia conseguir tudo o que você queria.Sempre foi muito teimoso e determinado.-Tia Graça disse após me ouvir atentamente.

-E vocês?-Eu perguntei enquanto olhava de uma pra outra.

-Ah,a gente continua na mesma...Minha irmã faleceu ano passado,eu me aposentei e Marizeti virou professora e ensina na escola local.-Tia graça respondeu com um sorriso.

-Meus parabéns!-Eu disse em direção a ela que estava atrás do balcão escutando nossa conversa.

-E Lucinho?Como ele está?-Tia Graça perguntou

-Nos brigamos há 10 anos e desde então,não sei o que tem feito da vida.-Eu menti

-Eu nunca imaginária uma coisa dessas,vocês viviam tão grudados um no outro,diziam até que eram irmãos.-Ela disse surpresa.

-A vida dá muitas voltas.-Eu disse pensativo.

-E a capetinha de cabelo vermelho?-Tia Graça disse enquanto apertava a minha mão.

-Naty estudou e depois casou...É uma mulher maravilhosa.-Eu respondi preocupado com ela.

-Eu tambem gostaria de ver ela.-Ela disse com um sorriso.

-Ela está por aqui também,mas não sei onde.Estou a procurando.-Eu disse com sinceridade.

-Depois de tudo aquilo que aconteceu,pensei que nunca mais pisariam os pés aqui de novo.-Ela disse parecendo preocupada.

-Não posso explicar o motivo agora,Tia Graça.-Eu disse pensativo.

Ainda conversamos mais um pouco e em seguida me despedi.Caminhando pela cidade,vi uma casa abandonada que na minha infância era uma padaria.O dono era seu José e ele era vidrado na mãe do Lúcio,que também era prostituta lá onde a minha mãe trabalhava.

Vi também uma casa que antigamente pertencia a uma velha cheia de gatos,cujo nome era Isaura.Eu e o Lúcio adorávamos aprontar com os gatos e dona Isaura vivia falando mal das nossas mães e dizia que não prestavamos por causa delas.

Próximo a da dela era a casa do senhor Tomás,ele tinha vários pés de fruta no quintal e eu e o Lúcio sempre entrávamos pra roubar.Seu Tomás ficava louco e quando nos pegava,faltava arrancar nossas orelhas.

Caminhei mais um pouco,e encontrei as ruínas de uma casa que no meu tempo era de dona Filomena,ela era mãe da Aninha,uma menina que o Lúcio era apaixonado.Mas dona Filomena sempre a prendia e proibia de andar com a gente porque éramos filhos de prostitua.Parece até que tínhamos uma doença.

Em frente à dela era a casa do Júlio,naquela época ele só tinha o Evandro e tinha acabado de chegar a cidade.Sua farmácia era perto do cabaré e lá ele fez amizade com a minha mãe.Foi o Julio que fez o parto da Naty,e cuidou de nos três,sempre dando conselhos pra que paressemos de pregar peças,que era uma coisa que adorávamos e o Lúcio tinha cada idéia mais louca do que a outra.

Uma vez eu fingi ter pegado algo que estava na janela da dona Isaura e ela pediu para ver o que era e eu disse não.Ela exigiu e eu disse tá bom,abre a mão que eu lhe do,ela abriu e quando coloquei era uma besouro enorme.

Quando ela viu,deu um grito de pavor e caiu sentada numa merda de cachorro que havia lá.Lúcio passou uma semana tirando sarro da cara dela.

Eu acabei rindo sem querer com aquela lembrança,e percebi que minha infância havia sido dura e muito sofrida,mas teve seu lado bom.Eu conheci o Julio e em Evandro conheci um amigo,que mais tarde seria importante.

Eu já estava começando a ficar preocupado com a Naty e após caminhar mais um pedaço encontrei o cemitério daquele lugar.Pensei no túmulo da minha mãe e decidi que tinha que vê-lo já que estava ali.Caminhei pelo lado esquerdo e acabei achando perto de uma árvore.

Ao longe eu vi um cabelo vermelho e percebi que era a Naty,estava sentada próximo a um túmulo e imaginei que só podia ser o da sua mãe.Apesar da minha vontade ser a de pegar ela pelo braço e ir embora dali,eu me sentei ao lado da sepultura da minha mãe.

Lá havia uma cruz de madeira,e estava cheio de mato.Eu comecei a arrancar com a mão,enquanto falava com ela baixinho.

-Me desculpe por não ter vindo antes mamãe.Eu sempre senti muito sua falta.-Eu finalizei após um tempo falando,enquanto olhava pra foto dela.

Senti a presença de alguém e olhei pra a Naty que continuava no mesmo lugar.Um coisa fria encostou na parte de trás da minha cabeça e eu me virei rápido,era um cano de uma arma e agora estava apontada para a minha testa.Lúcio a estava segurando com um sorrisinho sádico,parecendo que ia mesmo atirar.

A princípio senti medo,mas agora o meu sentimento era de raiva e minha vontade era de espancar ele.

-Você devia ver a sua cara!-Ele disse enquanto colocava a arma de volta na cintura.

-Idiota!-Eu disse enquanto me levantava e descia um murro nele,que caiu no chão.

-Vitor não!-Naty gritou enquanto corria na nossa direção.

Lúcio se sentou e me encarou com o canto da boca sangrando.

-Cara essa doeu!-ele reclamou.

-Vai doer o próximo que eu vou dar nessa sua cara de sinico.-Eu disse sentindo aquela raiva crescer dentro de mim.

-Vamos dar uma trégua?...Eu preciso conversar com vocês dois.-Ele pediu enquanto enxugava o canto da boca.

-Lúcio você está bem?-Naty perguntou enquanto se atirava em cima dele.

Eu não confiava nele e achava que ele iria aprontar algo,mas não tinha coragem de dar a surra que ele merecia com a Naty ali.

Continua...

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Gente eu não ia postar hoje mas com um esforço supremo,esta aí mas não prometo de estar excelente.kkkkkkkkk

Martines algumas pessoas tem uma devoção estranha por outras,e esse é o caso do Alberto!

FlaAngel eu diria que ele é muito sensível e delicado kkkkk

Nossa rodrigopaiva,que violência é essa menino?kkkkkkk Ri bastante com seu comentário e concordo que gente sensível demais as vezes irrita.

marc01CL o Daniel vai começar a descobrir coisas sobre o Nick mais vai demorar um pouco até que ele aceite quem era o Nick de verdade.E essa fase dele vai ser só dor,lágrimas e sofrimento kkkkkkkkk Espero que você é os outros não me abandonem.Quanto a tentativa do Vitor de beijar ele foi a dois meses,então aconteceu quando ele já estava com o Nicolas.

Digos2 a felicidade só vira quando o Daniel ver que tem que deixar o Nick no passado...e até lá vai demorar um pouquinho.Entao aguenta aí...kkkkkk

Edu19>Edu15,Cintia C e K-elly gostei de ver vocês aqui de novo,então mais um capítulo aí pra vocês.

S2DrickaS2 o que está acontecendo que não consegue acompanhar o conto?

Obrigado a todos que leram e acompanham.

Uma boa noite a todos...

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Comentários

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ai gente eu quero ver as mascaras caindo kkk e logo to roedo as unhas pra mim saber dos babados kkk mais parece q vai demora kk to amando bjs lindo

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É muito segredo. Afinal quem é mocinho e quem é bandido?

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O que será que esse Lucio quer? ele parece ser um cara tão bom. To ficando estressado com essa enrolação já..

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Depois deste capítulo não acho que o Lúcio seja uma má pessoa, será que ele também foi manipulado pelo Nick? Quer dizer bandido ele parece que é, fica estranho dizer se é ou não má pessoa kkkk. A única pessoa que se pode dizer que é totalmente do mal é o Nick. Não vejo a hora de começar a avalanche de descobertas sobre ele. E torcer muito para que o Daniel mantenha a sanidade diante de tudo o que ele vai enfrentar. O Lúcio falou pro Daniel que não era bom odiar alguém por tanto tempo, talvez depois dessa viagem ele se reconcilie com o Vitor. O que seria bom pra ver se alivia um pouco da carga que o Vitor acha que tem que carregar sozinho. Mesmo não concordando em muita coisa que o Vitor faz tenho que admitir que é bom ter alguém ao nosso lado que seja assim super protetor, assim como o Alberto um amigo super fiel e sempre presente.

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Bom ...Curiosa para começar a descobrir esses misterios que envolvem Vitor e Daniel

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