A perícia Forense entrou em campo e após os primeiros exames e levantamentos colhidos no local do assassinato do jovem traficante, dentre outros adjetivos e enquadramentos em artigos do Código Penal, Armando Castro ficou evidente que o crime tinha sido cometido por alguém que estava sozinho e dirigia um carro importado que não souberam precisar marca, modelo mas que tinha a cor preta e proteção total colocada nos vidros do mesmo.
Fernando chegou ao local do assassinato do irmão desolado. Os amigos que foram com ele à praia naquela manhã de domingo fizeram questão de estarem a seu lado num dos piores momentos de sua vida. A semelhança com o cadáver que estava deitado sobre uma poça do próprio sangue trouxe lembranças de um passado não tão distante fazendo com que as primeiras lágrimas rolassem por seu rosto em completo silêncio. Algumas perguntas foram feitas por um Inspetor e ele as respondeu na medida do possível. Sua mãe e seu pai chegaram ao local depois dele e o desespero dos dois foi algo difícil de ver... Seu irmão agora teria paz, pelo menos era o que sua mente lhe obrigava a pensar a todo o momento.
Em lugares e cemitérios distintos os dois corpos foram sepultados num final de tarde triste e com céu parcialmente nublado. A tristeza de uma mãe é a coisa pior de se ver num momento como esse. As duas sofreram pela perda de seus queridos e amados filhos e nada nesse mundo seria capaz de aliviar a dor que ora sentiam.
Enquanto na mansão dos Brandão um Delegado da Polícia Civil juntamente com todo um aparato de investigadores e Detetives começaram a fazer o seu trabalho visando esclarecer o assassinato da Empresária Carolina de Mesquita Brandão, Ex- Serpa Aciolly, não esqueçam, um outro Delegado de Polícia Civil plantonista passava o serviço a seu substituto que daria prosseguimento a investigação de mais um crime ocorrido na periferia onde a vítima da vez era um rapaz, Fernando castro, bem conhecido dos Policiais desde o tempo em que era menor de idade.
A perícia Forense entrou em campo e após os primeiros exames e levantamentos colhidos no local do assassinato do jovem traficante, dentre outros adjetivos e enquadramentos em artigos do Código Penal, Armando Castro ficou evidente que o crime tinha sido cometido por alguém que dirigia um carro importado que não souberam precisar marca, modelo mas que tinha a cor preta e proteção total colocada nos vidros do mesmo...Só que o Delegado do Distrito Policial do subúrbio havia pego uma das provas mais importantes ou mesmo a mais relevante entre todas que seria o fio condutor a ser desenrolado naquele emaranhado de sujeira e retaliação pessoal, um caso claro de vingança, a que as duas vítimas foram inseridas... O CELULAR de ARMANDO CASTRO... E isso traria consequências que nenhum membro das duas famílias agora interligadas pelos acontecimentos funestos daquele domingo ensolarado poderiam sequer imaginar.
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Vinte dias haviam passado e o filho de Carol Brandão, João Luiz Brandão Serpa Aciolly, tomou posse como um dos Diretores da Brandão Engenharia uma vez que as ações de sua mãe agora eram suas por direito de herança. Era um jovem de caráter ilibado e bem diferente da mãe, apesar de sempre a apoiar em certas ocasiões e momentos.
Voltar a morar no Brasil estava fora de cogitação já que sua vida era bem estruturada em Chicago e sua agora jovem esposa estava grávida do primeiro filho do casal. A ficha sobre a morte da mãe a a mudança para o País natal ainda não caíra e a saudade que deveria sentir da mulher que lhe dera vida também ainda não chegara.
Com a posse da herança, um patrimônio que incluía muitos imóveis e aplicações financeiras além de jóias e outros valores, era certo que teria um lugar marcado no Conselho Administrativo da Brandão Engenharia e foi numa segunda-feira após sua nomeação que o jovem João Luiz teve uma das maiores surpresas. O mesmo estava na sala do então Presidente da Empresa e seu tio Saulo Brandão quando a presença de um jovem o fez levantar da cadeira imediatamente...
_ Que palhaçada é essa? Praticamente gritou a pergunta enquanto jogava a cadeira o mais longe que podia por conta do susto inicial.
Os dois outros homens se olharam espantados e Saulo disse:
_ Calma João. Este é o jovem Fernando Castro, um dos mais brilhantes corretores da Brandão Engenharia.
_ E o senhor ainda aceita que esse sujeito que tem o rosto do assassino da minha mãe trabalhe conosco? Isso é alguma piada macabra que resolveu contar, Tio Saulo?
_ Não se trata de piada macabra nenhuma. Por favor se acalme, João Luiz. O Fernando é um dos mais corretos profissionais que temos em nossos quadros. O fato de ser gêmeo com o suposto assassino da sua mãe, como você mesmo disse, não faz dele um igual ao irmão.
_ Pois eu vou lhe dizer uma coisa Tio Saulo... Eu não quero ele aqui na Empresa. Não me importo se ele for um Santo ainda não descoberto pela Igreja Católica. Não tô nem aí pras qualidades dele como pessoa ou funcionário... Eu quero ele fora daqui.
Fernando o olhava com raiva e apreensão. O cara realmente tava possesso. Ele resolveu falar com o Presidente da Empresa...
_ Dr. Saulo eu volto outra hora. Se o senhor me der licença eu...
_ Você fica Fernando e nós vamos despachar normalmente como sempre fazemos toda manhã de segunda-feira. E você João Luiz deve a esse rapaz um pedido forma de desculpas e quanto a seu pedido, pois você não esta apto a dar ordens a um Presidente de Empresa, saiba que jamais será acatado por mim. Você já pode sair e não esqueça do almoço na casa de seu avô, meu pai, por volta das 13:00 h... E não se atrase rapaz.
João Luiz Brandão Serpa Aciolly saiu da sala do tio visivelmente irritado. Bateu a porta ao passar por ela e praticamente correu para a sua sala no terceiro andar do prédio.
Saulo Brandão levantou da sua cadeira giratória e se encaminhou até o garoto visivelmente constrangido que estava a sua frente naquele momento.
_ Desculpas por essa situação, Fernando. E pôs suas mãos nos ombros do rapaz.
_ Ele vê meu irmão em mim, Dr. Saulo. Só que eu não tenho culpa do que aconteceu e...
_ Não vamos mais falar sobre isso, rapaz. Você não pode absorver e muito menos vestir esse manto de submissão por mais tempo. As culpas de seu irmão bem como seus atos não podem mais serem alterados. Haverá consequências, isso a gente bem sabe, só que você não pode e nem deve se responsabilizar por eles.
O jovem estava de cabeça baixa e Saulo Brandão pediu...
_ Olha pra mim, Fernando.
Aos poucos o olhar do garoto foi subindo e quando os olhos dos dois se encontraram foi inegável a cada um o que eles refletiam naquele exato momento...
_ Eu não vou deixar que nada disso atinja você mais do que já atingiu. Você também teve sua perda assim como nós. Eu prometo que falarei com minha família sobre isso.
_ Não seria melhor eu sair da firma e ...
_ Nem pense em fazer isso. Eu não saberia o que fazer se você levasse adiante essa ideia de sair daqui e me deixar sozinho... A voz de Saulo tremia levemente e cada uma das últimas palavras foi pronunciada cheia de emoção.
_ Dr. Saulo, eu...
_ Eu amo você, Fernando Castro. Por Deus como eu te amo, garoto...
A distância entre os dois foi rapidamente posta de lado e Saulo envolveu seu belo funcionário em seus braços com todo o cuidado e urgência. Os olhos de Fernando tinham um brilho diferente e quando seus rostos aos poucos se aproximaram a última coisa que ele viu foi o desejo cada vez mais crescente e evidente do homem que também amava em silêncio... E a primeira coisa que sentiu foi a maciez dos lábios de Saulo cobrindo os seus com verdadeira paixão. E sem se importar com mais nada se deixou levar pelo seu desejo e vontade e passou a corresponder o maior e melhor beijo que jamais dera em ninguém em toda a sua vida...
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Sei que este capítulo ficou curtinho mas é o primeiro que escrevo desde que cheguei do Hospital onde fiquei encarcerado por quase dez dias e pra variar tenho que repousar mais uma semana... Vou enlouquecer. Só quem sabe o que é estar doente imagina o que estou sentindo agora...
Olá meus queridos. Saudades de cada um de vcs e de todos em particular. O PA tá aqui em casa, já que ele passa mais tempo aqui do que na casa dele... Amigão mesmo esse garoto. Ele tá brigando comigo juntamente com o restante da família porque já estou no computador. Não nego que estou cansado... fazer nada também cansa, né mesmo?... Tô nem aí. Era uma obrigação minha voltar a escrever nossa história...
O final se aproxima e devo lhe dizer que a trama que bolei pra próxima vai ser bem intensa em termos de sexo...Rsrsrsrsrs. Fico sem jeito em falar isso pq muitos dos amigos que leem são amigas... Coisas da vida...
Beijos em cada coração. Obrigado por todo os votos de saúde e energias super positivas que vcs me mandaram. Então é isso. Nando Mota.