“Eu sei que você não vai entender mas, precisamos conversar. Posso entrar?”
Eu continuava sem reação e meu coração doía. Minha mente estava tentando racionalizar tudo e eu só sabia olhar pra ela.
Vestido curto branco de alcinha, contrastando com o seu tom de pele, um casaco por cima jeans e cabelos presos revelando seu pescoço e me dando vontade de morder. Os olhos continuavam do mesmo jeito mas, ela me olhava de um jeito triste. Os lábios ainda encantadores e macios carregando um sorriso forçado, como se fosse difícil estar alí.
“Ana...” – Foi só o que eu consegui dizer.
Ela me abraçou. Abraçou apertado. Abraçou para me sentir e eu não sabia se gostava ou odiava aquilo. Ela não tinha esse direito. Eu retribuí o abraço. Eu estava com saudade. O cheiro era o mesmo, o corpo, tudo nela era igual.
“Dani... O que é isso?” – Disse a Amanda me olhando furiosa.
“Amanda, calma. Essa é um amiga minha. Estávamos só nos abraçando, não precisa aumentar o tom de voz.” – Disse afastando a Ana e me direcionando para Amanda, segurando em sua mão, tentando evitar um escândalo.
“Amiga? Bem que me disseram que você não valia nada. Fique com ela! Tchau!” – Saiu enrolada no lençol, pegando bolsa e chave de carro, resmungando e me ofendendo.
“Amanda, calma! Volta aqui...” – Saí correndo atrás dela mas, não adiantou. Foi pior pelo fato de que ela simplesmente me deu um tapa e arrancou minha toalha me deixando nua no corredor, alegando que “putas” deveriam ser tratadas assim. Fiquei em estado de choque.
Voltei para o apartamento e a Ana estava sentada no sofá.
“Olha o que você fez? Nem bem chega e já vai acabando com tudo! Meu Deus, como eu posso amar uma pessoa assim?” – Disse sem prestar atenção que afirmei o sentimento.
“Eu te amo e quero você para mim mas, antes preciso me explicar!” – Disse se levantando e me entregando umas fotos e olhou para o meu corpo mordendo os lábios.
Imediatamente fui para o quarto, coloquei uma camisola, ´prendi meu cabelo, e comecei a olhar as fotos. Fotos minhas com o Rodrigo, fotos minhas chegando em casa, saindo, no trabalho, fotos minhas com a Ana.
“Eu juro que eu não queria ouvir suas explicações mas, essas fotos. O que você quer me seguindo? Depois de tanto tempo? Me deixa por favor! Eu não quero mais sofrer.”
“Dani...”
“Ana, você não tem o menor direito de chegar aqui e bagunçar minha vida! Por favor? Você me abandonou, me iludiu, me trocou, me usou! O que você quer agora?” – Disse com os olhos cheios de lágrimas.
“Não foi por querer. Foi para o seu bem! Essas fotos... A Bruna...”
“Não fala dessa mulher na minha casa! Ela me ofendeu e você deixou? Você continuou com ela depois disso! Ana, sai da minha casa, já ouvi demais!”
“Dani, eu preciso...”
Eu passei pela Ana, abri a porta e disse:
“Só saia!” – Disse já chorando.
Ela saiu e antes que eu fechasse a porta, ela colocou a mão e empurrou a porta e sem nada dizer, me agarrou a cintura e me beijou.
Eu recusei o beijo e ela continuou.
Me pressionou na parede, apertou ainda mais minha cintura me encostando em seu corpo, me fazendo tremer por saber que não resistiria, colocou sua mão por entre os meu cabelos me puxando para o encontro da sua boca. Passou a língua em meus lábios, arranhou e beijou meu pescoço sussurrando meu nome e dizendo:
“Dani, eu quero você e sei que você me quer!”
Ainda relutante tentava me desfazer da Ana mas, era difícil. Ela sabia como me tocar. Eu Tinha procurado em outras mulheres tudo que ela tinha me feito sentir em uma noite mas, não consegui e fora a mágoa que deixou por me usar e depois ficar com a Bruna, eu não poderia ceder tão fácil.
“Ana, não!” – Disse gastando as minhas ultimas forças para empurrá-la.
“Dani, eu juro a você que não vou embora depois de fazer amor com você! Eu vou ficar, eu quero e estou só com você!”
Nos beijamos.
Beijo calmo, molhado, único. Ela colocava a língua e tirava, chupava meu lábio inferior, arranhava minha coxa, gemia no meu ouvido e foi começando a tirar a minha camisola. Se desfez rapidamente do seu casaco e eu pude sentir sua pele, seu cheiro, eu estava com saudade.
Ela beijou meu ombro e indo em direção aos seios, cravou suas unhas em meu bumbum me fazendo gritar.
“Ana... Faz assim não!?!” – Disse sem ar...
“Eu quero você!” – Disse isso e parou de me provocar, segurou em meu rosto, olhou nos meus olhos e disse convicta:
“Eu te amo!”
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Queridas leitoras, continuo a agradecer o carinho, os emails, comentários. Espero continuar agradando!
Grande Beijo,
Daniela