Guilherme
Eu só poderia ser um idiota mesmo, pensava enquanto saia em direção ao elevador, algumas lagrimas insistiam em cair dos meus olhos, por isso ele não me atendia, estava muito ocupado na companhia do priminho preferido, me lembro o quanto ele ficou depressivo quando ele havia ido embora e quem foi que consolou ele, quem foi que dormiu noites e noites com ele, quem estava com ele quando ele quebrou o braço em um queda e ficou a noite toda acordado tentando fazer ele esquecer a dor. Peguei meu carro e saí feito um louco pela rua.
Maxsuel.
Não entendi aquele comportamento do Guilherme, está bem que eles não se suportavam mais não entendi aquela atitude dele sai correndo feito um louco batendo porta, só então ao pegar meu celular vi as diversas ligações e a mensagem que ele havia me mandado mais cedo fui até seu apartamento e vi que ele não havia entrado lá então desci pelas escadas e ao chegar no estacionamento do prédio ainda consegui acompanhar ele saindo cantando pneu.
André vinha ofegante atrás de mim, com certeza havia descido as escadas correndo.
André: nossa esse idiota continua esquentadinho ein
Max: não fala assim, não aguento mais essa briga tosca de vocês.
André: quer dizer que a culpa é minha agora? Eu acabei de chegar, mais talvez tenha sido um erro melhor eu ir me embora.
Max: desculpa não foi minha intenção
Ele parecia bravo, mais segurei em seu braço e o abracei pedindo desculpa. Ele deu um sorriso sacana.
André: tudo bem eu te perdoo, agora vai atrás dele que eu sei que tu quer.
Max: desculpa, eu prometo que volto logo.
Ele assentiu com a cabeça e disse que também precisava ir embora, então peguei o primeiro taxi que passou e fui para o lugar que eu sabia que ele estaria.
André me olhava sumir no horizonte.
Pensamentos de André ‘’ eu voltei por você Max e não vou descansar até te fazer esquecer esse idiota, você vai ser só meu ‘’André:
Fiquei muito tempo fora do Brasil estudando, me formei, me especializei e resolvi que era a hora de voltar ao Brasil e reconstruir minha vida, tocar os negócios da família para frente e acima de tudo reconquistar aquele que fazia meu coração bater mais forte. Sempre fui apaixonado por meu primo, mais desde cedo percebi que o coração dele pertencia a outro, então resolvi deixar para lá e apesar de não suportar o Guilherme deixaria o caminho livre para ele.
Durante esse tempo fora tentei conhecer outras pessoas, mais meus pensamentos sempre se voltavam a uma pessoa, então me foquei sempre nos estudos no intuito de voltar e ser um bom profissional e conseguir ter uma vida digna com ele, apesar de mais velho sempre nos demos muito bem e tivemos um lance durante nossa adolescência, e agora de volta ao Brasil vi uma oportunidade que só acabei de confirmar minhas suspeitas, eu iria lutar, agora que vi que o vacilão do Guilherme perdeu a oportunidade, eu faria de tudo pra conquistar meu Max.
Guilherme:
Eu não sabia se chorava ou ficava com raiva, aquela cena não saia da minha cabeça, porque aquele imbecil tinha que voltar justo agora para estragar tudo, e pelo visto já estavam super íntimos um do outro, essas dúvidas povoavam tanto meus pensamentos que acabei me distraindo e acabo batendo em alguma coisa me fazendo frear bruscamente e voltar para ver o estrago que havia feito.
-Seu maluco não olha por onde anda não.
Gui: desculpa eu estava muito distraído.
Estendi minha mão para ajudá-la a levantar, uma garota muito linda, cabelos curtos loiros e olhos azuis.
Gui: você está machucada? Vamos eu te levo ao hospital.
Garota: não precisa eu estou bem e moro aqui perto, quem não deve está nada bem é você.
Gui: como você sabe.
Garota: esses olhos demonstram que alguém aqui andou chorando, aliás Bruna, prazer.
- Guilherme.
- Posso pelo menos te dá uma carona até em casa Bruna, já que acho que estou te devendo uma bicicleta nova
Bruna: Tudo bem.
Colocamos a bike dela no bagageiro e seguimos viajem, Bruna era uma garota muito divertida fomos conversando o caminho todo e até havia esquecido o motivo pelo qual estava tão triste, acabei descobrindo que ela morava no mesmo prédio dos meus pais.
Ao subirmos a convidei para entrar e tomar um suco ao qual de prontidão ela aceitou, ela acabou vendo o apartamento todo pronto e deduziu o porquê de minha tristeza, já que não iria rolar mais nada a chamei para jantar comigo ai qual ela aceitou e onde acabei descobrindo que ela era recém formada em psicologia, contei toda a minha história para ela que ouviu e depois me apoiou dizendo que me ajudaria, que se eu o amava não deveria desistir, confesso que estava precisando daquela conversa.
Nesse intervalo de tempo já estávamos bastante íntimos e riamos de algumas bobagens quando ele adentra o apartamento já que a porta estava aberta e nos ver cada um em uma ponta da mesa rindo um para o outro.
Acho que ele sentiu a mesma sensação que eu pois sua cara de decepção foi evidente.
Max saiu correndo e por um momento resolvi que ele merecia aquilo, mais Bruna me repreendeu e falou que não era assim que se resolviam as coisas e me mandou ir correndo atrás dele se eu não queria perde-lo.
Aquela garota apareceu na hora certa em minha vida, estava precisando de alguém que abrisse meus olhos e me encorajasse, logo percebi os trovões e que a chuva começar a cair peguei um casaco e sai correndo em direção ao elevador.
Sai tão desesperado que nem peguei meu carro, e ainda mais que seria perigoso naquela chuva, o porteiro me avisou que ele havia acabado de passar correndo por ali então sai na chuva mesmo tentando adivinhar para qual lado ele foi.
Maxsuel:
Eu sou um idiota mesmo, venho atrás dele e lá estava ele com outra garota e com direito a jantarzinho romântico e tudo, no mínimo foi esfregar isso na minha cara e ao ver André fez aquele teatrinho todo.
As lagrimas insistiam em cair em meus olhos, acabei correndo para um lado mais devido a chuva não conseguia ver direito onde estava e acabei atravessando a rua sem olhar direito e quando percebi que uma luz se aproximava de mim já foi tarde demais era so aguardar a pancadaQue maldade a minha acabar bem aqui não é mesmoSe você sofre de alguma doença cardíaca não continueEstou avisando teimososBrincadeiras à parte.
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Fui arremessado para o outro lado da calçada ainda estava de olhos fechados porem consciente sinto um peso enorme em cima de mim, um peso de um corpo e vou abrindo meus olhos lentamente até poder encarar aqueles olhos azuis que estavam mais vermelhos e molhados me encarando, estávamos todo molhados e as gotas de chuva caiam fortemente em cima da gente, aquele olhar que me encarava e fazia meu coração palpitar feito um louco agora ia se aproximando de mim até que aqueles lábios macios que eu tanto desejava tocaram os meus.