Estrela guia de minha nau errante | 03

Um conto erótico de Lipe.Bourbon
Categoria: Homossexual
Contém 2147 palavras
Data: 02/04/2016 20:57:59

Estrela guia de minha nau errante | 03

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"La rose est sans pourquoi; elle fleurit parce qu'elle fleurit". (A rosa é sem porquê; ela floresce porque ela floresce).

(Angelus Silesius)

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- Ahhhhhh, que delícia.

- Delícia é esse seu rabo: apertado e quente.

- Aiiii, Nando!!! Mete vai, mete gostoso.

- Meto com todo prazer, Lipe, meu príncipe putinho. Vou montar em você e te fazer delirar.

E, de fato, assim o fez. Nando é um desses “amigos coloridos”, que eu conhecia há tempos e com quem eu transava há tempos também. Ele bem sabe dos meus gostos.

Eu adoro essa posição, na qual o macho monta em mim. Sinto prazer em estar ali, com ele me envolvendo, respirando em meu pescoço, mordendo, dominando-me de pleno. Gosto da sensação de estar à mercê do prazer dele e, em consequência, satisfazendo meu próprio prazer.

- Nando, assim você me enlouquece. Ahhhhhhh!

- Isso, geme, geme muito para seu macho. Adoro esse jeito manhoso de dar o rabo.

- Gosta é? Eu questionei.

- Muito! É entorpecente ver você mordendo os lábios de prazer e se entregar plenamente. Bunda gostosa do caralho! Toma!

E, nesse momento, Nando me dá um tapa na bunda e uma estocada profunda. Sentir aquela dor aliada ao prazer de ser preenchido não tem preço.

- Aiiiii, Nandooooo!!!! E mordi o lábio de prazer.

- Isso, seu safado. De quem é esse rabo guloso?

- Seu, por enquanto...rss!

- Safado!!! Sou louco para ter exclusividade.

- Mete mais vai. Mete! Mostra toda a sua potência, meu gostoso.

Aquela foda, que já contava com vinte minutos, durou quase uma hora. Gozei com Nando me comendo na posição de frango assado. Após, ficamos mais um tempo deitados na cama, no quarto de Nando, no apartamento dele.

- Lipe, eu já perdi a conta de quantas vezes eu pedi para você namorar comigo.

- Nando, eu gosto muito de você. Você bem sabe disso. Mas há dois impedimentos para nosso namoro. O primeiro é que você é um safado infiel, não segurando seu pênis por muito tempo dentro da cueca por uma pessoa só. Isso é charmoso para a condição de amante e não de namorado, pois traz muita dor de cabeça e chateação. Iríamos brigar e acabar nos separando. Nem a amizade restaria e eu não quero ter você longe de mim.

- Está bem. Concordo com a sua explanação, mas, por você, acho que me conteria. Você me satisfaz a tal ponto que não iria querer mais ninguém.

- Sei, conheço-te. Sou teu amigo antes de tudo. Já vi você tombar apaixonado em outras oportunidades e mesmo assim não foi aplacada sua ânsia em ter prazer com pessoas distintas, simultaneamente.

- Aff...muito chato discutir com você.....hahahaha. Meu passado me condena totalmente. Porém, havia mais um motivo, diga, o que é.

- Você sabe o que é, Nando.

- De novo aquela história da pessoa que vai abalar seu juízo e arrebatar seu coração?

- Sim, de novo. É minha crença genuína.

- Lipe, meu adorado, desencana disso. Curta o que está aqui, à sua disposição, no caso, eu!

- Hahahaha

- Sério, Lipe. Não adianta esperar por essa pessoa. Você sempre foi tão racional, tão certo de tudo. Até me estranha você não ter se formado na área de exatas. Não sei o motivo de você dar tanto valor a esse seu pressentimento, a essa sua sensação.

- Nando, sei que eu sempre tive uma vida regrada, ordenada e preestabelecida. Eu procedi assim para atingir minha meta, que era me formar. Isso não significa, porém, que eu seja indiferente aos meus sentimentos, às minhas sensações. Dessa que há uma pessoa certa para mim eu não abro mão. Tenho certeza! Além disso, tem a cigana que...

- Cigana, Lipe?! Conheço essa história. Deixa de lado essa charlatã. Seja racional, meu gostoso, não se fixe no imponderável. Atenha-se ao real, ao presente, a mim, que te desejo com fervor.

- Ah, Nando. Deixe-me crer nesse pressentimento. Sou esperançoso. No entanto, prometo que, ele não se realizando, você será o primeiro a quem vou procurar.

- Está bem, Lipe.

- Agora preciso tomar banho e ir para casa. Amanhã é segunda e a rotina retorna.

Antes de seguir para o banheiro, dei um selinho em Nando.

Ao me levantar da cama, levei um tapa na bunda, acompanhado das seguintes palavras:

- Rabo gostoso da porra! Não tem como não se apaixonar por você.

Sorri abertamenteSegunda-feira.

Quase 11h35 quando cheguei ao meu local de trabalho e já fui logo falando com a Clau.

- Bom dia, Clau. Tudo bem?

- Tudo ótimo, meu querido. E você? Para que essa cara de preocupação?

- Tudo bem. Ué?! Estou fora do meu horário regular de entrada, daí minha preocupação.

- Hahaha. Só você, Lipe! Você avisou uma centena de vezes que ia entrar mais tarde hoje, pois teria que acompanhar sua mãe em exames médico. Aliás, como ela está?

- Está bem, obrigado. Foram exames de rotina. Em que pese eu ter avisado, não gosto de atrasar e parecer abusado.

- Lipe, não vou nem responder.

- E o Felipe, o Diretor, já chegou?

- Sim, chegou e perguntou de você. Bateu aquele clássico desnorteamento dele ao não te ver.

- Clau?!

- Que é? Não falei nada.

- Está bem. E será que ele precisava de algo? Droga, detesto falhar com minhas responsabilidades.

- Lipe, não surta, meu querido. Ele não precisava de nada. Apenas perguntou por você. Na verdade, o que ele queria era você......hahaha

- Vou para minha sala!

- Espera! Hoje, aquele estagiário que a intragável da Lais contratou começa efetivamente o trabalho e será sob a sua supervisão.

- Estou sabendo. O Diretor avisou-me sexta-feira passada. Nas últimas duas semanas, em que ele esteve em treinamento, não tive contato com ele. Primeiro, porque ele estava se adaptando às rotinas administrativas do nosso Setor. Segundo, porque tive muitas reuniões e fiquei muito pouco por aqui. Acabou que, das poucas vezes que estive em minha sala, eu o vi recebendo orientação de várias pessoas, mas não tive de tempo de falar com ele. Sabe se ele foi bem no treinamento inicial?

- Foi sim. Eu mesma passei umas rotinas do nosso sistema informatizado interno para ele. Os demais itens de treinamento foram partilhados por outras pessoas da equipe e não vi ninguém falando mal do rapaz.

- Isso é bom, Clau.

- Ele já chegou e te aguarda em sua sala. Ah...o nome dele é Pedro. Também descobri que ele está cursando a segunda faculdade. Ele é dois anos mais velho que você.

- Obrigado!

Segui para minha sala. Cheguei a minha mesa e notei que haviam colocado uma nova rosa branca em um pequeno vaso que tenho sobre uma mesa acessória, substituindo a rosa antiga e já murcha que estava ali. Um gesto doce!

Liguei meu computador e notei Pedro na mesa dedicada aos estagiários. Fui lá falar com ele.

- Bom dia, Pedro! Tudo bem? Chamo-me Felipe e serei supervisor de seu estágio aqui.

- Bom dia, Dr. Felipe! Tudo bem. E com o senhor? Será um prazer trabalhar com o senhor.

- Pedro, por favor, pode me chamar de Felipe, apenas, e não precisa utilizar “senhor”. “Você” está de bom tamanho. Siga-me, preciso pegar um café. Aceita um?

- Aceito sim.

- Então, Pedro, desculpa por não ter conversado contigo antes. Já faz duas semanas que você está aqui na empresa, em treinamento, e a gente ainda não havia dialogado. Minhas desculpas, mas foram corridos para mim esses dias. Estive de férias e, ao retornar, havia muita coisa a se resolver.

- Imagina, Felipe. Compreendo bem que a sua rotina é atarefada. Nessas duas semanas, conheci quase todos os setores da empresa e falei com pessoas de unidades distintas. Ao saberem quem seria meu supervisor, todas me disseram que você é muito competente.

- Bondade delas.

E nesse interim pegamos o café e retornamos a minha mesa.

- Pedro, quero começar passando para você os processos de formalização de parceria. Estou coordenando o procedimento junto com outros Setores. Temos um número elevado de processos e um espaço de tempo não muito largo para concluí-los. Pegue sua cadeira e sente-se aqui ao meu lado, para darmos início aos trabalhos.

E ao virar-me para pegar um desses processos, vi ali, na mesa acessória, minha rosa branca. Sorri, tanto pelo significado dela quanto pelo gesto carinhoso de quem deixou ali uma nova rosa.

- “La rose est sans pourquoi” (“a rosa é sem porquê”), disse Pedro.

- “Mais elle n'est pas sans raison” (“mas ela não é sem razão”), eu respondi.

Pedro sorriu e me olhou.

- Sua fama de competente e inteligente é muito justa, Felipe.

- Está me avaliando, Pedro? Pensei que seria o contrário....ousado de sua parte.

Pedro ficou vermelho de vergonha.

- Desculpa, desculpa! Jamais eu iria te avaliar. Perdão, não foi essa a intenção. É que essa passagem sobre a rosa é pouco conhecida e sua resposta foi perfeita, tanto que parece ter sido escrita em conjunto com a assertiva que falei.

- Tudo bem, Pedro. Também não quis te constranger. Mas muito interessante você ter feito essa citação. Fez em francês, minha língua preferida, apesar de Angelus Silesius, o autor dessa frase, ser alemão. E Angelus, além de poeta, era místico, o que é muito pertinente com o sentido dessa rosa para mim.

- Uau. E você aprecia literatura, Felipe?

- Adoro literatura, Pedro.

- Mais uma qualidade admirável sua!

- Obrigado! E qual sua análise dessa passagem sobre a rosa?

- É como o amor. Ama-se o outro pelo imponderável, mas o amor não acontece gratuitamente, sem uma razão.

E ele sorri para mim, fixando aquele par de olhos azuis nos meus.

Hipnóticos! Olhos de oceano, atrativos, do tipo que despertam a vontade de mergulhar.

- Lipe!

Viro para o lado e vejo Felipe, nosso Diretor, entrando na sala e já me chamando. Impossível vê-lo e não ficar feliz.

- Olá! Tudo bem?

- Tudo bem. E você? Tudo certo com os exames de sua mãe? Senti sua falta quando cheguei aqui e não te vi.

Abracei Felipe e senti seu gostoso perfume.

- Tudo bem comigo e com minha mãe. Desculpe-me pelo atraso.

E, de repente, nos tocamos que desenvolvíamos o diálogo em frente ao estagiário. O Diretor tratou de dizer:

- Bom dia, Pedro. Lipe, segue para a minha sala, por favor.

Pedro respondeu e eu fui com Felipe para a sala dele.

- Não precisa se desculpar, Lipe. Não houve problema algum. Nem atrasado você estava. Além disso, sei que, como você chegou mais tarde, pretende ficar até mais tarde, certo?

- Sim, ficarei até mais tarde.

- Viu. Sem problema algum, Lipe. Só eu que não gosto de estar aqui sem você. Felipe disse isso sorrindo e olhando fixamente nos meus olhos.

Confesso: olhos, na condição de janelas d’alma, são intrigantes e encantadores para mim.

Ruborizei na hora com essa fala de Felipe, mas respondi:

- Eu também gosto muito de estar com você. E hoje ficarei com você até o final do seu expediente.

- Que delícia, Lipe! Mas ainda é pouco, quero mais.

Acho que o mundo parou de girar naquele momento, enquanto eu processava aquelas palavras do Diretor. Vermelho é certeza que eu estava.

- Lipe, que tal aproveitarmos que você estará até mais tarde aqui? Vamos esticar e ir até um barzinho? A gente chama alguns outros colegas e faz nossa happy hour.

- Eu topo!

- Que bom. Sabe o que eu mais gosto quando a gente faz happy hour?

- A confraternização? Eu indaguei, mas já supondo que não era esse o motivo principal.

- Do depois da happy, quando todos se vão e ficamos você e eu. Gosto demais desse momento íntimo só nosso. E hoje eu estou com muita, mas muita vontade de conversar com você.

Felipe disse isso e deu aquela piscadela, seguida de um sorriso de canto de boca.

Meu Deus! O ar foi embora.

- Lipe, eu trouxe algo para você.

E depois daquela conversa, ainda havia algo para mim.

Ai ai coração, força, porque a segunda-feira está emocionante, eu pensei.

O Diretor girou a cadeira dele e pegou sobre um armário, atrás dele, uma rosa branca. Entregou-me a rosa e disse:

- Sexta-feira passada, antes de eu ir embora, notei que a rosa que fica em sua mesa estava murcha já, aí tomei a liberdade de comprar essa você.

Fiquei atônito. Eu tinha quase certeza que o gesto carinhoso de ter trocado a minha rosa tinha sido do Felipe. Ele era a pessoa mais próxima a mim que havia ali.

Notando o meu espanto, Felipe questionou:

- O que aconteceu?

- Nada.

- Como nada, Lipe?! Diga-me!

- É que, ao chegar aqui hoje, já havia sido trocada a rosa da minha mesa.

Juntos, Felipe e eu olhamos na direção da minha mesa, na esperança de termos alguma luz de quem pudesse ter me dado a rosa.

No entanto, Pedro, o estagiário, ainda se encontrava lá, possivelmente aguardando meu retorno para terminar de passar as orientações sobre os processos.

O fato surpreendente é que, enquanto me aguardava, Pedro apreciava minha rosa branca, acariciando as pétalas, sentindo seu perfume e sorrindo.

Felipe de imediato fechou a cara, enfezando-se.

É, de fato, aquela segunda-feira seria extensa.

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Comentários

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Será que foi o Pedro que trocou a rosa!? O diretor ficou com ciúmes!!! 😂😍😉😈✌👏👏

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genteee q conto perfeito ..... ten paixao entre chefe e funcionario... q lindoo... sera se o pedro q trocou a rosa..?

conto mais q perfeitoo...

continuaaa logoo por favor..

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