Apenas mais um conto II

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1304 palavras
Data: 23/04/2016 22:49:07
Assuntos: Gay, Homossexual

Então, até que eu gostei e resolvi continuar. Peço desculpas pelos erros e vendo o capítulo anterior, eu encontrei muitos, acho que foi a pressa por postar rs. E obrigado pelo apoio e pelas críticas construtivas.

Gabriel

Depois da apresentação, os gêmeos se encaminharam para os lugares vagos atrás de mim. Eu incontrolavelmente não conseguia parar de olhar para aquele garoto – “Tenho que parar com isso pensei”.

- Pow, a menina mal acabou de chegar e você já está secando ela bom os olhos Gabriel, se controla cara. Disse Manuel rindo e me dando um tapa e me assustando

- Calado manin! – eu disse, eu estava meio assustado que ele tivesse percebido minha reação aos alunos novos, mas pelo menos achava que eu estava vidrado na garota – “ ela também é muito gata”, pensei.

Os gêmeos permaneceram calados durante as aulas seguintes até o recreio, eles pareciam muito atentos a tudo, mas não se comunicaram com ninguém. Quando o sinal tocou, corri para o meu canto especial, precisava pensar. Aquele lugar me trazia lembranças, só havia levado meus colegas de banda e a Vick lá, era um lugar que eu usava para compor algumas musicas ou ia quando queria ficar sozinho. Como eu já disse, meu colégio é um dos melhores, por conta disso é bem grande. Ele tem dois grandes prédios de 3 andares, quase colados entre si – eu disse quase, e é esse quase que cria meu lugar especial – Talvez fosse um erro do engenheiro que o construiu, mas existia uma espécie de laje do 2 para o 4 andar, na parte de trás de um dos prédios, era grande o suficiente para caber um grupo de pessoas e bem difícil de se perceber ou chegar. O que o fazia tão especial é que quando eu queria fugir das primeiras aulas eu podia observar o sol da manhã, era um lugar de sossego.

“não foi tão difícil subir dessa vez, acho que já faço isso há muito tempo”, pensei. A outra vantagem daquele lugar era que nenhum outro aluno ou funcionário conseguia ver – minha já havia descoberto o lugar, mas fez vista grossa.

- talvez um pouco de remorso – falei bem baixinho. Eu coloquei na primeira playlist que eu achei, que por sinal era do Queen, uma das bandas favoritas do meu paiKara

O motorista nos deixou em frente à escola, eu e meu irmão Luck ( Sim o nome dele é Lucas, mas é assim que eu o chamo...bom eu e os nossos outros amigos, se é que podem ser chamados assim), meu nome é Kara – um nome bem diferente eu sei, mas eu não posso fazer muito já que meus pais são tão diferentes quanto. Aquela tinha a fama de ser a melhor daquela cidade – que eu não conhecia muito, havíamos nos mudado há 3 dias – entenda, não queria estar ali, mas bem eu e meu irmão passamos por muitas coisas juntos e momentos difíceis, aquela era uma oportunidade de recomeçarmos.

- Que droga! Os portões já estão fechados! – Luck se expressava com raiva.

- Se você não tivesse ficado 40 minutos trancado num banheiro poderíamos ter chegado a tempo! – dei uma bronca em Luck. – Vamos se explicarmos a situação ao porteiro talvez ele nos deixe entrar.

Conversamos por 10 minutos com o porteiro, ele nos levou até a sala da diretora. Ela era uma mulher alta, por volta dos 40 anos. Eu diria que bem bonita, os cabelos eram ondulados e tinha os olhos castanhos escuros – “são tão escuros quanto o céu à noite”, pensei.

- Vocês devem ser os alunos novos do segundo ano.

- Sim, eu sou Kara e esse caladão é meu irmão Lucas.

- Me chamo Cristina, é um prazer ter vocês aqui na escola, espero que possam se dar bem e que não tenhamos problemas, sei que o histórico de vocês é bem peculiar. Garanto que não sofreram nessa escola, somos muito rigorosos quanto a situações assim.

- Agradeço a preocupação, diretora.

- Agora se puderem me acompanhar – disse ela se levantando – temos uma turma para apresentar, não é mesmo!

A diretora Cristina caminhava sorridente pelos corredores, eles eram bem amplos, a escola havia sido muito bem construída. Era equipada e pelo o que eu soube possuía duas quadras e piscina, além de um amplo auditório. Chegamos e entramos em uma sala com cerca de 30 alunos, todos se viraram a nos olhar, encarava cada um deles. Pude distinguir alguns grupinhos, que nomeei mentalmente de populares, os nerds, a turma do fundão.

Era uma classe bem típica. Claro que tinham aqueles que me chamaram a atenção logo de cara, os mais gatinhos devo dizer rs. Dentre eles um em especial não parava de encarar a mim e ao meu irmão ( que estava visivelmente nervoso), ele estava com fones de ouvido, mas pude perceber um olhar fuzilador da diretora ao ver naquele estado de viagem e total desinteresse na aula. O professor disse para nos apresentarmos a turma, aparentemente a aula era de química. Não precisei reunir muita coragem para dizer:

- Meu nome é Kara, tenho 15 anos e sou nova na cidade e esse é meu irmão Lucas – disse apontando – também com 15 anos.

Dito isso, fomos em direção aos 2 lugares vagos da sala, não pude deixar de perceber que o garoto de fone ainda nos encarava, seu olhar parecia direcionado ao meu irmão?! – “É, parece que esse mala tá com sorte”, pensei enquanto sorria ao pensar na situação. Ficamos o restante das aulas em silencio até que o recreio tocou e saímos da sala, procurando algum refugio para conversarGabriel

Os 10 primeiros minutos daquele intervalo foram bem tranquilos, sem ninguém para me incomodar, até que um dos funcionários da escola aparece e antes que eu pudesse me defender de uma possível bronca diz que a minha mãe está me chamando – “logo agora” – aquele foi meu pensamento.

Corri em direção a sua sala e como o de costume acabo entrando sem bater. Acho que acabei flagrando a situação que mais alegrou meu dia Lucas – o meu melhor inimigo/ ex-integrante da banda – levando a maior bronca da diretora e de seu pai. Tenho certeza que meu dia ficou muito mais feliz depois daquilo, mesmo com a bronca que levei em seguida. Depois da saída deles, minha mãe me chamou para conversar e disse que sábado seria aniversário do meu irmão, Davi e que eu estava convidado – aquele convite da minha mãe era uma intimação de vida ou morte, nem preciso dizer que eu aceitei na hora.

A última aula era de artes, a professora foi bem sincera em dizer que não havia preparado nada para a primeira aula, então trouxe tinta e telas para pintarmos. Ela dividiu a sala em quartetos – os gêmeos Manuel e Marcel, ficaram com o casal Bruna e Thales. Sobrando eu e Vick – éramos bem populares e eu tinha lá minhas habilidades artísticas, mas Vick queria se aproximar do novo “gatinho” dela então convidou o Kara e Lucas para se juntar ao grupo.

- Oi – disse Vick- vocês são os novos alunos né? Somos uma dupla e vocês também, se quiserem se juntar a nós.

- Claro, eu estava bem deslocada aqui, obrigado por convidar a gente- disse Kara

- Fiquei com medo que não aceitassem – disse Vick

- Que isso Vick – eu disse – eles vão achar que a gente morde! Rs

- Que nada, essa aí estava é desesperada por ninguém ter chamado ela ainda – foi a primeira vez que ouvi a voz daquele moleque que estava mexendo comigo.

Começamos a conversar sobre coisas menores e bobas, Kara e Vick falavam sem parar – acabei descobrindo que Lucas tinha um apelido e preferia que o chamassem por ele, que era Luck e que ele também era bem tímido. Só sei que quando acabamos de pintar aqueles quadros estávamos todos sujos e fartos da conversa das duas, que pareciam ter virado grandes amigas.

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