||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||, sexta-feira – Quadra de Esporte do Educandário
O sol a pino fazia o suor escorrer no corpo, o professor Joaquim incentivava aos alunos ora apitando, ora incentivando com brincadeiras e um pouco afastada a irmã Clarisse observava atenta a cada movimento do professor e dos alunos, em particular de Fernanda depois da conversa que tivera com Ana Amélia.
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— Tá bom por hoje, todos para o chuveiro! – Joaquim limpou a testa com o dorso da mão e acenou para a irmãzinha que devolveu o aceno – Beto quero falar contigo...
O restante da turma correu para fugir do sol escaldante de Santa Isabel, Adalberto e o professor caminharam em passos longos para onde estava a irmã Clarisse.
— Sua diretora está querendo falar com o senhor, professor – abriu o sorriso largo que tão bem lhe fazia.
— Só vou bater um papo com o Beto e chego já lá – sentou na mureta1 – Como está o planejamento, tem trabalhado com as meninas?
— Fernandinha já pegou o mapa hidrográfico e a Rafa ainda não conseguiu a planta – abriu a mochila e tirou o caderno – Pelo que deu pra ver, acho que vai durar uns sete ou oito dias...
Joaquim olhou as anotações e abriu o mapa hidrográfico comparando as distâncias antes de tirar, também de uma mochila, o mapa de relevos.
— Olha... Essa era a curva que tínhamos visto na última reunião – mostrou, Adalberto também comparou com o Hidrográfico – Aqui é a queda da taboca, vai ser dureza...
— A gente consegue, professor – tornou olhar, não tinha tata certeza assim – A gente pode trocar a balsa por três canoas...
— Pode ser, mas... A balsa seria melhor...
Ainda conversaram detalhes a serem conseguidos ante do professor ir para a diretoria conversar com a Irma Jaqueline.
— O que meu docinho de coco quer? – entrou e se abancou na cadeira de espaldar negra.
— Poderia pelo menos ter tomado banho Joaquim... – a irmã diretora sorriu para ele – Recebi uma reclamação do pai de Silvia...
— O que foi dessa vez?
— A de sempre... – riu bonachona – Essa menina é fogo na roupa Quim, chegou outra vez sem calcinha!
— E o que eu posso fazer irmã? Vou quer que pedir para tirar a roupa e ser se está de calcinha?
— Não é preciso chegar a tanto Quim... – riu novamente – Converse com ela e dê conselhos... Tenho certeza que você terá melhor êxito que eu, eles te respeitam e te atendem... Tem outra coisa!
Olhou para ela temendo que fosse novamente sobre Clarisse, mas não era.
— E essa tal jornada? Não será muito perigoso, afinal são crianças ainda!
— Olha irmã, vamos deixar eles continuarem os planejamentos e ver como vai o andor – tirou os papeis que Adalberto lhe havia entregue e abriu na mesa – Fiquei meio preocupado hoje, olhe... – apontou – É essa curva que me dá medo...
A diretora olhou os mapas, viu e leu as anotações antes de voltar para a cadeira forrada em vermelho de espaldar2 alto.
— É uma cachoeira, não é? – perguntou afirmando – Já ouvi falar, no inverno aquilo vira um inferno – deu três batidinhas na boca.
— Não chega a ser uma cachoeira, é mais uma queda d’água.
— Então porque a preocupação?
— É que pretendia fazer uma balsa que acomodaria todos, só que ela não resistirá a queda da taboca...
— Mas... E se vocês trocassem por canoas mais leves...
— A senhora teve o mesmo pensamento do Adalberto... – tornou olhar o mapa – Não fosse essa queda daria para fazer em balsa...
— Como seria essa balsa?
— Pensei assim – pegou uma folha de papel e desenhou – Poderíamos armar rede de noite e até as refeições seriam feitas nela...
— Eita! Quim... – sorriu – Você sempre foi muito criativo... Olhe, você pode ainda ter sua balsa se unir as canoas com tábuas e, na queda, desfaça tudo...
Joaquim se animou mais, a diretora amiga tinha encontrado a solução. Discutiram sobre todo o trajeto em detalhes antes de sair, satisfeito com a ideia da diretora amiga.
— Quim... Quim... – irmã Clarisse apressou os passos – Tu vais pra onde?
Joaquim olhou pros lados, não havia vivalma por perto, não tinha se dado conta haver demorado tanto conversando com Irmã Jaqueline.
— Vou tomar banho, que horas é essa?
— Sete, quase oito... O que vocês conversaram tanto? – continuou seguindo o amigo – Fernandinha pediu para te avisar que Ana espera por ti...
Tinha esquecido do compromisso com a irmã, desceram os quinze degraus, o pátio escuro não impediu que continuassem, conheciam de cor e salteado cada pedaço daquele colégio.
— Tu vai na festa da Sandra? – Senira parou na porta do vestiário – Também fomos convidadas... Para Quim...
Joaquim segurou na mão e puxou para dentro do vestiário, a irmãzinha se deixou levar.
— Não Quim, tu sabes que não posso... – suspirou e tremeu quando ele lhe abraçou – Não Quim, me deixa...
Ele não a deixou e nem ela queria que ele a deixasse e não se desviou do rosto e da boca que colou na dele.
— Tu é doido Quim... Não Quim, não faz isso...
Mas novamente ela não queria que ele tirasse sua blusa, mas a irmãzinha estava preocupada, alguém poderia tê-los visto descer as escadas.
— Espera Quim... Não faz isso, não tira minha roupa...
Ele desabotoou a saia que caiu nos pés, logo foi o sutiã e ela se deixou desnudar3 e fechou os olhos para mais aquele pecado e tremeu quando ele lambeu o biquinho do peito e sugou em busca de um alimento e ela gemeu.
— Ai! Quim... Para, isso é pecado... – ele parou, tirou a camisa e a bermuda, ia tirar a cueca – Não Quim, isso não...
Mas ele ficou nu, o pau duro encostou entre suas pernas e ela estremeceu lembrando de como começou tudo aquilo.
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||, sexta-feira – Fazenda 3 corações
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Joaquim conversava animado com Ana Amélia e Fernanda tentava enfiar a roupa na boneca Suzi que a avó havia lhe dado no último aniversário.
— Ô de casa! – irmã Jaqueline entrou, um pouco atrás uma mocinha – Joaquim! Amélia!
Joaquim levantou e foi atender a freira.
— Ô menino, cadê tua mãe! – sorriu e abraçou o amigo – Vim trazer a nova aquisição do convento... – sorriu e chamou a freirinha – Clarisse esses são os filhos de minha amiga.
— É tão novinha... – Ana Amélia abraçou a freira – Parece uma criança, irmã.
Irmã Jaqueline sorriu e abraçou Joaquim.
— Não é uma criança filha... – olhou para a freirinha que sorria encabulada4 – Tem 19 anos, quase a sua idade... E viemos por convite de sua mãe, cadê ela?
— Teve que ir em São Carlos – Ana Amélia tomou a frente – Mas deve estar riscando, entre irmã que a senhora é de casa.
Não custou nada a freirinha se enturmas com os irmãos.
— E quem é essa princesinha? – a freirinha acocorou fazendo carinho em Fernanda.
— Minha filha, Fernanda... – olhou para a freira, não parecia ter os 19 anos ditos – Você é muito nova, irmãzinha... Chegou quando?
— Antes de ontem... – sorriu e levantou – Sou de Oeiras5 no Piauí, mas fiz meus votos em Teresina...
— E porque você virou freira?
— Ih! Irmã Clarisse se prepara que daí é uma perguntadora irreparável – Irmã Jaqueline acudiu a irmãzinha.
A irmãzinha corou e olhou para a superiora pedindo arrego6 e a superiora abanou os ombros e entrou carregando a sacola de roupas.
Naquele dia ainda conversaram bastante sem tocar no assunto e depois do jantar irmã Jaqueline deitou em uma das redes do alpendre conversando animada com Dolores, Joaquim e Ana saíram pelo terreiro, a irmãzinha chutava pedrinhas se sentindo acolhida pelos dois.
— E vocês dois, o que fazem? – Clarisse não parecia em nada ser uma freira vestida naquela bermuda azul e camiseta branca cavada.
— Só estuda irmãzinha... – Ana sorriu e abraçou o irmão continuando o passeio até a margem do rio Preguiça – Topa um mergulho mano?
— Vocês vão banhar? – Clarisse olhou para Joaquim – De roupa ou estão com roupas de banho por baixo?
— Não sei o mano... – beliscou o braço de Joaquim – Eu tô sem nada...
— E... Vai banhar nua?
— Vou... – apertou a cintura do irmão que não acreditava de verdade que ela iria realmente banhar – Tu vem mano?
Não esperou resposta, tirou o vestido de cotidiano, a calcinha folgada e correu para as águas mansas do Preguiça, Clarisse tapara a boca com as duas mãos abismada7 com a garota que nadava com braçadas firmes em direção ao galho retorcido na outra extremidade.
— E... E você? – olhou para Joaquim ainda com as mãos na boca – Também toma banho nu?
— É normal irmã... – olhou para a irmã se assungando no galho – Até irmã Jaqueline já banhou pelada aqui...
— Meu Deus?! Irmã Jaqueline? – desviou atenção para Ana que ainda não tinha conseguido se equilibrar no galho – E você a viu nua?
— Vi... Isso foi logo que ela chegou... Falava um português arrastado e, como a senhora, também ficou escandalizada – lembrou da cena da mãe nadando nua em uma noite quente – Mas terminou entrando de calçola... Depois se acostumou e vínhamos quando o calor tava de lascar, como hoje...
— Ainda bem que a irmã me avisou... – olhava para ele talvez esperando que tirasse a roupa.
— Avisou? Avisou o que – Joaquim estava interessado na freirinha.
— Que o que eu fosse var aqui que aqui ficasse, mas... – olhou novamente para Ana – Nunca pensei nisso... – Ana acenou chamando.
— E ai, vamos cair?
— Nua? Deus me livre – sorriu e não se escandalizou com ele tirou a roupa – Vocês são muito doidos...
— Vamos lá irmãzinha, a nudez não é pecado... Pecado é o que se faz nu...
Correu e pulou de ponta cabeça nadando para onde estava a irmã, Clarisse ficou parada olhando sem ter coragem de acompanhar os novos amigos.
— Ela não vem? – acariciou a cabeça do irmão que estava boiando entre suas pernas.
— Não atiça a menina, Ana... – acariciou a perna da irmã – Ela ainda está meio espantada... – aproximou o rosto e lambeu a xoxota da irmã.
De onde estava Clarisse não tinha como perceber o que ele tinha feito e nem a feição de satisfação de Ana, mas não tinha coragem de tirar a roupa na frente de estranhos e sentou abraçando as pernas sem saber que o irmão chupava a xoxota da irmã.
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||, sexta-feira – No vestiário do Educandário
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Clarisse se debateu tentando se livrar dos braços de Joaquim, mas estava gostando como aprendeu a gostar.
— Faz isso não Quim, me solta... – a respiração carregada – Não seu doido, não faz isso...
Joaquim não respondia e acocorou diante dela, e puxou a calcinha e viu aquela bocetinha sempre depilada exalando perfume de mulher. Clarisse soube o que ele ia fazer e encostou a costa no azulejo frio e abriu as pernas e sentiu a língua bolinar seu pilotinho.
— Não Quim, não... – mas jogou a pélvis em direção a ele – Ai... Meu Deus... Isso é pecado Quim, isso é pecado...
Joaquim ora lambia o ápice rijo, ora chupava as beiradas da vagina, ora enfiava a língua sentindo o doce sabor da freirinha que sabia pecar...
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No próximo episódio:
Ana Amélia e Joaquim tomavam banho no rio, a mãe cuidava do churrasco e viu quando o filho chupou o peitinho da irmã... Dolores conversa com o filho sobre o que viu... De noite, quase madrugada, Ana Amélia deita na cama do irmão e os dois se amam...
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Glossário:
(1). Mureta: sf (muro+eta) Pequeno muro, muro baixo.
(2). Espaldar: s.m. As costas de uma cadeira, um banco ou de uma cama.
(3). Desnudar: v.t. Despir; pôr nu. Fig. Abrir a alma, deixar transparecer o seu estado de espírito: ele desnudou sua angústia diante do sacerdote. (Em ambos os sentidos, emprega-se também pronominalmenteEncabulado: adj. Brasil. Característica da pessoa que está constrangida; envergonhado. s.m. Indivíduo envergonhado; acanhado. (Etm. Part. de encabular)
(5). Oueiras: Município do Piauí. Encontra-se a uma latitude 07º01′30" sul e a uma longitude 42º07′51" oeste, tendo uma população estimada em 2008 emhabitantes. Oeiras teve origem numa capela fundada em 1695 e dedicada a Nossa Senhora da Vitória. O povoado foi elevado a vila e sede de concelho em 1712. Tornou-se capital do Piauí em 1759, sendo elevada a município em 1761. Foi capital até 1851. A criação de Oeiras se deu graças a "Domingos Afonso Mafrense" que atravessou sertões a esquerda do rio São Francisco e ali instalou as primeiras fazendas de gado do Piauí.
(6). Pedir arrego: Pedir para desistir, pedir pra parar.
(7). Abismado: adj. Que se encontra dentro do abismo; que caiu no abismo. Que expressa espanto ou admiração; perplexo ou admirado. Que está muito concentrado; absorto. (Etm. Part. de abismar)