Suzana ainda me puxava pelo cabelo quando deu mais uma estocada com seu cinto consolo. Aquilo reverberou de um jeito que eu não compreendi na hora. Evidentemente, gosto de uma boa foda, mas a atitude de Suzana era muito agressiva e, sem nem negociar os termos, ela me fez sua submissa. Do nada, ela me deu um tapa no rosto e mais uma estocada. Aquilo foi tão fora de contexto, que pedi para encerrar a brincadeira. Ela deve ter acreditado que eu estava fazendo jogo porque me cuspiu na cara e riu. Não quis nem falar, eu a empurrei para longe de mim, vesti minha roupa e já estava para sair do quarto quando Gustavo acordou da sua letargia e veio negociar comigo.
-O que foi? Por que você está indo embora? - Ele perguntou, segurando o meu braço.
-Porque não quero ser humilhada dessa forma. Ela é louca, me bateu e cuspiu. Estou com ódio dela.
-Mas era o que você queria.
-Não. Era o que você queria. – Respondi, apontando o dedo indicador para ele e saí do quarto.
Eu não sei ao certo o que se passou entre os dois depois que fui embora. Caminhei até o hotel, fui refletindo sobre aquela noite tão louca e cheguei à conclusão que eu estava me apegando ao Gustavo mais do que devia e isso não era nada legal na nossa situação. A gente já havia conversado nesses termos antes, pelo whatsapp e lembro bem demais d'ele me perguntando se eu estava preparada para um afastamento natural quando cedo ou tarde nos relacionarmos com outras pessoas... Nas palavras dele: “Eu estou. Você está?” Respondi que não havia pensado nisso, mas acho que, honestamente, não. Gustavo fazia parte do meu dia-a-dia, a gente se falava todo dia, o tempo todo.
Cheguei ao hotel com todas as ideias embaralhadas e decidida a dar um tempo. Sei que fui a Sabará para encontrar com o Gustavo, mas aquilo estava fugindo do meu controle, então pensei que seria o melhor a fazer. Subi ao meu quarto, tirei a roupa, a lingerie sensual, a make, tomei um banho longo, vesti um babydoll branco de algodão com estampa de gato, abri a janela que dava para a praça e sentei no parapeito para fumar um cigarro. Não sentia sono, não sentia nada, era o vazio de quem estava perdida... Permaneci sentada lá, em silêncio, até o sol nascer, desci da janela, deitei e dormi a manhã toda.
Eu acordei por volta do meio-dia, peguei o celular, um hábito comum e não tinha nenhuma mensagem, absolutamente nada. Senti uma pontada de desapontamento, no fundo, eu queria que Gustavo tivesse dado alguma notícia, mas ele não fez. Levantei da cama, como se estivesse de ressaca, fui cambaleando ao banheiro, tomei um banho, vesti um short jeans, uma sapatilha, uma camiseta preta e prendi o cabelo num rabo de cavalo, pus os óculos escuros, acendi um cigarro e saí andando pela cidade. Pela primeira vez, desde que cheguei à Sabará eu estava por conta própria, sem a iminente presença do Gustavo e permaneci assim por três dias. Nesse meio tempo, encontrei Heid e Ana Júlia pelo lobby do hotel e, por intermédio de Heid, conheci o proprietário que é, alemão também e, amigo dela. Na noite de despedida das meninas da cidade, fomos convidadas a jantar na casa de Jörg. Depois de cinco garrafas de vinho, estávamos bastante sociáveis para fazer confidências. Heid contou que teve um caso com Jörg quando ele ainda morava no Mato Grosso do Sul e ela era casada. Ana Julia disse que vive um relacionamento aberto com o atual marido. Jörg confessou que só se mudou para Sabará por causa de uma mineira que ele tinha se apaixonado, mas ela foi para o Canadá e agora só se encontram esporadicamente. Já eu não estava preparada para nenhuma confidência, então fiquei calada, mas todos exigiam alguma declaração, então Heid perguntou o que tinha acontecido no banheiro daquela noite em que eu e Ana Julia demoramos tanto.
-Não pensem que eu não notei a demora das duas. O que aconteceu lá dentro?- Heid perguntou.
-A gente ficou conversando e nem se deu conta da demora - Respondi com o sorriso mais cínico possível.
-Mentira! Eu sei que é mentira. - Ela rebateu.
- Ok Heid. A gente ficou atraída uma pela outra e acabamos ficando. - Ana Julia disse, categoricamente.
Eu corei de tanto que fiquei sem graça. Heid riu histericamente e Jörg quis saber detalhes. Quando terminamos de relatar nossa pequena aventura, ele estava visivelmente excitado e nos pediu um beijo. Eu realmente não estava no clima, mesmo assim, beijei Ana Julia, depois beijei Heid e Jörg. Ficamos nos revezando entre beijos e goles de vinho até que Heid propôs um beijo triplo entre mim e elas em agradecimento àquele jantar. Jörg aplaudiu de pé e falou que a ocasião pedia champanhe. Fizemos um brinde e as inevitáveis carícias movidas pelo teor das conversas e a bebida começaram a surgir. No entanto, eu fui apenas uma voyeur.
-Meus amores, hoje eu quero só admirar vocês fodendo muito. Jörg faça-as felizes.
-Quem te fará feliz? – Ele perguntou.
Foi uma pergunta retórica, mas remeteu-me ao meu estado de espírito agitado, só respondi:
-Não se preocupe. Já me sinto feliz por vocês.
Heid veio até mim, se insinuando, puxou minhas mãos e pôs embaixo da sua blusa, enquanto me beijava. Eu acariciei seus mamilos com os polegares, que enrijeceram rapidamente. Jörg estava sendo chupado por Ana Julia e ela se masturbava, massageando o clitóris com o indicador. Tirei a blusa de Heid e a mandei juntar-se à dupla. Ela e Ana Julia dividiram o pau de Jörg, ora Heid chupava, ora Ana Julia chupava e ambas se beijavam. Eu, resistentemente, enchia mais uma taça de champanhe para mim. Ana Julia deitou-se no sofá e Jörg chupou-lhe a buceta. Heid sentou-se sobre o rosto de Ana Julia, esfregando a xana loirinha nos seus lábios grossos. Eu sabia muito bem como aquela mulher era habilidosa com a boca, Heid gemia enlouquecidamente. Jörg masturbava-se com uma das mãos enquanto a outra acariciava os seios de Ana Julia. Heid teve seu primeiro orgasmo da noite. Jörg sentou no sofá e puxou Ana Julia para cima dele. Ela o cavalgou como uma amazona. Era impressionante o desempenho insaciável daquela mulher. Jörg parecia sofrer um pouco na mão dela. O rosto estava vermelho, a testa suada, o cabelo ensopado, enquanto Ana Julia se movimentava ferozmente. Ela se apoiou no encosto do sofá, reclinando-se um pouco e prendeu o quadril dele entre suas coxas. Heid foi até eles, ajoelhou-se no chão e massageou os testículos de Jörg. Não demorou muito, ele gozou. Ana Julia saiu de cima dele e Heid o abocanhou, bebendo toda a sua porra.
Eu fui até eles, sentei ao lado de Ana Julia, que prontamente, entrelaçou-se em mim, puxando minha cabeça para o seu ombro, uma das mãos acariciando meu seio sobre o sutiã, a outra sobre a minha coxa. Heid, que já estava no chão, foi até mim, tirou minha sapatilha, beijou meu pé, lambeu meus dedos e meus tornozelos. Depois, conduziu meu dedão para a sua buceta e rebolou sobre ele. Movimentei meu pé para ela se excitar mais, enquanto Ana Julia me beijava. Jörg já estava novamente de pau duro, masturbando-se e assistindo nossa dinâmica em trio. Ele foi até Heid, beijou-lhe o ombro, acariciou seus seios, a deitou para poder fazer um oral, começou beijando suas coxas, mordendo a parte interna, próximo a virilha, pousou a boca em cima de sua buceta e soprou os pelos, ela se arrepiou inteira. Realmente, eles se conheciam bem, sabiam o que os excitava, depois de chupar a buceta dela, Jörg a virou de costas e a comeu, segurando-lhe pela cintura. Heid gemia tão alto e de um jeito tão excitante que, Ana Julia também se excitou com a forma animalesca dos dois, dei-lhe um beijo e ela posicionou-se embaixo de Heid, quando Jörg gozou, Ana Julia lambeu a porra que escorreu da buceta da amiga.
Todos pareciam cansados, mas aquela noite ainda tinha muito a acontecer. Eu despedi-me deles entre beijos, abraços e protestos de Jörg que queria também me comer. Depois de alguma relutância, eu voltei ao hotel, sozinha. Chegando lá, tirei a roupa, notei a calcinha levemente molhada, resultado da minha noite de observações, percorri o dedo sobre o tecido, sentindo-me excitada e provocativa. Estava voltando ao “normal”. Fui até minha mala, busquei meu vibrador, que eu o batizei de H e como diz Gustavo, o coloquei para fritar. Tive dois orgasmos, tomei banho e adormeci.
Na manhã seguinte, tinha uma mensagem do Gustavo, dizendo: “Por que sumiu? Igual gato que, fica sumido uns três dias, depois volta. Rsrsrs”.
Respondi: “Acho que precisávamos que eu virasse gato”.
Ele respondeu: “Some não. Gosto de gatos, mesmo me arranhando e mordendo”.
Sorri com o breve diálogo. Animada, fui tomar café, encontrei Jörg que super simpático, me falou que eu estou em dívida com ele. Na volta para o quarto, nova mensagem do Gustavo, acompanhada de um vídeo dele, batendo punheta: “Posso saber o que você está fazendo que pode ser mais importante do que estar aqui, tirando minha roupa?”
É difícil resistir a toda essa investida...
(Continua)
Beijos da P.