RESPEITO capítulo doze________________________________________
A
s horas passaram rápido e ás 14h30min todos chegaram, menos Roman.
- aonde vai ser a reunião? – perguntou Steve para Adam do lado de fora da sala.
- no 7º andar. – falou Adam
Ás 14h55min meu celular tocou, eu levei um susto pensando ser Terrence, mas era Roman.
- olá – falei atendendo.
- oi, eu estou aqui na recepção. Eu preciso que você venha me liberar porque o porteiro não me deixa entrar.
- eu me esqueci de deixar seu nome na recepção, eu já vou descer.
- ok – falou ele desligando o telefone.
- ele chegou – falei para todos que estavam conversando na recepção – podem ir para o 7º andar que eu vou busca-lo.
- ok – falou Adam.
Todos nós entramos no elevador e eles desceram no 7º andar e eu continuei dentro do elevador e fui até a recepção e disse para o porteiro que Roman poderia entrar.
- ok – falou o porteiro.
Nós então entramos no elevador e eu apertei o 7º andar.
- senti sua falta – falei abraçando ele no elevador e dando um selinho na boca dele.
- também – falou ele alisando minha nuca.
Logo o elevador parou no 7º andar e eu me recompus e saímos do elevador e Roman me seguiu até a sala de reuniões. Eu abri a porta e todos estavam sentados á mesa.
- boa tarde – falou Roman.
Todos se levantaram para apertar a mão de Roman que correspondeu a todos com um largo sorriso em seu rosto. Roman então se sentou na outra ponta da mesa e eu me sentei junto com os outros.
- então – falou Roman – eu pedi para que Mickey marcasse essa reunião para que ele não perdesse o emprego porque ele me disse que vocês não confiam em mim.
- e você sabe que temos razões para isso – falou Adam.
- sim, eu sei e é por isso que eu queria deixar bem claro que não tem nada a ver com o caso de Nova York eu não estou usando ele como vocês sugeriram.
- e você quer que acreditemos nisso? – falou Steve.
- sim, eu quero. Não peço que acreditem por mim, mas por ele – falou Roman olhando para mim – posso tomar algo?
- pode – falou Adam e Roman se levantou e foi atrás dele e pegou uma jarra com suco e colocou em um copo.
- você quer mesmo que acreditemos em você? – falou Steve – está claro que você o seduziu, eu vi as marcas que deixou no pescoço dele. Eu conheço Mike, ele se apaixona fácil é só você dar o que ele quer, comer o rabo dele e pronto, tem controle sobre ele.
Eu senti uma martelada na cabeça quando ele disse aquilo.
- Dr. Steven King! – falou Adam – vou pedir que se retire.
Roman estava de costas colocando o suco e terminou de colocar o suco, colocou a jarra em cima da mesa e se virou com o copo olhando para todos.
- olha, eu sei que vocês me consideram um intruso, um inimigo e vocês não são obrigados a gostar de mim, especialmente você – falou ele olhando para Steve – você pode me odiar pelo motivo que quiser, mas será que dava para falar com ele com um pouquinho mais de respeito? Eu sei que vocês tiveram algo no passado e sinceramente não me interessa, um pouquinho de respeito cai bem em qualquer lugar e em qualquer hora. Você é médico é chefe dele, eu sou um advogado respeitado, mas se disser isso ou algo parecido outra vez na minha frente ou que eu fique sabendo pelo Mike eu vou onde você estiver e quebro a sua cara. – falou Roman.
- quero ver você tentar – falou Steve.
- por favor – falou Adam – Steve se disser algo parecido outra vez você vai sair da sala, você é chefe dele. Você não tem o direito de falar isso para ele ou sobre ele. Mike não te dá essa liberdade e você não vai ter problemas apenas com Roman vai ter comigo também.
- é o que eu venho dizendo – falei – eu já cansei disso – falei alto.
Todos olharam para mim.
- eu não aguento mais vocês me julgando por acreditar em Roman.
- Adam – falei olhando para ele – vocês precisam acreditar em mim e confiar nas minhas escolhas. Se vocês não forem capaz disso eu vou pegar minhas coisas e vou embora. Não vou avisar nada, vou só pegar minha mochila, sair desse prédio e nunca mais voltar.
- não se preocupe – falou Adam – não vai acontecer de novo.
- OK, me desculpem – falou Steve – peço perdão pelas coisas horríveis que falei.
- fico feliz que possamos finalmente entrar em um acordo – falou Roman voltando a se sentar á mesa tomando um gole do suco e olhando para Adam – se vocês mandarem ele embora por causa disso eu contrato ele. Não adianta. De um jeito ou de outro ele vai ficar comigo – falou Roman colocando o copo em cima da mesa. – lá ele vai poder trabalhar sem se sentir intimidado.
- pra falar a verdade eu estou quase pedindo demissão – falei.
- você não vai fazer isso – falou Adam.
- não era sobre isso que íamos falar – falou Xavier.
- eu não preciso de mais – falou Adam – eu acredito no Dr. Orth.
- eu também – falou Vanessa.
- Apesar de estar relutante eu também acredito – falou Steve.
- pronto – falou Adam – Está decidido, Mickey não será demitido e pode continuar a se relacionar com Dr. Roman Pearce Orth.
- bom, acho que não tenho mais nada a fazer aqui – falou Roman se levantando – se me permitem eu tenho um outro compromisso – falou Roman se levantando – eu te ligo mais tarde Mickey – falou Roman.
- tudo bem, vou ficar aguardando – falei me levantando e indo até ele e estendendo a mão para aperta-la e Roman me puxou e me deu um selinho na boca.
- obrigado por ter vindo – falei.
- tudo por você – falou ele. – obrigado por me receberem – falou Roman apertando a mão de todos.
- desculpe você pela falta de ética do nosso colega – falou Adam.
- não se preocupem – falou Roman.
Em seguida ele se despediu e saiu da sala. Eu olhei para todos eles sentados.
- então... tudo resolvido? – perguntei.
- ele está caidinho por você – falou Adam – acredite, se você o tivesse conhecido antes você saberia a diferença. Eu soube que ele falava a verdade no momento que ele entrou pela porta. Ele é um tirano com os empregados dele, ele não tem amigos por sua personalidade forte, ele é uma pessoa de pavio curto. Mike eu já vi Roman destruir pessoas no tribunal. Ele descobre o passado das testemunhas que vão testemunhar contra os clientes dele. Ele foi muito macho para não pular em cima de Steve aqui mesmo. Ele realmente te respeita porque eu vi o brilho nos olhos dele quando Steve falou aquelas coisas desrespeitosas. Ele queria parti-lo no meio. Ele entrou pela aquela porta mansinho, cumprimentou todos nós, pediu licença, disse obrigado... ele realmente gosta de você – falou Adam se levantando.
- obrigado por terem acreditado nele. Significa muito pra mim.
- se meu irmão acha que ele pode ter mudado quem sou eu para duvidar – falou Xavier se levantando.
Todos saíram da sala primeiro. Adam se levantou e assim que todos saíram eu desliguei as luzes e tranquei a sala.
Adam e eu entramos no elevador primeiro porque voltaríamos para o 20º. No elevador eu me senti completo. Estava feliz que mais uma parte da minha vida estava resolvida. Eu precisaria procurar por um amor nunca mais. Eu sabia que Roman me amava e eu amava Roman com todas as minhas forças. Agora que um problema tinha desaparecido outro aparecia. Eu estava curioso para saber o que tinha acontecido mais cedo.
Eu acordei naquela sexta-feira ás 06h30min. Eu tomei um banho na água quente, pois o dia estava frio. Logo desci as escadas para preparar algo para comer.
- bom dia – falou meu pai entrando na cozinha.
- bom dia – falei – quer que eu prepare algo para você comer antes de ir para o trabalho?
- não precisa se incomodar.
- não será incomodo nenhum eu preparo rapidinho algo para você comer.
- tudo bem então – falou ele se sentando já com a roupa do trabalho.
- como foi seu dia ontem?
- foi bom. Nada fora do normal e o seu?
- bom também. Tudo dentro dos conformes como todo dia a não ser por uma reunião no trabalho com todos os meus chefes e o Roman.
- deu tudo certo?
- deu sim. Todos acreditaram em Roman e disseram que eu posso continuar tendo um relacionamento com ele.
- por falar nisso, como vocês estão?
- estamos bem.
- eu fico feliz que você esteja com ele, pelo o que você me contou ele parece ser um bom homem.
- foi sim. Eu te contei né da cicatriz que ele tem?
- não.
- ele tem uma cicatriz bem aqui – falei colocando a mão no quadril. – ele levou uma facada quando estava no colegial ele era usuário de drogas e não pagou uma divida.
- sério?
- sim, mas foi com essa facada que ele mudou para melhor.
- que bom já pensou se ele ainda usasse drogas? Ele não seria um advogado tão importante como é hoje em dia.
- e eu não teria conhecido ele.
- você está caidinho por ele né?
- muito. Eu nunca gostei tanto de uma pessoa como eu gosto dele.
- nem de mim?
- pai eu estou dizendo de namorados.
- te quem especificar se não eu fico mal – falou meu pai rindo.
- bobo – falei colocando torradas na frente dele com um copo de leite com achocolatado.
Eu preparei o meu e me sentei junto com ele e nós comemos enquanto conversávamos.
- fico feliz por ter encontrado alguém.
- lembra quando você dizia que eu teria que arrumar um homem como você?
- sim.
- acho que encontrei. Ele se importa comigo como você.
- fico feliz por saber que quando não está em casa está com alguém como eu. Para dizer a verdade ele é o único que você se envolveu que eu realmente você. Eu não ia muito com a cara do Robbie. Ele era muito folgado já chegava aqui como se fosse a casa dele. Charley não preciso nem dizer, mas antes de tudo que aconteceu não gostava muito dele, eu tinha impressão Charley só queria você para morder a fronha.
- pai para – falei rindo envergonhado.
- agora Roman... ele é o único que eu não tenho do que reclamar. Ele te busca te traz sempre arruma um tempo para conversar comigo. Ele realmente se importa com você com um todo e não só para... você sabe.
- sim – falei terminando de tomar o meu leite. – fico feliz que goste dele pai, significa muito para mim porque eu sei que se o senhor aprova mamãe também aprova.
Ele terminou de comer.
- quer que eu te leve para o trabalho? – perguntou ele.
- se você quiser.
- quero sim – falou ele.
- eu vou lá em cima escovar os dentes e vestir minha roupa.
Ás 07:43 meu pai me deixou na porta da empresa. Eu sai do carro e me despedi fechando a porta.
- te vejo mais tarde filhão.
- te amo pai – falei – Ultimamente não tenho me sentido como era um ano atrás.
- nós nunca nos sentimos – falou meu pai – estamos sempre mudando.
- mesmo assim... te vejo mais tarde pai.
- te vejo mais tarde... ratinho.
- nem pense nisso – falei rindo.
- brincadeira.
Eu sai da janela e meu pai foi embora. Eu logo fui para meu posto. Eu sai para almoçar ás 12:00 como de costume e assim que entrei no elevador meu celular tocou. Era um número desconhecido na hora lembrei de Terry e atendi.
- alô.
- Mike?
- sou eu, quem fala?
- Terry.
- oi Terry.
- Mike precisamos nos encontrar. Será que posso mandar te buscarem para te trazer para o hotel?
- pode sim.
- aonde você está?
- no meu trabalho. Podem me buscar aqui na porta.
- tudo bem. Fique ai na porta que em 10 minutos vão estar ai.
- eu saído elevador e fui para a porta da empresa e procurei uma sombra em uma árvore.
Após 20 minutos parou um carro preto na minha frente eu o homem do dia anterior estava dirigindo. Eu entrei no banco do carona na frente.
Logo que chegamos ao hotel eu sai do carro e fui para o elevador e desci no 36º andar e fui até a porta do apartamento anterior e um outro homem abriu a porta e eu entrei.
Terry e Dr. Potter estavam sentados no sofá.
- boa tarde – falou Terry se levantando com Dr. Potter
- boa tarde – falei.
- sente-se por favor – falou Terry.
Eu me sentei como no dia anterior Terry e Dr. Potter ficaram na minha frente.
- então. O que vocês queriam com o meu sangue? Descobriram algo?
- na verdade sim – falou Terry – estávamos procurando algo.
- o que? Sou compatível com alguém em doação? Ou vão mesmo roubar meus órgãos?
- sim você é compatível – falou Dr. Potter.
- em doação? Não era mais fácil ter me pedido?
- bom – falou Terry – na verdade...
- é ele? – falou uma voz masculina.
Eu olhei para trás e um homem tinha aberto a porta. Um homem alto, cabelos grisalhos, olhos azuis e uma barba cor castanha. Estava com roupa social.
- senhor – falou Terry se levantando. –não devia ter vindo aqui... agora...
- é você? – falou o homem fechando a porta e dando dois passos.
- quem é ele? – perguntei me levantando e olhando para Terry. Eu então olhei para o homem – quem é você?
- eu sou seu pai – falou o homem com um sorriso no rosto.
