O corpo dela era perfeito, meu ideal de perfeição, os seios, a cintura, as costas, meu deus as costas dela de guerreira calejada de batalha, musculosa de treinar comigo, de suar e sangrar comigo. O gosto do suor dela e o cheiro eram muito mais eficazes que Viagra, o cheiro dela suada depois do treino ou só a memória desse cheiro era o suficiente pra me deixar de pau duro, ela sabia disso e vivia testando esse poder. Ela adorava o efeito que tinha em mim, amava eu gostar tanto do gosto salgado da buceta suada dela, eu amava lamber o cu dela por horas e ela sabia o quanto eu amava a bunda dela, venerava até. Ficava que nem criança no aniversário ou no natal quando ela dizia que queria que eu comesse o cu dela. Aquele cu apertado, macio, que tinha gosto de coisa errada, ela ficava com aquela cara de safada de propósito, olhando por trás do ombro e me desafiando, dizendo:
-Vai caralho, come meu cu, safado vai, eu sei que tu ama.
A gente tinha o quê? 17, 18 anos? Depois do vestibular, mas antes da faculdade? A gente fodia o dia inteiro como se o mundo fosse acabar, a cada chance, cada pequena oportunidade, ela cobria a gente com o lençol, ligava a tevê, baixava um pouco o short e dizia:
-Me come mais um pouquinho.
-Onde?
-Mete onde tu quiser caralho, mas mete logo!
-Fecha a porta então sua maluca...
-Não. Esse perigo me deixa excitada. Abrindo a bunda com uma das mãos, a outra com o controle da tevê na mão e os olhos na porta, já me ordenando:
-Me come, caralho.
Ela ria e eu também. Eram duas crianças brincando de casinha, quase. Parecia que a gente tinha feito isso tantas vezes, em tantas outras vidas.
Nenhuma guria fez comigo, corpo e mente o que ela fez. Tenho orgulho de saber decorado os caminhos do corpo dela, os botões certos que fazem ela tremer. Eu sou um livro aberto, fácil de ser abalado, mas ela ia, além disso, ia além de transar, de foder a pessoa amada, de sentir ela beber minha porra e pedir por isso, de sentir ela se masturbar com minha boca e nariz e gozar na minha língua. Eu queria que ela comesse meu coração, mordesse minha jugular, queria ser destroçado por ela, um cadáver feliz de pau duro, rigor mortis extremo. Eu sou louco e o mundo sabe disso, mas só perto dela que isso fica excitante.
A gente terminou, foi horrível, cada um foi pro seu lado, voltamos a nos falar, ficamos muito amigos de novo e eu achava que era isso.
Mas ela curte brincar comigo, o efeito do cheiro dela ainda é automático.
Nos últimos anos as poucas vezes que meti nela enquanto ela olhava pra mim com cara de brincalhona foram as únicas vezes que me senti certo no mundo, fazendo o que eu tinha nascido pra fazer. Lamber a buceta e o cu daquela deusa até ela gozar quantas vezes fosse preciso, rezar pra ela no altar da nossa história e sentir meu pau abençoado por estar lá dentro. Cada vez que gozava ali, eu nascia de novo. Que nem Osíris.
O cu dela tinha algo de sagrado, que me enchia de felicidade, como estar numa igreja, eu acho.
Deusa Ísis, tu sabes que não é humana, teu corpo é um templo e teu nome que escolheram nessa vida é um de milhares. Wyllendorf, Nefertiti, Freyja, Afrodite, Andrômeda, Vênus, Gaia. Como é carregar tanto poder? Tanta força? Tanta vida?
Eu que sou nada mais que um pedaço de morte anunciada me sentia um pouco mais vivo cada vez que te chupava, te beijava, te mordia, lambia, fodia, amava.
Nunca vou te mostrar isso, mas precisava ter escrito.
Te amo, agora e sempre.