Belo desastre - 07

Um conto erótico de Hello
Categoria: Homossexual
Contém 2007 palavras
Data: 07/05/2016 15:23:31
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

Brazil se virou, viu Travis parado atrás dele, depois olhou surpreso para mim.

- Ah, ele é um dos seus casos, Trav?

- Definitivamente não - eu disse, balançando negativamente a cabeça. Ele olhou para Travis, que o encarava, esperando. Brazil deu de ombros então levou a bandeja até a ponta da mesa.

Travis sorriu para mim enquanto se ajeitava na cadeira.

- Eaí, Flor?

- O que é isso? - perguntei, sem conseguir desviar o olhar da bandeja dele. Aquela comida misteriosa parecia um pedaço de cera.

Travis deu risada e bebeu um pouco de água.

- A moça do refeitório me dá medo. Não vou criticar as habilidades culinárias dela.

Não deixei de notar o olhar inquisitivo dos que estavam sentados à mesa. O comportamento de Travis estimulava a curiosidade deles, e contive um sorriso por ser o único garoto que eles já tinham visto Travis insistir em ter sentado perto dele.

- Ai... a prova de biologia é depois do almoço- resmungou América.

- Você estudou? - perguntei.

- Ah, não. Passei a noite jurando para o meu namorado que você não vai dormir com Travis.

Os jogadores de futebol americano sentados na ponta da nossa mesa interromperam suas risadas idiotas para nos ouvir com mais atenção, fazendo com que os outros alunos percebessem. Olhei furioso para América, mas ela estava distraida, cutucando Shepley com o ombro.

- Meu Deus, Shep. Você está mal, hein? - Travis exclamou, jogando um pacotinho de Ketchup no primo. Shepley não respondeu, sorri, agradecido por Travis ter conseguido desviar a atenção.

América esfregou as costas dele.

- Ele vai ficar bem. Só vai levar um tempinho para ele acreditar que o Kevin consehue resistir ao seu poder de sedução.

- Eu não tentei seduzir o Kevin - Travis torceu o nariz, parecendo ofendido. - Ele é meu amigo.

Olhei para Shepley.

- Eu disse que você não tinha nada com que se preocupar.

Por fim Shepley me encarou e, ao ver minha expressão cincera, os olhos dele ganharam um pouquinho de brilho.

- E você, estudou? - Travis me perguntou.

Franzi a testa.

- Não importa quanto eu estude. Biologia simplesmente não entra na minha cabeça.

Travis se levantou.

- Vem comigo.

- O que?

- Vamos pegar seu caderno. Vou te ajudar a estudar.

- Travis...

- Levanta a bunda daí, Flor. Você vai gabaritar essa prova.

Puxei de leve uma das longas loiras de América quando passei por ela.

- Vejo você na aula, Mare.

Ela sorriu.

- Vou guardar um lugar pra você. Vou precisar de toda ajuda possivel. - Travis foi comigo até o meu quarto e peguei o livro de biologia, enquanto ele abria meu caderno. Ele me fazia perguntas sobre a matéria e depois esclarecia os pontos que eu não tinha entendido. Do jeito que ele explicava, os conceitos partiam do confuso para o óbvioe ass células somáticas usam a mitose para se reproduzir, aí é que entram as fases, que formam um nome esquisito: Prometa Anatelo.

Dei risada.

- Prometa Anatelo?

- 'Prófase, metáfase, anáfase e telófase'.

Ele bateu no auto da minha cabeça com os papéis.

- Você entendeu. Você conhece esse livro de biologia de trás pra frente e de frente pra trás.

Soltei um suspiro.

- Bom... vamos ver.

- Vou andando com você até a classse e vou ficar lhe fazendos perguntas pelo caminho.

Tranquei a porta do quarto depois que saímos.

- Você não vai ficar bravo se eu for um fracasso total nessa prova, vai?

- Você não vai fracassar, Flor. Mas precisamos começar mais cedo da próxima vez - ele disse, mantendo o mesmo ritmo de caminhada que eu até o prédio de ciencias.

- Como você vai ser meu tutor, fazer os trabalhos de faculdade, estudar e treinar para as lutas?

Travis deu uma risadinha abafada.

- Eu não treino para as lutas. O Adam me liga, me diz onde vai ser e eu vou.

Balancei a cabeça, incrédulo, enquanto ele segurava o papel à sua frente para me fazer a primeira pergunta. Quase terminamos um segundo módulo do livro quando chegamos à sala de aula.

- Manda ver! - ele sorriu e me entregou as anotações, apoiado no batente da porta.

- Ei, Trav.

Eu me virei e vi um cara alto, meio magricela, sorrir para Travis a caminho da classe.

- Parker - Travis cumprimentou-o com um aceno de cabeça.

Os olhos de Parker se iluminaram um pouquinho quando ele olhou para mim, sorrindo.

- Oi, kevin.

- Oi - falei, surpreso por ele saber meu nome. Eu já tinha o visto na sala de aula, mas não tínhamos sido apresentados em momento algum.

Parker foi se sentar, fazendo piadas com quem estava ao lado.

- Quem é esse? - eu quis saber.

Travis deu de ombros, mas a pele em volta de seus olhos parecia mais tensa do que antes.

- Parker Hayes. É um dos meus companheiros da Sig Tau.

- Você faz parte de uma fraternidade? - perguntei em tom de dúvida.

-Sigma Tau, A mesma que a do Shep. Achei que você soubesse. -Disse ele, olhando estranho para Parker atrás de mim.

- Bom... Você não parece o tipo de cara que... participa de fraternidades - comentei, olhando para as tatuagens nos antebraços dele.

Travis voltou à atenção para mim, e abriu um sorriso.

- Meu pai se formou aqui, e meus irmãos todos foram da Sig Tau. É um lance de família.

- E eles esperavam que você entrasse para uma fraternidade? - perguntei, cético.

- Na verdade, não. Eles só são bem-intencionados - Travis respondeu, dando um peteleco nos meus papéis. - É melhor você entrar na sala.

- Obrigada pela ajuda - eu disse, cutucando-o com o cutuvelo.

América passou pela gente e eu fui atrás dela até nosso lugar.

- Como foi? - ela perguntou.

Dei de ombros.

- Ele é um bom tutor.

- Só um tutor?

- Ele é um bom amigo também.

Ela parecia decepicionada, e dei uma risadinha com a expressão de derrotada em seu rosto. O sonho de América sempre fora que namorássemos amigos, e primos que dividem o apartamento, para ela, era como achar o pote de ouro no fim do arco-íris. Ela queria que dividissemos um apartamento quando decidimos vir para Eartern, mas fui contra a ideia, pois além de não termos dinheiro suficiente para bancar o apartamento, eu queria ter um pouco de liberdade, de poder abrir um pouco as asas. Assim que ela parou de fazer bico, se concentrou em achar um amigo de Shepley para me apresentar. O interesse saúdavel de Travis em mim tinha ido além das expectativas dela.

Fiz a prova com a maior facilidade e me sentei nos degraus do prédio da faculdade, esperando por América. Quando ela desabou ao meu lado, derrotada, esperei que ela falasse.

- Que prova foi aquela! - ela gritou.

- Você devia estudar com a gente. O Travis sabe explicar a matéria muito bem.

América soltou um resmungo e deitou a cabeça no meu ombro.

- Você não me ajudou em nada! Não podia ter feito um sinal com a cabeça ou algo do genêro?

Eu a abracei e fui caminhando com ela até o seu dormitório. Deixei ela lá e fui para o meu.

Na semana seguinte, Travis me ajudou com o trabalho de história e foi meu tutor em biologia. Fomos juntos olhar o quadro de notas ao lado da sala do professor Campbell. Meu nome aparecia em primeiro lugar.

- A terceira nota mais alta da classe! Que legal, Flor! - ele disse, me abraçando.

Os olhos de Travis estavam brilhando de animação e orgulho, e uma sensação embaraçosa me fez recuar um passo.

- Valeu, Trav. Eu não teria conseguido sem você - falei, dando um pequeno puxão na camiseta dele.

Ele me jogou por cima do ombro, abrindo caminho em meio à multidão atrás de nós.

- Abram caminho, pessoal! Abram caminho para o cérebro gigantesco deste pobre homem! Ele éum gênio!

Dei risada ao ver as expressões divertidas e curiosas dos meus colegas de classe.

*

*

*

Conforme os dias foram se passando, tivemos que lidar com os persistentes rumores sobre um relacionamento. A reputação de Travis ajudou a calar as fofocas. Ele nunca fora conhecido por ficar por ficar com uma pessoa por mais de uma noite, então, quanto mais éramos vistos juntos, mais as pessoas entendiam que nosso relacionamento era platônico. Mesmo com as constantes perguntas sobro o nosso envolvimento, Travis continuou recebendo a usual atenção, principalmente das garotas.

Ele continuou a se sentar ao meu lado nas aulas de hitória e a comer comigo na hora do almoço. Não demorei muito para perceber que estivera errado em relação a ele, me sentindo até propenso a defende-lo daqueles que não o conheciam como eu.

No refeitório, Travis colocou uma lata de suco de laranja na minha frente.

- Você não precisava fazer isso. Eu ia pegar uma - falei, tirando a jaqueta.

- Bom, agora você não precisa mais - disse ele, fazendo aparecer a covinha da bochecha esquerda.

Brazil soltou uma risada de deboche.

- Ele transformou você em um empregadinho pessoal, Travis? Qual vai ser a próxima, abanar ele com uma folha de palmeira, vestindo uma sunga?

Travis olhou para ele com ódio assasino, e me apressei em defende-lo.

- Você não tem nem o suficiente nem para preencher uma sunga, Brazil. Cala a drroga da sua boca!

- Pega leve, Kevin! Eu estava brincando - Brazil respondeu, erguendo as mãos em sinal de paz.

- Só... não fale assim dele - retruquei franzindo a testa.

A expressão de Travis era um misto de surpresa e gratidão.

- Agora eu vi tudo na vida. Um garoto acabou de me defender - disse ele, se levantando.

Antes de sair carregando a bandeja, ele lançou mais um olhar furioso para Brazil, depois se juntou a um pequeno grupo de fumantes do lado de fora do prédio.

Tentei não ficar olhando para Travis enquanto ele ria e conversava. Todas as garotas competiam de forma sutil pelo espaço ao lado dele, e América me cutucou quando percebeu que minha atenção estava em outro lugar.

- O que você está olhando, Kevin?

- Nada. Não estou olhando nada.

América pôs o queixo na mão e balançou a cabeça.

- Elas são tão óbivias. Olhe aquela ruiva. Ela já passou a mão no cabelo tantas vezes quantas já piscou. Fico me perguntando se o Travis não se cansa disso.

Shepley assentiu.

- Mas ele se cansa sim. Todo mundo acha que ele é um babaca, mas se soubessem a paciência que ele tem para lidar com cada uma dessas garotas que pensam que podem doma-lo... Ele não consegue ir para nenhum lugar sem ter várias no pé. Acreditem em mim, ele é muito mais educado do que eu seria no lugar dele.

- Ah, como se você não fosse adorar essa bajulação! - América exclamou, beijando o rosto de Shep.

Travis estava terminando de fumar do lado de fora do refeitório quando passei por ele.

- Espere aí, Flor vou vou com você até a sala.

- Não precisa, Travis. Eu sei chegar lá sozinho.

Ele se distraiu com uma garota de longos cabelos negros e saia curta que passava e sorriu para ele. Ele a seguiu com os olhos e fez um aceno de cabeça na direção dela, jogando o cigarro no chão.

- Depois a gente se fala, Flor.

- Tá - falei, revirando os olhos enquanto ele corria para alcançar a garota.

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CONTINUA....

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SAFADINHOGOSTOSOO: Calma aí né, não é bem assim que as coisas acontecem. Mas te entendo, aqui na CDC a maioria das vezes é isso que acontecem nos contos, até eu pensaria assim se não soubesse o que acontece na história. O Travis não é esse ser que você está pensando não, as pessoas acham isso dele, mas já tá dando pra ver quue ele não é assim. Claro ele gosta de transar, e não tem nada de errado nisso ele é solteiro. Espero que continue acompanhado aí, pra ver o que acontece. ♡

LIPM: :) ♡

PRIREIS: :) ♡

ZE CARLOS: Canso nada kkkkk e não tem pelo que agradecer. PS: esqueci do coraçãozinho no final do seu comentari passado então dois para vc rsrsrs ♡♡

LOBO AZUL: É... você tá apressando um pouquinho as coisas, eu não sei direito q capitulo vai rolar o primeiro beijo deles, é que eles vão fazer a aposta ainda, mas acho q não demora muito. E por isso decidi postar esse, quero que "apressar" logo as coisa e chegar na parte mais interessante. ♡

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Comentários

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O importante é que tô amando flor. Está indo tudo certo. Você é uma ótima escritora. E volta logo pelo amor. Que não sobrevivo mais sem esse conto. ❤❤❤❤❤❤❤

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