Uma grata surpresa

Um conto erótico de Persephone.P
Categoria: Heterossexual
Contém 873 palavras
Data: 07/05/2016 18:34:15

Sabará ficou, definitivamente, para trás. No entanto, minha maior motivação para ter feito essa viagem ainda faz parte do meu dia-a-dia. Gustavo até pode ter sido transferido para outra cidade, mas nossa conexão e empatia permanecem iguais.

O aniversário dele foi há alguns dias. Eu queria comemorar de alguma forma e iniciei uma campanha para que ele aceitasse a ideia bem antes da data. Eu conversei sobre novo reencontro, quem sabe uma praia no Nordeste, quem sabe um fim de semana em Campos do Jordão... Mas nada ficou, efetivamente, acertado. Sabendo que ele não tinha maiores planos para a data festiva, portanto ciente que eu não estaria sendo invasiva, tomei uma decisão arriscada, fiz reservas numa pousada na Praia da Pipa no Rio Grande do Norte e o convidei. Eu não tinha nada a perder, na pior das hipóteses, eu poderia ir sozinha e aproveitar uns dias de descanso. Acontece que ele topou minha ideia e partimos para o Nordeste. Pipa é uma cidadezinha riponga que tudo se faz a pé. As ruas estreitas não permitem passeios automotivos. É para calçar chinelos e entrar em contato com a Natureza nativa, as praias e a população, boa parte formada por turistas que decidiram estabelecer morada. É muito fácil se encantar com aquele clima descontraído e leve.

Na pousada, ocupamos o bangalô de número 28, uma construção charmosa e intimista, perfeita para paparicos e descanso. Eu abri a porta e entrei com o pé direito, vi a enorme cama bem no meio do ambiente, as janelas com cortininhas translúcidas, a mesa de madeira com duas cadeiras e o sofá. Eu conheço Gustavo, eu sei que ele prefere uma experiência dessas a uma rave e por isso, tinha certeza que ele iria adorar. Logo de cara, tirei as sandálias baixas e pus os óculos escuros sobre a mesa. Meu vestido branco, curto, levemente transparente e vaporoso, elevou-se com a brisa que passou. O cabelo preso em rabo de cavalo no alto da cabeça deixava a nuca exposta. Eu estava de costas para ele, quando senti o abraço por trás e a barba rala no pescoço. O gesto, aparentemente inofensivo, acendeu uma chama dentro de mim. Sem me virar, pus a mão dentro da sua calça e já senti o volume de quem estava tão excitado quanto eu. Ele, por sua vez, acariciava meu corpo sobre o vestido. Ao chegar às coxas, subiu as mãos agora por baixo do tecido e segurou meus quadris, colocando os polegares nas laterais da calcinha, puxou a peça para baixo. De olhos fechados, senti o arrepio percorrer meu corpo, quando ele tocou minha buceta com um dos dedos. Quis me virar, mas ele não deixou, então abri sua calça e libertei seu pau daquele cativeiro apertado. Inclinei-me levemente para frente, afastei as pernas uma da outra e senti a primeira estocada. Eu quis gritar de prazer, mas me contive, deixando para o clímax as reações mais avassaladoras. Ele continuou metendo fundo e gemendo próximo ao meu ouvido. Eu o pedia para me foder mais forte, numa alternância de dor e prazer, tocava meu clitóris e ele apertava meus seios com aquela mão enorme que ele tem. Gustavo segurou o gozo até que eu gozasse primeiro, depois senti o jato inundar minha buceta e escorrer pelas coxas.

-Seja bem-vindo. –Falei em tom brincalhão. Sentindo o corpo relaxar.

Ele tirou o pau circuncidado, vermelho pelo atrito e ainda duro de dentro de mim para buscar uma toalha, que passou no próprio rosto, me dando um beijo na boca, um tapa na bunda e me puxando para tomarmos um banho. No banheiro, tiramos toda a roupa e fomos para o chuveiro. Entre beijos e carícias, a gente acabou relaxando bastante. Saí nua, secando o cabelo com uma toalha, falando alguma coisa qualquer, quando Gustavo disse que tinha uma surpresa para mim.

-Que surpresa?- falei sem a mínima ideia do que ele estava falando.

-Eu li uma série de contos muito semelhante ao que havia acontecido em Sabará. –Ele falou.

Na mesma hora, corei. Não que fosse um segredo para ele que eu escrevesse, mas eu não havia sido muito clara sobre minhas inspirações e conteúdo. À princípio, achei que ele fosse ficar chateado, não sabia ao certo o que pensar... Ele ainda conseguiu me surpreender mais ao dizer que não só leu, como também, optou por escrever sua própria versão e publicá-la. (Se quiser ver a história pela ótica dele, leia “Depois daquela visita” do Gustavo MS. Ele já publicou três contos até agora).

-Sério? Como me achou? – Ainda perplexa, falei.

-Fácil. Você me deu muitas pistas. Eu encontrei antes de você terminar a série, mas não quis dizer nada para você continuar escrevendo.

-Nossa... Estou sem palavras.

-Para. Ficou ótimo. Eu adorei.

-Gostou mesmo?

-Sim. Claro. Muito excitante.

Na mesma hora, corri para o celular, numa tentativa de procurar os contos dele, estava super curiosa para saber como ele tinha desenvolvido aquela história. Ele tirou o celular da minha mão, colocou na mesa de cabeceira, me pôs na cama e disse que me daria mais inspiração para novos contos. Eu ainda quis argumentar, mas ele calou minha boca com um beijo intenso... Não tive resistência. Essa história ainda continua.

Beijos da P.

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Comentários

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Retribuindo a visita. To com o povo: continuação! Postei agora um conto novo, se tiver um tempinho...

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Gosto dos detalhes, Anjo Prateado. Acho que ajudam a visualizar a situação como um todo.

Carlos D. estou sem inspiração por hora, mas vou escrever.

Anjo Discreto, obrigada pelo carinho. Bjs

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