Os caminhos da vida 3 (Por Dayana)

Um conto erótico de Tarine
Categoria: Homossexual
Contém 1003 palavras
Data: 10/05/2016 17:24:45

Dayana

Tinha acabado de chegar do plantão e ouço a campanhia tocando. Olhei no olho mágico, era a filha da minha vizinha, se chamava Lorena, uma adolescente de no máximo 17 anos, era bonita, mas imatura que só, fazia jus a idade. Sempre com roupinhas irritantemente rosas e abraçada com suas amiguinhas falando de garotos para cima e para baixo. Apenas pensei “O que essa menina quer comigo?”. Resolvi pagar pra ver:

-Oi. Falei

-Boa noite Dayana. Desculpe te incomodar essa hora, mas eu queria te pedir um favor.

-Diga.

-Semana que vem tem uma feira cultural na escola e o tema de minha sala é Superação, fui falar sobre isso com minha mãe e ela me disse que você seria de excelente ajuda. Será que não poderia dar uma passadinha na escola?

-Não sei se eu poderia ajudar.

-Claro que pode. Minha mãe me contou sua história de vida. Achei linda. Vai servir de exemplo pra muitos adolescentes além de me ajudar a impressionar o garoto que estou ficando. Ela riu

Resolvi ajudar a garota, caso contrário ela ficaria me perturbando a noite toda. Ela me passou as informações que precisava e no dia e hora marcada eu estava na escola. Era engraçado estar em um ambiente como aquele, apesar de estar com 27 anos me sentia mais velha pelo peso das responsabilidades que aprendi a carregar desde cedo. Todos aqueles adolescentes eufóricos, andando, paquerando dava um ar de jovialidade que recarregava minhas baterias. Fui rumo a sala esperei que os outros convidados contassem suas histórias de vida. Percebi um trio que estava em pé no fim da sala de costas, duas meninas e um menino. Não paravam de rir e não davam a mínima para as histórias de vida das pessoas que estavam ali. Aquilo me irritou um pouco, mas preferi esquecer a existência daqueles seres imaturos que ali estavam e focar naqueles que prestavam atenção e pareciam se comover com as histórias. Quando chegou minha vez, percebi que uma das moças daquele trio se virou e me olhava diretamente nos olhos como se prestasse atenção e sorria sem parar. Ela era morena, deveria ter cerca de 1,70, como todos ali ao redor aparentava ter uns 17 anos, tinha os cabelos cacheados volumosos estilo Thais Araújo e uma leve maquiagem finalizada com um batom escuro. E o sorriso? Encantador, dentes perfeitos e branquinhos. Desviei o olhar da moça, mas sempre me pegava olhando para ela novamente e o pior, ela também me olhava. Acabou a palestra os alunos foram saindo da sala. Fui até Lorena, a menina que tinha me convidado para ir à escola, ela me agradeceu e eu me encaminhei para a saída pois teria plantão a tarde e tinha alguns compromissos antes. Quando sai da sala o “trio” estava no corredor, passei entre eles e senti alguém me olhando e minha pele queimava com essa sensação. Fui no estacionamento, peguei a moto e liguei para a manicure:

-Alô. Lena? E então tá de pé meu horário hoje? Ok. Estarei aí.

Fui em direção ao centro, tinha que fazer uma hora até dar o horário da manicure. Olhei para a frente e vi a moça do “trio” empurrando uma bicicleta com dificuldades para manter a alça da mochila nos ombros, parecia muito irritada. Resolvi parar e oferecer-lhe ajuda. Ela aceitou de imediato, dei-lhe a ideia de levar o pneu para casa vazio e leva-lo cheio no outro dia. Ela entro correndo e voltou com uma bolsa cheia de ferramentas de mecânico. Sentou-se no chão e começou a tirar o pneu da bicicleta. Eu jamais imaginaria que uma moça com o porte dela, parecia ser tão delicada, seria tão hábil para afazeres de natureza masculina, levei-a a para casa e ela me ofereceu o banheiro para lavar as mãos que naquela altura do campeonato estavam cheias de graxa. Quando fomos entrar ela havia perdido a chave, parecia ser muito dispersa pra não dizer cabeça de vento. Sorte que tinha uma chave escondida da porta dos fundos. Quando entramos tinha um bilhete de sua mãe falando do almoço e de um dente que estava nascendo. Parecia ser muito minada e pelas fotos que se via espalhada pela casa deveria ser filha única. Mostrei-lhe o bilhete, ela ficou envergonhada e me mostrou o banheiro. Quando voltei e fui me despedir ela me convidou para almoçar, eu adoraria, mas se os pais daquela menina me encontrassem ali na casa deles, com sua filha de menor o que pensariam de mim. Eu estava correndo de problemas. Falei que não poderia aceitar, afinal o que os pais dela iriam pensar de mim, quando ela soltou:

- QUE VOCÊ É MINHA NAMORADA!

Eu estava distraída e dei um pulo, será que ela havia percebido que eu era lésbica? Ela apenas sorriu e disse que estava brincando. Começou a chover e eu não tive escolha. Fiquei e ela preparou um almoço simples, mas que estava delicioso me provando que talvez não fosse tão mimada assim. Me mostrou cada cômodo da casa e quando entramos em seu quarto vi que era diferente do de Lorena, não era rosa, nem lilás ou coisa parecida. Tinha as paredes verdes e branco, ao invés de pelúcias, tinha muitos livros e fotos de viagens e o cheiro dela estava espalhado pelo quarto todo. E que perfume maravilhoso. Ela pegou o notebook, me puxou pelas mãos e fomos para a sala, lá ficamos vendo vídeos até que sua mãe chega. Disse que tinha trago um mimo para Tarine e foi para a cozinha voltando em seguida e levando um papo gostoso conosco. De repente me convida para o aniversário de Tarine, ela de morena ficou roxa. Percebi que o convite fora forçado por sua mãe, afinal eu nem conhecia a menina direito. Para não deixar a mãe nem a menina sem graça resolvi ir, pois ainda tinha unhas para fazer antes de ir trabalhar. Me despedi dizendo que veria a disponibilidade e que Tarine poderia me ligar. Sai e fui para a manicure.

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