- Bom dia pra você também - falei fechando a tampa da calda com um estalido.
- Fiquei sabendo que seu aniversário está perto - disse ele se sentando.
- Não sou muito ligado em aniversários, acho que a Mare vai me levar pra jantar, você pode ir também se quiser.
- Tudo bem - ele deu de ombros - É no domingo da semana que vem?
- Isso. E quando é o seu aniversário?
Ele despejou o leite na tigela, submergindo os flocos com a colher.
- Só em abril. Primeiro de abril.
- Ah, fala sério!
- É sério! - disse ele, mastigando.
- Você faz aniversário no Dia da Mentira? - perguntei, erguendo uma sombrancelha.
Ele riu.
- Faço! Você vai se atrsar. Melhor eu ir me vestir.
- Vou de carona com a Mare.
Pude perceber que ele se esforçou para agir com naturalidade quando deu de ombros.
- Tudo bem - ele disse e virou as costas para mim, para terminar de comer seu cereal.
- Definitivamente, ele está encarando você - sussurrou América, se curvando para dar uma espiada do outro lado da sala.
- Pare de olhar, besta, ele vai ver você
América sorriu e acenou.
- Ele já me viu. E ainda está te encarando.
Hesitei por um instante e, por fim, consegui reunir coragem para olhar na direção dele. Parker estava olhando diretamente para mim, com um largo sorriso no rosto.
Retribui o sorriso e então fingi que estava digitando algo no laptop.
- Ele ainda está me encarando? - murmurei.
- Sim - ela respondeu, dando risadinhas.
Depois da aula, Parker me parou no corredor.
- Não esquece da festa nesse fim de semana.
- Não vou esquecer - falei, tentando não começar a pestanejar ou fazer algo ridículo do genêro.
América e eu cruzamos o gramado até o refeitório para encontrar Travis e Shepley para o almoço. Ela ainda estava rindo do comporttamento de Parker quando eles se aproximaram.
- Oi, baby - disse América, beijando o namorado na boca.
- O que é tão engraçado? - Shepley quis saber.
- Ah, um carinha na aula que ficou encarando o Kevin durante uma hora. Foi tão fofo!
- Contanto que ele estivesse encarando o Kevin - disse Shepley, Dando uma piscadela para a namorada.
- Quem era? - Travis fez careta.
Arrumei a mochila nas costas, o que fez com que ele a tirasse dali e a segurasse para mim. Balancei a cabeça.
- A Mare está imaginado coisas.
- Kevin! Seu gradessíssimo mentiroso. Era o Parker Hayes, e ele estava dando muito na cara. Estava praticamente babando!
Travis fez expressão de nojo.
- Parker Hayes?
Shpley puxou América pela mão.
- Vamos almoçar. Vocês vão desfrutar a fina culinária do refeitório essa tarde?
América beijou-o novamente em resposta, e eu Travis os acompanhamos. Coloquei minha bandeja entre América e Finch, mas Travis não se sentou no lugar de costume, na minha frente; ele foi se sentar um pouco mais longe. Foi então que eu me dei conta de que ele não tinha dito muita coisa durante nossa caminhada até o refeitório.
- Você ta bem, Trav? - perguntei.
- Eu? Ótimo, por que? - ele respondeu, aliviando a epressão no rosto
- Você está quieto.
Vários jogadores do time de futebol se aproximaram da mesa e se sentaram, rindo alto. Travis parecia um pouco irritado enquanto revirava acomida no prato.
Chris Jenks jogou uma batata frita no prato de Travis.
- E ai, Trav? Ouvi dizer que você comeu a Tina Martin. Ela estava falando um monte de você hoje.
- Cala a boca, Jenks - disse Travis, sem tirar os olhos da comida.
Eu me inclinei para frente, de forma que o gigante sentado diante do Travis pudesse sentir toda a força do meu olhar fulminante.
- Para com isso, Cris.
Os olhos de Travis perfuraram os meus
- Eu posso me cuidar sozinho, Kevin.
- Desculpa, eu...
- Não quero que você peça desculpas. Não quero que você faça nada - ele retrucou se afastando da mesa e saindo como um raio pela porta.
Finch olhou para mim com as sombrancelhas arqueadas.
- Nossa! O que foi aquilo?
Enfiei o garfo na batata e bufei.
- Não sei.
Shepley deu tapinhas nas minhas costas.
- Não foi nada que você fez, Kevin.
- Tem umas coisas acontecendo com ele - disse América.
- Que tipo de coisa? - perguntei.
Shepley deu de ombros e voltou a atenção para o próprio prato.
- Você já devia saber que é preciso ter paciência e saber perdoar para ser amigo do Travis. Ele tem um mundo próprio.
Balancei a cabeça em negativa.
- Esse é o Travis que todo mundo vê... não o Travis que eu conheço.
Shepley se inclinou para frente.
- Não tem diferença emtre um e outro. Você só tem que seguir a onda.
Depois da aula, fui com América até o apartamento e a moto de Travis não estava lá. Entrei no quarto e me encoli como uma bola na cama dele, apoiando a cabeça no braço. Ele estava bem naquela manhã. Tínhamos passado bastante tempo juntos, e eu não consigo acreditar que não havia notado que algo o chateara. E não era só isso - me pertubava o fato de que América sabia o que estava acontecendo, e eeu não.
Minha respiração se acalmou e senti os olhos pesados; não demorou muito para que eu caísse no sono. Quando acaordei, o céu estava noturno já tinha ecurecido a janela. Ouvi vozes abafadas vindo da sala pelo corredor, entre elas o tom grave de Travis. Fui sorrateiramente até o corredor e parei quando ouvi o meu nome.
- O Kevin entende, Trav. Não fique se martirizando - disse Shepley.
- Vocês já vão juntos na festa de casais. Qual o problema em chama-lo pra sair? - América quis saber.
Meu corpo ficou tenso, e esperei para ouvir a resposta.
- Não quero namorar o Kevin, só quero ficar por perto. Ele é... diferente.
- Diferente com? - perguntou América. Parecendo irritada.
- Ele não atura minhas merdas, e isso é reconfortante. Você mesma disse, Mare. Eu não faço o tipo dele. Só não é... assim com agente.
- Você está mais próximo do tipo dele do que imagina - América disse.
Recuei fazendo omimímo de barulho possível e, quando as tábuas do asoalho rageram sob meus pés descalços, estiquei a mão e fechei a porta do quarto de Travis. Então voltei pelo corredor.
- Oi, Kevin - disse América, com um largo sorriso. - Como foi o chochilo?
- Desmaiei durante cinco horas. Isso está mais próximo de um coma do que de um cochilo.
Travis ficou me encarando por um instante e, quando sorri pra ele, veio diretamente na minha direção e me puxou pelo corredor até o quarto. Fechou a porta, e senti meu coração bater forte na peito, esperando ele dizer algo para esmagar meu ego.
Ele juntou as sombrancelha e disse:
- Desculpa, Flor. Fui um babaca com você hoje.
Relaxei um pouco ao ver remorso nos olhos dele.
-Eu não sabia que você estava bravo comigo.
- Eu não estava bravo com você. Eu só tenho o péssimo hábito de atacar verbalmente aqueles com que me importo. É uma desculpa tosca, eu sei, mas eu sinto muito - ele disse e me envolveu com os braços.
Aninhei o rosto no peito dele e me ajeitei.
- Com o que você estava bravo?
- Nada de importante. A única coisa que me preocupa é você.
Eu me afastei para olhar para ele.
- Consigo lidar com seus acessos de raiva.
Seus olhos ficaram tentando ler a expressão no meu rosto antes de um sorrisinho se espalhar por seus lábios.
- Eu não sei por que você me aguenta, e não sei o que faria se fosse diferente.
Eu podia sentir o cheiro de cigarro e menta em seu hálito e olhei para sua boca. Meu corpo reagia a nossa proximidade. A expressão no rosto de Travis ficou diferente, sua respiração ficou instável... Ele também tinha notado.
Ele se inclinou milimetricamente na minha direção, e ambos demos um pulo quando o celular dele tocou. Travis suspirou e tirou o telefone do bolso.
- Alô. O Haffman Meu Deus... tá bom. Esses mil vão vir fácil, fácil. No Jefferson? - Ele olhou para mim e piscou. - Estaremos lá. - Então desligou e me pegou pela mão. - Vem comigo - e foi me puxando pelo corredor. - Era o Adam - ele disse ao Shepley. - O Brady Hoffman estará no Jefferson em uma hora e meia.
Shepley assentiu e se levantou, pegando o celular do fundo do bolso. Digitou as informações rapidamente, convidadando para a luta os que sabiam do Círculo. Aqueles dez membros, mais ou menos, enviaram mensagens a outros dez e assim por diante, até que todos soubessem exatamente onde o ringue estaria.
- Lá vamos nós! - exclamou América, sorrindo. - É melhor a gente se arrumar.
O ar do apartamento estava tenso e alegre ao mesmo tempo. Travis parecia ser o menos afetado, calçando rárido as botas e colocando uma regata branca como se fosse sair para resolver algo trivial.
América foi comigo pelo corredor até o quarto do Travis e franziu a testa.
- Você tem que se trocar, Kevin. Não pode usar isso para ver a luta.
- Usei uma droga de cardigã da última vez e você não falou nada! - protestei.
- Não achei que você fosse mesmo da última vez. Toma - ela me jogou umas roupas -, veste isso.
- Não vou vestir isso.
- Vamos logo - Shepley gritou da sala de estar.
- Anda logo - América falou irritada, entrando correndo no quarto de Shepley.
Vesti a blusa Azul escura, que tinha a estampa do super Man na frente e que deixava os lados do meu corpo todo amostra, uma calça meio apertada preta que a América tinha jogado para mim. Depois coloquei o meu All Star branco e tentei da uma ajeitada no meu cabelo com a mão mesmo enquanto cruzava o corredor América saiu do quarto de Shep com um vestido verde curto, estilo baby doll, e sapatos de salto combinando. Quando aparecemos, Travis e Shepley estavam parados à porta.
Travis ficou boquiaberto.
- Ah, não! Você está tentando fazer com que eu seja morto? Você tem que se trocar, Flor.
- O que? - perguntei olhando para baixo.
América levou as mãos ao quadril.
- Ele está uma graça, Trav, deixe o menino em paz!
Ele me pegou pela mão e me conduziu pelo corredor.
- Coloque uma camiseta.
- O que? Porque?
- Porque, com essa blusinha aí, vou ficar mais preocupado com quem está te olhando pro seu corpo do que com o Hoffman - ele disse, parando na porta.
- Achei que você tinha dito que não ligava a minima para o que as pessoas achavam.
- A situação é diferente, Beija- Flor - Travis olhou para meu corpo e depois para mim. - Você não pode usar isso quando ir ver a luta, então por favor... só... se troca, por favor - ele gaguejou, me enxotando para dentro do quarto e fechando a porta.
- Travis! - gritei.
Eu me livrei da blusa, jogando-a do outro lado do quarto. Enfiei a primeira camiseta de algodão que vi pela frente e corri até a sala, parando na entrada do apartamento.
- Ta melhor? - perguntei, bufando de raiva.
- Agora tá! - Travis respondeu aliviado - Vamos!
Fomos correndo até o estacionamento. pulei na garupa da moto enquanto ele ligou o motor com tudo e saiu voando pela estrada até a faculdade. Apertei a cintura dele, tamanha era minha expectativa; a correria na hora de sair tinha enviado ondas de adrenalina por minhas veias.
Travis subiu no meio-fio com a moto e a estacionou na sombra, atrás do Pavilhão Jefferson de Humanas. Pôs os óculos de sol no alto da cabeça e me agarrou pela mão, sorrindo enquanto seguiamos sorrateiramente até a parte de trás do prédio. Paramos ao lado de uma janela aberta perto do nível do chão.
Arregalei os olhos quando me dei conta do que faríamos.
- Você só pode estar brincando!
Travis sorriu.
- Essa é a entrada VIP. Você devia ver como o resto de pessoal entra.
Balancei a cabeça enfiava as pernas ali para entrar, sumindo de vista logo depois. Eu me abaixei e o chamei no meio da escuridão.
- Travis!
- Aqui em baixo, Flor. É só descer os pés primeiro. Vem, eu te seguro!
- Você está louco se acha que eu vou pular no escuro!
- Eu te seguro, prometo! Anda logo, vai!Suspirei, levando a mão a testa.
- Isso é loucura!
Eu me sentei no parapeito da janela e fui indo para a frente, até que metade do meu corpo ficou pendurado no escuro. Virei de barriga para baixo e tentei tatear o chão com as pontas dos pés. Esperei que meus pés encostassem na mão de Travis , mas perdi a pegada, soltando um gritinho agudo quando caí para trás. Duas mãos me seguraram e ouvi a voz dele no escuro.
- Você cai que nem menina - le disse, dando uma risadinha.
Ele me pôs no chão e me puxou ainda mais para a escuridão. Depois de uns doze passos , eu já podia ouvir a gritaria familiar de números e nomes, e uma luz se acendeu. Havia uma lanterna no canto, que iluminava a sala o suficiente para eu conseguir ver o rosto de Travis.
- O que estamos fazendo? - perguntei.
- Esperando. O Adam tem que fazer o discurso de abertura antes de eu entrar.
Fiquei inquieto.
- É melhor eu ficar esperando aqui ou entrar? Pra onde eu vou quando a luta começar? Cade o Shep e a Mare?
- Eles foram pela outra entrada. É só me seguir, não vou deixar você entrar naquele tanque de tubarões sem mim. Fique perto do Adam, ele vai impedir que te esmaguem. Não posso cuidar de você e dar socos ao mesmo tempo.
- Me esmaguem?
- Vai ter mais gente aqui hoje. O Brady Hoffman é da Estadual. Eles tem o Círculo deles lá. Vai ser a nossa galera e a galera deles, então vai ficar uma doideira lá no salão.
- Você está nervoso? - perguntei.
Ele sorriu, baixando o olhar para mim.
- Não. Mas você parece que está um pouco.
- Talvez - admiti.
- Se isso fizer você se sentir melhor, não vou deixar nem ele encostar em mim. Não vou deixar ele me acertar nem uma vez, para agradar os fãs dele.
- Como vai fazer isso?
- Geralmente deixo eles me acertarem uma... para não parecer injusto.
- Você... deixa as pessoas te acertarem?
- Que graça teria se eu só massacrasse o adverssário e nunca levasse nenhum soco? Isso não seria bom para os negócios, ninguem apostaria contra mim.
- Que monte de baboseira - falei cruzando os braços. Travis ergueu uma sombrancelha.
- Você acha que eu estou te zoando?
- Acho difícil acreditar que você só leva um golpe quando deixa.
- Quer fazer uma aposta, Kevin Abernathy? - ele me perguntou sorrindo com um brilho nos olhos.
Sorri de volta.
- Quero. Aposto que ele acerta um soco em você.
- E se ele não acertar? O que é que eu ganho? - ele me perguntou.
Dei de ombros enquanto a gritaria do outro lado da parede se transformava num rugido. Adam cumprimentou a multidão ali reunida e depois repassou as regras.
A boca de Travis se abriu em um largo sorriso.
- Se você ganhar, eu fico sem sexo durante um mês. - ergui uma sombrancelha e ele sorriu de novo. - Mas se eu ganhar, você tem que passar um mês comigo.
- O quê? Já estou ficando lá de qualquer forma! Que tipo de aposta é essa? - perguntei, gritando em meio ao ruído.
- Eles consertaram as caldeiras do Morgan hoje - disse Travis, com um sorriso e uma piscadinha.
Um riso sem graça aliviou minha expressão quando Adam chamou Travis.
- Qualquer coisa é válida para tentar ver você em abstinência, pra variar.
Travis me deu um beijo no rosto e foi andando, com um porte orgulhoso. Fui atrás dele e, quando passamos para a sala seguinte, fiquei assustado com a quantidade de gente reunida naquele pequeno espaço. Só havia lugar em pé, e os empurrões e a gritaria aumentaram quando entramos. Travis assentiu em minha direção, e Adam pôs a mão no meu ombro e me puxou para seu lado.
Eu me inclinei para falar no ouvido dele:
- Duas no Travis.
Adam ergueu as sombrancelhas quando me viu puxar duas notas de cem do bolso. Ele estendeu a palma e bati com as notas na mão dele.
- Você não é a Poliana que eu achei que fosse - ele falou me olhando de cima a baixo.
Brady era pelo menos uma cabeça mais alto que Travis, e engoli em seco quando os vi em pé, prontos para o combate, Brady era enorme, tinha duas vezes o tamanho de Travis e era só musculos. Eu não conseguia ver a expressão no rosto de Travis, mas era óbvio que Brady estava ali para derramar sangue.
Adam aproximou os lábios de minha orelha e disse:
- Acho que você vai querer tapar os ouvidos, menino.
Coloquei as mãos em concha uma de cada lado do ouvido, e ele sinalizou o começo da luta com o magafone. Em vez de atacar, Travis deu uns passos para trás. Brandy desferiu um golpe do qual ele desviou indo para a direita. O adversário atacou de novo, e Travis abaixou a cabeça, desviando para o outro lado.
- Que merda é essa?! Isso não é uma luta de box, Travis! - Adam gritou.
Travis deu um soco no nariz de Brady. O barulho no porão era ensurdecedor. Travis acertou um gancho de esquerda no maxilar do adversário, e levei as mãos a boca quando este tentou acertar mais alguns socos, mas todos atingiram o ar. Brady caiu de encontro a seu séquito quando Travis lhe deu uma cotovelada no rosto. Achei que a luta estava quase terminando, porém Brady voltou a lançar golpes, mas parecia que ele não conseguia mais manter o ritmo. Ambos estavam cobertos de suor, e tive um sobressalto quando Brady errou mais um soco, batendo forte a mão em uma pilastra de cimento. Quando ele se curvou segurando o punho cerrado, Travis partiu para o ataque final.
Ele foi implacável, acertando primeiro o rosto de Brady com o joelho, depois golpeando-o com os punhos cerrados repetidas vezes, até o adversário cambalear e cair. O barulho foi às alturas quando Adam saiu do meu lado para jogar o quadrado vermelho sobre o rosto ensanguentado de Brady.
Travis sumiu entre os fãs, e pressionei as costas na parede, tateando o caminhoaté chegar à entrada por onde tinhamos vindo. Chegar onde estava foi um alivio imenso. Eu estava aflito, com medo de ser nocauteado e pisoteado.
Meus olhos focaram na entrada, e fiquei esperando que a multidão dispersasse. Depois de vários minutos sem sinal de Travis, eu me preparei para fazer os passos até a janela. Com o número de pessoas que tentavam sair ao mesmo tempo, não era muito seguro ficar andando por ali.
Assim que pisei na escuridão, ouvi o som de pegadas esmagando o concreto solto no chão. Travis estava em pânico procurando por mim.
- Beija-Flor!
- Estou aqui! - grite, correndo para os braços dele.
Travis baixou o olhar e franziu a testa.
- Você quase me matou de susto! Quase tive que começar outra luta só pra vir te pegar... Eu finalmente chego aqui e você não estava!
- Que bom que você voltou. Eu não estava lá muito ansioso para achar a saída no escuro.
Sem mais nenhum traço de preocupação no rosto, Travis abriu um sorriso.
- Acho que você perdeu a aposta.
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