Paulo Cabral Cap.7

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 870 palavras
Data: 15/05/2016 04:26:04

Cap.7

-Quem era ? - ele perguntou, me olhando.

-Não... Não era ninguém importante... Vamos logo antes que algum vândalo faça algo com o seu carro...

MINUTOS DEPOIS

Eu fiquei pensando naquilo dentro do carro. Nunca, desde quando começei a fazer essas coisas eu deixei um programa passar. As vezes, até mesmo doente eu satisfazia os meus clientes. E agora, por causa desse furacão em forma de homem, eu recusei um cliente. Queria entender porquê de repente fiz algo assim.

-Mãe ? - entrávamos na casa da mãe dele. Eu estava meio envergonhado, afinal não conhecia nada nem ninguém ali, mas apenas o segui.

-Oi filho... - uma mulher apareceu, saindo da cozinha – o que está fazendo aqui a essa hora ?

-Vim pedir para a senhora ficar alguns minutos com a Leandra e o Gabriel aqui...

-Quem é Gabriel meu filho ?

-O filho dele... - falou, me olhando – este é o Paulo. Ele é meu vizinho, vamos ver o meu carro agora, que está com o pneu furado.

-Ah sim, você me falou ontem... - Gabriel olhou para mim, como se não quisesse ficar.

-Não fique com medo querido, eu volto logo. É só alguns minutos...

-Tudo bem... - falou ele, se soltando de mim.

-Vem Gabriel, vamos ver os brinquedos que eu tenho aqui – Leandra dizia, puxando ele.

-Fiquem tranquilos, eu cuido deles...

MINUTOS DEPOIS

Ele havia deixado o carro dele em um lugar seguro, dentro de um estacionamento.

-Porquê você não levou na borracharia logo ?

-Porquê ia dar muito trabalho... Prefiro comprar o pneu e trocar... - ele havia comprado um pneu para o carro no caminho. Eu apenas ajudei, ele fez tudo praticamente. E durante alguns segundos eu só consegui ficar olhando para os músculos dele trabalhando, ao mesmo tempo que queria não olhar, que preferia virar o rosto, na tentativa de não pensar nele daquela forma...

MINUTOS DEPOIS

-Pronto ! - dizia ele, se levantando – o pneu já está trocado...

-Não imaginei que um executivo soubesse trocar um pneu...

-Qual é ? Acha que só porquê eu tenho dinheiro que sou diferentão ? - ri

-Espera... - ajeitei a roupa dele que depois daquele esforço, estava bagunçada. Naquele momento, acabei pegando em diversos músculos dele, e quando ele olhou no meu rosto, a vergonha bateu.

-Você quer jantar comigo hoje ?

-Como assim ?

-É que ontem nós jantamos na sua casa. Nada mais justo que jantarmos na minha hoje. Eu cozinho bem, sabia ? Sempre cozinhava quando... - ele olhou pro chão – bem... você sabe. E agora que posso ter uma companhia perto vou voltar a cozinhar...

-Tá bom executivo, eu e Gabriel jantaremos na sua casa hoje. Mas quero comida boa ein...

-É sério, eu cozinho bem mesmo ! - ri

-Tudo bem... Então estarei lá, a noite...

MINUTOS DEPOIS

Depois dele ter trocado o pneu do carro dele, fomos cada um no seu carro em direção a casa da mãe dele. Ao chegar, me deparei com duas criancinhas jogadas no chão, fazendo um desenho.

-Gabriel, cheguei ! - falei. Assim que ele me viu, veio correndo até mim...

-Olha Paulo, o que eu fiz... - logo tomei o desenho em minhas mãos. Desde cedo percebia que ele tinha talento para desenho. Os desenhos dele não eram típicos de criança, e isso não era ceguice de pai-irmão. Ele havia desenhado um homem alto, e um garoto do lado, como se estivessem sentados, fazendo alguma coisa.

-Quem são esses Gabo ?

-Eu e você... Lembra que a gente assiste desenhos juntos ?

-Lógico que lembro – falei, sorrindo. Quando olhei um pouquinho mais pro lado, vi um desenho também parecido com uma pessoa, porém sem pintura nenhuma – e isso aqui, o que é ?

-A nossa anjo da guarda... - sempre tentei amenizar a morte da nossa mãe no cérebro dele. Principalmente quando chegava o dia das mães, e não tinha mulher nenhuma para acompanhá-lo nas festinhas para as mães, e acabava sendo eu quem o acompanhava.

“-Porquê eu não tenho uma mãe como todo mundo Paulo ? - ele perguntava, logo depois de eu dizer que iria na sua festa de Dia das Mães.

-Quem disse que você não tem mãe ? Você tem mãe sim, só que ao contrário das outras, ela te protege lá do céu... - dizia, sempre com o coração na mão – ela é nossa anjo da guarda !”

Sempre que eu lembrava daquilo, ficava abatido.

HORAS MAIS TARDE

No apartamento dele, tomava vinho enquanto as crianças brincavam e ele cozinhava.

-Já está quase pronto... - falava ele, saindo com um avental super esquisito da cozinha.

-Onde você comprou esse avental estranho ?

-Eu já tenho ele há muito tempo...

-Sei... - falei rindo.

-Porquê você tá assim tão calminho ?

-Gabriel me deixou pensativo...

-Por causa daquele desenho...

-Sim. Eu sempre tentei fazer com que ele sentisse o mínimo possível de falta da nossa mãe, para que não sofresse tanto. Mas as vezes não dá, não é ?

-Você é um ótimo pai-irmão... Mas nem os pais podem fazer tudo...

-É, você tem razão... Precisa arrumar este apartamento – falei, olhando ao redor...

-Ah, depois que a Flávia foi embora eu já não ligo muito para esse apartamento.

-Mas tem que ligar, ou você quer morar num chiqueiro ? Depois do jantar eu vou fazer você botar a mão na massa...

E a partir de então, nos tornamos amigos...

Continua

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Comentários

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Tô adorando essa aproximação dos 2! Amei ler este capítulo!

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Estou gostando e esperando que eles deem um passo nessa amizade.

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