Continuação...
"Sabe, se vc quiser continuar saindo comigo, sem um compromisso, eu estou aqui."
Eu não reconheci o número e respondi a mensagem, perguntando:
-Quem é vc?
Ao que logo a pessoa respondeu:
-Valéria.
Eu não respondi a mensagem. Comecei a chorar. Aquilo tudo era muita imbecilidade da parte dela.
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A semana passou voando.
Felizmente, eu pude encerrar a última semana de aula e estava fazendo fisioterapia com um médico qualquer. Sim, eu optei por fazer com outra pessoa, não queria me apegar a Tamires, afinal, eu passaria dois meses fora de casa, nas férias.
Quanto a Valéria, bem, ela não falou mais comigo depois daquela mensagem, nós não nos vimos mais e assim, estava bom.
Eu não acreditava que como em menos de 5 meses, minha vida havia mudado radicalmente.
Primeiro, eu havia sido pega por dois homens que trabalhavam pra uma traficante, depois havia conhecido a Valéria, que na verdade, era a ex da traficante... Nós tivemos um "caso relâmpago" e depois veio Giovana, com quem eu "namorei" por dois meses. Nós terminamos, então eu tentei entrar em um convento, aí se passou mais um mês, acabei com os pulsos cortados, no hospital e com... Valéria...
Acabamos tendo algumas discussões, conheci Manuela, o que foi só uma noite... Quando voltei com Valéria, descobri mais sobre ela, que ela era "mulherenga", mas mesmo assim, decidi arriscar, então, mais um mês se passou. Ela terminou comigo, me disse que não me amava. Eu sofri um acidente, fui parar em um hospital novamente, conheci uma quarta pessoa, com quem não quis arriscar e agora, passaria por uma viagem de dois meses no litoral...
"Espero que isso seja o suficiente pra esquecer tudo...", pensei, enquanto arrumava tudo pra viagem. Júlia me buscaria em alguns minutos, fazia tempo que não a via.
-Mãe, estou pronta! -Falei indo até onde minha mãe estava, na cozinha.
-Filha! -Falou minha mãe me abraçando, dois meses é bastante tempo. -Pegou tudo que precisa? -Perguntou preocupada.
-Sim, mãe. Protetor, maiô, shorts pra banho, óculos escuro, toalhas, roupas leves e confortáveis, celular, dinheiro... Acho que sim! O resto tem na casa de Júlia. -Respondi. Os pais de Júlia tinham uma casa na praia e era pra lá que iríamos.
-Camisinhas? -Perguntou. Ela sempre me vinha com isso.
-Mamãe!
-Eu só quero seu bem meu amor. -Me disse sorrindo. Ela não sabia nada sobre mim mesmo...
Ouvimos a buzina de um carro e Júlia entrou em casa.
-Bom dia, tia. -Disse Júlia a minha mãe.
-Bom dia.
-Oi Héli! -Me deu um forte abraço, desde que sofri o acidente não nos víamos.
-Oi, Júlia. -Retribui o seu gesto.
-Vamos? -Disse Júlia, me olhando. -Nosso ônibus sai as 9.
-Sim, vamos. -Respondi. -Tchau, mamãe. -A abracei de novo.
-Tchau, querida. -Respondeu.
Nós saímos e o pai de Júlia nos deixou na rodoviária.
A viagem foi tranquila, até por que, eu fui dormindo.
-Héli, acorda! Nós chegamos. -Júlia me chamou.
Eu acordei e nós descemos. Ao longe, eu pude avistar o mar. Era lindo!
Nós andamos um pouco até chegarmos na casa de praia dos pais de Júlia. Era pequena e confortável.
-A Valéria não se importou que vc viesse? -Júlia perguntou assim que entramos. Ainda pensava que estivéssemos juntas.
-Não... -Menti, não iria dizer que levei um fora, pra não receber um olhar de pena.
-Hum... Vamos na praia? Depois a gente almoça num restaurante pode ser?
Eu concordei e nós fomos nos arrumar.
Continua...
Olá meninas, hoje não quis deixar vcs na curiosidade, mas espero que comentem. Bjs