Depois de quase uma hora, minha Vó desceu do cavalo.
- Puta merda - desse ela enxugando o suor da testa - nunca vou me cansar de cavalgar.
Sorri.
- Bom, tenho que te mostrar a casa não é mesmo? - ela continuou.
Assenti com a cabeça.
Entramos novamente em casa, e ela me levou em cada cômodo, fazendo eu me sentir em casa. Ela me levou a uma suíte grande no segundo andar, com uma cama de casal, TV e uma sacada enorme.
- Você vai ficar aqui querido.
- Nossa é muito grande! - falei surpreso.
- Iii aproveita bobo - ela disse sacudindo a mão no ar - agora vou te deixar a vontade pra se acomodar ta bom?
- Ta bom vó, obrigado.
Ela desceu as escadas.
Me sentei na cama, era macia.
Seria fácil me adaptar a esse lugar.
Desfiz minha mala e enchi o guarda-roupas, com minhas coisas.
Haviam toalhas em cima da cama.
Peguei uma e fui até o banheiro do quarto, tomei um banho morno, e tirei um cochilo.
Acordei com meu celular tocando, era minha mãe.
- Alô!
- Oi filho, achou a casa de sua vó?
- Achei sim mãe.
- Olha, esse fim de semana eu vou aí para resolver sobre a sua transferência se você ainda quiser ficar ai.
- Ta bom.
Conversamos mais alguns minutos e desliguei o celular.
Já estava escurecendo, desci as escadas, e havia barulho na sala de jantar.
Fui até lá, a grande mesa de madeira estava cheia, era hora do jantar.
Tinha me esquecido que na roça as pessoas jantam cedo.
- Oi, querido, vem jantar - minha Vó disse quando me viu entrando - não quis te acordar.
Sorri.
Minha Vó estava sentada a cabeceira da mesa, e os outros lugares estavam ocupados pelos empregados da casa, parecia que eles eram uma grande família.
O único lugar vazio era ao lado de Tadeu.
Sentei a seu lado.
Minha Vó me apresentou para os outros que eu ainda não tinha visto, todos foram muito receptivos.
Durante todo o jantar eu conversei com Tadeu, mas ele sempre se mostrava fechado, e nunca olhava pra mim.
Terminamos de jantar e todos se dispersaram, cada um pro seu quarto, e eu subi pro meu.
Peguei meu celular, e fui até a sacada.
Meu quarto ficava na parte de traz da casa, e dali era possível ver o quão gigante era a fazenda, pensei até ter visto um rio passando pela propriedade.
O vento fresco me fazia bem.
Na escuridão da noite percebi um movimento, à alguns metros da casa.
Era Tadeu, ele tinha um lampião na mão e estava andando pra mais longe da casa.
Não sabia por que, mas decidi ir atrás dele.
Podia ser cedo pra querer outro homem depois de Eduardo, mas não queria nada sentimental, só queria o corpo dele.
E também seria uma maneira excelente de esquecer meu tio.
Desci as escadas, e sai pela escuridão da noite atrás de Tadeu, me guiando apenas pela luz de seu lampião.
Depois de andar cerca de trinta minutos chegamos a um rio, acho que o mesmo que vi da sacada do quarto.
Ele tirou a bota, o chapéu e desabotoou a blusa até o final, mas não a tirou.
Ele dobrou a calça jeans até os joelhos e se sentou na beirada do rio com as pernas dentro d'água.
- Oi? - falei baixo pra não assusta-lo, mas parece que não funcionou.
Ele se virou rápido, com os olhos arregalados.
- Calma sou eu.
Eu ri, e ele se virou novamente pro rio.
Tirei meu chinelo e me sentei ao seu lado.
- Ta fazendo o que aqui? - ele me perguntou.
- Vim atrás de você.
- Pra que exatamente?
- Ah sei lá - respondi - eu tava a tóa lá no quarto e te vi andando, vim atrás pra ver se tem alguma coisa interessante pra fazer aqui.
Ele só assentiu com a cabeça e deu um sorriso.
- e você ta fazendo o que aqui? - perguntei.
- Eu venho pra cá toda noite depois do jantar, é bom pra pensar e ficar a tóa.
- entendi.
Ficamos em silêncio por um bom tempo até que quebrei o gelo.
- Dá pra nadar nesse rio?
- Não exatamente nadar - ele riu - é muito razo, mas dá pra se refrescar.
- Bom, como a noite está quente, acho que vou me refrescar então.
Ele me olhou.
- Acho melhor deixar pra amanhã - ele disse - o rio é bem calmo, mas nesse escuro não da pra ver nada, pode ser perigoso.
- Você ta aqui, qualquer coisa me ajuda.
Nós rimos.
Eu tirei minha blusa, meu short preto e entrei na água de cueca.
Tadeu não esboçou reação, não olhou pra minha bunda (o que eu achei que ele faria) e não disse nada.
Realmente o rio era muito razo, a água batia na minha cintura.
Conversamos assuntos aleatórios por, vários minutos, até que senti algo cortando meu pé.
- Ái porra - gritei
- O que foi - ele pareceu assustado.
- Alguma coisa cortou meu pé.
Ele entrou na água imediatamente e me trouxe para a margem do rio.
Meu pé nao sangrava muito, mas estava ardendo.
- Você deve ter cortado em alguma pedra ou coisa do tipo.
- Merda.
- Consegue pisar?
Me levantei, e coloquei o pé no chão, ardia muito, queimava.
- Acho que não.
Ele pensou um pouco.
- Vamos pra minha casa, é aqui dentro da fazenda, e ta bem mais perto do que o casarão, posso limpar seu pé lá.
Concordei com a cabeça.
Ele calçou suas botas, pegou minhas roupas e me entregou o lampião.
Me pegou no colo e começou a caminhar.
Menos de dez minutos depois chegamos a uma casa pequena mas bonita e aconchegante.
Haviam mais algumas casas como aquela ao redor, deduzi que os trabalhadores da fazenda moram todos naquelas casas.
Entramos na casa, tinha uma pequena sala, um quarto grande ao lado, depois um banheiro, e uma cozinha ao fundo.
Ele me sentou no sofá, foi até os fundos da casa, trouxe uma bacia com água e uma caixa com álcool, algodão e esparadrapo.
Ele me entregou uma toalha para eu me secar.
Ele lavou meu pé com água, depois passou álcool, ardeu muito, depois limpou com o algodão e fez um curativo com o esparadrapo.
- Pronto? - ele perguntou - ta doendo menos?
- Acho que sim, obrigado.
- Mal chegou e já ta fazendo arte.
Rimos bastante.
- Vou tomar um banho e já volto pra te levar pro casarão.
- Ta bom.
- Quer uma cueca seca emprestada?
- Se não for incômodo - respondi.
Ele entrou no quarto, voltou com uma cueca na mão e a jogou pra mim.
Ele entrou no banheiro.
Troquei de cueca.
Eu me levantei com dificuldade e entrei em seu quarto, tima uma cama de casal bem grande encostada na parede, uma guarda-roupas pequeno com muitos espelhos.
Me deitei na cama.
Depois de pouco mais de cinco minutos ouvi a porta do banheiro se abrir, ele foi até a sala e não me achou.
- Iago?
- Estou aqui.
Ele entrou no quarto com um sorriso no rosto.
Ele usava shorts, e uma camiseta apertada.
- Ta fazendo o que ai? Vamos logo, já ta tarde.
- Justamente, já ta tarde - falei olhando pra ele - acho melhor eu dormir aqui essa noite e amanhã cedo eu vou pro casarão.
Ele suspirou fundo.
- acho que sua vó não vai gostar disso, você nem avisou.
- Não vai ter problema.
- Se você ta dizendo.
Ele tirou a camiseta e os shorts me deixando em êxtase.
Que corpo era aquele.
Pernas muito torneadas, braços gigantescos, barriga totalmente sarada e definida e um peitoral capaz de derreter qualquer um, tinha alguns pelos no peito, o que o deixava com mais jeito de macho.
A cueca box marcava uma bunda redonda, e um pacote bem grande.
- Ta fazendo o que? - perguntei.
- Eu costumo dormir só de cueca.
Ele se deitou do meu lado pra minha surpresa.
- Você vai dormir aqui? - falei tentando parecer assustado, mas na verdade estava adorando - o que você queria? Que eu dormisse no sofá? Vai esperando.
Ele riu e eu também.
Não tentei nada durante a noite, afinal, ainda era cedo demais.
Tive um sonho estranho, onde Eduardo gritava comigo e dizia coisas horríveis, depois ia embora dizendo que não queria mais me ver.
Acordei assustado, e Tadeu acordou também.
Ele estava muito sonolento.
- o que foi? - ele perguntou.
- tive um sonho ruim.
- Vem cá que eu te protejo.
Ele passou o braço enorme sobre mim e me puxou com força até seu corpo, me fazendo ficar colado a ele.
Podia sentir o pau dele mesmo mole roçando minha bunda, e aquele peitoral encostando minhas costas.
Continua...