Olá a todos, me chamo Mariana, porém já fui Vitor. Tenho 22 anos, e irei narrar por estes contos a minha transformação e desabrochar em fêmea. Todos os acontecimentos aqui relatados são reais e me levaram a ser o que eu sou hoje.
Sempre me voltei, e me identifiquei mais com o universo feminino, talvez por ter sido criado em um ambiente propicio a isso. Desde que me conheço por gente, morei apenas com minha mãe e duas irmãs mais velhas que eu, ou seja, com a falta de uma figura masculina presente e proeminente na minha vida. Me sentia atraído por aquele universo, adorava presenciar minha mãe se maquiando, minhas irmãs se arrumando... Eram tantas possibilidades, tantas combinações, um mundo inteiro a ser descoberto naqueles guarda roupas. Acredito que elas tenham percebido o meu fascínio pelo mundo feminino, pois não era raro perguntarem as minhas opiniões em relação às suas roupas, esmaltes, maquiagens. Também me levavam para fazer compras junto com elas e opinar nas escolhas de roupas. No fundo invejava aquilo, queria ser uma delas, poder compartilhar das mesmas coisas me sentir incluído naquele universo. Me odiava por ter nascido homem e ser privado de tudo aquilo. Lembro-me de chorar quando deitava a noite para dormir pensando nessas coisas...
Minha infância não foi muito diferente da maioria, desde novo fui um garoto franzino, diríamos até que frágil, minha pele sempre branquinha e estatura baixa, ao comparado com os outros. Me sentia diferente, deslocado dos demais coleguinhas de classe, não pela aparência, mas pelo comportamento. As ‘brincadeiras de menino’ nunca me atraíram, não era competitivo e tampouco atlético. Preferia passar os intervalos na sala, ou nos refeitórios, facilmente fazia amizade com as meninas da sala, achava muito mais divertido as conversas com elas, eu podia ser eu mesmo. Os apelidos logo vieram, mariquinha, viadinho dentre outros tantos que tive que ouvir nesse tempo, mas eu não me importava; ao menos fingia que não. Eu realmente gostava da companhia das garotas e de me sentir incluído com elas.
Infelizmente fui me afastando de minhas irmãs aos poucos, elas foram ficando adolescentes, arranjando outras amizades na escola, me deixando pra escanteio. Nessa época troquei para uma escola diferente, perto da minha casa onde infelizmente não consegui fazer muitas amizades. Estava na época com 12 anos, e eu sentia que as coisas estavam mudando...
O grande ponto de mudança na minha vida, foi quando minhas irmãs foram fazer uma viagem escolar. Ambas estavam no ensino médio e iriam para outro estado junto com a turma passar duas semanas nas férias de julho. Minha mãe, por ser solteira e ter de trabalhar dobrado para poder nos sustentar, pouco passava em casa, saindo logo cedo pela manhã, e retornando para casa só após às 20h.
Então me vi, numa situação até o momento nova para mim. Teria a casa toda para mim o dia inteiro. Nos primeiro dias, voltava da escola ao meio dia, e passava o tempo todo jogando videogame e usando o computador (que tinha de dividir com minhas irmãs quando estavam em casa). Estava gostando e me acostumando aquilo, porém minha mãe me deixou responsável pelas as atividades da casa nesse tempo. Não que eu não fizesse nada antes, mas acredito que as minhas irmãs, por serem mais velhas acabavam ficando com mais trabalho do que eu.
Naquele dia em específico fiquei encarregado de limpar os quartos, que estavam uma bagunça. Devo informar que nossa casa tinha três quartos. Uma suíte, na qual minha mãe dormia, o quarto das minhas irmãs, que dormiam juntas, e o meu. Comecei pelo meu, dando uma geral, limpando o chão, recolhendo as roupas sujas e jogando fora os lixos. Logo após me encaminhei ao quarto das minhas irmãs. Fazia um certo tempo desde que não pisava lá dentro, desde que elas viraram adolescentes nossa amizade foi se distanciando, para minha tristeza. Ao começar a limpeza lá dentro, comecei a lembrar de como eu invejava as roupas femininas, e de como gostava daquilo, pensei em abrir o guarda roupa para dar uma olhadinha. Tentei resistir à esses pensamentos. Não era certo, pensava eu. Mas o que eu tinha a temer? Minhas irmãs estavam a mais de 1.000km de distância, minha Mãe, só iria voltar para casa depois das 20h. Tinha todo o tempo do mundo para olhar o que eu quisesse.
- Isso é coisa de pervertido… - Pensava. - Passei meia hora esfregando o chão do quarto dela, remoendo esses pensamentos.
Até que por um surto de coragem, abri uma das portas do guarda roupa. Minhas irmãs tinham uma vasta coleção de roupas, o armário estava praticamente lotado. Fiquei boquiaberto por um tempo olhando para os mais diferentes tipos de roupas lá dentro, saias, blusinhas, casaquinhos, vestidos, diversos acessórios… Comecei a passar minha mão, adorava os tecidos de roupas femininas, tão levinhos e macios. Foi como se eu tivesse voltado àquela época em que eramos próximos e eu as invejava.
Peguei na mão uma saia que adorava da minha irmã. Uma saia plissada branca, que ficava um pouco acima dos joelhos. Era tão macia e feminina. Me senti instintivamente atraído. Tirei-a do cabide e coloquei em cima da cama.
O que eu estava pensando? E se elas descobrissem que eu havia mexido nas coisas delas? Meu pênis deu sinal de vida por debaixo das calças. Devo informar que meu órgão sempre fora muito diminuto. Por falta de amigos e convivência masculina não sabia qual era o tamanho considerado normal ou não para alguém da minha idade, só fui descobrir um tempo depois ao me deparar com um de um colega da minha turma…
Meu coração estava saindo pela minha boca, sentia arrepios pelo meu corpo, aquela sensação de estar fazendo algo que não devia estava me consumindo. Mas ao mesmo tempo era algo bom, era algo que eu desejava a muito tempo, disse para mim mesmo que eu tinha que despir de meus pudores pois dificilmente teria outra chance como essa. Lentamente fui tirando a calça que estava vestindo, o momento havia chegado. Apanhei a saia de cima da cama e fui colocando, primeiro uma perna, depois a outra. Adorei a sensação do tecido com a pele, era realmente gostosa de se usar, e havia ficado muito boa em mim.
Me admirei no espelho, balançando de um lado para o outro. Não conseguia parar de sorrir. Um sorriso tímido, de realização. Estava vestindo minha primeira peça feminina, de muitas. Aquilo me deu um súbito de coragem e até, diria, de ousadia da minha parte. Eu queria mais, eu desejava mais, a menina que estava adormecida dentro de mim estava acordando, e ela, não poderia parar. Não queria parar. Doze longo anos adormecida, ela deveria vir para fora. Foi como se eu estivesse renascendo.
Por quê demorei tanto tempo para fazer isso?
Foi como um clique. Nunca havia me sentindo tão bem desse jeito. Uma euforia tomava conta de mim, meu corpo parecia que recebia pequenos choques elétricos. Abri uma das gavetas. A gaveta das roupas intimas. Meu coração deu um pulo. Será que estava pronto pro próximo nível? Peguei uma calcinha. Branquinha, com rendinhas e corações. Meiga, pensei comigo. Se estou vestindo uma sainha, porquê não uma calcinha pra combinar, não é mesmo? Tirei e me livrei de minhas cuecas. Fiquei comparando as duas, minha cueca preta e sem graça com aquela calcinha fofa. As meninas são tão sortuda, pensei comigo.
Tomei coragem e coloquei a calcinha. Aquele tecido gostosinho contra a minha pele me fez dar um gemidinho gostoso, ela ficava apertadinha na parte de trás da minha bunda, nunca tinha experimentado algo assim, mas havia gostado. Levantei a saia e me olhei de costas no espelho. Gostei do que vi, parecia que havia nascido para usar calcinhas. Depois me olhei de frente. Meu pequeno órgão mal marcava a calcinha. Sorri, feliz ao constatar isso. Logo depois tirei a minha camiseta, pegando uma blusinha mais feminina. Havia completado meu look. E ao me olhar no espelho, vi refletido pela primeira vez uma garota, ou ao menos algo parecido com uma. Talvez se meu cabelo fosse um pouco maior… Mas algo estava faltando. Maquiagem, é isso!
Apesar de ter presenciado minhas irmãs e minha mãe se maquiado por diversas oportunidades, nunca havia de fato utilizado. Mas, por saber mais ou menos os passos, apenas tratei de resgatar da memória e aplicar em mim. Blush, delineador, corretivo, batom. Apliquei uma maquiagem bem leve, porém feminina. Me olhei novamente no espelho grande. Certamente havia melhorando muito minha aparência, quem sabe saindo na rua facilmente seria confundido com um garota.
Passei o resto do dia limpando a casa vestido como menina, afinal não tinha o que temer. Era muito gostoso usar saia, sentir o ventinho por debaixo das pernas, sentir a calcinha apertando minha bundinha, a blusinha marcando meu corpo. Estava amando tudo aquilo. Infelizmente estava chegando o tempo da minha mãe voltar do trabalho, removi a maquiagem, devolvi as roupas das minhas irmãs ao guarda roupa, me vestindo com as minhas próprias com lágrimas no rosto mas feliz, pois sábia que teria mais uma semana para aproveitar daquele universo…. Mal sabia eu que minha vida iria mudar completamente daqui pra frente...
Continua...