Introdução.
As vezes a vida não ajuda muito, passamos a infância inteira acreditando em contos de fadas e em super heróis...mas desde cedo não tive uma vida muito fácil. Meu pai nunca o conheci, ele se foi depois do parto de minha mãe, apenas deixou uma frase anotada “agora você estará melhor assim, mais tarde tudo vira a tona, o pai te ama muito”.
Minha mãe se esforçou pra cuidar de mim e nunca deixar faltar nada em casa, até meus 13 anos, quando descobrimos que ela tinha uma doença rara. Não larguei os estudos, mas comecei a trabalhar para sustentar a casa, então estudava na parte da manhã, a tarde e noite trabalhava.
Sempre fui diferente em todos os sentidos. Era o pobretão da escola, aluno bolsista de um grande colégio. Mas aos 15 anos algo diferente e muito fora do comum aconteceu. Era final de semestre e por ter que fazer algumas horas extras esqueci de estudar para uma prova final, e se tirasse menos que oito, perderia minha bolsa.
Quando professor atravessou o corredor que estava minha carteira e entregou minha prova, apenas fechei os olhos e fiz um prece aos céus “preciso dessa bolsa, me ajuda. Só dessa vez” , mas foi em vão , quando peguei a prova percebi que realmente não sabia muito, não o suficiente para passar.
- Idiotas, a prova está difícil mesmo, não agüento mais minha mulher, todo dia ela me tira a paciência. – do professor começou a resmungar. Mas continuei com a atenção na prova.
- nossa vou bombar – dessa vez que se expressou foi Matheus. – Mas como ele estava falando o professor era muito rígido com conversa em provas. Qualquer barulho ele esbravejava.
- Dancei.
- o que será que tem de comida no almoço?
-será que ele vai me ligar amanha ?
-certeza que a um é a alternativa a.
Todos começaram a falar ao mesmo tempo, quando levantei minha cabeça percebi que nenhum falava, mas as vozes ecoavam por minha cabeça. Todas as vozes juntas, altas, gritando, chorando. Tentei tapar meu ouvidos ,mas as vozes continuavam. Uma dor tomou conta de cada parte do meu corpo e então tudo ficou preto.
Não lembro muito bem como tudo ocorreu depois, só que como um dom ou uma maldição, eu conseguia ler os pensamentos dos outros, eram nítidos em minha mente o que cada mantinha mais oculto, mas no começo eu não conseguia controlar e era um falatório em minha cabeça que quase pirei, mas com o tempo eu aprendi a controlar e tudo foi se adequando.
Ate chegar as 16, nessa idade lampejos do nada vinham em minha mente, como visões, que com o passar do tempo percebi serem pequenos fatos do futuro, uma vez vi uma pequena garota cair de uma escada do meu colégio, no outro dia eu o vi a cena acontecer na minha frente. Não contei pra ninguém dos meus novos “dons” não sabia o que eles significavam ou pior,o que eu me tornará.
Meu nome é Eduardo, hoje tenho 18 anos, estou na faculdade, faço direito. As visões e os pensamentos não pararam, acho que talvez eu não tenha uma vida social mais agitada por conta deles e dos estudos,, ouvir o que todos realmente pensam de você fica difícil sair com alguém,ir a baladas ou festas.
Faço direito obrigação, não gosto da área, mas sei que da dinheiro e posso cuidar da minha mãe, minha única razão nessa vida.
Minha historia é diferente, é a historia de um garoto que não começou a vida ainda, que nunca conseguiu beijar ou amar alguém, que sempre foi certinho demais para sair, que tem que trabalhar quase todo o final de semnaa a quem a vida nunca ajudou.
Era uma segunda-feira normal na faculdade, eu tinha amigos coisa rara, o Sam e o Fred. Sam era meu melhor amigo, sabia de tudo o que acontecia na minha vida, o que não era muito, mas um dia tive que lhe contar meu segredo.
-eu to te falando cara, você podia dar um jeito de prever as questões da prova. Eu to ferrado, essa porcaria de direito penal não entra na minha cabeça.
- Sam eu já disse que não e assim que acontece, e lógico que não entra na sua cabeça, não sei por que faz direito, se você ama aquela porcaria de matemática.
-Quando seu pai for um policial e o que te resta é PM ou direito .
-bom ta ae uma boa hora pra se não ter pai- nos dois rimos e entramos na sala, como todo o dia eu li rapidamente os pensamentos de todos na sala. Se tornou um habito,chegava a ser cômico. Sarah ranche só pensava em David Lopes, que por sua vez queria Agata Denius, que suspirava todo dia em Roberto Parquer que so estava com Suelen colins por seu dinheiro.
- Hey alguma novidade? – perguntou Sam me tirando do transe...
-Não tudo igual, a não ser que Sarah está gravida, caramba – a encarei melhor, ela estava com no canto da janela, com um ar preocupado, como uma boa patricinha passava um retoque de pó, mas parou para olhar no fundo de seus olhos.
“Um bebê, logo agora, logo dele”
Quando ia me esforçar mais para saber quem era o pai, meu olhar ficou turvo, e escureceu, vi uma cruz e um anjo com uma foice na mão, igual ao do cemitério que enterramos minha avó.
-Lógico essa da pra todo mundo. – Sam pegou em meu braço e não percebeu que acabará de ver que ela cometeria um aborto. Me recompus e decidi tentar conversar com ela ao final da aula.
-ah mais....-algo me tirou do ar novamente, não foi uma visão, foi um pressentimento, tipo sem imagens, apenas um sentimento. E foi Bem nesse instante que ele entrou na sala. Ele era perfeito, cabelos negros com olhos azuis era alto seus músculos marcavam a camiseta preta que contrastava com sua pele branca, e o cheiro de seu perfume tomou conta da sala.
Nunca havia visto ele, me concentrei para ler seus pensamentos foi então que algo me espantou. Ele não disse nada, seus pensamentos estavam ocultos pra mim, nada não ouvia nadaSou novo aqui, espero que gostem. Por favor me deem sugestões, me enviem por e-mail
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