3ª PARTE
CAPÍTULO 6
A DE ADEUSJorge, Mike e Gabriel transavam tão selvagemente que os gemidos de Mike, berros de Gabriel e urros de Jorge acordaram Alice em seu quarto.
- Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus!
Alice se levantou da cama tropeçando tentando fazer um silêncio inútil ao levar dois travesseiros para dormir no sofá da sala, distante de toda aquela baderna.
Jorge penetrava Gabriel por trás, que penetrava Mike por trás com força.
7:00h
Alice acordava com a sensação de não ter dormido, irritada sem acreditar que os três ainda estavam transando.
- Vem Aaron, vamos passear e deixar essa casa inapropriada!
13:00h
Alice voltou suando e antes e virar a maçaneta para entrar em casa pode ouvir Mike gemendo.
Mike agora estava fodia Gabriel de frente, enquanto Jorge dormia.
Como assim, Jesus? Aaron vamos dar mais uma volta?
18:00h
Alice retornou a casa sem lembrar ao certo os motivos de não estar em casa antes. Ao entrar na cozinha pode ouvir os urros de Jorge, a casa toda parecia tremer.
Gabriel cavalgava em Jorge que por sua vez encharcava a cama de suor.
- Eles não comem? Como isso é possível? Vem Aaron vamos visitar a Débora. Jesus abençoe essas almas pervertidas, meu Deus!
Débora e Aurélio cozinhavam quando ouviram alguém bater a porta.
- Tá esperando alguém? – Perguntou Débora.
- Não....
Débora abriu a porta e viu Alice.
- Olá, tudo bem?
- Sim.... É Jorge, Mike e Gabriel estão ocupados e eu não queria ficar....
- Ah sim, eles estão transando e você se sente constrangida com o barulho? Já estive na sua situação, entra, a gente está cozinhando.
- Ah, então vocês já estiveram na minha situação? O que há de errado com eles?
- Olha... - Disse Débora se aproximando do fogão – Mas certa vez... Uma semana depois deles se casarem, eu precisava dizer algo muito importante pra Jorge na sexta pela manhã... Só consegui falar com ele na segunda a noite.
- E eu – Começou Jorge – Que fiz a besteira de entrar sem bater e vi Jorge pela, amarrado na cama.
Gente? O que eles são? Animais? - Perguntou Alice indignada.
Aurélio teve a ideia de passear com Aaron, enquanto Débora e Alice ficaram em casa discutindo maternidade.
- Tem ideia de nomes? – Perguntou Débora.
- Não.... Quero dizer, eu pensei em algo.... Mas como... Como eu... - Débora percebeu que Alice tinha dficuldades para completar a frase - Eu decidi não fazer as coisas ais difíceis.
- Ah sim, claro.... Desculpa! – Disse Débora, sem jeito.
- Tudo bem... – Sorriu Alice – E você?
- Bom, eu e o Aurélio conversamos, ele quer homenagear o pai.... Mas sinceramente, eu gosto mais de Arthur.
- Lindo nome.... E se for menina?
- Não vai ser menina, não.... Eu sinto que é um menino.
- AHhahah – Me diz uma coisa....
- Você está tendo problemas com roupas, porque olha.... Tá difícil.
- Normal.... Aurélio comprou algumas roupas de grávida para mim, porque eu não tenho paciência, alguma eu gostei, mas outras.... Credo. Se você gostar, pode ficar com elas.
- Ai, sim, eu iria adorar – Disse Alice - Está sendo difícil me sentir confortável nesse últimos dias.
Débora e Alice conversaram, trocaram experiências e sugestões, Débora era muito firme nas coisas que dizia e falava com autoridade, mesmo em querer, Alice era muito boa ouvinte e prestava atenção em tudo que Débora dizia, a achava forte e com características de uma boa mãe.
De papo em papo, sem querer, uma caixa havia sido cheia.
- Ai, eu não vou conseguir levar isso aqui – Disse Alice rindo - Tem muita coisa! Tem certeza de que não vai querer?
- Eu levo isso nas costas, tranquilo! – Débora se ajeitou para pegar a caixa.
- Não, não faz isso.... Você não pode fazer força.
- Ah! – Disse Débora, como se lembrasse de algo – Verdade.
- Bom, então eu peço para o Aurélio levar quando chegar em casa.
- Pode ser....Na verdade eu tô indo pra casa agora, se os meninos já tiverem parado de cruzar, eu peço pra um deles vir aqui.
- Por mim, ótimo. - Concordou Débora – Boa sorte!
Débora viu Alice sair de sua casa enquanto a admirava. As duas tinham personalidades opostas, mas se davam incrivelmente bem.
Alice era meiga, suave e doce, Débora, por outro lado, tinha uma expressão mais rígida, sincera e dura, ambas pareciam ser graciosas enquanto grávidas. Débora lembrou tempo depois que havia em sua caixa de joias um cordão cujo pingente tinha a letra “A” que ganhou de sua vó Amélia. Ela sabia que aquilo nunca seria de Aurélio ou de Arthur, deveria passar para uma filha caso houvesse de ter uma, o que sabia com certeza de que não seria o caso. Estava convencida a dar à Alice da próxima vez que a visse.
Para a sorte de Alice, a casa não tremia agora que havia chegado. Jorge, Mike e Gabriel estavam jogados no sofá, com olhares cansados.
- Olha só, eles estão vivos – Disse Alice sarcasticamente.
- Quase morri várias vezes aliás – Respondeu Mike olhando para Gabriel.
- Você saiu com o Aaron? – Perguntou Jorge.
- Aham, se não ele morreria de fome... O Aurélio tá passeando com ele, eu estava na Débora agora a pouco.
- E como eles estão? – Perguntou Gabriel se mexendo no sofá
- Bem, inclusive, a Débora me doou umas roupas e colocou numa caixa, tem como um de vocês ir lá buscar pra mim?
- Pode deixar, eu vou – Se ofereceu Mike.
- Não, deixa eu vou... – Você ficou de buscar a pizza lembra? – Disse Gabriel.
- Pizza? – Perguntou Alice.
Aham, a gente pediu Pizza por telefone, mas iria demorar muito pra entregarem, então eu fiquei de buscar.
- Oba, pizza!
Passados momentos, Gabriel voltava da casa de Débora tendo dificuldades para apoiar tal caixa sobre os ombros, Débora o acompanhava com um pingente em mãos.
- Eu me ofereceria para ajudar, mas o Aurélio iria me encher o saco. - Disse Débora se incomodado com a maneira desajeitada com a qual Gabriel equilibrava a caixa sobre o ombro.
- Tudo bem, tudo bem.... Eu consigo, é som mais uns metros – Sussurrou Gabriel para si mesmo.
Perto dali, três garotos se aproximavam de Débora e Gabriel.
- Olá! – Disse um deles parando e frente de Gabriel.
- Olá – Disse Gabriel sem prestar atenção direito com quem estava falando.
- Quem são vocês? – Perguntou Débora automaticamente colocando a mão para trás em busca de sua arma e se decepcionando profundamente por não ter trazido consigo.
- Não tá lembrado de mim, Gabriel?
- Gabriel, você os conhece? – Perguntou Débora assustada, agora passando a mão na barriga.
Ai pera! – Gabriel desistia de si, decidiu apoiar a caixa no chão e olhar diretamente para o dono da voz. – Você é o....
Isso mesmo! – E acertou o queixo de Gabriel com um chute, o fazendo cair violentamente no chão! – Haroldo! Você me visitou dias atrás, lembra? – No momento do golpe, Débora se mexeu para ajudar Gabriel, mas foi parada pelos rapazes que acompanhavam Haroldo.
- A madame pode parar aí! – Disse um deles, rindo.
- Tu é babaca né? – Perguntou Haroldo sarcasticamente rindo – Tu deve ser muito otário! Vai até minha casa, rouba minhas coisas e ainda deixa escapar que minha ex namorada, aquela vadia, tá esperando um filho meu.... Ah toma no cu, tu devia estar e esperando com flores! Seu viadinho sujo de bosta! – E acertou outro chute no estômago de Gabriel enquanto ele tentava se levantar.
- Gabriel... – Disse Débora. - Jor – Débora começou a gritar, mas rapidamente sentiu uma bofetada na parte esquerda do rosto dada por um dos rapazes.
- Tu cala a boca, que hoje não é teu dia de sorte, sua vagabunda, reze por este teu bebê, se não ele leva um chute! – Avisou Haroldo que agora tirava uma arma da cintura e apontava para a cabeça de Gabriel.
- Por favor.... – Implorou Gabriel se esforçando para falar – Ela está....
- Por favor o caralho – Retrucou Haroldo! – Cade o viadinho número dois? Eu tenho uma coisinha pra mostrar pra ele.
- Gabriel cuidado! – Disse Débora se aproximando e ao fazer isso Haroldo disparou em sua barriga a fazendo cair para trás.
Logo em seguida o motivo do aviso de Débora se revelava, um carro em grande velocidade atropelava violentamente todos ali, atirando os garotos no ar como se fossem roupas, inclusive Gabriel que agora deitava imóvel em sua própria poça de sangue.
15 metros dali o carro, que agora mantinha marcas de sangue no farol, exalava fumaça, com a buzina ativada, partindo uma árvore em dois, com Mike desacordado dentro.