Olá meus amores, tudo bem com vocês?
Enfim, FÉRIAS! Sim, estou livre da faculdade. Pelo menos por enquanto, não é? Hahahaha. Mas infelizmente só estou de férias da faculdade, porque do trabalho ainda não. Fazer o que? Mas eu queria novamente agradecer pela força que cada um transmitia para mim, serei grato para sempre. Ainda fiquei na bendita final em uma disciplina que envolve cálculos, coisa que eu tenho muitas dificuldades, já que não tive uma boa base em matemática, mas eu estudei, graças a Deus e a também o meu esforço, passei, fui além do esperado. Que venha o próximo período, aliás, que venha o próximo sofrimento, não é?
Antes de eu conversar um pouco com vocês, quero que reflitam sobre uma frase que vi na internet esses dias
"Um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma."
✘ ✘
GABRIEL26,
Fico feliz por você ter gostado. Continue acompanhando, tá? Beijo!
—
ZE CARLOS,
Obrigado, querido! Você também é demais. Continue acompanhando, tá? Beijão!
—
K-ELLY,
Gostou? Obrigado por acompanhar, querida. Beijo grande!
—
RYUHO,
Como eu tinha falado anteriormente, ainda tem muitos questionamentos nesta história. E sim, não irei mais encurtar, acho que não seria justo comigo mesmo e também com vocês, claro. O Luan é muito chato sim, mas acredito que ele tem seus motivos, ou não. Beijo!
—
VALTERSÓ,
Será? Veremos no decorrer dos capítulos. Beijão!
—
FA'BRYCIO,
Gostou? Continue acompanhando a história, tá bom? Beijão!
—
FLAANGEL,
Fico feliz por você estar gostando desse momento da história. Estou bem, graças a Deus. Beijos!
—
GABSSPARK,
Aí você quer avacalhar, não é? Hahahahaha. Se eu postar a história toda, vai perder a graça. Beeijo!
—
RPH_RJ,
Oba, mais um leitor! Obrigado, querido. Fico muito contente por você ter curtido a história. Beijão!
—
WORLD,
Fico contente por você ter gostado de Por Amor, continue nos acompanhando, tá? Beijo!
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Pessoal, analisem com cuidado esse capítulo, tá? Não deixem de comentar.
▬ ▬ ▬
A porta do casarão em que Maximiliano viveu e cresceu se abriu e por ela passou quatro homens da Polícia Civil. Dois deles foram para parte de cima da enorme casa, enquanto dois ficaram vasculhando a parte térrea da casa.
— Vasculhem tudo que ver pela frente – Max ordenou.
— Max, será que foi aqui mesmo que ele foi envenenado? – Lucas perguntou inocentemente,
— Não sei, mas se tiver algo nessa casa, certamente vão encontrar.
Um dos policiais abriu as porta dos armários da enorme cozinha, também abriu todas as gavetas de talheres e de outros objetos pertencentes da cozinha, mas nada que fosse suspeito.
— Isso é uma loucura! – Pensou Lucas — É claro que não vão encontrar nada por aqui, principalmente se for um assassinato – Concluiu seu pensamento.
— Falou algo, Lucas? – Max perguntou.
— Não. Nada! – Falou.
— Meu pai não se matou. Eu tenho certeza! Não tem motivos para isso. Ele não estava depressivo e nem com pensamentos suicidas – Falou mais para si mesmo.
Enquanto os outros três agentes da polícia civil procuravam vestígios de um possível crime, o quarto policial estava indo em direção a um quarto que ficava no térreo. Este que era o aposento de uma das empregadas da casa. Esta que estava acompanhando o homem.
— Esse quarto é o da senhora? – Perguntou para Severina
— Si-sim – Disse incomodada — Vocês vão...
Severina nem terminou de falar e o policial entrou no aposento vasculhando tudo.
— Temos que investir em cada canto da casa, como seu Maximiliano ordenou.
— Ele ordenou? - Severina perguntou ressentida.
— Olha o que temos aqui! – O policial sorriu ironicamente.
Richard segurava um pequeno frasco plástico branco surrado conta gotas, na mesma que o filho do recém-morto, Maximus Albuquerque, aparecia na porta.
— O que é isso? – Severina exasperou assustada.
— Não sei, senhora! – O policial colocou num saco plástico transparente — Mas a senhora está detida com esse material suspeito.
— De-detida? – Gaguejou nervosamente — Mas por quê? – Perguntou aflita?
— Como assim, por quê? – Riu ironicamente — Isso responde a sua pergunta? – Disse mostrando o frasco.
— NÃO FUI EU QUE COLOQUEI ESSE FRASCO DE VENENO AÍ! – Disse exasperada.
— Ah... – Richard foi debochado — Então você sabe o quer é isso, não é? – Disse balançando a ampola.
— Não é isso! – Chorou — Eu não sou...
— Não complique mais a senhora, dona Severina – O policial falou — Vamos andando.
Severina estava desesperada, não sabia o que fazer e então resolver obedecer a ordem que tinham dado.
— Logo você, Severina! – Max a encarou fulminantemente — Uma empregada tão antiga e fiel.
— Seu Max, eu juro...
Max a interrompeu.
— Nunca imaginei que você seria capaz de matar o próprio patrão. Este que nunca atrasou um salário seu. Este que deu a você todos os direitos que um empregado assalariado reivindica, mesmo com a sua profissão ainda não regularizada naquela época. Nós tratávamos você como uma família, Severina! – Desabafou.
— Nunca! Eu nunca seria capaz de matar alguém. Eu sou ser humana como todos e tenho os meus defeitos e as minhas quedas. Mas eu nunca matei alguém, nunca. NUNCA! – Falava com a mão no peito.
— Até que se prove ao contrário – Richard falou.
— Olha aqui, Severina! Olha bem nos meus olhos – Disse a encarando.
— Se você tiver alguma coisa a ver com tudo isso, se você realmente matou o meu próprio pai – Sua voz embargou — Eu vou fazer de tudo, de tudo mesmo, para que você APODREÇA na cadeia.
Severina chorou mais ainda.
— Vamos! Vamos que a noite vai ser longa - O policial civil falou empurrando levemente a empregada.
— Meu Deus! Que apunhalada nas costas – Miguel, irmão do Maximus disse espantado.
Lucas observava tudo em estado de choque.
— Para você ver como são as pessoas – Max falou
— Às vezes criamos um monstro dentro de casa sem saber – O mesmo completou.
Quando Severina apontou na saída do enorme casarão, seu filho, Mateus, logo estranhou.
— Mãe? – Mateus estranhou — O que aconteceu? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou.
— Sai da frente, rapaz! Vai fazer o seu trabalho que a gente faz o nosso
Um dos policiais o afastou e deu um leve empurrão em Severina. O clima esquentou! Mateus perdeu a cabeça e sem pensar duas vezes tentou ir para cima de um dos policiais, mas felizmente foi segurado pelo seu amigo que também fazia a segurança do casarão.
— Você está louco, Mateus? Quer ser preso? – William o repreendeu.
— Ele não pode levar a minha mãe assim. Alguma coisa ela fez e eu tenho que saber.
Mateus se soltou do amigo e foi em direção a alguns policiais que estavam levando a sua mãe.
— O que você quer Rapaz? – Richard o encarou com AR de superioridade.
— Para onde vocês estão levando a minha mãe. E por quê?
Richard bufou.
— Dona Severina está sendo levada por suspeita de ter envenenado o seu Maximus Albuquerque.
— Como é? – Mateus perguntou desacreditando.
— Achamos esse frasco dentro da própria bolsa da dona no quarto em que sua mãe se instalou
Richard falou mostrando o frasco dentro de uma embalagem transparente.
— Ai meu filho, não fui eu que fiz isso. Não fui eu! – Severina chorava.
— Claro que não foi você, mãe! Certamente colocaram a prova do crime dentro da sua bolsa.
Mateus falava com ódio nos olhos.
— Ah, claro! Sempre essa conversinha de que "armaram para mim"
Richard ironizou fazendo aspas com os dedos.
— Calma, mãe! Nós vamos resolver isso e vai ficar tudo bem – Garantiu.
— Pronto! – Richard debochou — Depois vocês conversam mais, agora vamos para delegacia.
— Qual é a delegacia que vocês vão? – Perguntou.
— A de Boa Viagem – Outro Policial Civil respondeu.
Mateus agradeceu ironicamente e foi apressadamente em direção a entrada principal da grande casa, lá ele bateu de frente com o agora dono do casarão, herdeiro do Maximus Albuquerque, Maximiliano.
— Me admira você, Max! – Furioso, Mateus apontou para o patrão — Convive há bastante tempo com a minha mãe e ela nunca te deu motivos para você desconfiar dela. Nunca! Você está sendo injusto.
— Quem vê cara, não vê coração. – Falou — Foi encontrada a possível prova do crime dentro da bolsa que é dela. Você quer mais o quê, seu infeliz!
Lucas se surpreendeu com o linguajar do seu namorado.
— E quem garante que aquilo foi plantado na bolsa dela?
Disse Mateus se aproximando ameaçadoramente. Seu nariz quase tocava no nariz do outro.
— Agora você vem com esse conto da carochinha para cima de mim? Aqui não é novela, meu caro.
— Calma, rapaz! Ainda será analisado. Sua mãe ainda não foi acusada – Miguel tentava apaziguar.
— E nem vai ser! – O encarou também — Eu não duvido nada que esse – Apontou para Max — está armando tudo para faturar a herança do pai. Inclusive a morte dele também.
Só foi terminar de falar isso que Mateus sentiu um punho acertar o seu rosto em cheio.
— FILHO DA PUTA!
Max que estava vermelho voou para cima do segurança
— VOCÊ É UM FILHO DA PUTA! – Max estava transtornado.
— NÃO GOSTOU DA VERDADE, SEU NOJENTO! – Mateus revidava o soco que tinha levado.
— PAREM COM ISSO! – Miguel entrou no meio dos dois e Lucas tentou segurar o seu namorado.
— VOCÊ ESTÁ DEMITIDO, SEU BANDIDO! VOCÊ DEVE SER IGUAL A ELA. SÃO CÚMPLICES!
Mateus parecia estar possuído, porque Miguel não deu conta de segura-lo. O empregado arrastou o irmão de Maximus e foi para cima do seu patrão, ou melhor, o que parece ser seu ex-patrão.
— VOCÊ NÃO TEM VERGONHA NA CARA DE ENVOLVER UMA INOCENTE? SEU SAFADO!
— SE ACALMEM! – Miguel gritava — Me ajuda aqui, rapaz! – Se referia a um outro funcionário.
O colega de Mateus chegou e saiu puxando o seu amigo e companheiro de trabalho para fora da casa.
— VOCÊ ESTÁ DEMITIDO, OUVIU? DEMITIDO. FORA DESSA CASA! – Max gritava.
— Calma, Max! Você foi radical demais. Não precisava desse estresse todo. – Lucas resolveu falar.
Max bufou.
— O QUE FOI? VAI DEFENDER AQUELE BANDIDINHO? – Max o olhou com nojo.
— Não estou defendendo, só estou dizendo que não se sai por aqui apontando e acusando os outros até que tudo esteja provado. O rapaz pode estar sofrendo vendo sua própria mãe entrando num carro da polícia.
Lucas tinha se sentido um nada com o olhar de Max direcionado para o mesmo.
— O QUE NÃO FALTA SÃO PROVAS. QUEM GARANTE QUE ELE NÃO SERIA CÚMPLICE?
— Está provado que aquele frasco mesmo era de veneno? – Lucas estava se irritando.
— PUTA QUE PARIU, LUCAS! VOCÊ NÃO VIU A PRÓPRIA CONFESSANDO?
— PARA DE GRITAR COMIGO, MAX! – O mais novo se exaltou — E SE ACALMA!
— ENTÃO PARE DE DEFENDER AQUELE BANDIDO – Max estava mais vermelho ainda.
— SE FOR PARA FICAR ATRAPALHANDO, LAVRA DAQUI! - Gritou apontando para a porta.
— MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA – Gritou.
O coração de Lucas parecia que iria se quebrar ali mesmo, o sentiu apertar cada vez mais e seus olhos ficaram marejados com o jeito que o seu próprio namorado o tratou.
— VAI OU NÃO? – Perguntou.
Lucas suspirou profundamente.
— Tudo bem, Max! – Murmurou — Eu vou embora! Desculpa por ter me metido em sua vida.
— ÓTIMO! – Max disse virando as costas para o seu namorado e andando.
— Ele está com a cabeça quente – Seu tio tentou aliviar — Não leve para o lado pessoal.
— Não! Eu vou... Eu vou embora! – Falou.
— Você quer mesmo ir embora? – Miguel perguntou.
— Eu vou sim. Foi um prazer conhecer o senhor – Lucas foi simpático.
— Pena que não cheguei a tempo da Austrália para o enterro – O irmão de Maximus lamentou.
— O que importa é o que senhor veio e tenho certeza que o seu Maximus está feliz. Bem, vou indo nessa.
— Tem dinheiro para táxi? Quer que eu peça um? Peço agora – Disse tirando seu smartphone do bolso.
— Não, tudo bem. – Sorriu falsamente — Tá tranquilo. Obrigado!
— Você que sabe – Miguel sorriu.
— Tchau, tchau! – Lucas deu um abraço no seu próprio tio por parte de pai.
▬ ▬ ▬
Lucas fazia um esforço sem tamanho para não desmanchar em lágrimas ali mesmo. Quando sua silhueta aponta na direção do portão, os jornalistas que ainda estavam presentes na frente do casarão da família Albuquerque Ferraz, se alvoroçaram com a aproximação do jovem.
— Você é próximo da família? – Um dos reportes quase encostou o microfone.
— O que você tem a dizer da morte do magnata Maximus Albuquerque? – Outro perguntou.
— Foi um ato criminoso ou foi suicídio? – Uma loira baixinha encostou o gravador perto da boca.
— Se foi suicídio, por qual motivo seria? – Outro repórter perguntou.
Lucas estava ficando maluco com tantas perguntas e tanta pressão vindo de todos os lados.
— Não tenho nada a dizer, até porque eu não sei de nada que está acontecendo – Disse andando.
— Como está o clima lá dentro do casarão? – Perguntou um rapaz de uma emissora popular.
— O pior possível, não é? Houve uma morte! Morte não é uma coisa legal. – Disse já sem paciência.
O protagonista não falou mais nada e continuou seguindo o seu rumo, com alguns repórteres o seguindo.
— Graças a Deus esses urubus me deixaram em paz – Falou consigo mesmo próximo à parada de ônibus.
Lucas teve sorte, porque quando chegou à parada de ônibus, o mesmo não demorou a passar. O estagiário do Grupo Emmiah subiu no veículo grande de quatro rodas e aproximou seu cartão no sistema de bilhetagem eletrônica e passou pela catraca.
— Não vou atender esta merda – Disse Lucas revoltado vendo o celular vibrar.
O amigo de Rosemary Tamborzão começou a lembrar do tom grosseiro de Max.
"— O QUE FOI? VAI DEFENDER AQUELE BANDIDINHO? – Max o olhou com nojo.
— Não estou defendendo, só estou dizendo que não se sai por aqui apontando e acusando os outros até que tudo esteja provado. O rapaz pode estar sofrendo vendo sua própria mãe entrando num carro da polícia.
Lucas tinha se sentido um nada com o olhar de Max direcionado para o mesmo.
— PARA DE GRITAR COMIGO, MAX! – O mais novo se exaltou — E SE ACALMA!
— ENTÃO PARE DE DEFENDER AQUELE BANDIDO – Max estava mais vermelho ainda.
— SE FOR PARA FICAR ATRAPALHANDO, LAVRA DAQUI! - Gritou apontando para a porta.
— MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA – Gritou.
O coração de Lucas parecia que iria se quebrar ali mesmo, o sentiu apertar cada vez mais e seus olhos ficaram marejados com o jeito que o seu próprio namorado o tratou.
— VAI OU NÃO? – Perguntou.
Lucas suspirou profundamente.
— Tudo bem, Max! – Murmurou — Eu vou embora! Desculpa por ter me metido em sua vida.
— ÓTIMO! – Max disse virando as costas para o seu namorado e andando."
FIM DO FLASH BACK
Lucas estava quase em prantos ao lembrar-se de toda a vergonha que passou.
Não merecia todos aqueles gritos, eu só quis ajudar e ele me tratou daquela forma — Pensou.
Quem ele pensa que é para falar comigo daquela forma? — Reclamou em pensamentos.
Mal a gente começou a ter uma relação e ele já se mostra outra pessoa? — Se questionava.
Após o estagiário pensar, lamentar e xingar seu namorado mentalmente, além de rejeitar as suas ligações, o mesmo percebeu que estava chegando em seu destino final e levantou-se rapidamente e puxou a cordinha indicando parada, mas o motorista passou pela parada e Lucas gritou.
— VAI DESCER, MOTÔ! – Protestou com raiva.
Odeio ter que gritar para chamar atenção desses malucos — Pensou.
Lucas desceu em uma parada depois da que ele costuma descer, claro, xingando o motorista mentalmente. Após andar um trecho maior, logo avistou o Largo Dom Luiz e continuou a andar.
— Boa noite, dona Lara! – Cumprimentou uma senhora que estava na frente de sua casa.
— Boa noite, meu filho! – Respondeu.
Lucas não via a hora de chegar em sua casa. O caminho todo ele vinha xingando tudo e a todos, não estava com um bom humor. Com um cheiro de milho, churrasco e uma espécie de carroça que vendia CDs e DVDs piratas e nele tocava algum CD dessas bandas de forró, já que faltavam poucos dias para o São João, a pequena praça estava bastante agitada por ser Sábado, então o nosso protagonista avistou o seu até então EX-AMIGO de infância, os olhos deste também cruzou com os deles, mas Lucas rapidamente tirou a vista e continuou andando, caminhando reto.
— Pensei que você não viria mais – Dona Josefa estava sentada no sofá.
— Mas eu vim – Lucas estava sem paciência — Vou para cama que não estou me sentindo bem.
— Lucas, eu queria conversar muito com você sobre...
— Ah, mãe. Se for sobre o Max ou qualquer assunto relacionado, muda o disco, tá? Eu não aguento mais essa sua perseguição. Já estou ficando farto. Por favor, pare! – Disse já um pouco exasperado.
— O QUE É ISSO, MENINO? ME RESPEITE! – Josefa se exaltou.
— E eu a desrespeitei em algum momento? Claro que não. Só para com isso que já está ficando cansativa essa história de que é para eu ter cuidado com isso, com aquilo. Que não gosta desse homem, que ele não é como a gente, que ele pode fazer isso, que pode fazer aquilo. Enche, sabia? Ou a senhora conta para mim o motivo dessa perseguição toda, porque eu tenho certeza que tem alguma coisa por trás disso tudo, ou simplesmente pare com isso.
A mãe do jovem estudante de Administração não sabia o que fazer depois deste desabafo. Não sabia se gritava, brigava, chorava ou contava tudo, mas ela não soube como reagir e apenas ficou calada, de boca aberta, vendo o filho andar pisando duro em direção ao seu quarto e fechar a porta com um pouco de violência.
— Minha... Minha Nossa Senhora da Conceição!
Josefa falou para si mesma, esfregando o seu rosto com as duas mãos, preocupada com o que vinha.
...
Já no quarto, Lucas virava de um canto para outro várias vezes em cima da cama, fazendo o lençol que a cobria se desmanchar todo. Lucas pensava em toda a confusão e tentava entender o lado do seu namorado, mas não conseguia entender como ele foi tão insensível o tratar daquela forma.
— Eu sei que quem precisa mais de apoio é ele e não sou eu, mas poxa, precisava falar daquele jeito? Precisava quase dizer que praticamente eu era um estorvo? – Lamentou — Passei noites com ele dando apoio, dormindo fora de casa para dizer que eu atrapalho? Muito ajuda quem atrapalha – Imitou.
— Só estava sendo racional – Uma lágrima desceu.
Mais uma vez o celular vibrava e o nome MAX brilhava na tela do aparelho já ultrapassado.
MÚSICA:
▬ ▬ ▬
UM POUCO LONGE DALI...
Max estava em um dos seus apartamentos, ou melhor, em uma cobertura avaliada em cinco milhões de reais. O filho do agora falecido Maximus Albuquerque estava com os olhos um pouco vermelho de tanto chorar.
— Meu bebê – Falava sozinho — EU SOU UM IDIOTA, MESMO! – Gritou.
Dizia enquanto se preparava para jogar agora um abajur de cristal em qualquer uma das paredes do lugar.
— Desculpa, Luquinhas! – Dizia enquanto colocava as duas mãos na cabeça.
— Eu te amo! Eu sou apaixonado por você, meu lindão! – Sorria e chorava ao mesmo tempo.
Falava enquanto pegava mais uma vez seu Smartphone de última geração para ligar.
— Atende! ATENDE LUCAS! ATENDE CASSETE! – Gritou jogando o aparelho na parede.
Após observar seu smartphone destruir em vários pedaços, Max olhou na direção de um móvel.
— Não! – Começou a rir — Eu não preciso de você.
Max continuava a olhar na direção do móvel que ficava na sala.
— Não... Não preciso!
Foi tudo rápido, o namorado de Lucas correu desesperadamente em direção a este mesmo móvel que encarava anteriormente, foi até uma das gavetas, abriu a mesma e tirou um pedaço do fundo, puxando uma caixa de madeira e a colocou no chão frio do apartamento luxuoso.
— Pensei que nunca mais iria usar você de novo, minha amiga! – Falou sorrindo.
▬ ▬ ▬
AINDA NAQUELE DIA...
— VIADO!
Rosemary batia na porta do quarto onde o nosso protagonista estava.
— VIADO?
Lucas abriu os olhos e pensou que estivesse ouvindo coisas.
— LUUUUCAAAS?
— Oi! Já vai – Lucas não estava ouvido coisas.
— Que demora, homem! Estava fazendo o quê?
— Dormindo.
— Tua mãe saiu para sabe-se lá fazer o que, e aproveite para te visitar, amigo.
Lucas ficou em silêncio.
— Que cara de choro é essa, querido? Diz quem foi para eu esfregar a cara da criatura no asfalto.
— Foi... – Lucas tentou completar.
— AI, VIADO! - Interrompeu — Lembrei. Como foi lá? Eu tinha me esquecido.
— Triste como sempre, não é? – Lucas debochou.
— Eu sei, viado! Quero saber como está seu bo... Digo, seu chefe? – Falava mexendo nos cabelos.
— Arrasado, não é? – Falou lembrando mais uma vez das palavras de Max — Filho dele.
— Fica assim não, bebê - Acariciou os cabelos de Lucas — Deu na televisão que ele foi envenenado.
— Foi! - Disse num tom vazio — Essa imprensa é rápida, hein? – Falou.
— Mais do que você imagina, fofo. Mas eu sei pela sua cara que tem mais coisa aí – Falou.
— Não – Lucas se levantou e ficou de frente para o espelho do guarda-roupa — É que foi tudo triste, trágico, sabe? – Mentiu em partes.
— Sei! Mas realmente foi trágico. Que Deus o tenha! – Disse erguendo as mãos para o céu.
— Amém – Disse Lucas.
— MAS – Rosemary se esticou na cama de Lucas — Vixe, viado! Esse colchão tem um buraco no meio, mas enfim...
— Então compra um para mim – Lucas esboçou um leve sorriso.
— Não dá, menino! Sou cabeleireira, cabeleireiras só a graça para ver a cor de dinheiro – Falou — MAS como eu ia dizendo, eu vim mais para te contar um babado fortíssimo que fiquei sabendo hoje.
— Babado? – Lucas logo se interessou.
— Sim, menino! E dos fortes.
— Então conta, ué! – Lucas ficou curioso.
— Não tem Renatinha? – Perguntou.
— Filha de dona Jurema? – Indagou.
— Sim! Atual ficante de Hugo – Falou.
Lucas ficou em tom de alerta.
— Sim, o que tem ela? Morreu? – Lucas esperou pelo pior.
— Que morreu, menino? Deus a livre – Rose se benzeu duas vezes.
— E o que ela tem? – Lucas queria saber.
— Hugo está com as mãos na cabeça – Rose se aproximou ainda mais de Lucas.
— Ela está com a menstruação atrasada - Disse fazendo Lucas arregalar os olhos.
— A... Atrasada? – Lucas esperava pelo pior.
— Sim, tudo indica que o seu amigo e meu primo vai ser papai daqui a alguns meses – Disse na lata.
▬ ▬ ▬
AINDA NAQUELA NOITE...
DELEGACIA DE BOA VIAGEM
Mateus, filho de dona Severina, tinha sido liberado para visitar a mãe ainda naquela noite.
— Mas a senhora está bem, não é? – Mateus perguntou pela décima vez.
— Estou, meu filho! Não se preocupe – Falou — Como te deixaram me visitar?
— Eu pedi, quase implorei para eles me deixarem visitar a senhora – Disse.
— Então como hoje está mais tranquilo aqui, me deixaram ver a senhora – Sorriu.
— Só você mesmo, Mateus! – Sorriu acariciando a pele negra da face do seu filho.
— Não se preocupe, mãe. Não vou sair daqui hoje – Mateus garantiu.
— Mas você não tem nada para fazer, meu filho. Vá para casa! – Sua mãe o ordenou.
— Eu não aceito, mãe. Não aceito! Eu fico indignado com isso. A senhora não merecia isso – Falou.
— Sabe filho? Claro que eu não cometi crime algum, mas talvez isso seja um castigo divino.
— Castigo? – Mateus estranhou.
— Sim, castigo. Quem sabe eu não mereça isso? – Falou mais para si mesma.
— CLARO QUE A SENHORA NÃO MERECE, MAMÃE! CLARO!
Severina suspirou.
— A senhora só pode não estar boa das ideias – Brigou.
— Me respeite, menino! – Disse repreendendo.
...
— O que você quer rapaz? Eu já não deixei você ver a sua mãe? – Disse o Delegado já sem paciência.
— Na verdade, seu delegado, eu vim aqui para fazer uma confissão.
— Confissão? – O delegado se interessou.
O delegado achou ainda mais suspeito quando o rapaz começou a chorar.
— Eu... Eu pensei que colocando aquele frasco de veneno na bolsa da minha mãe, ninguém iria desconfiar.
— Espera aí... – O delegado tentou falar.
Mateus o interrompeu.
— Minha mãe não merece estar ali, ela não é assassina. Era para eu estar no lugar dela naquela cela.
— Você não está me dizendo que...
— Fui eu! Eu que matei o seu Maximus, seu delegado! Eu que envenenei ele – Desabafou.
Continua...
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