Renato & Elias Cap.1

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 811 palavras
Data: 04/06/2016 07:24:13

Cap.1

Me chamo Renato Florentino. Tenho 27 anos. Sou Médico. Trabalho em um Hospital privado no Rio de Janeiro. Tenho uma vida extremamente complicada. Nem sei como começar a explicar tudo isso. Acho que fui um sortudo. Apesar de todos os percalços, eu consegui o que eu mais queria. Pra começarem os meus problemas, sou homossexual. No meio de muitas pessoas preconceituosas, me sinto cada vez mais encurralado dentro de um personagem que não me representa de verdade. O personagem ? Renato Florentino, o médico hétero amante de mulheres. A verdade, Renato Florentino, o médico gay apaixonado.

-Você não vai mesmo dizer por quem está apaixonado ? - meu irmão era o único a saber da minha orientação sexual

-Não, eu não vou André.

-Mas porquê ? Você sabe que eu sempre guardo os teus segredos ? Deve me contar isso...

-Eu vou te contar... Mas não hoje... Não é o momento certo... Mas tenho certeza,você vai cair para trás quando souber quem é ele...

Esse é o Renato Florentino de verdade...

-E então Renato, tem saido com muitas garotas ? Aliás, devia me apresentar a sua namorada – este era o diretor geral, Lucas Ribeiro. Basicamente, o meu chefe. Ele contratava e demitia os funcionários, portanto deviamos um grande respeito a ele. E para o meu azar, ele era um grande idiota. Um preconceituoso, arrogante, homofóbico, xenofóbico.

-Na verdade não Lucas, você sabe que eu não tenho muito jeito com as mulheres. E estou solteiro... - ele era tão homofóbico que várias vezes demitiu médicos e alguns outros funcionários apenas por serem homossexuais.

-Ainda ? Achei que já tinha encontrado alguém, você está solteiro a tanto tempo. É bicha por acaso ? - e eu tinha muito medo de ele descobrir a verdade sobre mim.

-Óbvio que não Lucas... Eu só... Não encontro uma mulher legal para namorar, apenas isso.

-É, hoje em dia não é fácil encontrar mulheres que valham a pena...

Esse é o Renato Florentino de mentira...

E para piorar as coisas, não era só ele que se comportava e pensava desta maneira . Diversas outras pessoas pensavam daquela forma. O hospital onde eu trabalhava, era preconceituoso. Eu só tinha uma solução para continuar a trabalhar. Esconder-me. E assim seguia a minha vida.

-Então não vai dizer nada a ninguém nunca ? - André me perguntava.

-Não é que eu não vá dizer nada nunca. É que não posso fazer isso. Pelo menos não enquanto eu depender deste emprego. A melhor forma é manter-me escondido. Preciso fazer isso para trabalhar.

-Mas você sabe que não pode ser demitido por ser gay. Isso é ilegal !

-Eu sei... Mas de qualquer forma eu perderia o emprego, só que ganharia uma indenização, que iria demorar a sair, e nem sei quanto tempo demoraria para conseguir outro emprego. E o pior, isso se o meu diretor não tentar espalhar uma mentira a todos os hospitais, dizendo que eu sou um mal profissional. Vai me dar muito trabalho assumir-me André, é melhor ficar do jeito que está...

Porém, apesar de esconder-me, eu não parava de ter sentimentos. Portanto, continuava a apaixonar-me. E foi por causa disso que acabei me apaixonando por ele. Elias Cunha. Ele tem 29 anos, também é Médico, é meu colega de trabalho a 2 anos, desde que entrei no hospital. É lindo, mas muito lindo. Talvez o homem mais lindo que eu vi um dia. Alto, Branco, Loiro, de Olhos Azuis. Foi amor a primeira vista, eu tinha certeza.

-Bem pessoal, fiz esta reunião aqui para anunciar a chegada destes 2 novos médicos no quadro de funcionários de hospital – Lucas dizia – este é Renato Florentino, Clínico Geral. Ele acabou de fazer a Residência, e passou com méritos. Tudo indica que ele será um grande médico... E esta é Clarisse Feitosa, Dermatologista. Ela tem mais experiência. Espero que sejamos todos grandes amigos aqui neste hospital – e lá estava ele, no centro, olhando para nós. Quando olhei para ele, não consegui mais evitar o olhar. Ele era lindíssimo.

-Seja bem vindo – falou ele vindo me cumprimentar – eu também cheguei aqui depois da residência, se precisar de qualquer ajuda, pode me pedir.

-Tudo bem... Qual é o seu nome mesmo ?

-Elias Cunha...

Éramos melhores amigos. Eu o conhecia muito bem. Só havia um problema. Ele não era gay. E mais, é machista e homofóbico tanto quanto o meu diretor.

-Olha aquelesdizia ele, apontando para um casal de homens que estavam abraçados no jardim do hospital – são dois maricas – quando ouvi aquilo, não acreditei. Meu coração murchou de tanta tristeza.

-Tem certeza ? Eles não são parentes ?

-Não são, um deles é meu paciente. Eles são namorados. Arg, você não sabe como eu tenho nojo disso...

-Ué, mas a vida não é deles...

-Sim, mas de qualquer forma eu acho nojento. Duas pessoas iguais se pegando, isso é vergonhoso !

NARRADO POR ELIAS CUNHA

Detesto gays.

Continua

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Comentários

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Adoro seus contos e esse parece bem interessante bjs

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