Oiiiie, amores!
Gente, ontem eu iria publicar. Cheguei tarde em casa e cai na besteira de revisar o texto, eu dormir com a cara no teclado do computador. Quando eu acordei hoje de manha tinham milhares de páginas escritas com as letras que ficaram debaixo da minha testa. Kkkkk
É por isso que estou publicando agora.... Tenho uma boa notícia, hoje à noite e amanhã teremos publicações. EEEEEEEEEE!!!
Genteee, eu acabei de chegar do mercado e lá eu vi uma cena que me deixou horrorizado. Vi uma mãe entupindo o filho, que não tinha nem um aninho ainda, de chocolate e refrigerante. A criança não tinha nem um ano! Imaginem o que essa criança vai estar comendo aos 5... Depois que os filhos adoecem os pais não sabem o porquê... A mulher viu minha filha comendo frutas e perguntou o que eu fazia para ela comer, pois o filho dela se recusava. Eu disse para ela que tudo depende da forma como os pais apresentam os alimentos para os filhos, eles não são obrigados a gostar de tudo e por isso não podemos forçar, mas COM CERTEZA eles vão gostar de algo, pois antigamente não existia esse bando de porcaria, nós comíamos aquilo que plantávamos (sem adicionar nenhum veneno também). A mulher ficou me olhando com cara de doida e simplesmente virou as costas e foi embora. Que louca! O que vocês fariam nessa situação? Eu só tive vontade de mandá-la pra PQP kkk
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O tão esperado domingo havia chegado, Bruno estava como uma criança que há muito tempo não vê os pais. Ele sempre ficava assim quando ia para a casa dos meus pais, ele amava ficar conversando com o Papa e bebendo as tais cachaças. Eu sempre falo isso, eu amo como ele tratava meus pais, minha família. É algo que não se encontra facilmente, é muito difícil ter essa afinidade toda com os sogros. Ele era mestre em conquistar as pessoas, ele cativava a todos com o jeitinho brincalhão e bobão. O Bruno era o tipo de cara que todo mundo quer cuidar, ele tem um jeitinho todo lindo de ver a vida, isso me encantava.
- Oi, filhotes! – Papa já veio nos recebendo com um baita abraço
- Oi, Papa!
- Oi, Carlos!
- Vem, Bruno! Já temos umas bebidas ótimas ali! Vem me ajudar a assar a carne!
- Nossa, eu nem existo, né?
- Oooo, filhote! Tu vais cuidar da Sophie, não vais poder beber e tu não gostas de ficar na frente da churrasqueira.
- O Bruno pode cuidar da Sophie...
- Aaaah, amor, hoje não. Por favorzinho! – Ele disse me abraçando
- Seus cachaceiros! Não vou carregar ninguém pra casa! Vou te deixar dormir no quintal junto com o cachorro!
- Nós não temos cachorro mesmo!
- E quem disse que eu estou falando do quintal de casa? Tu vais ficar aqui com o Pateta!
Pateta era o cachorro do meu tio Gustavo, ele era irmão do meu pai e como ele tinha se mudado para outro estado, ele deixou aquele capeta em forma de cachorro na casa do Papa. O cachorro era um rottweiler monstruoso e gigante. Ele não era bravo, mas era atentado demais e estabanado demais, ele saia derrubando tudo e todos que ele visse. Claro que com estranhos ele era beeeeeeeeeem bravo, mas conosco ele era um bobão.
- Chérie, viens ici! – Maman gritava da cozinha
- Salut, maman!
- Salut, mon bébé!
- Olha, a senhora lembrou de mim?
- Eu estava falando com a Sophie...
- Ah, claro... Tome, pode levar, a senhora vai roubar minha filha de mim mesmo...
- Vem, ma petite!
Maman tentou tirar a Sophie do meu colo, mas ela não foi de jeito nenhum. Ela agarrou meu pescoço e se a Maman a puxasse, ela abria o berreiro.
- Tá vendo, só minha filha me dá valor!
- Sem drama, Antoine! – Jujuba disse saindo de trás da geladeira com uma touca na cabeça.
- Credo, tu já estás aqui?
- Claro! Eu não sou imprestável como certas pessoas, eu vim ajudar a tia Ange.
- E a Jojo?
- Tá de férias!
- E desde quando a Jojo sai nas férias dela?
- Desde quando ela resolveu viajar...
- Pra onde essa sacana foi?
- Ela foi para o Nordeste, não sei bem para onde. – Maman disse
- Mas olha a Jojo, gente... tá pra frente, viu?
- Bora, deixa a Sophie no carrinho e trata logo de ajudar a gente. – Jujuba disse
- A Sophie não vai querer ficar no carrinho, viste o que ela fez com a Maman?
- Huuuuum... e tu vais ficar só olhando?
- Com certeza!
- Mas é muito folgado mesmo, viu?
- Bora, Izaura! Vai mexer o tacho! Limpar a pia! Varrer a cozinha! Arrumar a mesa!
- Vai-te pra puta que te pariu, Antoine!
- Epaaaa!! – Maman disse danda um tapa na Jujuba
- Opa, desculpa, Tia!
- Eu vou cuidar da minha filha, bom trabalho, Izaura!
- Aaaaaaah seu viado esperto! Tu me pagas mais tarde!
Acabou que eu fiquei lá pela cozinha com ela mesmo, o Pi chegou junto com o Dudu logo em seguida e ele as ajudou na cozinha. Eu fiquei com a Sophie, eu sentei numa cadeira da mesa que tinha na cozinha e eu fiquei conversando com eles enquanto eles trabalhavam. Sim, eu dei uma de esperto nesse dia.
- Pi, como anda a compra da casa?
- Tata, nós já compramos a casa, nós não lhe falamos?
- Não! Mas que bom, meu filho!
- Agora, nós só estamos fazendo alguns ajustes, acredito que na próxima semana já deixamos o Bruno e o Antoine viverem em paz.
- Até parece que vocês quatro se desgrudam! – Jujuba falou com uma certa raivinha na voz
- Sai pra lá macumbeira invejosa! – Dudu disse
- Ooooo viadão sinistro, já paraste pra pensar o que eu posso fazer com essa faca? – Ela disse cortando um pedaço de carne com força e fazendo um baita barulho quando a faca tocou a tábua de madeira que ela estava utilizando para auxiliar o corte.
- Essa mulher tem sérios problemas! – Dudu disse vindo sentar ao meu lado – Vem com o titio, Sophie? – Ela foi
- ABUABAHEUBAUDEUBAU – Sophie conversava com o Dudu
- ABAUFDUEBAUBEUBAUDEUBAUDE – ele respondia para ela e ela caia na gargalhada
- ABAUDEUBAUDEUBAUEUBDUEUA – Sophie conversava animada e risonha
- Olhem só como ela gosta do Dindo dela...
- Até parece! – Jujuba disse – Ela gosta é da dindinda dela! Vem amor!
Sophie olhou para ela e voltou a falar com o Dudu.
- RA! Não te disse que ela gostava do Dindo...
- Só por que tu não largas mais dela.
E era verdade, ele vivia grudado nela. Sophie tinha ganhado mais dois pais a partir do momento que o Dudu tinha se unido ao Pi.
- Mano?
- Oi! – Dudu respondeu
- O que os teus pais falaram sobre tu morares com o Pi?
- Meu pai não fala comigo!
- Sério?
- Sério!
- E como tu estás em relação a isso?
- Mais ou menos...
- Eles vão aceitar, mano.
- Não sei, não. Eles queriam que eu abandonasse tudo e voltasse pra casa.
- E tu?
- É claro que eu disse que não. Eu não vou abandonar a minha vida, mano. Não mesmo! Eu estou feliz, Antoine. Não me importa se meus pais não aceitam, é a minha vida, não a deles.
- Por um lado, fico muito feliz em te ouvir falar assim. Isso me mostra que tu amadureceste.
- Amor, vem aqui um minuto! – Bruno me chamava da porta da cozinha
- Tá! Segura ela, Dudu?!
- Tá bom!
Eu fui até o Bruno.
- O que foi?
- Vem aqui! – Ele saiu me puxando para trás do jardim
- O que foi?
- Eu só queria... – Ele foi me beijando
- AUUUUUUUUUUUUUUUUU!!! – Eu gritei quando ele me encostou na roseira
- O que foi? Eu te machuquei?
- Me encostaste na roseira... vê se feriu meu braço. – É lógico que havia ferido, afinal estava doendo pra porra
Eu me virei para ele.
- Caramba! Feriu! Desculpa, amor! Desculpa!
- Tá ardendo!
- Desculpa, amor! Nossa, não percebi que isso era uma roseira... – Ele disse todo preocupado. – Vamos lá dentro fazer curativo.
- Curativo? Tá feio assim?
- Um pouco.
Um pouco de sangue começou a escorrer pelos meus braços.
- Que droga! – Eu disse
- Eu só queria te beijar.
- E tinha que ser aqui, amor? Não podia ser lá dentro?
- Lá tá todo mundo e o que eu queria fazer não dava pra fazer na frente de todo mundo.
- Au, au, au!! Isso tá doendo!
- Vamos fazer o curativo!
- Tu estás fedendo a cachaça e carvão.
- Tu estás ferido e estás preocupado com o meu cheiro? Vamos logo lá pra dentro. – Ele saiu me puxando
- O que foi isso? Por que tu estás sangrando? – Maman já veio toda preocupada
- Me feri na roseira!
- Onde?
Eu virei de costa para ela.
- Meu Deus! Bruno cuida já disso!
- Já vou fazer isso, Ange!
- Nossa tá tão feio assim?
- Tu não estás sentindo?
- Tô! Tá doendo, mas a reação de vocês é como se eu tivesse perdido uma perna.
- Vamos lá no teu quarto.
- Não, é melhor vocês irem para o meu! – Maman disse – Nós estamos desfazendo o quarto do Antoine.
- Vocês estão desfazendo o meu quarto? Por que?
- Na verdade, nós estamos reformando. Vamos ampliar o quarto e colocar uma cama a mais, afinal a Sophie precisa de um quarto quando ela vir pra casa da Mamie.
- Vem, amor! – Bruno foi me levando para o quarto da Maman. – Senta na cama, de costas pra mim. – Ele disse ao entrarmos no quarto.
Eu fiz o que ele pediu. Ele tirou a minha camiseta e isso deve ter irritado a ferida, pois eu senti uma dor do cão. Como eu estava de camiseta, com certeza deve ter ferido bastante. Bruno correu até o banheiro e pegou algumas coisas.
- Isso vai arder um pouquinho... – Ele disse antes de passar algo no ferimento
- AAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII, CARALHOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
- Eu te avisei! Não grita!
- Tu falaste que ia doer um pouquinho e não que eu ia sentir a dor de um parto, cacete.
- Deixa de ser frouxo, Antoine!
- O que foi que tu passaste aí?
- Foi um pouquinho de iodo.
- Iodo? Como assim? Cadê a água oxigenada?
- Não achei, foi iodo mesmo! Não reclama!
- Caramba, minha pele tá pegando fogo. Por que minha costa toda ta ardendo?
- Bom, digamos que não é só um ferimento.
- O QUÊ? PEGA O ESPELHO PRA MIM!
- Depois, deixa primeiro eu cuidar disso...
- Depois de passar iodo, meu bem, não precisa fazer mais nada. Pega o espelho!
- Onde tem espelho aqui?
Eu me levantei e fui até o espelho que ficava ao lado do guarda-roupas. Eu havia lembrando que o Bruno não conseguiria tirar o espelho de lá. Quando eu vi minhas costas que eu entendi a reação do pessoal. Haviam vários furinhos de espinho e uns três rasgos na pele. Como que aquilo tudo aconteceu em tão pouco tempo?
- Bruno, corre!
- Por que?
- POR QUE EU QUERO TE MATAR, NESSE MOMENTO! – Eu sai correndo na direção dele
- Amor, calma...
- CALMA O CACETE! OLHA MINHA COSTA! CULPA TUA! CULPA TUA! – Eu tentava bater nele, mas ele se esquivava
- Desculpa, foi sem querer!
- Que idiota tem a ideia de dar uns amaços num pé de roseira? Ah é... meu marido teve essa brilhante ideia!
- Amor, desculpa, foi sem querer!
- PARA DE ME PEDIR DESCULPA! QUE COISA CHATA! OLHA MINHA COSTA COMO TÁ! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, EU QUERO TE BATER, BRUNO!
- Foi sem querer... – Ele disse tristinho
- Termina logo esse curativo!
- Tu não vais me bater?
- Apesar de querer muito, mas muito mesmo... Não, termina logo isso!
Eu sentei emburrado na cama e ele terminou OS curativos em silêncio. Era bom mesmo ele ficar em silêncio...
- Pelo visto o culpado disso tudo foi o Bruno. – Dudu disse rindo
- FOI!
- O que vocês estavam aprontando?
- DUDU, NENHUMA GRAÇINHA! – Eu estava furioso
- O que tu fizeste com ele? – Dudu perguntou baixinho para o Bruno
- Não fala com ele agora, não toca nesse assunto, pelo amor de Deus.
- Papa! – Sophie disse com os bracinhos estendidos para mim
- Oi, amor! – Eu a peguei do colo do Dudu
- Aduabeudaubeudabuebudeuabeu.
- É, filha, teu pai maluco que fez isso comigo.
- Aduebeudeuabeudbeuabdeuabdeuabdeua – Eu achava tão lindo ela conversando com a gente
- Ela vai ser que nem tu, vai falar pelos cotovelos. – Maman disse
- Eu não falo muito!
- Imagina... – Dudu, Pi, Jujuba, Maman e Bruno falaram juntos
- Credo, gente! Eu não falo muito, não!
- Meu filho, eu tinha vontade de te dar umas palmadas, às vezes, quando tu eras criança. Tu não fechavas a boquinha um segundo.
- Ai, credo, Maman! Vocês estão com tudo para o meu lado esses tempos, hein? – Eu disse saindo da cozinha e indo para a área da piscina.
Eu me sentei em uma espreguiçadeira, debaixo de uma árvore, com a Sophie e fiquei olhando o Papa assar as carnes. Bruno de vez em quando me olhava e fazia um sinal que eu ignorava. Eu fiquei um bom tempo sentado com minha filha, até a Maman me chamar falando que a comida da Sophie estava prontinha. Eu fui até a cozinha, coloquei a comidinha dela num prato e voltei para onde estávamos. Ela comeu tudo direitinho, sem me dar trabalho. Tinha dia que ela comia muito bem, mas tinha dia que eu podia pintar o sete que ela não queria comer de jeito nenhum.
- Ainda tá com raiva? – Bruno disse sentando na pontinha da espreguiçadeira
- O que tu achas?
- Que sim?
- Olha, e não é que ele acertou?!
- Desculpa vai, amor. Foi sem querer...
- Bruno, tu sabes que quanto mais tu pedes desculpas, mais raiva eu sinto. Fica quietinho que dá tudo certo.
- Tu sabes que eu não gosto de ficar assim contigo...
Eu só fiz olhar para ele e continuei dando a comida da Sophie.
- Desculpa, vai... – Ele passava a mão na minha coxa.
- Papa! – Sophie disse toda animada para o Bruno e com a boca toda suja de comida
Às vezes, eu tinha a impressão que aquela moleca entendia tudo o que a gente falava.
- Oi, meu amor! – ele a pegou no colo e ela tascou um tapa na cara dele
- Bem feito! – Eu disse rindo
- Teu pai fica te ensinando isso, né? Ele quer bater em mim e manda tu fazeres o trabalho, né?
Mais um tapa
- Bem feito! Quem manda falar besteira!
- Vai, amor, para com essa birra... me dá um beijo! – Ele disse vindo em minha direção
- Nem pensar!
- Vem, amor! – Ele segurou a Sophie com um braço e o outro me puxou
- Não! – Eu fechei a boca
- Vai me beijar, sim! – Ele me beijou, mas eu estava com a boca fechada
Ele começou a esfregar o rosto no meu e a barba começou a fazer cosquinha.
- Me dá um beijo!
- Umum! – Eu dizia balançando a cabeça negativamente
- Só um, amor!