Oi, gente! Correndo mais uma vez... E sim, o MrLuc está certo, não esqueçam que tuuuudoooo isso já aconteceu, portanto, está no passado. Acredito que eu devo ter feito alguma misturada entre passado e presente, mas gente, É TUDO NO PASSADO! Kkk. Desconsiderem os possíveis errinhos, minha cabeça está funcionando somente em francês, nos últimos tempos, e nas normas técnicas de escrita. Kkk Amanhã teremos mais um capítulo! Boa leitura a todos!
Boa noite! Até amanhã! Bisous!!!
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- Bom dia! – Eu os cumprimentei
- Bom dia! – Os dois responderam juntos
- Vocês? Acordando cedo? Que milagre é esse?
- Dudu estava com fome...
- Quem mandou casar com um buraco negro? – Eu sorri
- Ele acorda, me acorda, a gente transa e ele não quer que eu esteja com fome. Como pode?
- Aí, eu dou a razão para o Dudu, primo.
- Mas ele tinha que me colocar pra fazer café?
- Tu fizeste ele te dar prazer cedo, é o mínimo que tu podes fazer por ele, né?
- Seu traíra! – Pi disse emburrado
- Pra onde tu vais todo arrumadinho desse jeito? – Dudu me perguntou
Ele era um segundo Bruno na minha vida. Era uma ciumeira que não tinha fim.
- Eu vou ao clube com a Sophie.
- E o Bruno? Ainda tá de castigo? – Ele disse rindo
- Não! Ele vai também!
- Mas ele não estava com dor no estomago?
- Dor no estomago? Ele não me disse nada!
- Ops... acho que não era para eu falar isso, né?
- Parece que não, amor... – Pi disse
- Mas que filho de uma égua...
- A gente quer ir também! – Pi disse
- Aaaaaah mas vocês vão demorar muito... Sophie e eu já estamos prontos.
- A gente se arruma rapidinho, espera a gente, primo?
- Se vocês se arrumarem em vinte minutos, eu espero.
- A gente se arruma!
Eles tomaram café bem rapidinho e correram para se arrumar.
- Vamos? – Bruno desceu enquanto os meninos se arrumavam
- Dor no estomago, né?
- Dudu bocudo!
- Que dor é essa Bruno?
- Resultado de ontem!
- E como tu vais para o clube assim?
- Eu já tomei remédio. Já passou!
- E se tu pioras?
- Não vou piorar, amor. Foi só por que eu passei do limite, ontem.
- Huuum...
- Vamos?
- Vamos esperar os meninos, eles resolveram ir também.
- Ah, legal! Vamos chamar a Jujuba também?
- Boa ideia! Liga para ela! Eu vou ligar para a Maman arrumar o Gui e aí a gente passa lá para busca-lo, ele adora ir para o clube.
- Tá bom!
Enquanto os meninos se arrumavam, o que levou mais de 20 min, eu liguei para a Maman e pedi para ela arrumar meu irmão e o Bruno ligou para a Jujuba. Nós passaríamos primeiro para pegar o Gui e depois a Ju. Ainda deu tempo de arrumar uma marmita para levar para o clube também.
Os meninos desceram e nós saímos de casa, cada casal no seu carro. Eu só dei um pulo na casa da Maman só para pegar o Gui mesmo, nem entrei.
- Oi, manos! – Gui disse entrando no carro
- Oi, Gui! – Bruno e eu falamos juntos
- Oi, titia! – Ele segurou a mãozinha da Sophie que estava na cadeirinha dela – A gente vai pro clube mesmo, mano?
- Vamos, sim!
- Legaaaaaal!!!
- A Anne não quis vir?
- Não! Ela é fresca! Disse que não ia ficar com o cabelo duro.
- Ela é fresca mesmo! Bom, azar o dela, por que nós vamos nos divertir pra caramba!
- Ebaaaaaa!!! – Ele estava todo elétrico no banco de trás
Bruno seguiu para a casa da Jujuba.
- Oiiiii, gente! – Ela disse entrando no carro
- Oiiii, Ju!
- Oi, gostosa! – Gui disse
- Oi, meu gostoso! – Ela deu um mega beijo na bochecha dele – Eu não sabia que tu ias também.
- Meu irmão ligou pra Maman, aí ela me arrumou e ele foi lá me buscar.
- Teu irmão é legal, né?
- É, sim!
- Quem mais vai, meninos?
- O Dudu e o Pi. – Bruno respondeu
- Claro! Vocês não se desgrudam mais, né?
- Ooooo meu Deus, ela tá com ciúmes...
- Claro, Antoine! Vocês me jogaram para escanteio depois que o Dudu virou viado.
- Deixa de ser besta, Jujuba! Tu é que somes lá de casa.
- Eu não sumo, Antoine. Eu só não moro lá!
- Se esse é o problema, eles já estão se mudando de lá.
- Noooooooossa, eles estão se mudando para uma casa ao lado da tua.
- Mas vai ser a casa deles, eles não vão mais morar com a gente.
- Como se isso fosse mudar alguma coisa.
- É só tu apareceres mais vezes lá em casa, Ju. Não adiantas tu dizer que não, por que tu somes sim. Agora, mudando de assunto... E tu e o Jean, como vocês estão?
- Bem! Muito bem! Semana que vem ele está vindo pra cá, vai passar uns 20 dias aqui.
- Que legal, Ju! Ele vem para o aniversário da Sophie. Pelo visto a coisa tá séria mesmo, né?
- Tá sim!
- Tu amas ele?
- Amar, amar eu não sei... Mas eu gosto muito dele, muito mesmo.
- Que bom, Ju!
Nós fomos conversando até chegar ao clube. Chegando lá, o Gui saiu todo apressado, se não fosse eu controlá-lo ele teria se jogado de cabeça na piscina.
- Gui, calma! Pode esperar, a gente primeiro vai se arrumar lá na barraquinha e depois a gente vai pra piscina.
- Antoine, eu já tô grande! Eu vou pra piscina de criança!
- É, grandão? Mas tu vais esperar do mesmo jeito...
- Aaaaah manoo, tu estás que nem a Maman! – Ele disse emburrado.
- Gui, tu vieste comigo e tu vais esperar, ok? – Eu comecei a falar em francês com ele que eu nem percebi – Tu vais para a piscina, mas tu vais ou comigo ou com o Bruno.
- Tá bom! – Ele disse suspirando
Nós fomos para a barraquinha (eu chamo de barraquinha, mas não é uma barraquinha. É um espaço que todo sócio tem. Ele pode ir pra lá com a família, levar carne para fazer churrasco, rede, etc...) e nos arrumamos lá. Eu fui o primeiro a ir para a piscina com a Sophie e o Gui, o Bruno ficou reclamando, mas eu nem liguei. Ele queria por que queria ir, mas o Dudu ficou conversando com ele o impedindo de ir conosco.
Nós três caímos na piscina, a Sophie parecia um peixinho, não podia ver uma água que ela se jogava, literalmente. Uma vez, ela quase caiu da minha mão na piscina da casa da Maman por que ela quase se joga. A menina é tão maluquinha quanto os pais e os tios. O Gui logo fez amizade com uma molecada lá da idade dele e já estava brincando, mas sempre perto de mim. Como nossa diferença de idade é enorme, ele sempre me respeitou, eu sempre fui um segundo pai para ele.
Após um tempinho, a Jujuba se juntou a nós. E ela chegou chamando atenção de toda a macharada. Com o corpo que ela tem, ela chama atenção mesmo e não só de homem, as mulheres também a xavecavam bastante. Tinha uns caras que até jogavam um xaveco para mim, mas era algo bem sutil. O que tem de viado na minha cidade (e em todo canto do mundo) não é normal. E o pior de tudo, como tem viado abusado, viu? Tem uns que eu tenho vontade de tacar um soco no meio da fuça do cidadão para ele aprender a respeitar.
Os que não nos xavecavam pensavam que Jujuba e eu éramos um casal e que a Sophie e o Gui eram nossos filhos, pois todos ficavam nos olhando e uma senhorinha passou por nós e disse que éramos uma linda jovem família. Jujuba e eu caímos na gargalhada.
- Ah, vocês estão aqui, é? – Bruno disse entrando na piscina
- Sim!
- Eu pensava que vocês estavam na piscina maior.
- Com a Sophie? Nem pensar! Tu sabes como ela é, não corro o risco de ela dar uma de kamikaze e sair se jogando.
- Tu sabias que nós somos um casal? – Jujuba falou rindo
- Hein?
- É, uma tiazinha passou aqui e disse que éramos uma linda jovem família.
- Vocês dois? – Ele caiu na gargalhada
- Nós dois! – Eu disse rindo
- Isso seria no mínimo incesto. – Jujuba disse
- Eca, Jujuba! – Eu disse
Nós três ficamos na piscina de crianças e as pessoas pensavam que éramos loucos, afinal o que iriam pensar de três marmanjos numa piscina rasa? Jujuba aproveitava para empinar o bumbum lindo que ela tem para pegar um bronze.
Eu cansei de ficar lá e deixei a Sophie sob a responsabilidade do Bruno, corri até a piscina grande e peguei uma espreguiçadeira e coloquei perto, mas não tanto, de onde eles estavam, eu tinha que ficar de olho no Gui. Ele era meio peralta, mas não me dava trabalho, pois bastava eu falar uma vez.... Eu passei bronzeador e me deitei na espreguiçadeira.
- Antoine?
- Oi? – eu estava de olhos fechados e quando abri não consegui reconhecer a pessoa.
- Não lembra mais de mim, não?
Eu coloquei a mão na testa para proteger os olhos do sol e forcei os olhos para conseguir ver quem era.
- Beto? Nossa! Oi! – Eu disse me levantando
Ele me abraçou.
- Quanto tempo, hein?
- Pois é... tu somes, cara! A gente só se encontra assim, no susto.
- Verdade! – Ele disse rindo – Tu estás todo bonitão, hein? Com o corpo todo no lugar...
- Valeu! Tu também estás todo bonitão, o que andas aprontando?
- Nada demais! E tu? Ainda tá com o Thi?
- Nãããão! – Eu disse rindo da ideia que, nesse momento, me parecia a coisa mais absurda do mundo – Eu estou casado, mas não com o Thi. Tenho uma filha!
- Tu casaste com uma mulher? – Ele disse me olhando assustado
- Não! Com um cara! E sim, tenho uma filha com outro cara!
- Noooossa que legal! Em pensar que essa menina poderia ter sido nossa, hein?
- Sem a menor possibilidade, Beto! – Eu disse caindo na gargalhada
- Por que sem a menor possibilidade?
- A gente namorou quando a gente tinha o que? 14 anos?
- 15, na verdade.
- Nossa, que diferença! Ainda assim, éramos moleques.
- Eu fui teu primeiro amor, confessa.
- Desculpa, Beto, mas também não. – Eu ria descontroladamente
- Nossa, tá ruim pro meu lado, hein? – Ele me acompanhou na gargalhada
- Oi, amor! – Bruno veio rapidinho falar comigo ao me ver rindo e conversando com o Beto
- Ah, você deve ser o marido do Antoine. Prazer! – Beto estendeu a mão para o Bruno – Eu fui o primeiro namorado do Antoine.
Bruno só olhou para o Beto e ignorou totalmente o que ele tinha falado. O que eu achei bem estranho, pois ele nunca tinha feito isso com ninguém.
- Amor, onde vamos almoçar?
- Aqui mesmo, ué! Tem restaurante aqui, Bruno. – Eu fiquei bem chateado dele ter sido mal-educado
- Ok! – Ele sentou na espreguiçadeira e ficou nos olhando
- Bom, eu acho que já vou, Antoine.
- Tá bom! Foi um prazer te rever, Beto.
- O prazer foi todo meu! – Ele estendeu a mão para mim, ele não se atreveria me abraçar com o Bruno ali
Ele se afastou um pouco e depois voltou.
- Ah, já ia esquecendo, tu me passas teu número de telefone? Assim a gente não perde mais o contado.
- Claro! Anota aí! – Eu disse meu número e ele registrou no celular, toda vez que nós nos encontrávamos ele pedia meu número e, graças a Deus, nunca ligava.
- Até mais!
- Até! – Ele se afastou de nós
- “Foi um prazer te rever, Beto” – Bruno disse me imitando
- Não começa...
- Começar? Quem tá começando o que?
- Bruno, não vai estragar nosso domingo, né?
- Quem é esse cara, Antoine?
- Ele te disse, ele foi meu primeiro namorado.
- Antes do Thi? – Fazia milênios que nós não tocávamos no assunto “Thi e Antoine”
- Se foi o primeiro, é óbvio que foi antes do Thi, né?
- E por que tu estavas todo alegrinho conversando com ele.
- Pelo simples fato de eu estar falando da minha família, do meu marido e da minha filha.
- Eu não gosto que tu fiques de papinho com outros caras.
- É mesmo, é? Que pena, meu bem, por que eu não vou parar de falar com quem eu quero, sinto muito. Tu sabes muito bem como eu sou.
- Sei! Mas bem que tu poderias evitar, né?
- Bruno, eu estou casado contigo, e até onde eu sei isso não me coloca uma camisa de forças e muito menos uma mordaça, então, meu bem, eu continuarei falando com quem eu quiser – Eu falei calmamente
- Amor, eu não fico de papinho com outros caras.
- Quando a gente sai e tu encontras um amigo, tu não falas com ele? Quantas e quantas vezes tu já não me apresentaste para teus amigos?
- Pois é, eu te apresento como meu esposo. Nem isso tu fizeste.
- E tu me deste tempo por acaso? Já chegaste falando comigo e ignorando o pobre do Beto.
- Pobre?
- Olha, não vou brigar, ok? – Eu disse dando as costas para ele – Esfria a cabeça e depois a gente fala
- Já tá fria!
- Então, congela a cabeça e depois falamos. – Eu me afastei
- Vocês estavam brigando?
- Não! É só ciúmes besta do Bruno.
- Ah meu Deus, tá virando um Thi doido.
- Credo! Vira a boca pra lá! É só um ciúme besta que ele tem, daqui a pouco ele vai passar horas pedindo desculpas, tu vais ver...
- Aquele era o Beto?
- Ele mesmo!
- Tá gostoso, hein?
- Sossega essa xana aí, hein! Agora tu estás com o Jean.
- E é crime olhar para outros boy? Vou trair por acaso?
- Vai! Vais trair em pensamento!
- Aaaaaah vá se foder!
- Olha a boca, por favor! Me dá minha filha, madrinha desbocada.
Ela me passou a Sophie que já estava ficando toda enrugadinha.
- Sophie, tá na hora de sair dessa piscina. Olha como tu estás, moleca. – Ela fazia a festa na água – Vou sair, Ju?
- Vamos!
- GUI, VAMOS! – Eu gritei para o meu irmão
- MAS JÁ?
- Vamos almoçar, né? Depois tu voltas e brinca mais, tá?
- Tá bom!
Ele se despediu dos amiguinhos e nós fomos para a barraquinha.
- Eu ainda quero saber o que tu fazes com teus namorados/maridos. – Ela disse depois que o Gui se afastou da gente
- Eu só tenho um marido, minha filha.
- Que seja... o que tu fazes? Essa bunda só pode ter aqueles perfuminhos chama macho, tu passas isso na bunda, não passa, viado?
Em casas de umbanda de Macapá, há esse perfume “Chama macho”, SIM ele tem esse nome.
- Larga de ser doida!
- Viado, não entendo o motivo de tanta ciumeira.
- Se tu visses o Jean conversando com uma menina bem gostosa, o que tu farias?
- Primeiro, arrebentava a piranha na porrada. Segundo, arrebentava o Jean na porrada.
- Entendeu o Bruno, agora?
- Ah, vai te catar! Não é a mesma coisa!
- É claro que é! – eu disse chegando na barraquinha – Ei, vocês não foram para a piscina por que?
- A gente foi para a sauna. Não tinha ninguém lá dentro, Antoine. Imagina a loucura que foi lá dentro só nós dois. – Dudu disse
- Ai, credo! Vocês são loucos? Por que só louco vai para a sauna aqui em Macapá. A cidade em si já é uma sauna.
- Tu não sabes como é bom, primo.
- Ai, conta mais, quem deu a bunda? – Jujuba perguntou toda animada
- E te interessa macumbeira desencalhada?
- O viado sinistro, vai tomar no...
- Jujuba!
- Opa, desculpa! Tu entendeste... – Ela deu as costas pra gente e foi à lanchonete que ficava lá perto
- Cadê o Bruno? – Dudu perguntou
- Não sei!
- Como assim tu não sabes?
- Nós não somos grudados, Dudu!
- Iiiiii vocês brigaram! Qual foi o motivo?
- Idiotice do Bruno, é claro! Ele me viu falando com o Beto e ficou cheio de ciúmes.
- Beto? Aquele teu namoradinho idiota que te atacou uma vez na boate?
- É!
- Aaaah mas até eu ficaria com ciúmes daquele imbecil.
- Dudu, não te metes! – Pi disse
- Olha, lá vem o Brunete. – Dudu disse
Eu já fiquei esperando pelas desculpas.