Louco Amor TP2 CP9 - Ingratidão.

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 4130 palavras
Data: 08/06/2016 20:13:28
Última revisão: 09/06/2016 01:17:15

Oi meus amores, o fdp sumido voltou rs.

Hello – Algo me diz que irá se decepcionar rs

Vi(c)tor – Ownt ^^/ Pode deixar, enquanto tiver mão estarei escrevendo.

Prireis822 – muito triste :’( mas é como você falou ^^/

Rezinha27 – fico muito feliz em ser capaz de causar emoções com meu modo de escrever, me deixa ainda mais motivado. Terá sim alguns capítulos pela frente, pra falar a verdade nem sei quando vai terminar, já está virando uma novela, mas foda-se, tão gostando e isso é o que importa ^^/

LipM – amo História, minha melhor matéria, sempre quis fazer Direito, mas esse amor por história me deixa bastante dividido rs. Como disse a Rezinha27 a cima, fico muito feliz quando sou capaz de passar as emoções que eu quero passar aos meus leitores, me motiva bastante. E deixe disso que o mundo é cor de rosa Baby kkk Mas falando sério, não se preocupe, não farei uma realidade gay rs.

Ru/Ruanito – hehe vlw ^^/

Gordin Leitor – fico feliz que esteja gostando, vlw e ah, volte sempre ^^/

Plutão – Outro Plutão, Obrigado pelo carinho ^^/

A todos de um modo geral se sintam abraçados e beijados :*

Vamos agora ao que interessa; Boa leitura!!!

LOUCO AMOR TP2 EP9 – Ingratidão.

_ Filho, vai contar isso a Caio? – minha mãe perguntou depois que Fagner se foi. Estávamos na sala assistindo novelas mexicanas, e Aquiles estava no meu colo.

_ Porque não contaria?

_ Ah sei lá, sabe o quanto ele queria que ele o chamasse de “papá” e você meio que agraciado com isso...

_ Acha que ele vai ficar chateado com isso?

_ Não posso afirmar.

A porta no mesmo estante se abriu e ele entrou junto ao meu pai. Ambos conversavam e sorriam. Ele veio até mim e se sentou ao meu lado, pôs o braço sobre o meu ombro e me beijou.

_ Estava morrendo de saudade. – disse.

_ Como sempre né. – disse sorrindo.

_ Como sempre. – ele confirmou me dando mais um selinho, para então voltar a sua atenção para Aquiles que já se animava com sua presença.

_ Que coisa mais linda meu Deus. – disse tirando-o de meu colo e o erguendo na altura da cabeça para que pudesse afogar seu resto naquela pequena barriga, pelo jeito ele sentia cocegas, pois sempre iluminava a casa com seu sorriso inocente e gostoso quando Caio fazia isso. – Papai estava morrendo de saudades do meu bebê...

E por aí se seguia até ele me entrega-lo novamente para poder ir tomar banho e ficar com ele depois para que eu pudesse ir para a faculdade.

Quando ele saiu do banheiro de samba canção e sem camisa, deixando exposto aquele peitoral moreno, Aquiles estava no berço brincando com sua bola e eu, encasquetado com a conversa que tive com minha mãe separava as blusas que iria vestir. Ele se aproximou por trás de mim e me abraçou forte colocando sua boca em meu pescoço me fazendo ver estrelas – num ótimo sentido.

_ O que foi? Que me falar algo, conheço essa cara.

Estávamos juntos há quase um ano e seis meses e ele já me conhecia como a palma de sua mão, como se fossemos casados há décadas, se eu tivesse algo encasquetado em mente. Ele com certeza iria saber, iria perguntar e não se cansaria até obter a resposta, mesmo que eu faça de tudo pra não transpassar isso na fisionomia.

Me virei e coloquei meus braços em formato de triangulo sobre seus ombros.

_ É que Aquiles falou sua primeira palavra hoje.

Mal terminei de falar e seu rosto já se contraia em uma expressão de felicidade.

_ Sério? – ele se desvencilhou de mim e foi até próximo o berço onde por sobre o ombro perguntou. – O que ele disse?

_ Papá.

Ele parou tudo e se virou pra mim se mostrando um pouco confuso.

_ É, ele me chamou de pai. – disse meio receoso, e para continuar baixei a cabeça, pois não queria encara-lo, estava com medo de sua reação. – Sei que era você que deveria ouvi isso e que...

_ Que besteira Lucas. – ao levantar a cabeça vi que ele sorria e parecia não ter se importado. – Foi à coisa mais normal que aconteceu, querendo ou não você passa mais tempo com ele de que eu. – se reaproximou aos poucos de mim e colocou a mão em meu braço. – De certa forma eu estava esperando isso, você também é pai dele, somos uma família, então – deslizou seu dedo indicado por toda extensão de meu nariz. – deixe desses pensamentos, pois estranho seria ele te chamar de mamãe.

Há poucos eu estava apreensível e até nervoso imaginando qual seria sua reação, mas vejam agora, eu ria por causa dele. Parecia impossível, mas todos os dias eu sempre me apaixonava ainda mais por ele, sempre com bem mais intensidade que no dia anterior.

_ Fico mais aliviado. – disse.

_ Eu te amo muito. – ele disse ao atenuar a expressão de risos.

Coloquei minha testa encostada a sua enquanto entrelaçava meus dedos nos seus e disse:

_ Também te amo, muito mais do que ontem.

Nunca passamos um dia sem dizer essas palavras, mesmo que por algum motivo tenhamos brigado e ficado sem nós falar, um sempre encontrava uma maneira criativa de pedir desculpas e dizer “eu te amo”. Uma vez ele havia gritado comigo por ter esquecido de checar a temperatura do leite antes de dá para o pobre do Aquiles que logo se pós a chorar, eu pedi desculpas, mas ele continuou a falar alto enquanto desesperado tentava acalmar a criança, pedi várias vezes e nada mudou em nenhuma deles, até o meu saco encher e eu sair soltando fogo pelas ventas, me tranquei no quarto de hospedes e lá decidi ficar antes que as coisas esquentassem mais ainda, eu havia errado, mais tinha pedido desculpas! No tempo eu não poderia voltar. Ele não veio atrás de mim, de imediato, duas horas após, quase meia-noite, quando eu deitado sem conseguir dormir ouvi ele bater na porta, simplesmente não insistiu e nem falou nada – até porque ele sabe que quando estou puto, nem o papa me faz falar – ele apenas lançou uma folha por debaixo da porta, que eu com minha curiosidade imensa, me fez levantar e pegar a folha. Nela havia um desenho de um rosto triste onde ao lado dizia: “Perdoa eu? Te amo meu bebê”. Até tentei resistir e me manter com raiva, mas quem disse que eu consigo? Dois minutos após já estávamos nós abraçando e nós beijando no maior love.

Dizer “Eu te amo” para nós era como se fosse tão importante como respirar.

Em dezembro daquele ano era o grande mês em que finalmente passaríamos a morar sozinhos em seu apartamento – isso era o que eu pensava. Não necessitávamos mais da ajuda da minha mãe, pois tínhamos aprendido várias coisas com ela nesses últimos meses, iriamos saber nós virar, iriamos ser uma família de verdade.

_ Sei que desde o mês passado a gente tá planejando essa mudança para o meu apartamento e tal, mas eu acabei mudando de ideia. – ele começou assim que sentamos na cama, um de frente ao outro.

_ Como assim? Vamos ficar morando aqui?

_ Eu quero morar lá na fazenda. Quero seguir os passos de meu pai, quero muito que venha comigo, mas se não quiser por causa da faculdade, eu espero você terminar.

_ Eu transfiro pra lá, sem problema...

_ Mas lá é cidade pequena, não tem faculdade.

_ Com certeza nas cidades vizinhas tem.

_ Mas nenhuma com a qualidade que se tem aqui, quero o melhor pra você.

_ Que se foda Caio, estou cagando pra isso, não vou ficar longe de você de jeito nenhum.

Ele sorriu com que ouviu e me beijou carinhosamente.

_ Mas e o direito a um final de semana dos pais de Teresa.

_ Toda quinta alguém de lá, ou eu pessoalmente venho trazer ele. Não é problema.

_ Certo. Mas de onde surgiu essa ideia tão repentina? – perguntei.

_ Já vinha pensando há alguns dias, não sei de onde surgiu essa vontade, mas é o que eu quero no momento, falei com meu irmão e ele também tem esse desejo, sei que você sempre quis uma casa só pra nós, mas...

_ Para tudo! – disse fazendo-o se calar e prestar atenção em mim. – Caique vai morar lá também?

Meio receoso ele confirmou com a cabeça.

_ E Fagner?

_ Se ele for como você com certeza ira querer, mas se você não tiver gostando da ideia...

_ Está brincando? Estou amando! – disse feliz da vida.

_ Está? – ele perguntou confuso.

_ Claro, vou ter meus amigos vinte quatro horas, além do mais a fazenda é enorme, não vai afetar nossa privacidade.

Ele sorrindo disse.

_ Não vai. Vai ser muito legal mesmo.

Depois Fagner confirmou que também iria, ambos gostamos muito da ideia, ao invés de uma família de verdade, seriamos uma grande família de verdade. Ao contar a novidade aos meus pais, eles a receberam com certa comoção, pois não esperavam que eu e Aquiles por quem se apegaram tanto fosse morar longe, mas eles acabaram entendendo, não poderiam me ter por perto para sempre, era hora de me deixar voar. Logo nós mudamos e nós adaptamos a vida ao campo com certa facilidade; eu transferi minha faculdade para uma cidade vizinha onde continuaria com meu curso; Caique acabou desenvolvendo um amor incondicional por cavalos que o levou a querer treinar montaria e Caio e Caique, juntos se mostraram ótimos fazendeiros e grandes empresários, nos anos que sucederam conseguiram fazer mais dinheiro que a própria casa da moeda com o ramo do agronegócio.

>>>Dezesseis anos depois<<<

_ Bem, turma. Não se esqueçam de estudar as páginas que eu falei. – disse com meus matérias na mão já me encaminhando para porta onde o professor e amigo Marcelo me esperava já há alguns uns minutos.

_ Opa, quer ajuda?

_ Não vou negar, quero sim. – disse sorrindo enquanto lhe passava alguns livros didáticos pesadíssimos. O alivio de ter as mão um pouco mais livres foi quase que instantâneo, juntos seguimos até a minha sala. Eu era dono, diretor e professor de história do terceiro ano naquela escola. A escola que Caio havia me dado de presente quando completei trinta anos – hoje tenho trinta e quatro e ele trinta e seis.

_ Presumo que as coisas entre vocês não melhoram dada a sua cara. – ele comentou enquanto me passava os livros para que eu pudesse os guardar na estante.

Suspirei ao terminar o trabalho e sem animo confirmei.

_ Não sei como contornar isso. Já fiz de tudo.

_ Vamos nós sentar. – ele sugeriu.

Nós sentamos ambos nas cadeiras onde comumente se sentam pais de alunos para ter uma conversa comigo boa ou ruim.

_ Não quero encher sua cabeça com meus problemas, mas é a única pessoa com quem posso desabafar.

Fagner há meses havia saído do país para se preparar na Rússia para as olimpíadas, nos últimos anos ele se mostrou um grande hipista aos olhos de grandes pessoas que o propuseram essa chance única que ele, claro agarrou com unhas e dentes. Com certa pressão em cima dele por resultados positivos, mal conseguíamos nós falar com frequência ou por mais do que cinco ou dez minutos. Tinha Caique, mas esse havia se tornado um homem de negócios que só vivia ocupado com negócios da fazenda, então o jeito era recorrer a Marcelo, um grande amigo que fiz desde os tempos da faculdade, embora tenha sido apenas depois que o contratei que nossa amizade se tornou o que era hoje, forte e solida. Marcelo era o tipo de cara que se você ver de longe tem o maior medo de passar por perto, alto, muito malhado, o que podemos chamar de rato de academia, era branquinho, cabeça rapada e olhos pretos.

_ Deixe de besteira, somos amigos. – ele disse com a voz serena enquanto colocava a mão em cima da minha que se encontrava em cima do braço da cadeira.

Recuei um pouco e então comecei a falar o que havia acontecido.

>>>Um dia antes<<<

_ Está satisfeito agora?

_ Abaixe o tom da voz agora Aquiles. Se acalme. – pedi tentando manter a calma. Estávamos no meio da sala de estar e ele gritava com raiva.

_ Me acalmar? Como? – ele falou andando de um lado a outro. – Você realmente quer destruir a minha vida né? É esse seu plano? EM?

_ Eu só fui te buscar na escola porque estava com saudades de fazer isso, não pensei que alguém de tão longe, pudesse me reconhecer.

Ele há dois anos estudava fora da cidade para poder fugir dos comentários homofóbicos e dos foras que levava por parte das meninas na qual ele ficava afim, tudo isso por ter dois pais, as vezes as meninas nem ligavam para esse detalhe, as vezes o problema era a família da menina que não via o namoro com bons olhos e acabavam por interferir no relacionamento. Na cidade e na escola nova ninguém sabia desse detalhe até eu levado pelos sentimentos cometer o erro de ir busca-lo pessoalmente, alguém me reconheceu e espalhou para o restante de seus colegas.

Ao passar dos anos seu físico e aparência se moldou bastante a quase uma replica de Caio quando mais novo, ele era alto, já do tamanho do pai e mais alto que eu, tinha um físico em desenvolvimento e cabelo sempre na maquina um, sempre bem vestido, arrancava suspiros das meninas.

_ Pois é! Reconheceu! – gritou. Lágrimas começaram a se formar em seus olhos e eu logo quis lhe abraça, mas ele me empurrou.

_ Filho... – disse já começando a chorar.

_ Não sou seu filho. Você arruinou a minha vida, perdi mais uma namorada por sua causa. – disse chorando enquanto apontava o dedo em riste pra mim. – Eu só permaneci nessa casa esses anos todo por causa do meu pai, porque eu tenho certeza que um dia ele vai te largar e assumir uma vida normal. Mas hoje você conseguiu, eu vou embora!

_ O quê? – perguntei surpreso.

_ Isso mesmo. – falou uma voz atrás de mim. Ao me virar vi o diabo em pessoa, Keverson, pai de Teresa parado na entrada.

_ Eu vou morar com meus avós na cidade grande. Ter uma vida de verdade, longe de toda essa loucura. – Aquiles disse.

Me virei novamente pra encara-lo.

_ Você só tem dezesseis anos Aquiles, precisa de nós. – disse com a voz fraca, sem força pra lutar. – seu pai não vai gostar disso.

_ É melhor deixar Lucas. – aconselhou Caique vindo da cozinha. – se ele acha que assim vai ser melhor, deixe-o ir.

Sua presença àquela hora me deixou um pouco surpreso, pois ele tinha viajado junto com Caio para comprarem mais uma fazenda e só voltariam no outro dia.

_ Com o meu pai eu me viro. – ele disse e se foi pela escada pulando de dois e dois degraus.

_ Volta aqui Aquiles. – ordenei, mas ele não me deu ouvidos e continuou. – como você pode me aconselhar com isso? – perguntei de forma incrédula para Caique que começava a se aproximar.

_ Dê um tempo a ele, depois você o procura e tenta uma conversa, talvez ele só precise de um tempo pra respirar.

_ Só quero que ele volte a ser o que era antes, ele não me chama de pai há anos.

_ Eu sei o que deve está sentindo. Não deve ser fácil, mas dê esse tempo a ele.

Suspirei em concordância, por que por mais que eu quisesse o trancar no quarto e o impedir de ir a qualquer lugar, isso só serviria pra agravar ainda mais a situação, ele me odiaria pelo resto da vida. Era o adolescente de dezesseis anos com o maior espirito de independência e rebeldia que eu já conheci, não podia o culpar por isso, pois as vezes a sociedade cobra demais das pessoas.

_ Cadê teu irmão? Ele veio também? – perguntei com os braços cruzados enquanto olhava ao redor.

_ Ele vai ficar por mais três dias lá, então me mandou vir mais cedo.

_ Três dias? – perguntei incrédulo. Ele confirmou com a cabeça. – puta que pariu. – disse irritado.

_ Não vão me convidar pra entrar? – perguntou o demônio ainda parado no inferno.

_ Ah vai pro inferno. – disse antes de me encaminhar ao meu quarto.

_ Vixe, tem alguém irritado. – ele disse em deboche.

>>>Dia atual<<<

_ Aquele velho sempre me tirou do sério, tu não tem ideia Marcelo.

Ele riu.

_ Ainda pra foder com tudo, Caio mal para em casa, sempre viajando pra lá e pra cá, temos tantas fazenda e patrimônios que eu nem tenho conhecimento de todas e duvido que ele tenha. Amo aquele desgraçado igual a antigamente e por isso sofro com essa saudade, ele nunca está presente quando preciso dele e isso é tão... tão bosta, sabe? – ele fez que sim com a cabeça – Às vezes sinto que pra ele eu sou um tanto faz, ele não me ama mais, disso eu sei.

_ Aquiles foi embora? Você deixou?

_ Deixei, resolvi seguir o conselho de Caique.

_ Quanto a Caio eu vou ser sincero, como sempre fui.

_ Por favor.

_ Ele é ambicioso e geralmente toda a pessoa ambiciosa, só pensa em dinheiro e às vezes nem só em dinheiro, mas no prazer de se sentir poderoso, essas pessoas amam essas coisas. Ele se apaixonou de novo Lucas, simples assim.

Nunca tinha pensado por aquele lado, para muita gente aquilo soaria como maldade, mas para mim, soou como sinceridade, o que me fazia admira-lo.

_ Quanto a decisão de deixar Aquiles ir, eu achei que foi o certo, deixe o respirar um pouco. Quem você ama mais, Aquiles ou Caio?

_ Os dois da mesma forma. – respondi sem pestanejar. – são amores diferentes, mas iguais na intensidade, mataria e morreria pelos dois. Por quê?

_ O que faria pra sentir o carinho de seu filho novamente?

_ Tudo.

_ Ao meu ver a única maneira será dando o que ele quer.

Até perdi o ar quando ele falou aquilo.

_ Eu não vou me separar de Caio, Marcelo.

_ É de se pensar, coloque tudo na balança, tenha uma conversa sensata com ele (Caio) e depois se decida o que é melhor. – ele disse se levantando da cadeira. Por impulso também me levantei, nem consegui falar nada, pois ele me abraçou e quase me sufocou com aqueles braços enormes. – Vai dá tudo certo. – disse e me soltou.

Apenas balancei a cabeça me sentindo meio confuso pela atitude de me abraçar tão repentina.

_ Está na minha hora de dá aula, mas antes queria te fazer um convite irrecusável.

_ Pois faça.

_ Minha mãe vai vir pra cidade hoje e está louca pra te ver novamente, vou fazer um jantar especial e espero sua presença.

_ Sério? Nossa, muita saudade de Cida, se é por ela com certeza irei.

_ Então te espero às sete da noite, ok? – ele disse enquanto se encaminhava para a saída.

_ Estarei lá.

>>>Um dia antes<<<

Narrado por Aquiles:

Já estava cheio daquela vida, já estava cheio de todos me apontado como se eu fosse a aberração, já estava cheio de namorar as escondidas ou acabar namoro porque simplesmente os meus “sogros” não aprovam um relacionamento com o filho de dois homens, eu não queria ir embora, ele que deveria ir e deixar meu pai Caio em paz, mas devo aceitar que dessa vez ele ganhou, eu vou, mais eu volto, pois aquela fazenda é muito mais minha do que dele.

Ao passar pelo quarto dele, ouço seu celular vibrar em cima da cama, a principio não ligo muito e continuo o meu caminho, mas logo a frente algo me faz parar, era como se aquela ligação fosse mudar a minha vida, não sei, mas uma voz me dizia isso, então voltei, entrei em seu quarto e peguei seu celular, era o meu pai. Não hesitei muito e logo atendi.

_ Amor?

Arg, como aquilo embrulha meu estomago.

_ Sou eu pai. – digo.

_ Ah, oi filhão, cadê seu pai?

_ Falando comigo ao telefone.

Ele suspira do outro lado da linha, como se estivesse cansado daquela lenga lenga.

_ Ok, cadê o Lucas?

_ Na escola. – menti já saindo daquele quarto e indo ao meu antes que ele aparecesse.

_ E porque o celular dele está em casa? Ele nunca larga esse aparelho.

_ Há uma primeira vez para tudo.

_ Tudo bem, você pode dá o recado pra ele então.

_ Diga.

_ Eu vou chegar hoje à noite mesmo, por volta das oito horas, não mais daqui a três dias como mandei Caique avisar, por acaso sabe dizer se ele já chegou?

Aquela informação era muito útil pra mim, daria para colocar meu plano em prática. Há há há bem que algo me dizia que aquilo mudaria minha vida.

_ Filho?

_ Ah oi?

_ Te fiz uma pergunta, seu tio já chegou?

_ Já sim.

_ Então dê o recado a ele, talvez ele nem falou nada com seu pai ainda.

_ Pode deixar, te amo pai.

_ Também te amo... Agora tenho que desligar, até a noite.

_ Até.

Ao encerrar a ligação, resolvi desliga-lo e joga-lo dentro da minha mochila, em baixo de todas as roupas que eu levaria pra casa de meus avós, não iria deixar o celular, pois meu pai poderia ligar novamente e estragar de alguma forma meu plano. Ao terminar de me arrumar coloquei a mochila nas costas e abri a porta para pode sair quando me assustei com a presença de meu pa... quero dizer, do Lucas pronto para bater na porta.

_ Se veio para tentar me impedir, pode fazendo meio volta.

_ Só vim me despedir.

Uol, aquilo me surpreendeu.

Ele continuou:

_ Deixa eu ao menos te abraçar? Apenas um abraço e você estará livre. – pediu e por um segundo senti pena dele, mas só por um segundo, tempo o suficiente para ele se aproveitar e me abraçar.

Apenas fiquei lá frio e inerte esperando que aquilo terminasse logo.

_ Tchau. – ele disse ao finalmente me soltar.

Não disse nada e logo dei um jeito de sair dali, desci as escadas e avistei meu avô ainda na porta me esperando, fiz um sinal para que ele esperasse um pouco mais e então segui até a cozinha.

Lá estava ele, sentado em uma das cadeiras da mesa com a cabeça praticamente enfiada nos vários livros espalhados ao seu redor.

_ Será que um dia vou te encontrar fazendo outra coisa a não ser estudando.

_ Será que um dia vou ter ver mais feliz com a vida? – ele perguntou sem me olhar.

_ Hoje mesmo. – disse abrindo os braços.

Dessa vez ele ergueu um pouco a cabeça para me olhar através daqueles óculos enormes ainda sem muito interesse até me ver com uma mochila nas costas, aí sim ele ergueu a coluna até ficar numa posição menos nerd.

Narrado por Vinicius:

_ Pra onde você vai? – perguntei com certo medo da resposta.

_ Para casa de meus avos.

_ Co... Como assim?

_ Então cansado dessa vida, mas não se preocupe, você nem vai sentir minha falta – se aproximando – porque se tudo ocorrer como estou planejando amanhã mesmo estarei de volta.

Cruzei os braços já sabendo que vinha bomba por aí.

_ Quero que você diga ao Marcelo para executar o plano hoje.

_ Hoje???

_ Meu pai irá chegar as oito horas da noite, mas o Lucas não sabe disso, faça o Marcelo marcar um jantar romântico na casa dele hoje as sete, a parti daí ele já sabe o que fazer.

_ Aquiles, ele é teu pai cara, te ama...

_ Pode ir parando com isso Vinicius, eu só tenho um pai e ele se chama Caio.

_ Pai é quem cria Aquiles, tio Lucas é tão seu pai como o tio Caio é.

Ele nesse momento apoiou os punhos na mesa e desceu um pouco o tronco até ficar na altura de meus olhos.

_ Está comigo ou não?

_ Eu sempre vou está contigo Aquiles. – disse baixando a cabeça.

_ Ótimo. – disse voltando a erguer a coluna. – então faça o que eu pedi.

E deu as costas pra mim.

_ Espera! – me levantando pedi, ele próximo a porta, eu tinha que arriscar. – Não vai nem me... me dá um abraço de despedida?

Ele deu aquele sorriso de lado, o famoso sorriso filha da puta que me deixava todo bobo mesmo sendo de deboche.

_ Está passando muito tempo aqui, cuidado com a viadagem, isso pega. – disse e se foi, sem nem ao menos dá um tchau.

Porque eu amo esse idiota?

Continua...

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Comentários

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Gente este menino demora para postar. Tô quase arrancando os meus cabelos aqui de ansiedade. Quero arrebentar este Marcelo e Aquiles. Espero que o Vinicio não faça nada errado em nome do amor pelo Aquiles.

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Não gostei da atitude de Aquiles. Espero que ele quebre a cara a volte com o rabinho entre as pernas. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Não gostei desse "novo" Aquiles...

E me decepcionei sim...

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Perfeito! Estou ansioso com essa nova fase da estória. Espero que não demore a publicar.

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Q pena q Aquiles se tornou esse adolescente tão rebelde e desprezível, espero q ele amadureça logo e dê valor a qm o ama. Muito bom aguardando o próximo, bjssss!!!

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Amei. muito bom. Que pena que o aquiles ficou assim coitado do lucas que decepçao. bjos

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