Bom dia...muito obrigado por lerem. Espero que gostem dessa parte. Valeu pelos comentários. Até o próximo... bjs ;)
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Como eu amei aquele homem. Como me senti amado por sua total entrega. Se tem algo que eu goste num homem, é vê-lo sendo ativo e passivo, sendo fêmea sem deixar de ser macho. É na hora do vamos ver" que podemos nos soltar de todas as amarras e nos jogarmos nos braços do outro sem reservas.
Depois do almoço voltamos para o quarto e nos envolvemos em carícias e prazeres infinitos. Ele se entregou de corpo, alma e boa dose de safadeza. Ver aquele homem se insinuando e desejando ser meu, me fez ver o quanto especial ele era. Não existe passivo ou ativo na hora do fazer amor; existe reciprocidade em dividir prazeres. Não importa se você está por cima ou por baixo, mas sim, se o quê estão fazendo é de comum acordo.
O deitei se bruços e beijei suas costas. Percebi algumas manchinhas e tinha lá um certo charme. Ele se arrepiava quando meus dedos tocavam sua bunda carnuda. Se tem uma coisa que eu acho lindo: é um homem nu, de bruços e deitado numa cama com uma das pernas encolhida. E era assim que ele estava.
Me coloquei sobre seu corpo e era uma sensação incrível tê-lo em minhas mãos e boca. Ele se contorcia na medida que eu intensificava as carícias. Seus músculos retezavam e o cu piscava pedindo pica. Minha língua abria caminho em seu cu rosado enquanto eu lhe apertava as nádegas com gosto. Lhe enfiei as unhas e mordi suas pregas, ele urrou.
— ahh...assim eu gozo. — ele disse ficando de quatro.
— rebola devagar nos meus dedos...vai! Isso...assim....
Meus dedos penetravam seu orifício e alargava a entrada para receber minha pica. Coloquei o preservativo e lambusei seu cu com uma boa quantidade de lubrificante. Fui entrando devagar e ele relaxava a cada centímetro de pica. Ele era experiente e sabia controlar muito bem a situação. Segurei suas ancas e iniciei um movimento cadenciado. Escorreguei minhas mãos por suas costas largas e segurei seus ombros intensificando a penetração. Ele gemia e se deitou de lado abrindo uma das pernas. Ahh, que visão maravilhosa da sua virilidade quando o vi se masturbando. Não resisti em socar minha pica com mais força e o ouvi me pedindo um beijo. Me abaixei e o beijei com toda a minha paixão. Ele me derrubou e se colocou sobre mim. Nos beijamos fervorosamente e juro que alto explodia dentro se mim. Minha pica estava em riste e ele a apertou com força a colocando dentro de si e por cima, ele cavalgava. Segurei firme sua bunda e apertei com força enquanto uma estocada lhe fez derramar sua essência sobre meu corpo enquanto a minha explodia dentro de si. Gozamoa juntos. Ele caiu sobre mim e o recebi de braços abertos com mil carícias e beijos apaixonados.
— caramba... — ele disse rindo.
— o que?
— você enfiou as unhas na minha bunda...
— hahaha, ta ardendo?
— agora sim, mas eu adorei.
— safado! Ah, só saio daqui carregado.
— hahaha, você me judiou e eu ainda terei que te carregar?
— judiei? Hahaha, bobo. E sim, vai me carregar.
Ele se levantou e eu subi na cama pra subir nas costas dele e fomos pro banheiro. Ele me deu banho, beijou meu corpo de baixo em cima e ficamos se sacanagem por um tempo até que ouvi um celular tocar. Era o celular do Marcos. Ele se enrolou na toalha e foi atender. Terminei meu banho e o vi sentado na cama. Perguntei o que era e ele abraçou minha cintura. Fiquei esperando ele responder, mas perguntei de novo.
— era o seu pai querendo saber se eu queria sair pra ir pescar com ele. A gente tinha comentado esses dias e disse que poderíamos marcar qualquer fim de semana.
— ficou assim porque não foi pescar com meu pai? — ele se levantou e segurando meu queixo, me beijou.
— não meu amor, é pela estima que seu pai tem por mim. Seu pai e eu nos tornamos amigos, eu o respeito demais. Não por ele estar na fábrica há tantos anos, mas por seu caráter. Independente de qualquer coisa.
— falando assim, faz com que eu me sinta um criminoso. Quando na verdade, eu sou a vítima do preconceito do meu pai.
— não é minha intensão, mas acho que devemos resolver logo essa situação.
— minha mãe disse que ele estava querendo entrar com o pedido de aposentadoria.
— sim, ele já veio falar comigo e entramos com a papelada. O que tem?
— espera ele resolver isso, não quero que ele se desenteda contigo no meio desse processo.
— não, claro. Eu já disse que o ajudaria no que fosse preciso. Tito, eu já disse que estou contigo nessa...
Ele me abraçou e me jogou na cama. Namoramos um pouco e fomos dar uma volta. Fiquei pensando no que ele me disse e vi o quanto ele considerava a amizade que tinha com meu pai e talvez tudo isso se perderia.
Passamos um domingo regado a muita comida, tiroleza e claro, mais sexo na cascata e por pouco não fomos flagrados. Eu tinha acabado de me vestir e o Marcos estava calçando os tênis quando ouvimos vozes vindo da trilha.
— cadê o preservativo? — perguntei e ele botou a mão na cabeça em desespero.
— esqueci lá.
— eu não acedito...puta merda. Qual é a sua obrigação depois de me fazer gozar?
— me fazer gozar? Hahaha, brincadeira bobo, ta aqui no meu bolso.
— aiaiaai...que engraçadinho, você... Tem circo na cidade, vai lá.
— olha como fala com seu amor...
— hahaha, me leva.
Subi nas costas dele e foi me carregando até o final do túnel de pinheiros. Demos de cara com um grupo vindo e pulei das costas dele rápido. Ele segurou minha mão e disse que queria lanchar.
— acabamos de comer.— ele disse rindo.
— é pra me despedir. Será que o Daví faz uma quentinha pra eu comer no caminho?
— nossa...hahaha, eu peço pra ele.
— obrigado, namorado.
Saímos de São Pedro no final da tarde e quando chegamos em Bela Vista já passava das oito. Pedi que ele me deixasse no Posto do Maroto que eu pegaria um taxi até em casa. Ele disse que não precisava, mas insisti.
— eu fui te buscar hoje cedo, que diferença faz?
— era bem cedo e não tinha ninguém na rua. Pelo menos até a gente resolver tudo isso.
— tudo bem. Me liga quando chegar.
— pode deixar. Ah, amei o fim de semana.
— eu também. A gente se vê durante a semana?
— vou pensar...hahaha.
— bobo... — a gente ficou se olhando. Eu o abracei e pensar que eu havia amado aquele homem durante dois dias já me fazia sentir saudades.
Ele esperou eu entrar no taxi e quando cheguei na kitnet liguei para a minha mãe e disse que já tinha chegado. Me surpreendi quando ela disse que meu tio estava P da vida comigo por eu ter feito ele perder a hora no sábado e se atrasar para pegar a Daiane em casa. Fiquei sem entender absolutamente nada e quando ia falar, ela me convidou pra ir até lá jantar e que meu tio também estava lá.
Troquei rápido de roupa e fui correndo pra casa dos meus pais. Assim que cheguei minha mãe veio reclamando de eu ter sumido todo o fim de semana. Pedi desculpas e meu tio estava com uma cara péssima. Perguntei do meu pai e ele tinha ido buscar cerveja. Esperei minha mãe ir até a cozinha e meu tio veio falar comigo.
— você presta mais atenção quando for fazer algo que ninguém saiba. — ele disse segurando meu braço e me levando pra fora.
— ei, eu não estou entendendo nada. Dá pra explicar?
— senhor ... seu pai veio atrás de você e disseram que eu tinha passado aqui te pegar bem cedo. Ai a sua mãe me liga e eu como não sabia pra onde você tinha ido, disse que tinha de dado uma carona até o Posto do Maroto que iam te pegar la.
— ela não perguntou mais nada?
— não. Ela tava doida pra falar contigo que disse que ia falar contigo e desligou.
— droga!
— droga? Isso foi sorte por eu e o Marcos termos os carros iguais. Agora vê se presta mais atenção ou conta logo pro seu pai.
— eu não posso contar agora. O Marcos e eu combinamos de contar assim que sair a aposentadoria do pai.
— tudo bem. E como foi seu fim de semana?
— foi ótimo. Você pode me achar um maluco, mas independente se o pai aceitar ou não, eu não estou disposto a deixar o Marcos.
— Gzuis, você ta gostando mesmo dele.
— estou. Poxa...ele é diferente, eu não sei te explicar.
— mas ele é vinte anos mais velho...
— tio, isso nunca me passou pela cabeça. Eu nem penso nisso. Eu gosto dele e só quero poder estar com ele. Só isso.
— eu não gosto de mentir pra tua mãe e bem pro teu pai, mas eu to aqui pra te apoiar. Agora vamos entrar antes que a tua mãe venha chamar a gente.
— obrigado, eu sei que posso contar contigo...peludo.
— hahaha, sabia que a Daiane adora dormir no meu peito cabeludo?
— eu heim...deve acordar com a boca cheia de pêlos... — disse e saí correndo.
Se tinha uma coisa que eu adorava era incomodar meu tio com seus pêlos sedosos. Ele me derrubou no sofá e deu um tapa na minha nuca. Meu pai chegou com as cervejas e um refrigerante. Não consegui abrir a boca, pois ele ficou me incomodando por eu não ter ficado em casa o fim de semana. Expliquei que um dos motivos de eu ter me mudado era justamente eu sair sem ter que dar satisfação do que eu fazia ou deixava de fazer e claro, ele se irritou.
— não é porque você não mora mais aqui em casa que não tem que avisar onde vai. E se te acontece alguma coisa?
— tudo bem, você está certo, mas achar que eu tenho obrigação de passar todos os fins de semanas com vocês, é egoísmo. Eu tenho uma vida.
Minha mãe disse que os aperitivos estavam prontos e foi tirando meu pai sala. Meu tio pediu pra eu me acalmar, mas eu já estava querendo ir embora e eu ainda não tinha ligado pro Marcos. Fui pra rua e liguei pra ele. No segundo toque ele atendeu. Disse que estava na casa dos meus pais. Conversamos rapidamente e desliguei indo pra dentro.
Meu pai falava dos assuntos da fábrica e eu estava sentado ao lado de minha mãe quando ela me chamou pra ir até a cozinha. A acompanhei e pediu que eu me sentasse.
— eu preciso te perguntar uma coisa, Tito.
— pois pergunte...
— você está namorando?
Sabe aquele ditado de que a mães sabem de tudo? Então, pode apostar que é verdade. Eu tentei de todas as formas dizer que não estava, mas ela apontou meu pescoço. Droga, o Marcos tinha deixado meu pescoço marcado e quando ela estava sentada do meu lado, ela percebeu.
— Tito, eu sei que você pensa que eu não me esforço para entender certas coisas, mas filho, eu estou me esforçando e acredite, estou lendo muitas coisas por aí.
— eu agradeço que a senhora esteja disposta em abrir sua mente, mas o pai poderia tentar fazer o mesmo. E enquanto isso não acontecer, não importa se eu estou ou não namorando.
Meu pai me chamou e levantei a gola da blusa pra ele não ver a marca que estava no meu pescoço. Ficamos conversando um pouco e disse que ia embora porque tinha que acordar cedo pra trabalhar. Meu tio me deu uma carona e perguntei se ele queria entrar, mas ele ia pegar a Daiane na casa da mãe dela.
Assim que me deitei recebi uma mensagem do Marcos. Eu comecei a rir.
"eu te mandaria uma foto da minha pica, mas você já conhece, então, boa noite!"
Não resisti e botei a pica pra fora e bati uma foto. Mandei pra ele e meu celular tocou. Caramba, ele estava gruadado no celular.
— diga meu amor, o que te fez me ligar?
— você não presta...agora vou ficar aqui com tesão a noite toda, garoto.
— hahaha, é pra você não sentir saudade.
— cretino! Ei, você está bem?
—:estou sim. Está fazendo o que?
— na cama, vendo TV. Eu já ia dormir, mas pensei que ainda poderia estar acordado. Eu amei passar o fim de semana contigo.
— eu também. Já estou sentindo falta do teu abraço, dos teus beijos...do teu cheiro...
— vou aí dormir contigo.
— hahaha, você não é doido, mas quem sabe eu passo um fim de semana contigo aí na sua casa.
— sério? Eu ia adorar.
— sério. Eu preciso dormir, amanhã a gente se fala. Boa noite, namorado.
— boa noite, namorado.
******
Início de semana e eu já estava pra lá de cansado. Cheio de trabalho no escritório, provas e trabalhos da faculdade e meu pai pra me ajudar, inventou que eu tinha que ir pescar com ele no fim de semana.
Fazer programa de pai e filho não estava nos meus planos. Até porquê, eu ia pra casa do Marcos.
Na quarta-feira o Marcos me ligou e eu estava estudando para a prova de sexta. Ele perguntou se eu estava animado com a pescaria e disse não. Eu realmente não queria ir e disse que preferia mil vezes passar o fim de semana com ele. Paciência.
Na sexta-feira eu estava no escritório e era quase meu horário de almoço. Eu comia qualquer coisa na lanchonete ao lado e assim que cheguei vi um cara de costas tomando um suco. Eu me aproximei e me sentei na banqueta ao seu lado e o garçom, que era meu amigo, me serviu um pedaço de pizza e um copo grande de suco de abacaxi com hortelã. Agradeci e comecei a comer quando o cara ao lado puxou assunto.
— nossa, o garçom sabe até o que você vai comer...
— deixa de ser ciumento...eu como aqui todos os dias...esqueceu?
— eu sei. E não é ciumes, é só uma constatação. Gostou da surpresa?
— uhum...sei. Sim, adorei. Me passa o "quetixupe"?
— vem pegar... — eu queria rir.
— se eu for aí pegar, vou te dar um beijo.
— você não faria isso. Morre de medo do papai.
— isso foi covardia. Espero que sua pica não fique dura pra mais ninguém se a gente não der certo. — ele quase cuspiu o suco, mas só se engasgou.
— porra, não pode nem brincar mais?
— não. Vai, amor...me passa o "quetixup".
Ele deslizou o o vidro de quetixup no balcão e quando eu peguei, ele tocou minha mão. Sorri, ele disfarçou quando o garçom veio me perguntar se eu queria mais alguma coisa. Disse que não e agradeci.
Ver o Marcos ali, bem ao meu lado e não poder sequer lhe dar um beijo no rosto estava me matando por dentro.
Tem coisas na vida que não sei porque acontecem. Poderia ser qualquer outro homem naquela praça, mas não, tinha que ser o chefe do meu pai. Destino? Não sei, mas nesse caso o Destino foi bem malandro fazendo com que eu me apaixonasse pelo Marcos. Como eu queria estar em seus braços e alisando seus cabelos...beijando seu rosto e afagando sua alma. Ele certamente estaria pensando o mesmo, pois suspirava tão profundamente que parecia estar sufocado em não poder me ter em seus braços.
— eu preciso te ver hoje. Eu realmente preciso estar contigo hoje. — ele disse olhando para baixo.
— assim que eu sair da faculdade vou de táxi até sua casa. Deixe avisado na portaria. Agora, vai...eu preciso voltar pro escritório. Ah, foi bom te ver...eu sinto sua falta...demais. — sorrimos e sai.
Ele passou por mim e esbarrou dizendo que me esperaria e fui para o escritório terminar meu serviço.
Saí atrasado para a aula e nem deu tempo de eu tomar banho antes de sair do escritório ou perderia o ônibus. Sorte estar nublado e eu não tinha suado muito. Tive três provas e dois trabalhos para entregar no mesmo dia ou noite, tanto faz. Eu estava cansado e pensei na possibilidade de aceitar a morar novamente com meus pais e trabalhar só meio período, mas eu sempre fui orgulhoso e descartei logo em seguida essa hipótese. Meu pai se acharia no direito de controlar minha vida e teríamos nossas velhas discusões de sempre.
Assim que terminei a prova fui correndo pedir um táxi. Entrei e quando fechei a porta começara a chover. Que maravilha, pensei. Eu adorava chuva, embora fosse uma pessoa friorenta, mas chuva e frio me proporcionava um certo contentamento.
Cheguei no condomínio e disse que iria na casa do Marcos. O porteiro perguntou ao taxista o valor da corrida e disse pra pegar o dinheiro na saída. Que gentileza dele, pensei. Paramos em frente sua casa e ele me esperava na porta de braços cruzados.
Passei pelo jardim e ele abriu a porta para que eu entrasse. Suspirei e deixei minha mochila sobre um aparador. Ele me abraçou por trás, beijando meu pescoço e me virei me jogando em seu colo.
— que saudade! — disse o beijando.
— humm...meu garoto...eu é quem estava doido pra te ver.
— poxa, me deixa tomar um banho? Saí tão atrasado do escritório que nem deu tempo. — ele sorriu.
Desci do seu colo e ele se ajoelhou. Desabotoou meu jeans e cheirou minha pica a tirando pra fora. Suas mãos apertavam minhas nádegas e sua boca foi de encontro ao meu sexo. Ahh, como ele era maluco e eu adorava. Ele me chupou ali na sala por alguns minutos. O levantei e busquei um beijo, sentindo um leve cheiro de urina em seus lábios.
— eu disse que precisava tomar um banho... — disse meio envergonhado e ele percebeu.
— sentiu o gosto da tua pica na minha boca?
— senti...ta com um leve cheiro de...
— de homem...eu adoro. — ele me beijou novamente, mas foi diferente. Foi um beijo apaixonado e cheio de carinho.
Fomos para o andar de cima e ele me deu uma toalha e um roupão. Fui tomar um banho e quando entrei no boxe e abri a ducha ele abriu a porta de vidro e entrou pra tomar banho comigo. Estiquei meus braços na parede e a água quente caía enquanto ele me ensaboava.
— você parece estar tão cansado. — ele disse ensaboando minhas pernas.
— estou um caco, me desculpe se eu não atender suas expectativas, hoje. — disse rindo.
— não tem problema, eu só quero ficar contigo. Sua companhia me deixa muito feliz.
— rsrs, você não existe. Te..a...Marcos, ahhh...caramba, homem... acho que te amo.
Ele se levantou, me girou e segurou meu queixo. Eu sorri ficando vermelho e sua mão acariciava meu rosto. A outra mão segurava minha cintura e sua boca roçava na minha. Nossas picas se tocaram e ele me abraçou. Ah...como me senti protegido em seus braços de homem feito.
— eu te amo...desde a primeira vez que te vi. Foi amor a primeira vista, pode apostar. Eu fiquei tão feliz quando te vi na casa dos seus pais. Você não consegue mensurar o tamanho da minha alegria em poder te reencontrar no mesmo dia.
— o mesmo aconteceu comigo. Destino, meu amor.
Ele terminou de me banhar, me secou e me ajudou a vestir o roupão. Perguntou se eu estava com fome e disse que sim, mas que não precisava se preocupar. Ele disse pra eu me deitar que ele levaria algo pra eu comer e desceu. Fiquei vendo TV e zapeando pelos canais quando vi o reflexo de uma luz colorida na porta que dava acesso à sacada. Fui ver o quê era e quando a abri, vi que era as luzes que vinham do jardim dos fundos da casa onde ficava a piscina e uma pequena cascata que derramava um fino fio de água na piscina. Era lindo e puxei uma cadeira para me sentar e ficar olhando as luzes mudarem de cor.
Ele veio com uma bandeja e algo cheirando à risoto de camarão e um copo de suco. Agradeci a gentileza e ele se sentou ao meu lado.
— liguei as luzes pra você ver. — ele disse.
— eu adorei. Você é gay até pra escolher as luzes do jardim.
— hahaha, sabia que você ia falar isso.
— mas ficou lindo. Está servido?
— não meu amor. Eu já jantei. Fique à vontade, se quiser repetir eu busco mais. Fiz uma panela só pra você.
— hahaha, obrigado por me chamar de guloso. — ele apoiou a cabeça no meu ombro e começou a rir. Assim ele ficou até eu terminar de jantar e claro, repetir duas vezes.
Já era mais de uma da manhã e fomos nos deitar. Me supreendi quando ele se deitou e nos cobriu e me dando boa noite me abraçou. Okay, eu estava hiper cansado, mas um sarro gostoso não ia me matar. Na verdade eu achei muito fofo da parte dele e só fez somar o que eu sentia por ele. Amor deve ser mais ou menos isso, você respeitar o espaço o outro.
Ele deu um beijo na minha nuca e me deu boa noite.
— boa noite, meu amor. — ele disse e procurou um beijo meu.
— boa noite...amo você.
— eu também te amo...
*****
Já havia se passado três meses desde a pescaria que fui à força com meu pai e meu tio. Se não fosse pela companhia do Peludo, eu certamente teria dado um jeito de sumir daquele rancho. Fiquei os dois dias monossilábico e meu pai reclamando do preço da gasolina. Céus, como eu queria estar nos braços do meu Homem. Seria pedir demais?
No meio de um assunto que nem fiz questão de saber do que se tratava, meu pai disse que era a segunda pescaria que o Marcos desistia. Disse que ele poderia chamá-lo na próxima e meu tio me olhou querendo rir, mas ficou quieto, pelo bem dele e o meu.
Depois desse fim de semana só de homens, eu disse que a mim mesmo que ficaria longe do meu pai por uns tempos. Certas artividades não combinavam comigo e pescar era uma delas.
Na segunda-feira, depois da bendita pescaria, saí da faculdade e fui direto pra casa do Marcos. Eu estava morrendo de saudade dele. Ficamos dois dias sem nos ver e trocar mensagens porque no rancho não pegaca sinal de celular. Quando cheguei ele já me esperava na garagem. Ele pagou o taxi entramos.
— minha nossa...que saudade! — ele disse me pegando no colo.
Dei milhares de beijos em seu rosto e alisava seu cabelo prefeito. Segurei seu queixo e o beijei. Senti o gosto Colgate em sua língua e me colocando no chão, suas mãos despiam meu corpo pra la de cansado.
— sentiu mesmo minha falta? — perguntei com seus dentes descendo minha boxer.
— senti... humm...que cheiro bom...
— hahaha...cheiro de pica. Chupa...sente o cheiro...isso...passe a língua... ahhh...
— delícia! Vem! Quero te dar uma coisa.
— o que é? — eu estava animado e ele ria.
— calma, garoto...você vai ver.
Fomos pro andar de cima e ele mexia freneticamente dentro de uma gaveta no armário. Perguntei se queria ajuda, mas disse que não precisava. Eu já estava ficando agoniado vendo ele revirar tudo e por fim ele achou.
— aqui...é pra você. — ele me entregou uma caixa pequena, fiquei emocionado.
— ai meo-deos. É...ela...é...linda. Tão brilhante. — era a chave mais linda que eu já vi, disse e ele ria.
— hahaha, pare... é a chave da porta da frente. Pra quando você quiser vir.
— nossa homem...eu adorei. Vou usar, pode ter certeza. Você fez todo esse drama pra me dar uma chave, imagine se fosse um par de alianças... minha nossa.— eu afundei meu rosto no peito dele e ele me abraçou.
— hahaha, tudo bem...eu fui meio dramático. Te decepcionei? Você esperava uma coisa e é só uma chave.
— Marcos, meu amor...pra você pode ser só uma chave, mas você está compartilhando comigo a chave do seu palácio, do teu lar. Pra mim, vale mais que um par de alianças porque já estamos unidos por um sentimento que vale mais que todo o ouro desse mundo.
— você é incrível. Já tem a chave do meu coração e da minha casa...
— eu tenho você... droga...tem um cisco no meu olho. — ele beijou meus olhos secando as lágrimas e me beijou.
Eu não havia me decepcionado. Apenas fiquei impressionado por ele confiar à mim a chave de sua casa. Fazia quatro meses que estávamos juntos e talvez seria cedo demais, mas se tem uma coisa que os gays são rápidos, é em relacionamentos. Podemos até demorar o
pra conhecer alguém e quando isso acontece, em um piscar de olhos já estamos dividindo as escovas de dentes.
Nesse dia nos amamos como nunca. Seus beijos tiraram meu cansaço, suas mãos massageavam minha alma e sua pica me dava o prazer de me sentir no paraíso.
Depois do nosso fazer amor, fiquei deitado em seu peito e ouvia seu coração voltando ao normal. Suas mãos passeavam pelas minhas costas. Eu suspirava. Procurei sua boca e fui bem recebido.
— fica comigo esse fim de semana?
— aqui? Aqui em casa?
— sim... aqui...na nossa casa. Fica? Eu cozinho pra você...
— rsrs, já vai ter comida, eu fico.
— hahaha...que bom. O que vai falar pros seus pais?
— eu não tenho que dizer nada a eles. Eu estarei na cidade, se minha mãe ligar, digo que estou na casa do meu namorado.
— hum, vai dizer parte da verdade...
— não... não faz essa cara. Eu prometi a você que assim que meu pai se aposentar, eu conto tudo. Só não faz essa cara...eu amo você...
— eu não estou chateado contigo, juro. Vamos mudar de assunto.
— vamos dormir, isso sim. Eu tenho que acordar bem cedo e como não sou chefe de nada...tenho que ralar.
— hahaha, ta dizendo que não trabalho? Chefe também trabalha... — ele começou a me morder e ganhei mais uma marca no pescoço.
— pára com isso...boa noite.
— parei. Boa noite, durma bem.
Me aconcheguei em seu peito e fui envolvido em seus braços protetores. Dormi o sono dos Deuses.
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Continua...